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Tecnologia: o acesso e o uso de dados é uma decisão de risco

José Bortolla refletiu sobre a tecnologia e a liberdade. A mediação foi da professora Pauline Fraga.

Um diálogo produtivo caracterizou a segunda palestra da manhã de hoje, quarta-feira, 28,  no 15º Fórum da Comunicação que acontece na Universidade Franciscana (UFN).

O convidado José Bortolla Neto, fundador da Branded Brain, uma consultoria e laboratório analítico que apoia empresas a transformarem dados em processos decisórios mais eficientes por meio de metodologia proprietária que combina design, tecnologia e educação, trouxe reflexões pertinentes acerca do lugar da tecnologia e da produção de dados na atualidade.

Bortolla  problematizou  o pensamento ocidental e o desenvolvimento científico que elevou a racionalidade a um patamar paradoxal durante os últimos três séculos. Ao mesmo tempo em que ela culmina numa mesma esperança – a de que a tecnologia salvará o homem dele mesmo, tornando o mundo melhor -, chega-se à terceira década do século XXI com um mundo em crise.

Segundo ele, se os últimos 25 anos ampliaram o acesso aos dados das pessoas, nos últimos três isto se acelerou. “Se produz muitos dados sobre tudo e sobre todos. Vivemos numa época de paradoxos. Se, por um lado, há cada vez mais dados disponíveis para consumo, por outro as pessoas que deveriam consumir, interpretar, analisar e tomar decisões a partir deles não possuem as habilidades e conhecimentos necessários para fazê-lo. A essência da técnica e da tecnologia é humana. O que importa é o uso que se faz dela e daí a decisão sobre o risco que esse uso representa” , afirma Bortolla.

O debate que se seguiu abordou a questão do acesso aos dados,  da sua precificação, da segurança e da privacidade das pessoas, da liberdade e sua ressignificação conceitual, do uso de dados pelo Estado, do processo de exclusão que pode ser implementado a partir deles, da necessidade de uma legislação que regulamente o uso  dessas informações.

José Borbolla atua na área de Dados desde 2014 no Cappra Institute for Data Science com pesquisa, inovação, soluções analíticas aplicadas a problemas de negócio e transformação cultura, e acumula mais de dez anos de experiência em Educação, desenvolvendo e coordenando programas na Perestroika, Springpoint, Sputnik, Digital House Brasil, Casa do Saber e Tera. Há 5 anos realiza pesquisas sobre os efeitos dos avanços tecnológicos na sociedade e sobre como as novas tecnologias de dados impactam nosso processo decisório.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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José Bortolla refletiu sobre a tecnologia e a liberdade. A mediação foi da professora Pauline Fraga.

Um diálogo produtivo caracterizou a segunda palestra da manhã de hoje, quarta-feira, 28,  no 15º Fórum da Comunicação que acontece na Universidade Franciscana (UFN).

O convidado José Bortolla Neto, fundador da Branded Brain, uma consultoria e laboratório analítico que apoia empresas a transformarem dados em processos decisórios mais eficientes por meio de metodologia proprietária que combina design, tecnologia e educação, trouxe reflexões pertinentes acerca do lugar da tecnologia e da produção de dados na atualidade.

Bortolla  problematizou  o pensamento ocidental e o desenvolvimento científico que elevou a racionalidade a um patamar paradoxal durante os últimos três séculos. Ao mesmo tempo em que ela culmina numa mesma esperança – a de que a tecnologia salvará o homem dele mesmo, tornando o mundo melhor -, chega-se à terceira década do século XXI com um mundo em crise.

Segundo ele, se os últimos 25 anos ampliaram o acesso aos dados das pessoas, nos últimos três isto se acelerou. “Se produz muitos dados sobre tudo e sobre todos. Vivemos numa época de paradoxos. Se, por um lado, há cada vez mais dados disponíveis para consumo, por outro as pessoas que deveriam consumir, interpretar, analisar e tomar decisões a partir deles não possuem as habilidades e conhecimentos necessários para fazê-lo. A essência da técnica e da tecnologia é humana. O que importa é o uso que se faz dela e daí a decisão sobre o risco que esse uso representa” , afirma Bortolla.

O debate que se seguiu abordou a questão do acesso aos dados,  da sua precificação, da segurança e da privacidade das pessoas, da liberdade e sua ressignificação conceitual, do uso de dados pelo Estado, do processo de exclusão que pode ser implementado a partir deles, da necessidade de uma legislação que regulamente o uso  dessas informações.

José Borbolla atua na área de Dados desde 2014 no Cappra Institute for Data Science com pesquisa, inovação, soluções analíticas aplicadas a problemas de negócio e transformação cultura, e acumula mais de dez anos de experiência em Educação, desenvolvendo e coordenando programas na Perestroika, Springpoint, Sputnik, Digital House Brasil, Casa do Saber e Tera. Há 5 anos realiza pesquisas sobre os efeitos dos avanços tecnológicos na sociedade e sobre como as novas tecnologias de dados impactam nosso processo decisório.