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Santa Maria, RS, Brazil

Mulheres Donas de Si: união e empoderamento na luta contra o câncer

Arte: divulgação
Arte: divulgação

Com as unhas pintadas de rosa, o lacinho da campanha contra o câncer de mama, alegres, Leila Moura e Marlene Sager contam sobre a criação do projeto Mulheres Donas de Si, o documentário gravado pela TV Ovo e as iniciativas femininas que o blog visa. “Nós lançamos o blog Mulheres Donas de Si em maio deste ano. O foco é o universo feminino e, logo, não poderíamos ficar fora dessa campanha do câncer de mama. Eu e a Marlene Sager lembramos que a Cláudia Nunes trabalha com cinema. Fizemos uma proposta cultural sobre o Outubro Rosa e ela deu a ideia do documentário”, relata Leila.  E assim foi formada a comissão entre Marlene, Leila, Cláudia e mais oito amigas que moderam a página no Facebook.
As mulheres foram escolhidas a partir de pessoas que já a comissão já conhecia e através da ligação com a enfermeira Leila do Projeto Renascer, desenvolvido no Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), junto à mulheres com câncer,  que indicou mulheres para darem depoimento. Foi marcada uma reunião e todas aceitaram participar do documentário.
A gravação foi dia 15 de agosto com 11 mulheres e, posteriormente, com Patrícia Carvalho, farmacêutica, que desenvolveu um projeto de medicamento na oncologia, pois ela já teve a doença.
“A ideia do documentário é celebrar a vida, por isso escolhemos mulheres que já retomaram sua vida normalmente, já passaram pelo tratamento intenso da doença, algumas já faz anos que terminaram. Não escolhemos quem foi diagnosticada recentemente, porque é um momento doloroso e delicado. Nós queremos que o documentário dê força e empodere quem está passando pelo câncer”, ressalta Leila.

Marlene e Leila admiram a montagem do documentário, por Cláudia, de forma íntima e didática (foto: Roger Haeffner)
Marlene e Leila admiram a montagem do documentário, por Cláudia, de forma íntima e didática (foto: Roger Haeffner)

“O pior momento para elas é o impacto do diagnóstico.Depois elas encontram força, espiritual, na família, na caminhada de vida, e seguem o tratamento”, afirma Marlene.

Leila ressalta que as mulheres participantes se sentiram muito valorizadas após o documentário, e que as organizadoras têm uma gratidão imensa pela suas participações. ” E elas tem uma gratidão por ter entrado nesse projeto, se sentirem abraçadas, fortalecidas”, conta Leila. “O documentário se torna uma esperança para quem está enfrentando a doença nesse momento. O objetivo é levar o docmentário para o alcance de toda comunidade, pois nós tivemos um apoio imenso da cidade. Foram 35 empresas que nos apoiaram e ajudaram. Nós tivemos uma exposição no Espaço Esmeralda, belíssima, com ilhas de degustação, decoração toda cor-de-rosa, iluminação, tudo isso graças às parceiras”, afirma.
O documentário foi dirigido pela professora Cláudia Nunes, a gravação foi da TV OVO, com participação importante dos alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Francisca Weinmann, onde há um projeto de cinema e os estudantes auxiliaram na produção. “No Espaço Esmeralda quando chamamos a equipe técnica apareceram aquelas crianças. Foi lindo ver os alunos entrando”. O documentário está dividido em blocos . O início com o diagnóstico, a descoberta, o tratamento, a superação e a lição que cada mulher viveu e tirou da história. O doutor e ginecologista, Flávio Jobim, também participou, enfatizando os grupos de riscos, os sinais, a prevenção, e os avanços da medicina, de forma bem didática, segundo Leila.

O mundo feminino

“Elas se sentem tão valorizadas, estão tão emocionadas com essa repercussão do documentário. Estão unidas de uma forma muito forte. Uma delas mandou fazer a logo do projeto para colar atrás do carro, fizemos camisetas e echarpes para vender também”, conta Leila, entusiasmada.
Como a mãe faleceu com câncer de ovário, Leia faz parte do grupo de risco. Emocionada ao falar de sua mãe, diz que as mulheres que ainda não encontraram forças tem que participarem de eventos de grupos que trabalham com o universo feminino. “Se elas se fecharem e ficarem depressivas o câncer vai vencê-las. Elas precisam ver que podem fazer essa virada e se fortalecer”, incentiva.

