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Santa Maria, RS, Brazil

Uma verdadeira luta por reconhecimento

O União Independente disputa o Campeonato Estadual Feminino de Futsal. Foto: Juliano Dutra. LABFEM

O esporte feminino nunca teve muito apoio. Diversas dificuldades surgem, inclusive quando comparado à categoria masculina, a qual tem prioridade em patrocínio e divulgação. Uma equipe de futsal santa-mariense tenta passar por cima das dificuldades e fazer bonito no campeonato estadual. O União Independente representa Santa Maria na competição, que, após longo período, ficou sem times femininos da cidade.

A equipe surgiu em janeiro com a fusão dos times da Faculdade Metodista de Santa Maria (Fames) e do União Independente.  O grupo hoje conta com 16 atletas inscritas na Federação Gaúcha de Futsal, a maioria escolhidas por meio de seletivas no início do ano e observadas durante o Campeonato Citadino da cidade, em 2016.

O esporte feminino em qualquer lugar do Brasil sofre com apoio. Diversas modalidades são deixadas de lado e tem enormes dificuldades em se manter, até mesmo o esporte mais popular no país, o futebol. Em Santa Maria, não é diferente, as equipes femininas têm muito pouco apoio, até por não serem reconhecidas. Falta recurso para inscrições nas competições e para transporte. Com a equipe do União ocorre o mesmo. Apesar de contar com seis patrocinadores fixos mensais, este valor não é suficiente e, muitas vezes, a equipe tem de fazer rifas ou risotos para arrecadar fundos para poder pagar transporte, alimentação e preparação das atletas. Além disso, o time enfrenta dificuldades em encontrar novos patrocinadores.

Segundo Janaína Fernandes, supervisora da equipe, o patrocínio é difícil, pois esbarra na pouca popularidade da categoria feminina e na falta de investimentos de empresários em contraste com a categoria masculina que é muito maior. “O Futsal Feminino ainda não tem créditos como o masculino e outras modalidades, por ainda não termos um histórico de bons resultados e por ser um projeto novo, talvez não seja valorizado. ”, salienta.

A Prefeitura tenta ajudar como pode com o transporte, ao ceder ônibus e motorista para o deslocamento quando os jogos são em outra cidade, mas os gastos com combustível e as diárias do motorista ficam a cargo do time. Quando não é possível, a equipe aluga transporte privado para as viagens.

Até o momento, o União Independente está em sexto lugar na tabela, tendo grandes chances de classificação para a segunda fase.

O técnico Mário Machado ressalta qual a sua expectativa para o campeonato: “Este ano a gente queria entrar com a equipe na competição para mostrar para a cidade que Santa Mara tem condições de ter uma equipe feminina disputando o Estadual. Além disso, a gente não tinha expectativa de passar de fase, mas com o decorrer da competição, podemos vislumbrar avançar e ir para a segunda fase do torneio”.

É a primeira vez que a equipe feminina do União participa da competição. Foto: Juliano Dutra. LABFEM

No estadual, a equipe é uma estreante. Muitas atletas nunca participaram de uma competição deste nível. Eram acostumadas a jogar apenas campeonatos e torneios regionais. Com essa oportunidade, passam a ter experiência gratificante, o que se transforma em uma realização para as jogadoras e comissão técnica do time.

O técnico ainda comenta sobre como é a experiência das atletas em participar de uma competição com um nível tão alto: “Para as atletas que só jogavam torneios na cidade, o Estadual está sendo uma realização. Hoje elas representam uma cidade e todas as equipes existentes na região, e isso para elas, era algo inimaginável há alguns anos”.

No plantel, existem atletas que já participaram do Estadual, como Raiane Mendes. Ela disputou o campeonato no ano passado pela Associação Malgi, de Pelotas, e para ela representar a cidade é uma honra. “É sempre bom representar Santa Maria, pois é a cidade onde trabalha, estuda, o que torna a experiência diferente e que faz a expectativa ficar maior”, ressalta Raiane.

Estreante em estaduais, a atleta Tiphanie Amaral comenta a experiência de participar de uma competição importante como esta: “É uma experiência única. A expectativa aumenta sempre que entra no ônibus e vai até o local dos jogos, o que torna tudo muito especial”, relata.

A primeira fase do campeonato chega ao final, e quem ainda puder e quiser ajudar as meninas do União Independente pode entrar em contato com a página no Facebook ou ligar para o número (55) 9 99918209.

