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Debate esquenta a polêmica entre o grafite e a pichação

Da esquerda para a direita: Salette Marchi, Braziliano, Leonardo Palma e Matheus Camargo. Foto: Pedro Pellegrini

Discussões sobre grafite e pichação, na maioria das vezes, acabam em polêmica.  No debate  sobre Grafite x Pichação – Um debate de Opiniões, que aconteceu na manhã desta quarta-feira, 07, na sala de conferências do prédio 17 do conjunto III da Unifra,  não foi diferente. Alunos de cursos como Publicidade e Propaganda e Design apresentaram seus pontos de vista a respeito do assunto, promovendo uma grande discussão. Quem mediou o painel de debate foi a professora do curso de Desing da Unifra Salette Marchi. Participaram como debatedores o grafiteiro e acadêmico do curso de Desing Braziliano, o ativista Leonardo Palma, e o arquiteto e artista visual Matheus Camargo.

O debate teve o percurso desviado da proposta inicial e a questão da prática da pichação acabou ocupando a maior parte do tempo. A sala de conferências estava cheia não só com alunos da instituição, mas também com pessoas de fora dela que têm relações diretas com essa forma de expressão. Várias questões, além da prática da pichação foram levantadas como, por exemplo, a relação do espaço público e privado, e a  da concepção de belo.

Público que prestigiou o debate. Foto: Pedro Pellegrini

Um dos pontos levantados pelos alunos foi o da pichação em locais privados que, segundo eles é uma falta de respeito. De acordo com os debatedores é preciso repensar o que é o espaço privado e fazer uma releitura do espaço urbano. ” O espaço público está com marca de privado. Há uma falsa distinção entre os dois”, coloca Leandro Palma. Outro aspecto abordado foi o do contexto estético. Para muitos dos que estavam presentes a pichação é uma poluição visual. Para a professora Salette Marchi, o conceito de estética é baseado na sociedade branca, patriarcal e, “o que foge disso é colocado à margem”, comenta. Segundo o grafiteiro Braziliano, o grafite há 10 anos,  era tão mal visto quanto a pichação o é hoje. : “Será que daqui a alguns anos a pichação será aceita como o grafite é aceito hoje?”, encerra Braziliano.

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Da esquerda para a direita: Salette Marchi, Braziliano, Leonardo Palma e Matheus Camargo. Foto: Pedro Pellegrini

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O debate teve o percurso desviado da proposta inicial e a questão da prática da pichação acabou ocupando a maior parte do tempo. A sala de conferências estava cheia não só com alunos da instituição, mas também com pessoas de fora dela que têm relações diretas com essa forma de expressão. Várias questões, além da prática da pichação foram levantadas como, por exemplo, a relação do espaço público e privado, e a  da concepção de belo.

Público que prestigiou o debate. Foto: Pedro Pellegrini

Um dos pontos levantados pelos alunos foi o da pichação em locais privados que, segundo eles é uma falta de respeito. De acordo com os debatedores é preciso repensar o que é o espaço privado e fazer uma releitura do espaço urbano. ” O espaço público está com marca de privado. Há uma falsa distinção entre os dois”, coloca Leandro Palma. Outro aspecto abordado foi o do contexto estético. Para muitos dos que estavam presentes a pichação é uma poluição visual. Para a professora Salette Marchi, o conceito de estética é baseado na sociedade branca, patriarcal e, “o que foge disso é colocado à margem”, comenta. Segundo o grafiteiro Braziliano, o grafite há 10 anos,  era tão mal visto quanto a pichação o é hoje. : “Será que daqui a alguns anos a pichação será aceita como o grafite é aceito hoje?”, encerra Braziliano.