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Santa Maria, RS, Brazil

Desequilíbrio do planeta: precisamos falar sobre isso

 

A natureza se recompõe na cidade de fantasma de Chernobyl. Foto: Денис Резник / Pixabay

Escrevendo um artigo sobre jornalismo ambiental com o tema de como a vida selvagem de Chernobyl prospera na região, percebi a ausência de importância para um assunto “ilógico” e positivo, como é a onipotência da natureza. O recado foi dado: em meio ao caos, a natureza, o ecossistema daquela região se adaptou, conseguindo resistir e se desenvolver sem a ajuda do homem. Uma situação bem diferente a do homem que precisa da natureza para sobreviver. Com isso, podemos fazer uma reflexão sobre o quão nocivos somos ao nosso planeta. Será que estamos no caminho certo? Populações de animais  selvagens prosperam, atingem resultados muito melhores em um ambiente extremamente hostil, longe de nós, seres humanos. A radioatividade “protege” a vida selvagem de Chernobyl, cria um muro, nos afastando dela. Não que essa proteção seja boa, que não cause algum dano, mas incrivelmente para a fauna daquele lugar, é melhor que do lado de cá do muro.

O homem, desde o início da história, está numa infinita e cansativa busca pelo conhecimento. Desde o fogo à roda, as curas para as doenças e as novas tecnologias. Estamos em um ritmo frenético, não conseguimos parar, respirar, olhar ao nosso redor e perceber, como nosso planeta é frágil. Os veículos de comunicação têm a capacidade de nos instigar a pensar, de sensibilizar a sociedade em diferentes esferas sociais. O tema ambiental precisa ser mais explorado. Atualmente o jornalismo é pautado mais no lucro e menos na qualidade. E se o jornalismo atual está se reinventando, podemos fazer uma analogia com a vida selvagem de Chernobyl que se reinventa para conseguir sobreviver.

No Brasil a imprensa costuma se preocupar com questões ambientais em ocasiões que envolvem catástrofes naturais ou acidentes ambientais. Geralmente com bastante repercussão nas primeiras semanas, que vão perdendo a força e, em pouco tempo, quase caem no esquecimento completo. O que não difere muito das coberturas jornalísticas no resto do mundo. Com esse panorama podemos fazer a pergunta: o jornalismo ambiental está sendo bem feito, a ponto das pessoas realmente se importarem com as questões ambientais do planeta?

Hoje com os inúmeros meios de comunicação e tecnologias midiáticas, a informação se propaga na velocidade da luz, e o jornalismo ambiental precisa chegar a todas as camadas sociais, desde o mais pobre até os lideres das nações. Uma revolução de pensamento, uma mudança na maneira que encaramos a questão ambiental é necessária, tanto social quanto cultural. Precisa acontecer uma transformação na qual animais selvagens não precisem de ecossistemas radioativos para viver.

Por Fabian Lisboa é acadêmico de jornalismo na UFN 

 

 

 

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A natureza se recompõe na cidade de fantasma de Chernobyl. Foto: Денис Резник / Pixabay

Escrevendo um artigo sobre jornalismo ambiental com o tema de como a vida selvagem de Chernobyl prospera na região, percebi a ausência de importância para um assunto “ilógico” e positivo, como é a onipotência da natureza. O recado foi dado: em meio ao caos, a natureza, o ecossistema daquela região se adaptou, conseguindo resistir e se desenvolver sem a ajuda do homem. Uma situação bem diferente a do homem que precisa da natureza para sobreviver. Com isso, podemos fazer uma reflexão sobre o quão nocivos somos ao nosso planeta. Será que estamos no caminho certo? Populações de animais  selvagens prosperam, atingem resultados muito melhores em um ambiente extremamente hostil, longe de nós, seres humanos. A radioatividade “protege” a vida selvagem de Chernobyl, cria um muro, nos afastando dela. Não que essa proteção seja boa, que não cause algum dano, mas incrivelmente para a fauna daquele lugar, é melhor que do lado de cá do muro.

O homem, desde o início da história, está numa infinita e cansativa busca pelo conhecimento. Desde o fogo à roda, as curas para as doenças e as novas tecnologias. Estamos em um ritmo frenético, não conseguimos parar, respirar, olhar ao nosso redor e perceber, como nosso planeta é frágil. Os veículos de comunicação têm a capacidade de nos instigar a pensar, de sensibilizar a sociedade em diferentes esferas sociais. O tema ambiental precisa ser mais explorado. Atualmente o jornalismo é pautado mais no lucro e menos na qualidade. E se o jornalismo atual está se reinventando, podemos fazer uma analogia com a vida selvagem de Chernobyl que se reinventa para conseguir sobreviver.

No Brasil a imprensa costuma se preocupar com questões ambientais em ocasiões que envolvem catástrofes naturais ou acidentes ambientais. Geralmente com bastante repercussão nas primeiras semanas, que vão perdendo a força e, em pouco tempo, quase caem no esquecimento completo. O que não difere muito das coberturas jornalísticas no resto do mundo. Com esse panorama podemos fazer a pergunta: o jornalismo ambiental está sendo bem feito, a ponto das pessoas realmente se importarem com as questões ambientais do planeta?

Hoje com os inúmeros meios de comunicação e tecnologias midiáticas, a informação se propaga na velocidade da luz, e o jornalismo ambiental precisa chegar a todas as camadas sociais, desde o mais pobre até os lideres das nações. Uma revolução de pensamento, uma mudança na maneira que encaramos a questão ambiental é necessária, tanto social quanto cultural. Precisa acontecer uma transformação na qual animais selvagens não precisem de ecossistemas radioativos para viver.

Por Fabian Lisboa é acadêmico de jornalismo na UFN