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A história em debate no SEPE

O segundo dia do XVII Simpósio de Ensino Pesquisa e Extensão (Sepe), que começou quarta-feira, dia 2, no Centro Universitário Franciscano, marcou as apresentações na área da História. Na sala 205 do Conjunto I da IES, na rua dos Andradas foram cinco trabalhos: dois abordaram o tema da educação patrimonial e da história local. Além destes, os outros dois temas foram apresentados o respeito às diferenças culturais nos livros didáticos usados em sala de aula e a história dos trabalhadores informais em Santa Maria.

O patrimônio cultural e a história local

Os trabalhos que tratam sobre patrimônio cultural foram apresentados pelas acadêmicas do curso de História do Centro Universitário Franciscano , Andressa de Rodrigues Flores e Tatiane de Almeida Machado e pela já professora de História, Janaína Souza Teixeira.

O título do trabalho das acadêmicas é Educação Patrimonial: a valorização da memória local em sala de aula. O projeto foi implantado no Centro de Atenção Integral a Criança (CAIC) e ao Adolescente “Luizinho de Grandi”, localizado na Vila Lorenzi, em Santa Maria. Na prática os oito alunos que compõem o grupo passaram aos alunos do sexto ano a importância de conservar o patrimônio público e também a importância dos museus. Uma oficina de diferenciação entre grafite e pichação foi outra atividade proporcionada aos alunos, já que muitos patrimônios são danificados por vândalos com esse tipo de atitude. “Preservar e manter viva a história da nossa cidade, da nossa gente, é fundamental”, ressaltou a estudante Andressa.

O outro trabalho que abordou sobre esse mesmo tema, a preservação do patrimônio público, foi apresentado pela já professora em História, Janaina Souza Teixeira. O objetivo da professora é ver como as escolas de educação básica e os professores trabalham esta questão da história local e também da educação patrimonial. “Cidades do interior nem sempre tem sua história escrita por historiadores, por isso é preciso se trabalhar nesse sentido”, explica Janaina. O projeto é realizado através do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), conta com 20 bolsistas e iniciou em agosto de 2012.

Questões culturais

Com o título A renovação das pesquisas históricas nos livros didáticos e sua contribuição para o respeito das diferenças culturais nas salas de aula, a acadêmica do curso de História do Centro Universitário Franciscano, Tatiane de Andrade Machado trouxe à tona a questão do preconceito com exemplos como a escravidão e o racismo. Com o trabalho ela busca descobrir quais as renovações que estão sendo feitas em livros didáticos dentro das escolas para ajudar na diminuição do racismo e do preconceito. O objeto de estudo são os livros utilizados do sétimo ao nono ano do ensino fundamental, nas edições de 2009 a 2011 e 2011 a 2013.

“A pesquisa está em andamento, estamos conseguindo levantar muitos dados sobre o assunto. É muito importante que haja essa mudança, já que o livro auxilio o professor em sala de aula”, salienta Tatiane.

Você conhece como surgiram os camelôs em Santa Maria?

Você sabe? Não? É isso o que o mestrando em História pela UFSM, Matheus Rosa Pinto, vem buscando há cerca de dois anos e meio de pesquisa. Com o título: A metamorfose do trabalho urbano no caso dos comerciantes de Santa Maria, o pesquisador tenta explicar como surgiu e o desenvolvimento do mercado informal nas principais ruas de Santa Maria e depois com a criação do Shopping “Popular” Independência. Para isso ele delimitou o tempo dos anos 80 até 2011 e classificou como mercado informal os camelôs, ambulantes e artesãos.

As justificativas para o trabalho são de que envolve diversas áreas: economia, política, identidades culturais e migração. Alguns resultados já foram obtidos como a responsabilização de falta de políticas públicas para a expansão do negócio e as características de Santa Maria ser uma cidade polo na região, que atraí pessoas de outras cidades devido à UFSM e aos quartéis. A conseqüência disso é que muitos que não conseguiram empregos no mercado formal devido a falta de qualificação, encontraram no mercado informal a saída para conseguir renda. As fontes de pesquisa de Pinto são fontes orais, documentos da prefeitura e de associações de comércio e também jornais da época.

Neste ano foram inscritos 623 trabalhos de pesquisa e extensão para o seminário, de todas as áreas do conhecimento na instituição. Uma novidade no Sepe é o Concurso Acadêmico Melhores Projetos sobre Transformação Criativa. Os projetos selecionados estão expostos no Pátio Interno do Conjunto I e os melhores serão premiados na sexta-feira, 4, o último dia de encontro.