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O União Independente disputa o Campeonato Estadual Feminino de Futsal. Foto: Juliano Dutra. LABFEM

O esporte feminino nunca teve muito apoio. Diversas dificuldades surgem, inclusive quando comparado à categoria masculina, a qual tem prioridade em patrocínio e divulgação. Uma equipe de futsal santa-mariense tenta passar por cima das dificuldades e fazer bonito no campeonato estadual. O União Independente representa Santa Maria na competição, que, após longo período, ficou sem times femininos da cidade.

A equipe surgiu em janeiro com a fusão dos times da Faculdade Metodista de Santa Maria (Fames) e do União Independente.  O grupo hoje conta com 16 atletas inscritas na Federação Gaúcha de Futsal, a maioria escolhidas por meio de seletivas no início do ano e observadas durante o Campeonato Citadino da cidade, em 2016.

O esporte feminino em qualquer lugar do Brasil sofre com apoio. Diversas modalidades são deixadas de lado e tem enormes dificuldades em se manter, até mesmo o esporte mais popular no país, o futebol. Em Santa Maria, não é diferente, as equipes femininas têm muito pouco apoio, até por não serem reconhecidas. Falta recurso para inscrições nas competições e para transporte. Com a equipe do União ocorre o mesmo. Apesar de contar com seis patrocinadores fixos mensais, este valor não é suficiente e, muitas vezes, a equipe tem de fazer rifas ou risotos para arrecadar fundos para poder pagar transporte, alimentação e preparação das atletas. Além disso, o time enfrenta dificuldades em encontrar novos patrocinadores.

Segundo Janaína Fernandes, supervisora da equipe, o patrocínio é difícil, pois esbarra na pouca popularidade da categoria feminina e na falta de investimentos de empresários em contraste com a categoria masculina que é muito maior. “O Futsal Feminino ainda não tem créditos como o masculino e outras modalidades, por ainda não termos um histórico de bons resultados e por ser um projeto novo, talvez não seja valorizado. ”, salienta.

A Prefeitura tenta ajudar como pode com o transporte, ao ceder ônibus e motorista para o deslocamento quando os jogos são em outra cidade, mas os gastos com combustível e as diárias do motorista ficam a cargo do time. Quando não é possível, a equipe aluga transporte privado para as viagens.

Até o momento, o União Independente está em sexto lugar na tabela, tendo grandes chances de classificação para a segunda fase.

O técnico Mário Machado ressalta qual a sua expectativa para o campeonato: “Este ano a gente queria entrar com a equipe na competição para mostrar para a cidade que Santa Mara tem condições de ter uma equipe feminina disputando o Estadual. Além disso, a gente não tinha expectativa de passar de fase, mas com o decorrer da competição, podemos vislumbrar avançar e ir para a segunda fase do torneio”.

É a primeira vez que a equipe feminina do União participa da competição. Foto: Juliano Dutra. LABFEM

No estadual, a equipe é uma estreante. Muitas atletas nunca participaram de uma competição deste nível. Eram acostumadas a jogar apenas campeonatos e torneios regionais. Com essa oportunidade, passam a ter experiência gratificante, o que se transforma em uma realização para as jogadoras e comissão técnica do time.

O técnico ainda comenta sobre como é a experiência das atletas em participar de uma competição com um nível tão alto: “Para as atletas que só jogavam torneios na cidade, o Estadual está sendo uma realização. Hoje elas representam uma cidade e todas as equipes existentes na região, e isso para elas, era algo inimaginável há alguns anos”.

No plantel, existem atletas que já participaram do Estadual, como Raiane Mendes. Ela disputou o campeonato no ano passado pela Associação Malgi, de Pelotas, e para ela representar a cidade é uma honra. “É sempre bom representar Santa Maria, pois é a cidade onde trabalha, estuda, o que torna a experiência diferente e que faz a expectativa ficar maior”, ressalta Raiane.

Estreante em estaduais, a atleta Tiphanie Amaral comenta a experiência de participar de uma competição importante como esta: “É uma experiência única. A expectativa aumenta sempre que entra no ônibus e vai até o local dos jogos, o que torna tudo muito especial”, relata.

A primeira fase do campeonato chega ao final, e quem ainda puder e quiser ajudar as meninas do União Independente pode entrar em contato com a página no Facebook ou ligar para o número (55) 9 99918209.