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Técnicos do Ministério da Saúde investigam causas da toxoplasmose em Santa Maria

Equipes da Prefeitura de Santa Maria e do Ministério da Saúde investigam as causas do surto de toxoplasmose na cidade.Foto: João Alves – Acervo: Prefeitura Municipal de Santa Maria

Uma nova equipe de especialistas se somou aos órgãos do Município, do Estado e do Governo Federal que seguem trabalhando na investigação do foco de toxoplasmose na cidade.  Técnicos do Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do Sistema Único de Saúde (EpiSUS) e da Coordenação Geral de Laboratório de Saúde Pública do Ministério da Saúde.

Ao todo, são quatro profissionais, três do EpiSUS (uma bióloga, um médico e uma enfermeira) e uma enfermeira do Laboratório de Saúde Pública do Ministério da Saúde. Os profissionais chegaram ao Município na sexta-feira (27), e estão investigando os dados coletados até o momento pelas equipes da Prefeitura e do Estado. Equivalente a essa análise, inclui a análise dos casos, dos exames efetuados, entre outros , os técnicos estão empenhando – se na produção de um mecanismo de apuração, que será executado com a população.

 

Toxoplasmose: o que é a doença que causou um surto na cidade

A cidade de Santa Maria virou assunto no Brasil inteiro por enfrentar uma endemia de toxoplasmose, doença causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, que é facilmente encontrado na natureza e pode causar infecção em grande número de mamíferos e pássaros no mundo todo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Infectologia, a doença pode ocorrer pela ingestão de oocistos (onde o parasita se desenvolve) provenientes do solo, areia, latas de lixo contaminadas com fezes de gatos infectados; ingestão de carne crua e malcozida infectada com cistos, especialmente carne de porco e carneiro; ou por intermédio de infecção transplacentária, ocorrendo em 40% dos fetos de mães que adquiriam a infecção durante a gravidez.

A Secretária da Saúde do Rio Grande do Sul confirmou em entrevista coletiva na última quinta-feira, 19 que Santa Maria enfrenta um surto de toxoplasmose, o que justifica os sintomas apresentados por mais de 100 pessoas que procuraram atendimento nas últimas semanas, e cuja origem, até então, não era conhecida. Entre os casos confirmados, 90% dos pacientes apresentaram febre e dores no corpo e na cabeça, e 76% tiveram ínguas -inchaço das glândulas linfáticas.

Na tarde da última quarta-feira, 25, um grupo de médicos afirma que número de casos infectados chega a 148 na cidade de Santa Maria e continua crescendo. O governo estadual não reconhece oficialmente os dados dos médicos, mantendo as 51 confirmações feitas pelo Laboratório Central do Estado (Lacen), sendo sete gestantes, desde o último dia 12. A secretaria sustenta que o número não é suficiente para caracterizar uma epidemia na cidade.

Já na manhã da última quinta-feira, 26, vereadores integrantes da Comissão de Saúde da câmara de Santa Maria formaram uma subcomissão para acompanhar o surto da doença na cidade. Eles farão visitas às unidades de saúde a partir do dia 08 de maio. Integram a subcomissão os vereadores Francisco Harrisson(MDB), Luci Duartes(PDT) e Valdir Oliveira(PT).

Gestantes: 

A toxoplasmose na gravidez geralmente é assintomática para a mãe, mas pode ser muito perigosa para o bebê. Essa doença é provocada pelo protozoário Toxoplasma Gongii, que pode estar presente na carne crua ou mal passada, em alimentos crus contaminados e na terra contaminada com fezes de gatos que têm toxoplasmose.

A maioria das mulheres desenvolve imunidade ao longo da vida, mas quando a mulher é contaminada pela primeira vez com esse protozoário durante a gravidez, ele poderá afetar o bebê causando problemas como cegueira ou atraso mental. lguns países obtiveram sucesso na prevenção da contaminação intrauterina fazendo testes laboratoriais em todas as gestantes;
Em pessoas com deficiência imunológica a prevenção pode ser necessária com o uso de medicação dependendo de uma análise individual de cada caso.

Prevenção

 A Sociedade Brasileira de Infectologia lista algumas medidas de prevenção:
  • Não ingerir carnes cruas ou malcozidas;
  • Comer apenas vegetais e frutas bem lavados em água corrente;
  • Evitar contato com fezes de gato.
  • As gestantes, além de evitar o contato com gatos, devem submeter-se a adequado acompanhamento médico (pré-natal).

