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Conheça as entidades de apoio às pessoas com câncer em Santa Maria

Em Santa Maria há algumas casas e organizações não-governamentais (ONGs) que se mantêm apenas por doações da comunidades e de empresas. Estas ONGs têm finalidade imprescindível e necessária para a cidade: apoio e hospedagem para pacientes com câncer.

Frente do Cacc (foto: Ticiana Leal/Laboratório de Fotografia e Memória)
Frente do Cacc (foto: Ticiana Leal/Laboratório de Fotografia e Memória)

O Centro de Apoio a Crianças com Câncer  (CACC) atende somente crianças e jovens até 21 anos. Segundo Maicon, a Casa é somente para acolhimento de pessoas que vêm para o Hospital Universitário de Santa Maria. Há 19 anos, o CACC oferece pouso e comida nos dias de semana e nos fins de semanas. “É muito importante a ajuda da comunidade, já que não temos ajuda do governo. Precisamos sempre de doações de alimentos, pois a alimentação é gratuita para os hóspedes e família, também necessitamos de produto de limpeza. Quem puder ajudar, como voluntários, para auxiliar na Casa”, explica o coordenador.

A disposição dos quartos vêm a partir da demanda que a assistente social Deise Graziela Teixeira da Luz recebe do HUSM. Há seis quartos com cinco leitos cada. Os quartos dos pacientes transplantados ficam no segundo andar, devido à baixa imunidade, eles não podem ficar em contato com outros pacientes e as pessoas que circulam pelo CACC.

Eles não fazem reservar, as famílias podem chegar quando necessário, é feito um cadastro. Hoje eles têm em torno de 90 crianças cadastradas, e é recomendado que se venha apenas com um acompanhante, devido ao espaço.

“Temos uma psicóloga voluntária, ela faz estágio com a gente aqui, e trabalha uma vez por semana aqui. Mas as terapias não são contínuas, visto que há uma rotatividade muito grande, em relação aos pacientes que fazem quimioterapia, param o tratamento, ou conseguem voltar para casa no mesmo dia”, comenta o coordenador.

As doações são mensais ou semanais, e também têm as diárias. Os vizinhos da Casa vão até lá para doar alimentos, brinquedos, e também buscam informações sobre a doação de cabelos para perucas – podem ser doados os cabelos de comprimento a partir de 15 cm. O site do CACC é um meio para doações online e para divulgar as ações da ONG.

Claiton recebendo doações diárias para o Centro de Apoio (foto: Ticiana Leal/Laboratório de Fotografia e Memória)
Claiton recebendo doações diárias para o Centro de Apoio (Foto: Ticiana Leal/Laboratório de Fotografia e Memória)

“Temos o telemarketing e o mensageiro que vão até Santa Maria para buscar as ajudas que as pessoas oferecem por telefone”, comenta. Segundo Claiton, a Casa vive muito mais de doações do que o gasto próprio dos funcionários, há instituições como a Vara Criminal de Justiça e o McDonalds, que têm parcerias para arrecadas fundos ou fazem a doação para a Casa.
Eles pedem para que os familiares colaborem na conservação, quando a cozinheira não está os pais que fazem o almoço e janta. Os pacientes são levados até o HUSM pelo transporte da Casa.
As doações de alimentos ficam na dispensa, e então é questionado aos pais o que eles vão usar para cozinhas, e então aos funcionários e voluntários levam os alimentos para a cozinha. Os familiares também cuidam do jardim.
“Não há muitas crianças que fiquem permanentemente aqui, elas ficam no máximo uma semana, com exceção dos transplantados que necessitam de algum tempo a mais as vezes. Mas não há pacientes que fiquem aqui um tempo muito longo”, ressalta.

Associação de Apoio a Pessoas com Câncer

A Associação funciona e se sustenta apenas com doações (foto: Elana Weber/Assessora de comunicação da Aapecan)
A Associação funciona e se sustenta apenas com doações (Foto: Elana Weber/Assessora de Comunicação da Aapecan)

Também a ONG Associação de Apoio a Pessoas com Câncer (Aapecan) tem a assistência voltada para adultos e idosos. Recentemente, segundo a psicóloga Maria Luiza Schreiner, há uma grande demanda de idosos com a doença que estão freqüentando a Associação.

A casa de apoio oferece 18 leitos e atende 135 municípios atualmente. O assistente social Thiago Donadel conta que a organização veio para Santa Maria em 2006. Os pacientes após se cadastrarem, e trazerem as documentações necessárias, como o cartão do Sistema Único de Saúde (SUS), atestado médico, RG e CPF. São avaliadas as condições socioeconômicas do paciente, a casa atende pessoas com renda de até três salários mínimos.

“Hoje temos 418 cadastros ativos, recebendo um tipo de benefício, como medicamentos, fraldas e hospedagem. O atendimento é totalmente gratuito. Somos vinculados ao Sistema Único de Assistência Social, então o atendimento integral para tudo que o paciente necessitar será sem curso algum para ele”, ressalta Thiago.