Por Naiôn Curcino

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O segundo dia do XVII Simpósio de Ensino Pesquisa e Extensão (Sepe), que começou quarta-feira, dia 2, no Centro Universitário Franciscano, marcou as apresentações na área da História. Na sala 205 do Conjunto I da IES, na rua dos Andradas foram cinco trabalhos: dois abordaram o tema da educação patrimonial e da história local. Além destes, os outros dois temas foram apresentados o respeito às diferenças culturais nos livros didáticos usados em sala de aula e a história dos trabalhadores informais em Santa Maria.

O patrimônio cultural e a história local

Os trabalhos que tratam sobre patrimônio cultural foram apresentados pelas acadêmicas do curso de História do Centro Universitário Franciscano , Andressa de Rodrigues Flores e Tatiane de Almeida Machado e pela já professora de História, Janaína Souza Teixeira.

O título do trabalho das acadêmicas é Educação Patrimonial: a valorização da memória local em sala de aula. O projeto foi implantado no Centro de Atenção Integral a Criança (CAIC) e ao Adolescente “Luizinho de Grandi”, localizado na Vila Lorenzi, em Santa Maria. Na prática os oito alunos que compõem o grupo passaram aos alunos do sexto ano a importância de conservar o patrimônio público e também a importância dos museus. Uma oficina de diferenciação entre grafite e pichação foi outra atividade proporcionada aos alunos, já que muitos patrimônios são danificados por vândalos com esse tipo de atitude. “Preservar e manter viva a história da nossa cidade, da nossa gente, é fundamental”, ressaltou a estudante Andressa.

O outro trabalho que abordou sobre esse mesmo tema, a preservação do patrimônio público, foi apresentado pela já professora em História, Janaina Souza Teixeira. O objetivo da professora é ver como as escolas de educação básica e os professores trabalham esta questão da história local e também da educação patrimonial. “Cidades do interior nem sempre tem sua história escrita por historiadores, por isso é preciso se trabalhar nesse sentido”, explica Janaina. O projeto é realizado através do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), conta com 20 bolsistas e iniciou em agosto de 2012.

Questões culturais

Com o título A renovação das pesquisas históricas nos livros didáticos e sua contribuição para o respeito das diferenças culturais nas salas de aula, a acadêmica do curso de História do Centro Universitário Franciscano, Tatiane de Andrade Machado trouxe à tona a questão do preconceito com exemplos como a escravidão e o racismo. Com o trabalho ela busca descobrir quais as renovações que estão sendo feitas em livros didáticos dentro das escolas para ajudar na diminuição do racismo e do preconceito. O objeto de estudo são os livros utilizados do sétimo ao nono ano do ensino fundamental, nas edições de 2009 a 2011 e 2011 a 2013.

“A pesquisa está em andamento, estamos conseguindo levantar muitos dados sobre o assunto. É muito importante que haja essa mudança, já que o livro auxilio o professor em sala de aula”, salienta Tatiane.

Você conhece como surgiram os camelôs em Santa Maria?

Você sabe? Não? É isso o que o mestrando em História pela UFSM, Matheus Rosa Pinto, vem buscando há cerca de dois anos e meio de pesquisa. Com o título: A metamorfose do trabalho urbano no caso dos comerciantes de Santa Maria, o pesquisador tenta explicar como surgiu e o desenvolvimento do mercado informal nas principais ruas de Santa Maria e depois com a criação do Shopping “Popular” Independência. Para isso ele delimitou o tempo dos anos 80 até 2011 e classificou como mercado informal os camelôs, ambulantes e artesãos.

As justificativas para o trabalho são de que envolve diversas áreas: economia, política, identidades culturais e migração. Alguns resultados já foram obtidos como a responsabilização de falta de políticas públicas para a expansão do negócio e as características de Santa Maria ser uma cidade polo na região, que atraí pessoas de outras cidades devido à UFSM e aos quartéis. A conseqüência disso é que muitos que não conseguiram empregos no mercado formal devido a falta de qualificação, encontraram no mercado informal a saída para conseguir renda. As fontes de pesquisa de Pinto são fontes orais, documentos da prefeitura e de associações de comércio e também jornais da época.

Neste ano foram inscritos 623 trabalhos de pesquisa e extensão para o seminário, de todas as áreas do conhecimento na instituição. Uma novidade no Sepe é o Concurso Acadêmico Melhores Projetos sobre Transformação Criativa. Os projetos selecionados estão expostos no Pátio Interno do Conjunto I e os melhores serão premiados na sexta-feira, 4, o último dia de encontro.

Por Naiôn Curcino