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Equipes da Prefeitura de Santa Maria e do Ministério da Saúde investigam as causas do surto de toxoplasmose na cidade.Foto: João Alves – Acervo: Prefeitura Municipal de Santa Maria

Uma nova equipe de especialistas se somou aos órgãos do Município, do Estado e do Governo Federal que seguem trabalhando na investigação do foco de toxoplasmose na cidade.  Técnicos do Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do Sistema Único de Saúde (EpiSUS) e da Coordenação Geral de Laboratório de Saúde Pública do Ministério da Saúde.

Ao todo, são quatro profissionais, três do EpiSUS (uma bióloga, um médico e uma enfermeira) e uma enfermeira do Laboratório de Saúde Pública do Ministério da Saúde. Os profissionais chegaram ao Município na sexta-feira (27), e estão investigando os dados coletados até o momento pelas equipes da Prefeitura e do Estado. Equivalente a essa análise, inclui a análise dos casos, dos exames efetuados, entre outros , os técnicos estão empenhando – se na produção de um mecanismo de apuração, que será executado com a população.

 

Toxoplasmose: o que é a doença que causou um surto na cidade

A cidade de Santa Maria virou assunto no Brasil inteiro por enfrentar uma endemia de toxoplasmose, doença causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, que é facilmente encontrado na natureza e pode causar infecção em grande número de mamíferos e pássaros no mundo todo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Infectologia, a doença pode ocorrer pela ingestão de oocistos (onde o parasita se desenvolve) provenientes do solo, areia, latas de lixo contaminadas com fezes de gatos infectados; ingestão de carne crua e malcozida infectada com cistos, especialmente carne de porco e carneiro; ou por intermédio de infecção transplacentária, ocorrendo em 40% dos fetos de mães que adquiriam a infecção durante a gravidez.

A Secretária da Saúde do Rio Grande do Sul confirmou em entrevista coletiva na última quinta-feira, 19 que Santa Maria enfrenta um surto de toxoplasmose, o que justifica os sintomas apresentados por mais de 100 pessoas que procuraram atendimento nas últimas semanas, e cuja origem, até então, não era conhecida. Entre os casos confirmados, 90% dos pacientes apresentaram febre e dores no corpo e na cabeça, e 76% tiveram ínguas -inchaço das glândulas linfáticas.

Na tarde da última quarta-feira, 25, um grupo de médicos afirma que número de casos infectados chega a 148 na cidade de Santa Maria e continua crescendo. O governo estadual não reconhece oficialmente os dados dos médicos, mantendo as 51 confirmações feitas pelo Laboratório Central do Estado (Lacen), sendo sete gestantes, desde o último dia 12. A secretaria sustenta que o número não é suficiente para caracterizar uma epidemia na cidade.

Já na manhã da última quinta-feira, 26, vereadores integrantes da Comissão de Saúde da câmara de Santa Maria formaram uma subcomissão para acompanhar o surto da doença na cidade. Eles farão visitas às unidades de saúde a partir do dia 08 de maio. Integram a subcomissão os vereadores Francisco Harrisson(MDB), Luci Duartes(PDT) e Valdir Oliveira(PT).

Gestantes: 

A toxoplasmose na gravidez geralmente é assintomática para a mãe, mas pode ser muito perigosa para o bebê. Essa doença é provocada pelo protozoário Toxoplasma Gongii, que pode estar presente na carne crua ou mal passada, em alimentos crus contaminados e na terra contaminada com fezes de gatos que têm toxoplasmose.

A maioria das mulheres desenvolve imunidade ao longo da vida, mas quando a mulher é contaminada pela primeira vez com esse protozoário durante a gravidez, ele poderá afetar o bebê causando problemas como cegueira ou atraso mental. lguns países obtiveram sucesso na prevenção da contaminação intrauterina fazendo testes laboratoriais em todas as gestantes;
Em pessoas com deficiência imunológica a prevenção pode ser necessária com o uso de medicação dependendo de uma análise individual de cada caso.

Prevenção

 A Sociedade Brasileira de Infectologia lista algumas medidas de prevenção:
  • Não ingerir carnes cruas ou malcozidas;
  • Comer apenas vegetais e frutas bem lavados em água corrente;
  • Evitar contato com fezes de gato.
  • As gestantes, além de evitar o contato com gatos, devem submeter-se a adequado acompanhamento médico (pré-natal).