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Meio ambiente em colapso: entre as boas e as más notícias

Amanhã, 07 de junho, será lançado em Brasília,  o projeto MapBiomas Alerta, um sistema de validação e refinamento de alertas de desmatamento, degradação e regeneração de vegetação nativa com imagens de alta resolução,  que disponibilizará os dados via internet de forma pública e gratuita para subsidiar o monitoramento ambiental e as ações de prevenção e combate ao desmatamento ilegal.

Mensalmente são coletados todos os alertas de desmatamento gerados no Brasil para os quatro principais sistemas implementados: DETER/INPE (Amazônia e Cerrado), SAD/IMAZON (Amazônia), SIPAMSAR (Censipam) e GLAD/Universidade de Maryland (demais biomas). Tais alertas são avaliados para excluir falsos positivos e encaminhados para a classificação supervisionada de imagens de satélites Planet¹ de 3 m de resolução e frequência diária. O processo é feito com uso de algoritmos de aprendizagem de máquina (machine learning) por meio da plataforma Google Earth Engine, que oferece grande capacidade de processamento na nuvem.

Equipes de programadores, especialistas de sensoriamento remoto e especialistas em conservação e uso da terra são organizados em equipes para cada bioma e suporte de tecnologia e sistemas são responsáveis pela checagem e validação dos dados.

Entre os resultado preliminarmente divulgados, o monitoramento realizado mostra, entre outros,  que os manguezais no Brasil estão em ritmo acelerado de desaparecimento em decorrência das mudanças climáticas, e os seus biomas estão sendo alterados abruptamente, ocasionando o  desaparecimento de várias espécies.

O  sistema de alertas poderá contribuir com o trabalho dos órgãos responsáveis pela fiscalização e proteção de áreas ambientais para que aconteça com mais eficácia e rapidez, visando coibir o desmatamento ilegal e diminuir a impunidade por crimes ao meio ambiente. Entre eles, pode-se citar o índice de desmatamento da Amazônia que, segundo dados do INPE divulgados pelo G1, o desmatamento na Floresta Amazônica do Brasil atingiu o recorde para o mês de maio, quando ” foram derrubados 739 km² de floresta, o que equivale a dois campos de futebol por minuto. No mesmo período do ano passado, a devastação foi de 550 km². O aumento é de 34%”.

Segundo dados do Imazon, “em abril de 2019, o SAD detectou 195 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal, uma redução de 10% em relação a abril de 2018, quando o desmatamento somou 217 quilômetros quadrados. Em abril de 2019, o desmatamento ocorreu no Mato Grosso (31%), Amazonas (30%), Pará (16%), Rondônia (12%), Roraima (9%) e Acre (2%). As florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 102 quilômetros quadrados em abril de 2019, enquanto que em abril de 2018 a degradação florestal detectada totalizou 8 quilômetros quadrados. Em abril de 2019 a degradação ocorreu em sua grande maioria (86%) no estado de Roraima, seguido de Mato Grosso (7%), Rondônia (4%), Amazonas (2%) e Pará (1%)”.

Clima e emissões

As notícias não são boas e vêm de todas as partes do planeta. Com o aumento das emissões de gás carbônico e outros gases do efeito estufa, o aquecimento global tem alcançado um nível crítico. Segundo o relatório divulgado pelo Centro Nacional de Descoberta do Clima da Austrália, a civilização humana está em ritmo de colapso. Especialistas acreditam que se nada for feito – no ritmo atual de aquecimento global, a temperatura vem subindo e pode aumentar cerca de 3 graus Celsius nas próximas décadas – as mudanças climáticas podem levar à derrocada da civilização humana até o ano de 2050.

A  este alerta  se somam os dados divulgados pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA), evidenciando que o nível de gás carbônico na atmosfera da Terra cresceu pelo sétimo ano consecutivo. No último mês de maio, os níveis médios de emissão foram de 414,7 partes por milhão (ppm), a maior marca desde 1958, conforme medições do Observatório de Mauna Loa (MLO), uma estação de linha de base atmosférica localizada no Havaí.

Na Mongólia, a aceleração das mudanças climáticas está provocando o êxodo rural e comprometendo a subsistência de milhares de pessoas. Os nômades moradores das estepes, nos últimos anos, enfrentaram oscilações climáticas rigorosas e sucessivas, marcadas pela perda de seus rebanhos. Mais de 42.500 cabeças de gado foram perdidas no ano de 2017 por conta de um inverno rigoroso com temperaturas de – 50º seguida de um verão muito quente. A catástrofe meteorológica vem se repetindo consecutivamente e colocando em risco mais de 157.000 pessoas, alertou a Cruz Vermelha. A gravidade da situação na Mongólia está registrada em um documentário recente divulgado em abril pela BBC e disponibilizado no Youtube[youtube_sc url=”https://youtu.be/Id8FpLg_aZk”]

 

 

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Amanhã, 07 de junho, será lançado em Brasília,  o projeto MapBiomas Alerta, um sistema de validação e refinamento de alertas de desmatamento, degradação e regeneração de vegetação nativa com imagens de alta resolução,  que disponibilizará os dados via internet de forma pública e gratuita para subsidiar o monitoramento ambiental e as ações de prevenção e combate ao desmatamento ilegal.

