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É dia de feira

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Variedades de produtos na feira/ Foto: Caroline Costa/Laboratório de Fotografia e Memória

“É dia de feira, quarta-feira, sexta-feira não importa a feira”. Nesse caso, sábado é dia de Feirão Colonial, uma atividade que existe há 24 anos e faz parte do Projeto Esperança/Cooesperança, da Diocese de Santa Maria.

A comercialização de frutas, verduras, hortaliças e ainda produtos coloniais e artesanais ocorre todos os sábados, sempre das 7h ao meio-dia, no Centro de Referência em Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter. À venda estão produtos oriundos de grupos de cooperativismo e de economia solidária que integram o projeto Esperança Cooesperança. Os cerca de 2 mil agricultores se transformam em comerciantes e trabalham num sistema de autogestão, ou seja, dentro da feira ninguém é empregado, todos se ajudam e trabalham no processo que começa no plantio, segue no cultivo dos alimentos (ou produção dos artigos artesanais e produtos coloniais) e vai até a comercialização. A irmã Lourdes Dill, coordenadora do projeto, explica “no feirão são todos cooperativados, são pequenos grupos da área rural e urbana que sobrevivem dessa renda”.  

João Hartz está entre os feirantes mais antigos. Ele deixou a rotina agitada em Porto Alegre há mais de 25 anos pensando em melhorar a qualidade de vida dele e da família “voltei para o interior, adquiri propriedade rural em Silveira Martins, pensando em produzir muitas coisas para mim comer e para vender. Eu tenho agroindústria de produtos integrais, sem glúten, sem lactose e planto milho e feijão orgânico”. João conta que a rotina aos sábados não é fácil “levanto às 4h da manhã, saio às 5h, para chegar às 6h e montar o estande”, mas todo o esforço vale a pena, relata o produtor “me sinto satisfeito em estar trazendo saúde às pessoas e proporcionando bem estar”.

E é em busca de saúde e produtos fresquinhos que seu Jarbas Niederauer vai ao Feirão há 24 anos. Para o aposentado, a variedade é o que mais agrada. “Todas as vezes que venho à feira, percebo a diversidade e gosto da qualidade dos produtos”, comenta.  

Artesanato da feira/ Foto: Caroline Costa/ Laboratório de Fotografia e Memória

Comerciantes e visitantes satisfeitos, esse é o resultado dos feirões segundo a Jussane Turri Carvalho, que mora em Arroio Grande e vende diversos tipos de queijo. Além de fonte de renda, para ela a feira também é um espaço para se fazer amizades. “Aqui se encontra do mais simples ao mais rico, se cria uma amizade com os clientes. Todos os sábados, muitos já vem direto na minha banca”, lembra.

O otimismo dos feirantes é o mesmo da coordenadora do projeto. Para a irmã Lourdes Dill, chegar aos 24 anos de feira é sinal de que a ideia deu certo e amadureceu. “A gente semeia e cultiva e ver essa história acontecer é muito gratificante. Valeu a pena investir meu tempo, praticamente 30 anos. Hoje me traz alegria”, diz.

Por Fabielle Dornelles e Raíssa Bertazzo para o Jornal Abra

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Variedades de produtos na feira/ Foto: Caroline Costa/Laboratório de Fotografia e Memória

“É dia de feira, quarta-feira, sexta-feira não importa a feira”. Nesse caso, sábado é dia de Feirão Colonial, uma atividade que existe há 24 anos e faz parte do Projeto Esperança/Cooesperança, da Diocese de Santa Maria.

A comercialização de frutas, verduras, hortaliças e ainda produtos coloniais e artesanais ocorre todos os sábados, sempre das 7h ao meio-dia, no Centro de Referência em Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter. À venda estão produtos oriundos de grupos de cooperativismo e de economia solidária que integram o projeto Esperança Cooesperança. Os cerca de 2 mil agricultores se transformam em comerciantes e trabalham num sistema de autogestão, ou seja, dentro da feira ninguém é empregado, todos se ajudam e trabalham no processo que começa no plantio, segue no cultivo dos alimentos (ou produção dos artigos artesanais e produtos coloniais) e vai até a comercialização. A irmã Lourdes Dill, coordenadora do projeto, explica “no feirão são todos cooperativados, são pequenos grupos da área rural e urbana que sobrevivem dessa renda”.  

João Hartz está entre os feirantes mais antigos. Ele deixou a rotina agitada em Porto Alegre há mais de 25 anos pensando em melhorar a qualidade de vida dele e da família “voltei para o interior, adquiri propriedade rural em Silveira Martins, pensando em produzir muitas coisas para mim comer e para vender. Eu tenho agroindústria de produtos integrais, sem glúten, sem lactose e planto milho e feijão orgânico”. João conta que a rotina aos sábados não é fácil “levanto às 4h da manhã, saio às 5h, para chegar às 6h e montar o estande”, mas todo o esforço vale a pena, relata o produtor “me sinto satisfeito em estar trazendo saúde às pessoas e proporcionando bem estar”.

E é em busca de saúde e produtos fresquinhos que seu Jarbas Niederauer vai ao Feirão há 24 anos. Para o aposentado, a variedade é o que mais agrada. “Todas as vezes que venho à feira, percebo a diversidade e gosto da qualidade dos produtos”, comenta.  

Artesanato da feira/ Foto: Caroline Costa/ Laboratório de Fotografia e Memória

Comerciantes e visitantes satisfeitos, esse é o resultado dos feirões segundo a Jussane Turri Carvalho, que mora em Arroio Grande e vende diversos tipos de queijo. Além de fonte de renda, para ela a feira também é um espaço para se fazer amizades. “Aqui se encontra do mais simples ao mais rico, se cria uma amizade com os clientes. Todos os sábados, muitos já vem direto na minha banca”, lembra.

O otimismo dos feirantes é o mesmo da coordenadora do projeto. Para a irmã Lourdes Dill, chegar aos 24 anos de feira é sinal de que a ideia deu certo e amadureceu. “A gente semeia e cultiva e ver essa história acontecer é muito gratificante. Valeu a pena investir meu tempo, praticamente 30 anos. Hoje me traz alegria”, diz.

Por Fabielle Dornelles e Raíssa Bertazzo para o Jornal Abra