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Questão étnico-racial é tema de palestra do XXI SEPE

Palestra sobre diversidade marca a noite de apresentações do XXI SEPE. Foto: Evelin Bitencourt

Com o tema “Uma abordagem antropológica sobre a diversidade”, Paula Simone Bolzan Jardim, doutora em Antropologia Social pela UFRGS e graduada em História pela UFSM, ministrou palestra na noite desta quinta-feira, no prédio 13 da Unifra. Contemplando o eixo de Direitos Humanos e Diversidade e baseando sua apresentação em estudos pós-coloniais, Paula questionou a criação social de um indivíduo modelo, ressaltando o papel gerador de pluralidades desenvolvido pela diversidade.

A partir de uma pesquisa etnográfica realizada em 2014, a professora relatou o silenciamento dos casos de racismo, grande empecilho no combate e resolução de crimes ligados ao preconceito racial. Como exemplo, pode-se citar o ocorrido no Diretório Livre de Direito da UFSM, no qual injúrias raciais foram escritas nos banheiros, além do nome de alunos do próprio curso; fato esse, desconhecido por grande maioria dos acadêmicos da instituição.

“A questão da mídia falhar, ou não, não é uma pergunta que nos ajuda muito. A gente tem que pensar em que tipos de mídia temos, que tipo de notícia estamos veiculando e que imagem estamos produzindo. Quando você silencia uma discussão e condição social, você não cria a possibilidade de as pessoas saberem e fazerem perguntas”, disse Paula, quando questionada acerca do destaque dado ao caso na mídia.

Segundo ela, a visão etnocêntrica e a política de branqueamento ainda agem como barreiras na tentativa de erradicar comportamentos preconceituosos, gerados, principalmente, pela tentativa de definir um modelo padrão de indivíduo. Essa máxima exclui os preceitos de diversidade presentes nas relações dialógicas humanas, que são fundamentais para a constituição da vida em sociedade.

 

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Palestra sobre diversidade marca a noite de apresentações do XXI SEPE. Foto: Evelin Bitencourt

Com o tema “Uma abordagem antropológica sobre a diversidade”, Paula Simone Bolzan Jardim, doutora em Antropologia Social pela UFRGS e graduada em História pela UFSM, ministrou palestra na noite desta quinta-feira, no prédio 13 da Unifra. Contemplando o eixo de Direitos Humanos e Diversidade e baseando sua apresentação em estudos pós-coloniais, Paula questionou a criação social de um indivíduo modelo, ressaltando o papel gerador de pluralidades desenvolvido pela diversidade.

A partir de uma pesquisa etnográfica realizada em 2014, a professora relatou o silenciamento dos casos de racismo, grande empecilho no combate e resolução de crimes ligados ao preconceito racial. Como exemplo, pode-se citar o ocorrido no Diretório Livre de Direito da UFSM, no qual injúrias raciais foram escritas nos banheiros, além do nome de alunos do próprio curso; fato esse, desconhecido por grande maioria dos acadêmicos da instituição.

“A questão da mídia falhar, ou não, não é uma pergunta que nos ajuda muito. A gente tem que pensar em que tipos de mídia temos, que tipo de notícia estamos veiculando e que imagem estamos produzindo. Quando você silencia uma discussão e condição social, você não cria a possibilidade de as pessoas saberem e fazerem perguntas”, disse Paula, quando questionada acerca do destaque dado ao caso na mídia.

Segundo ela, a visão etnocêntrica e a política de branqueamento ainda agem como barreiras na tentativa de erradicar comportamentos preconceituosos, gerados, principalmente, pela tentativa de definir um modelo padrão de indivíduo. Essa máxima exclui os preceitos de diversidade presentes nas relações dialógicas humanas, que são fundamentais para a constituição da vida em sociedade.