Mensalmente são coletados todos os alertas de desmatamento gerados no Brasil para os quatro principais sistemas implementados: DETER/INPE (Amazônia e Cerrado), SAD/IMAZON (Amazônia), SIPAMSAR (Censipam) e GLAD/Universidade de Maryland (demais biomas). Tais alertas são avaliados para excluir falsos positivos e encaminhados para a classificação supervisionada de imagens de satélites Planet¹ de 3 m de resolução e frequência diária. O processo é feito com uso de algoritmos de aprendizagem de máquina (machine learning) por meio da plataforma Google Earth Engine, que oferece grande capacidade de processamento na nuvem.

Equipes de programadores, especialistas de sensoriamento remoto e especialistas em conservação e uso da terra são organizados em equipes para cada bioma e suporte de tecnologia e sistemas são responsáveis pela checagem e validação dos dados.

Entre os resultado preliminarmente divulgados, o monitoramento realizado mostra, entre outros,  que os manguezais no Brasil estão em ritmo acelerado de desaparecimento em decorrência das mudanças climáticas, e os seus biomas estão sendo alterados abruptamente, ocasionando o  desaparecimento de várias espécies.

O  sistema de alertas poderá contribuir com o trabalho dos órgãos responsáveis pela fiscalização e proteção de áreas ambientais para que aconteça com mais eficácia e rapidez, visando coibir o desmatamento ilegal e diminuir a impunidade por crimes ao meio ambiente. Entre eles, pode-se citar o índice de desmatamento da Amazônia que, segundo dados do INPE divulgados pelo G1, o desmatamento na Floresta Amazônica do Brasil atingiu o recorde para o mês de maio, quando ” foram derrubados 739 km² de floresta, o que equivale a dois campos de futebol por minuto. No mesmo período do ano passado, a devastação foi de 550 km². O aumento é de 34%”.

Segundo dados do Imazon, “em abril de 2019, o SAD detectou 195 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal, uma redução de 10% em relação a abril de 2018, quando o desmatamento somou 217 quilômetros quadrados. Em abril de 2019, o desmatamento ocorreu no Mato Grosso (31%), Amazonas (30%), Pará (16%), Rondônia (12%), Roraima (9%) e Acre (2%). As florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 102 quilômetros quadrados em abril de 2019, enquanto que em abril de 2018 a degradação florestal detectada totalizou 8 quilômetros quadrados. Em abril de 2019 a degradação ocorreu em sua grande maioria (86%) no estado de Roraima, seguido de Mato Grosso (7%), Rondônia (4%), Amazonas (2%) e Pará (1%)”.

Clima e emissões

As notícias não são boas e vêm de todas as partes do planeta. Com o aumento das emissões de gás carbônico e outros gases do efeito estufa, o aquecimento global tem alcançado um nível crítico. Segundo o relatório divulgado pelo Centro Nacional de Descoberta do Clima da Austrália, a civilização humana está em ritmo de colapso. Especialistas acreditam que se nada for feito – no ritmo atual de aquecimento global, a temperatura vem subindo e pode aumentar cerca de 3 graus Celsius nas próximas décadas – as mudanças climáticas podem levar à derrocada da civilização humana até o ano de 2050.

A  este alerta  se somam os dados divulgados pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA), evidenciando que o nível de gás carbônico na atmosfera da Terra cresceu pelo sétimo ano consecutivo. No último mês de maio, os níveis médios de emissão foram de 414,7 partes por milhão (ppm), a maior marca desde 1958, conforme medições do Observatório de Mauna Loa (MLO), uma estação de linha de base atmosférica localizada no Havaí.

Na Mongólia, a aceleração das mudanças climáticas está provocando o êxodo rural e comprometendo a subsistência de milhares de pessoas. Os nômades moradores das estepes, nos últimos anos, enfrentaram oscilações climáticas rigorosas e sucessivas, marcadas pela perda de seus rebanhos. Mais de 42.500 cabeças de gado foram perdidas no ano de 2017 por conta de um inverno rigoroso com temperaturas de – 50º seguida de um verão muito quente. A catástrofe meteorológica vem se repetindo consecutivamente e colocando em risco mais de 157.000 pessoas, alertou a Cruz Vermelha. A gravidade da situação na Mongólia está registrada em um documentário recente divulgado em abril pela BBC e disponibilizado no Youtube[youtube_sc url=”https://youtu.be/Id8FpLg_aZk”]