A Aapecan vive de doações. Eles recebem ajuda também de empresas e escolas da cidade. As doações podem ser feitas de forma direta, na casa de apoio, com os voluntários que vão até as casas de quem quer ajudar, e pelo site online. “Temos algumas pessoas que estão a bastante tempo aqui, devido à doença poder retornar, infelizmente. E cada paciente pode ter um acompanhante”, comenta o assistente social.

O atendimento psicológico é dividido para o acolhimento do paciente que chega na casa, o atendimento à domicílio, quando o paciente não pode ir até a casa, por estarem debilitados. Também há o atendimento em grupo, uma vez por semana. O atendimento psicológico pode ser feito nos hospitais, quando a pessoa precisa ficar internada. É estendido esse trabalho para os familiares, inclusive, conta a única psicóloga da associação.

Segundo Maria Luiza, os pacientes, em geral, não ficam muito tempo na casa, pois quando eles melhoram não necessitam mais do recurso, há uma rotatividade. Então ele procura a psicóloga quando há algum problema na família, para uma terapia. Os únicos atendimentos psicológicos fixos são o domiciliar, hospitalar e de grupo.

“A casa de apoio tem uma cuidadora noturna, qualquer coisa que é preciso nós encaminhamos para os hospitais. Os pacientes transplantados vêm para a atividade de lazer, buscar medicações, benefícios, mas não posam na casa”, destaca a psicóloga. O deslocamento é feito pelos funcionários da Aapecan, que levam os hóspedes para o HUSM ou para o Hospital de Caridade, que também têm uma demanda na associação.

“ Temos várias atividades de lazer, em cada data comemorativa procuramos fazer algo para os pacientes não ficarem tão ociosos e se animarem. Seja uma atividade educativa ou passeios. O que ocorre na região e podemos levá-los ou trazer para a casa nós trazemos, como na área de artesanato, aqui mesmo, onde eles costuram, fazem objetos. No dia das crianças também fizemos uma atividade”, conta Maria Luiza.

“A maioria das notícias são divulgadas pelas rádios que somos parceiros ou na página do Facebook. Temos um jornal trimestral, todas as unidades têm matérias com ações que acontecem na Aapecan de SM, como a festa de Natal, por exemplo. Também para nossos colaboradores saberem como funcionamos”, explica a assessora de comunicação Elana Weber. “Somos bastantes procurados nos meses de campanha, como o outubro rosa, novembro azul e o dezembro amarelo. Damos palestras sobre as informações, os cuidados, materiais que utilizamos, os suplementos, para a comunidade ter contato com esses recursos”, nota a psicóloga.

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Em Santa Maria há algumas casas e organizações não-governamentais (ONGs) que se mantêm apenas por doações da comunidades e de empresas. Estas ONGs têm finalidade imprescindível e necessária para a cidade: apoio e hospedagem para pacientes com câncer.

Frente do Cacc (foto: Ticiana Leal/Laboratório de Fotografia e Memória)
Frente do Cacc (foto: Ticiana Leal/Laboratório de Fotografia e Memória)

O Centro de Apoio a Crianças com Câncer  (CACC) atende somente crianças e jovens até 21 anos. Segundo Maicon, a Casa é somente para acolhimento de pessoas que vêm para o Hospital Universitário de Santa Maria. Há 19 anos, o CACC oferece pouso e comida nos dias de semana e nos fins de semanas. “É muito importante a ajuda da comunidade, já que não temos ajuda do governo. Precisamos sempre de doações de alimentos, pois a alimentação é gratuita para os hóspedes e família, também necessitamos de produto de limpeza. Quem puder ajudar, como voluntários, para auxiliar na Casa”, explica o coordenador.

A disposição dos quartos vêm a partir da demanda que a assistente social Deise Graziela Teixeira da Luz recebe do HUSM. Há seis quartos com cinco leitos cada. Os quartos dos pacientes transplantados ficam no segundo andar, devido à baixa imunidade, eles não podem ficar em contato com outros pacientes e as pessoas que circulam pelo CACC.

Eles não fazem reservar, as famílias podem chegar quando necessário, é feito um cadastro. Hoje eles têm em torno de 90 crianças cadastradas, e é recomendado que se venha apenas com um acompanhante, devido ao espaço.

“Temos uma psicóloga voluntária, ela faz estágio com a gente aqui, e trabalha uma vez por semana aqui. Mas as terapias não são contínuas, visto que há uma rotatividade muito grande, em relação aos pacientes que fazem quimioterapia, param o tratamento, ou conseguem voltar para casa no mesmo dia”, comenta o coordenador.

As doações são mensais ou semanais, e também têm as diárias. Os vizinhos da Casa vão até lá para doar alimentos, brinquedos, e também buscam informações sobre a doação de cabelos para perucas – podem ser doados os cabelos de comprimento a partir de 15 cm. O site do CACC é um meio para doações online e para divulgar as ações da ONG.