Leila convida todas as mulheres à entrarem para o projeto e se empoderarem (foto: Roger Haeffner/Laboratório de Fotografia e Memória)
Leila convida todas as mulheres à entrarem para o projeto e se empoderarem (foto: Roger Haeffner/Laboratório de Fotografia e Memória)

O blog não se limita à publicações na internet. Há encontros periódicos para conversas e isso torna as mulheres mais engajadas em várias situações do universo feminino, segundo as criadoras . Recentemente, o grupo realizou no Casa 10 um café filosófico quando se discutiu o feminismo, para quem ele serve, como funciona.
No grupo há oficinas de culinárias, elas vão à show juntas, sempre têm companhia para as mulheres irem à eventos. Foram em 80 pessoas no show do Zé Ramalho, dia 4 de setembro. Leila e Marlene contam que a cada semana entra um grupo novo de mulheres e  elas percebem o quanto são necessários projetos que unam mulheres. Marlene nota que Santa Maria ainda é muito carente dessa ligação entre mulheres. O site fala sobre saúde, nutrição, estética, viagens, livros, filmes em lançamento, sempre em foco do feminino, da companhia e união.
“As pessoas têm essa ideia que é um grupo fechado, mas não é dessa forma. São para todas as mulheres que queiram entrar, se unir para sair, ir à eventos, trocar experiências, basta acompanhar os encontros e começar a ir, vamos acolher e sempre convidamos na página do Facebook e no site para as conversas”, explicam. O blog é comercial, pois os empresários devem pagar para o financiamento de propagandas, visto que é preciso renda para os encontros e produções culturais do projeto, mas há essa vertente social bem forte, esclarece Leila. A arrecadação da última exposição do documentário, no Espaço Esmeralda, foi toda para a ONG Leon Denis, que recebe pacientes em quimioterapia do HUSM.

A programação para outubro:

Além do lançado no Espaço Esmeralda, no dia 05, o documentário será exibido:
Dia 14/10 lançamento em Jaguari;
Dia 15/10 exibição no Plenário da Câmara de Vereadores para os pacientes da Clínica Renal de SM;
Dia 16/10 exibição para os funcionários e funcionárias da Coca-Cola;
Dia 19/10 evento no The Park, para exibir o documentário;
Dia 20/10 Santa Cruz do Sul apresentar o documentário;
Dia 21/10 exibição na Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB);
Dia 23/10 exibição em Pelotas, numa parceria com a Parceiros Voluntários e CDL;
Dia 25/10 lançamento em São Francisco de Assis;
Dia 26/10 exibição no curso de Fisioterapia da UFSM, com o clipe das mulheres cantando Tempos Modernos, do Lulu Santos.

 

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Arte: divulgação
Arte: divulgação

Com as unhas pintadas de rosa, o lacinho da campanha contra o câncer de mama, alegres, Leila Moura e Marlene Sager contam sobre a criação do projeto Mulheres Donas de Si, o documentário gravado pela TV Ovo e as iniciativas femininas que o blog visa. “Nós lançamos o blog Mulheres Donas de Si em maio deste ano. O foco é o universo feminino e, logo, não poderíamos ficar fora dessa campanha do câncer de mama. Eu e a Marlene Sager lembramos que a Cláudia Nunes trabalha com cinema. Fizemos uma proposta cultural sobre o Outubro Rosa e ela deu a ideia do documentário”, relata Leila.  E assim foi formada a comissão entre Marlene, Leila, Cláudia e mais oito amigas que moderam a página no Facebook.
As mulheres foram escolhidas a partir de pessoas que já a comissão já conhecia e através da ligação com a enfermeira Leila do Projeto Renascer, desenvolvido no Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), junto à mulheres com câncer,  que indicou mulheres para darem depoimento. Foi marcada uma reunião e todas aceitaram participar do documentário.
A gravação foi dia 15 de agosto com 11 mulheres e, posteriormente, com Patrícia Carvalho, farmacêutica, que desenvolveu um projeto de medicamento na oncologia, pois ela já teve a doença.
“A ideia do documentário é celebrar a vida, por isso escolhemos mulheres que já retomaram sua vida normalmente, já passaram pelo tratamento intenso da doença, algumas já faz anos que terminaram. Não escolhemos quem foi diagnosticada recentemente, porque é um momento doloroso e delicado. Nós queremos que o documentário dê força e empodere quem está passando pelo câncer”, ressalta Leila.

Marlene e Leila admiram a montagem do documentário, por Cláudia, de forma íntima e didática (foto: Roger Haeffner)
Marlene e Leila admiram a montagem do documentário, por Cláudia, de forma íntima e didática (foto: Roger Haeffner)

“O pior momento para elas é o impacto do diagnóstico.Depois elas encontram força, espiritual, na família, na caminhada de vida, e seguem o tratamento”, afirma Marlene.

