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Twiggy e Teka: tem beleza para todos os tamanhos

Foto; Nickolay Lamm
Foto: Nickolay Lamm

A busca incansável pela beleza sempre existiu. No entanto, só a partir dos anos 60 a magreza passou a ser considerada um “padrão de beleza”. Naquele momento, quem surge mudando os conceitos, é a modelo Lesley Hornby, conhecida como Twiggy (que em inglês, que vem da palavra graveto ou palito). Ela se tornou um ícone, não apenas por ser a primeira top, mas também por mudar paradigmas nos anos 60 com o novo padrão de beleza.
Twiggy mudou a referência em relação às formas femininas, diferente das décadas de 40 e 50, quando Elisabeth Taylor e Marilym Monroe, exibiam curvas generosas, cinturinhas de pilão e quadris enormes. Com cabelos estilo Joãozinho e olhos marcantes, ela foi a pioneira no conceito “menos é mais”.

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

No Brasil, ao longo dos anos 90, houve uma busca incansável para reproduzir ao máximo, mas sem muito êxito, o estilo das passarelas europeias como ideal feminino: as magricelas francesas. Os desfiles internacionais glorificavam as conhecidas “mulher-cabide”, em que pernas finas e braços longos que deviam cair junto com os quadris. Mas  que quadris? A top model do prêt-à-porter não tinha quadris, muito menos bumbum, esse que no século 20 é cobiçado pelas brasileiras.

Os brasileiros não davam valor ao produto nacional. Na verdade, não apenas nós, mas os “gloriosos” europeus também. Com cachês baixíssimos, havia um certo desdém pelas meninas brasileiras… Muitas de nossas modelos tentaram uma vida melhor fora do país, mas sem muito êxito. Até que, uma das brasileiríssimas caiu nas graças da “Vogue América” e de repente, estava em todo lugar. Gisele Bünchen conquistou o mundo com sua espontaneidade, seus traços de princesa e de garota comum, magra e ao mesmo tempo gostosa. Gisele operou uma revolução no padrão estético. Com seios fartos e quadril estreito mas arredondado, transformou-se na modelo que todos os estilistas queriam usar.

Mas essa paulatina mudança nos conceitos estéticos e o acesso facilitado às informações e aos produtos de moda, têm ampliado não somente o alcance, mas também os modelos de beleza. Mulheres e homens acima do peso encontram cada vez mais marcas para comprar e, também, referências. Em Santa Maria, uma jornalista loira, bonita, de olhos claros e “gordinha”, conquistou o título de Miss Plus Size 2013.

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Teka de coroa e faixa de Miss Plus Size. Foto: Reprodução.

Stéphane Powaczuk, 27 anos, carrega hoje, com muito orgulho a faixa que recebeu no concurso que participou pela primeira vez. Mas quem pensa que a vida da moça é ou sempre foram flores, está enganado. Teka, como é conhecida, quando criança, sofreu preconceito, principalmente de meninos. Ela não fugiu daqueles comentários maldosos, mas mesmo assim, nunca deixou sua autoestima ser abalada por isso. Nunca refém da moda, ela mantém uma vida saudável, dividia entre o trabalho, a família e os eventos.

Hoje a jornalista mantém uma fanpage no Facebook (Miss Plus Size RS) na qual tem contato com meninas e as incetiva a cuidarem da alimentação e se manterem lindas sen escravidão.

O que está certo afinal? Passar a vida fazendo regime ou aceitar viver sem padrão de beleza ou “fora” dele? Será que vale a pena se torturar tentando ter uma imagem que a publicidade a indústria determina como a perfeita?

Por Laura Gross e Thais Hoerlle 

Reportagem para a disciplina Jornalismo de Moda

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Foto; Nickolay Lamm
Foto: Nickolay Lamm

A busca incansável pela beleza sempre existiu. No entanto, só a partir dos anos 60 a magreza passou a ser considerada um “padrão de beleza”. Naquele momento, quem surge mudando os conceitos, é a modelo Lesley Hornby, conhecida como Twiggy (que em inglês, que vem da palavra graveto ou palito). Ela se tornou um ícone, não apenas por ser a primeira top, mas também por mudar paradigmas nos anos 60 com o novo padrão de beleza.
Twiggy mudou a referência em relação às formas femininas, diferente das décadas de 40 e 50, quando Elisabeth Taylor e Marilym Monroe, exibiam curvas generosas, cinturinhas de pilão e quadris enormes. Com cabelos estilo Joãozinho e olhos marcantes, ela foi a pioneira no conceito “menos é mais”.

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

No Brasil, ao longo dos anos 90, houve uma busca incansável para reproduzir ao máximo, mas sem muito êxito, o estilo das passarelas europeias como ideal feminino: as magricelas francesas. Os desfiles internacionais glorificavam as conhecidas “mulher-cabide”, em que pernas finas e braços longos que deviam cair junto com os quadris. Mas  que quadris? A top model do prêt-à-porter não tinha quadris, muito menos bumbum, esse que no século 20 é cobiçado pelas brasileiras.

Os brasileiros não davam valor ao produto nacional. Na verdade, não apenas nós, mas os “gloriosos” europeus também. Com cachês baixíssimos, havia um certo desdém pelas meninas brasileiras… Muitas de nossas modelos tentaram uma vida melhor fora do país, mas sem muito êxito. Até que, uma das brasileiríssimas caiu nas graças da “Vogue América” e de repente, estava em todo lugar. Gisele Bünchen conquistou o mundo com sua espontaneidade, seus traços de princesa e de garota comum, magra e ao mesmo tempo gostosa. Gisele operou uma revolução no padrão estético. Com seios fartos e quadril estreito mas arredondado, transformou-se na modelo que todos os estilistas queriam usar.

Mas essa paulatina mudança nos conceitos estéticos e o acesso facilitado às informações e aos produtos de moda, têm ampliado não somente o alcance, mas também os modelos de beleza. Mulheres e homens acima do peso encontram cada vez mais marcas para comprar e, também, referências. Em Santa Maria, uma jornalista loira, bonita, de olhos claros e “gordinha”, conquistou o título de Miss Plus Size 2013.

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Teka de coroa e faixa de Miss Plus Size. Foto: Reprodução.

Stéphane Powaczuk, 27 anos, carrega hoje, com muito orgulho a faixa que recebeu no concurso que participou pela primeira vez. Mas quem pensa que a vida da moça é ou sempre foram flores, está enganado. Teka, como é conhecida, quando criança, sofreu preconceito, principalmente de meninos. Ela não fugiu daqueles comentários maldosos, mas mesmo assim, nunca deixou sua autoestima ser abalada por isso. Nunca refém da moda, ela mantém uma vida saudável, dividia entre o trabalho, a família e os eventos.

Hoje a jornalista mantém uma fanpage no Facebook (Miss Plus Size RS) na qual tem contato com meninas e as incetiva a cuidarem da alimentação e se manterem lindas sen escravidão.

O que está certo afinal? Passar a vida fazendo regime ou aceitar viver sem padrão de beleza ou “fora” dele? Será que vale a pena se torturar tentando ter uma imagem que a publicidade a indústria determina como a perfeita?

Por Laura Gross e Thais Hoerlle 

Reportagem para a disciplina Jornalismo de Moda