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Café deixou de ser o vilão para a saúde

De diferentes culturas, tradições e paladares,  aromas e sabores diversos, influenciado por antigas tradições ou hábitos contemporâneos, por diferenças no preparo, tipo de grão ou acompanhamento, o café  seduz há milênios as pessoas, levando-as, também, a prestigiar cafeterias.

O hábito de tomar café tem um caráter ritualístico durante o trabalho, os estudos ou a leitura.”Quando vou fazer a leitura de um livro, estou sempre com uma caneca de café junto. Já é algo automático“, declara a estudante Jamille Colleto.

Usado muitas vezes como pretexto para uma reunião, o café junta amigos e pode render uma tarde de conversas e risadas, “muitas vezes eu e minhas amigas no reunimos para conversar, geralmente sobre livros que lemos, e acabamos tomando café“, diz Jamille.

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Foto: Reprodução

 

Café: o mocinho

O que muitos ainda não sabem é que o café pode ser benéfico para a saúde e para a prevenir enfermidades, como esclarece a nutricionista Ana Paula: “O café é visto pela nutrição como um alimento funcional, porque ele tem uma série de benefícios. Ele excita nosso sistema nervoso central, então a gente fica mais focado, mais concentrado, é bom para melhorar o desempenho físico, ele melhora o humor. E atua na prevenção de doenças, como diabetes tipo 2, câncer, Alzheimer, Parkinson“.

Não há quem não possa tomar café, o cuidado que se deve ter é com relação à quantidade consumida. “Tudo na nutrição tem um ‘mas’, qualquer alimento se controlado é bom, mas se for em excesso, de mocinho passa a ser vilão. O café, se tomado em quantidade controlada, é mocinho, se tomar demais passa a ser vilão e maléfico para saúde”, explica a especialista.

Além disso, existem grupos de risco que precisam manter cuidado no consumo, como hipertensos, alerta Ana. “O café aumenta a pressão arterial. E as pessoas que já tem problemas gástricos  também devem consumir em quantidade menor”. A nutricionista ainda complementa: “o café deve ser em consumido entre três ou quatro xícaras por dia, o que define a quantidade de xícaras, é a quantidade de cafeína. Outros alimentos como o chocolate, possui cafeína, então se você come chocolate no dia, diminua a quantidade de café”.

As Cafeterias em Santa Maria

Foi em Meca que surgiram as primeiras cafeterias, conhecidas como “Kaveh Kanes”. Cidades como Meca, eram centros religiosos para reza e meditação e a religião muçulmana proibia o consumo de qualquer tipo de bebida alcoólica. Assim, as “Kaveh Kanes” se transformaram em locais onde era possível se passar à tarde conversando, ouvindo música e bebendo café. As cafeterias tornaram-se famosas no Oriente pelo seu luxo e suntuosidade e pelos encontros entre comerciantes, para lazer ou reuniões de negócios.

Na região centro de Santa Maria, em volta do Calçadão, há 6 cafeterias, que propiciam ambientes para reuniões e lanches e com praticidade e conforto oferecido, o ambiente chama os mais jovens, principalmente os estudantes.”Eu faço faculdade na UFSM, após as aulas, pego ônibus lá fora e desço aqui no centro, então passo todos os dias na frente das cafeterias que tem pelo Calçadão, e não consigo resistir. De duas à três vezes por semana eu faço lanche em uma delas, mesmo que não tenha muito tempo, passo para pegar um café. Não tem como resistir passar pelas vitrines das cafeterias e ver todas as variedades de doces e salgados“, fala Jamille.

Foto: Válery Monteiro
As cafeterias são o ponto de encontro dos mais jovens durante a tarde.

Em uma conversa com a gerente de uma das cafeterias que fica junto a uma livraria, no Calçadão, Paloma Salazar conta que o antigo hábito de se encontrar para tomar café e conversar ou ler livros, continua forte.

O pessoal mais jovem, que aproveita para fazer um lanche enquanto conversa com amigos e também os que vão a trabalho, para pequenas reuniões estão sempre por aqui, mais à tardinha, quem sai da faculdade também, vem conversar, é o ponto de encontro do pessoal, até mesmo com os professores. Pela parte da tarde quem comparece, são advogados. Não para reuniões, mas no momento de descontração, ou uma conversa informal. No horário da saída dos colégios,  têm vindo crianças fazer um lanche”, comenta Paloma.

 Para beber e aprender

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Foto: Válery MonteirPara beber e aprenderPara beber e aprender

“O que é bom de também as crianças estarem vindo aqui, é que para chegar até aqui, passa primeiro pelos livros, então o incentivo à leitura já começa aí. Muitas estão aqui fazendo lanche e descem para o espaço criança que tem, e ficam brincando ou vendo os livros, e isso é muito legal.”

 Foto: Válery Monteiro
Segundo Paloma, o “Café Anabeth” é o mais pedido entre o público jovem.

O que mais chama atenção também na cafeteria é o cardápio, que pode até parecer apenas lanches normais, mas quando o pedido é realizado, a brincadeira começa.
“É interessante  que o nosso cardápio possui nomes de livros, tu vai pedir um lanche e é ‘a galinha ruiva’, se tu vai comer um wrap é ‘orgulho e preconceito’, é divertido porque é o conjunto da livraria com o café. Fica esse jogo engraçado porque chama todo mundo.”

Foto Válery Monteiro
Ao olhar para o cardápio, o cliente se depara com nomes de livros para as bebidas e as comidas.

 

 

 

 

 

 

*O site da ABIC (Associação Brasileira da Indústria de Café), traz instruções normativas relativas ao café, notícias e estatísticas sempre atualizadas a respeito do assunto.