Claiton recebendo doações diárias para o Centro de Apoio (foto: Ticiana Leal/Laboratório de Fotografia e Memória)
Claiton recebendo doações diárias para o Centro de Apoio (Foto: Ticiana Leal/Laboratório de Fotografia e Memória)

“Temos o telemarketing e o mensageiro que vão até Santa Maria para buscar as ajudas que as pessoas oferecem por telefone”, comenta. Segundo Claiton, a Casa vive muito mais de doações do que o gasto próprio dos funcionários, há instituições como a Vara Criminal de Justiça e o McDonalds, que têm parcerias para arrecadas fundos ou fazem a doação para a Casa.
Eles pedem para que os familiares colaborem na conservação, quando a cozinheira não está os pais que fazem o almoço e janta. Os pacientes são levados até o HUSM pelo transporte da Casa.
As doações de alimentos ficam na dispensa, e então é questionado aos pais o que eles vão usar para cozinhas, e então aos funcionários e voluntários levam os alimentos para a cozinha. Os familiares também cuidam do jardim.
“Não há muitas crianças que fiquem permanentemente aqui, elas ficam no máximo uma semana, com exceção dos transplantados que necessitam de algum tempo a mais as vezes. Mas não há pacientes que fiquem aqui um tempo muito longo”, ressalta.

Associação de Apoio a Pessoas com Câncer

A Associação funciona e se sustenta apenas com doações (foto: Elana Weber/Assessora de comunicação da Aapecan)
A Associação funciona e se sustenta apenas com doações (Foto: Elana Weber/Assessora de Comunicação da Aapecan)

Também a ONG Associação de Apoio a Pessoas com Câncer (Aapecan) tem a assistência voltada para adultos e idosos. Recentemente, segundo a psicóloga Maria Luiza Schreiner, há uma grande demanda de idosos com a doença que estão freqüentando a Associação.

A casa de apoio oferece 18 leitos e atende 135 municípios atualmente. O assistente social Thiago Donadel conta que a organização veio para Santa Maria em 2006. Os pacientes após se cadastrarem, e trazerem as documentações necessárias, como o cartão do Sistema Único de Saúde (SUS), atestado médico, RG e CPF. São avaliadas as condições socioeconômicas do paciente, a casa atende pessoas com renda de até três salários mínimos.

“Hoje temos 418 cadastros ativos, recebendo um tipo de benefício, como medicamentos, fraldas e hospedagem. O atendimento é totalmente gratuito. Somos vinculados ao Sistema Único de Assistência Social, então o atendimento integral para tudo que o paciente necessitar será sem curso algum para ele”, ressalta Thiago.

A Aapecan vive de doações. Eles recebem ajuda também de empresas e escolas da cidade. As doações podem ser feitas de forma direta, na casa de apoio, com os voluntários que vão até as casas de quem quer ajudar, e pelo site online. “Temos algumas pessoas que estão a bastante tempo aqui, devido à doença poder retornar, infelizmente. E cada paciente pode ter um acompanhante”, comenta o assistente social.

O atendimento psicológico é dividido para o acolhimento do paciente que chega na casa, o atendimento à domicílio, quando o paciente não pode ir até a casa, por estarem debilitados. Também há o atendimento em grupo, uma vez por semana. O atendimento psicológico pode ser feito nos hospitais, quando a pessoa precisa ficar internada. É estendido esse trabalho para os familiares, inclusive, conta a única psicóloga da associação.

Segundo Maria Luiza, os pacientes, em geral, não ficam muito tempo na casa, pois quando eles melhoram não necessitam mais do recurso, há uma rotatividade. Então ele procura a psicóloga quando há algum problema na família, para uma terapia. Os únicos atendimentos psicológicos fixos são o domiciliar, hospitalar e de grupo.

“A casa de apoio tem uma cuidadora noturna, qualquer coisa que é preciso nós encaminhamos para os hospitais. Os pacientes transplantados vêm para a atividade de lazer, buscar medicações, benefícios, mas não posam na casa”, destaca a psicóloga. O deslocamento é feito pelos funcionários da Aapecan, que levam os hóspedes para o HUSM ou para o Hospital de Caridade, que também têm uma demanda na associação.

“ Temos várias atividades de lazer, em cada data comemorativa procuramos fazer algo para os pacientes não ficarem tão ociosos e se animarem. Seja uma atividade educativa ou passeios. O que ocorre na região e podemos levá-los ou trazer para a casa nós trazemos, como na área de artesanato, aqui mesmo, onde eles costuram, fazem objetos. No dia das crianças também fizemos uma atividade”, conta Maria Luiza.

“A maioria das notícias são divulgadas pelas rádios que somos parceiros ou na página do Facebook. Temos um jornal trimestral, todas as unidades têm matérias com ações que acontecem na Aapecan de SM, como a festa de Natal, por exemplo. Também para nossos colaboradores saberem como funcionamos”, explica a assessora de comunicação Elana Weber. “Somos bastantes procurados nos meses de campanha, como o outubro rosa, novembro azul e o dezembro amarelo. Damos palestras sobre as informações, os cuidados, materiais que utilizamos, os suplementos, para a comunidade ter contato com esses recursos”, nota a psicóloga.