Leila ressalta que as mulheres participantes se sentiram muito valorizadas após o documentário, e que as organizadoras têm uma gratidão imensa pela suas participações. ” E elas tem uma gratidão por ter entrado nesse projeto, se sentirem abraçadas, fortalecidas”, conta Leila. “O documentário se torna uma esperança para quem está enfrentando a doença nesse momento. O objetivo é levar o docmentário para o alcance de toda comunidade, pois nós tivemos um apoio imenso da cidade. Foram 35 empresas que nos apoiaram e ajudaram. Nós tivemos uma exposição no Espaço Esmeralda, belíssima, com ilhas de degustação, decoração toda cor-de-rosa, iluminação, tudo isso graças às parceiras”, afirma.
O documentário foi dirigido pela professora Cláudia Nunes, a gravação foi da TV OVO, com participação importante dos alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Francisca Weinmann, onde há um projeto de cinema e os estudantes auxiliaram na produção. “No Espaço Esmeralda quando chamamos a equipe técnica apareceram aquelas crianças. Foi lindo ver os alunos entrando”. O documentário está dividido em blocos . O início com o diagnóstico, a descoberta, o tratamento, a superação e a lição que cada mulher viveu e tirou da história. O doutor e ginecologista, Flávio Jobim, também participou, enfatizando os grupos de riscos, os sinais, a prevenção, e os avanços da medicina, de forma bem didática, segundo Leila.

O mundo feminino

“Elas se sentem tão valorizadas, estão tão emocionadas com essa repercussão do documentário. Estão unidas de uma forma muito forte. Uma delas mandou fazer a logo do projeto para colar atrás do carro, fizemos camisetas e echarpes para vender também”, conta Leila, entusiasmada.
Como a mãe faleceu com câncer de ovário, Leia faz parte do grupo de risco. Emocionada ao falar de sua mãe, diz que as mulheres que ainda não encontraram forças tem que participarem de eventos de grupos que trabalham com o universo feminino. “Se elas se fecharem e ficarem depressivas o câncer vai vencê-las. Elas precisam ver que podem fazer essa virada e se fortalecer”, incentiva.

Leila convida todas as mulheres à entrarem para o projeto e se empoderarem (foto: Roger Haeffner/Laboratório de Fotografia e Memória)
Leila convida todas as mulheres à entrarem para o projeto e se empoderarem (foto: Roger Haeffner/Laboratório de Fotografia e Memória)

O blog não se limita à publicações na internet. Há encontros periódicos para conversas e isso torna as mulheres mais engajadas em várias situações do universo feminino, segundo as criadoras . Recentemente, o grupo realizou no Casa 10 um café filosófico quando se discutiu o feminismo, para quem ele serve, como funciona.
No grupo há oficinas de culinárias, elas vão à show juntas, sempre têm companhia para as mulheres irem à eventos. Foram em 80 pessoas no show do Zé Ramalho, dia 4 de setembro. Leila e Marlene contam que a cada semana entra um grupo novo de mulheres e  elas percebem o quanto são necessários projetos que unam mulheres. Marlene nota que Santa Maria ainda é muito carente dessa ligação entre mulheres. O site fala sobre saúde, nutrição, estética, viagens, livros, filmes em lançamento, sempre em foco do feminino, da companhia e união.
“As pessoas têm essa ideia que é um grupo fechado, mas não é dessa forma. São para todas as mulheres que queiram entrar, se unir para sair, ir à eventos, trocar experiências, basta acompanhar os encontros e começar a ir, vamos acolher e sempre convidamos na página do Facebook e no site para as conversas”, explicam. O blog é comercial, pois os empresários devem pagar para o financiamento de propagandas, visto que é preciso renda para os encontros e produções culturais do projeto, mas há essa vertente social bem forte, esclarece Leila. A arrecadação da última exposição do documentário, no Espaço Esmeralda, foi toda para a ONG Leon Denis, que recebe pacientes em quimioterapia do HUSM.

A programação para outubro:

Além do lançado no Espaço Esmeralda, no dia 05, o documentário será exibido:
Dia 14/10 lançamento em Jaguari;
Dia 15/10 exibição no Plenário da Câmara de Vereadores para os pacientes da Clínica Renal de SM;
Dia 16/10 exibição para os funcionários e funcionárias da Coca-Cola;
Dia 19/10 evento no The Park, para exibir o documentário;
Dia 20/10 Santa Cruz do Sul apresentar o documentário;
Dia 21/10 exibição na Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB);
Dia 23/10 exibição em Pelotas, numa parceria com a Parceiros Voluntários e CDL;
Dia 25/10 lançamento em São Francisco de Assis;
Dia 26/10 exibição no curso de Fisioterapia da UFSM, com o clipe das mulheres cantando Tempos Modernos, do Lulu Santos.