 

Por Válery Monteiro, para a disciplina de Jornalismo Online

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De diferentes culturas, tradições e paladares,  aromas e sabores diversos, influenciado por antigas tradições ou hábitos contemporâneos, por diferenças no preparo, tipo de grão ou acompanhamento, o café  seduz há milênios as pessoas, levando-as, também, a prestigiar cafeterias.

O hábito de tomar café tem um caráter ritualístico durante o trabalho, os estudos ou a leitura.”Quando vou fazer a leitura de um livro, estou sempre com uma caneca de café junto. Já é algo automático“, declara a estudante Jamille Colleto.

Usado muitas vezes como pretexto para uma reunião, o café junta amigos e pode render uma tarde de conversas e risadas, “muitas vezes eu e minhas amigas no reunimos para conversar, geralmente sobre livros que lemos, e acabamos tomando café“, diz Jamille.

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Foto: Reprodução

 

Café: o mocinho

O que muitos ainda não sabem é que o café pode ser benéfico para a saúde e para a prevenir enfermidades, como esclarece a nutricionista Ana Paula: “O café é visto pela nutrição como um alimento funcional, porque ele tem uma série de benefícios. Ele excita nosso sistema nervoso central, então a gente fica mais focado, mais concentrado, é bom para melhorar o desempenho físico, ele melhora o humor. E atua na prevenção de doenças, como diabetes tipo 2, câncer, Alzheimer, Parkinson“.

Não há quem não possa tomar café, o cuidado que se deve ter é com relação à quantidade consumida. “Tudo na nutrição tem um ‘mas’, qualquer alimento se controlado é bom, mas se for em excesso, de mocinho passa a ser vilão. O café, se tomado em quantidade controlada, é mocinho, se tomar demais passa a ser vilão e maléfico para saúde”, explica a especialista.

Além disso, existem grupos de risco que precisam manter cuidado no consumo, como hipertensos, alerta Ana. “O café aumenta a pressão arterial. E as pessoas que já tem problemas gástricos  também devem consumir em quantidade menor”. A nutricionista ainda complementa: “o café deve ser em consumido entre três ou quatro xícaras por dia, o que define a quantidade de xícaras, é a quantidade de cafeína. Outros alimentos como o chocolate, possui cafeína, então se você come chocolate no dia, diminua a quantidade de café”.

As Cafeterias em Santa Maria

Foi em Meca que surgiram as primeiras cafeterias, conhecidas como “Kaveh Kanes”. Cidades como Meca, eram centros religiosos para reza e meditação e a religião muçulmana proibia o consumo de qualquer tipo de bebida alcoólica. Assim, as “Kaveh Kanes” se transformaram em locais onde era possível se passar à tarde conversando, ouvindo música e bebendo café. As cafeterias tornaram-se famosas no Oriente pelo seu luxo e suntuosidade e pelos encontros entre comerciantes, para lazer ou reuniões de negócios.

Na região centro de Santa Maria, em volta do Calçadão, há 6 cafeterias, que propiciam ambientes para reuniões e lanches e com praticidade e conforto oferecido, o ambiente chama os mais jovens, principalmente os estudantes.”Eu faço faculdade na UFSM, após as aulas, pego ônibus lá fora e desço aqui no centro, então passo todos os dias na frente das cafeterias que tem pelo Calçadão, e não consigo resistir. De duas à três vezes por semana eu faço lanche em uma delas, mesmo que não tenha muito tempo, passo para pegar um café. Não tem como resistir passar pelas vitrines das cafeterias e ver todas as variedades de doces e salgados“, fala Jamille.

Foto: Válery Monteiro
As cafeterias são o ponto de encontro dos mais jovens durante a tarde.

Em uma conversa com a gerente de uma das cafeterias que fica junto a uma livraria, no Calçadão, Paloma Salazar conta que o antigo hábito de se encontrar para tomar café e conversar ou ler livros, continua forte.

O pessoal mais jovem, que aproveita para fazer um lanche enquanto conversa com amigos e também os que vão a trabalho, para pequenas reuniões estão sempre por aqui, mais à tardinha, quem sai da faculdade também, vem conversar, é o ponto de encontro do pessoal, até mesmo com os professores. Pela parte da tarde quem comparece, são advogados. Não para reuniões, mas no momento de descontração, ou uma conversa informal. No horário da saída dos colégios,  têm vindo crianças fazer um lanche”, comenta Paloma.

 Para beber e aprender

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Foto: Válery MonteirPara beber e aprenderPara beber e aprender

“O que é bom de também as crianças estarem vindo aqui, é que para chegar até aqui, passa primeiro pelos livros, então o incentivo à leitura já começa aí. Muitas estão aqui fazendo lanche e descem para o espaço criança que tem, e ficam brincando ou vendo os livros, e isso é muito legal.”

 Foto: Válery Monteiro
Segundo Paloma, o “Café Anabeth” é o mais pedido entre o público jovem.

O que mais chama atenção também na cafeteria é o cardápio, que pode até parecer apenas lanches normais, mas quando o pedido é realizado, a brincadeira começa.
“É interessante  que o nosso cardápio possui nomes de livros, tu vai pedir um lanche e é ‘a galinha ruiva’, se tu vai comer um wrap é ‘orgulho e preconceito’, é divertido porque é o conjunto da livraria com o café. Fica esse jogo engraçado porque chama todo mundo.”

Foto Válery Monteiro
Ao olhar para o cardápio, o cliente se depara com nomes de livros para as bebidas e as comidas.

 

 

 

 

 

 

*O site da ABIC (Associação Brasileira da Indústria de Café), traz instruções normativas relativas ao café, notícias e estatísticas sempre atualizadas a respeito do assunto.

 

Por Válery Monteiro, para a disciplina de Jornalismo Online