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A nova forma do esporte infantil na pandemia

Imagem de Galina9237941221 por Pixabay

No cenário atual em que vivemos, de distanciamentos e reclusão, algumas academias de esporte para crianças tiveram que interromper suas atividades e se adequar às novas normas de funcionamento.

Em 2020, no início da pandemia, as escolas de esportes fecharam as portas para as atividades presenciais. Com isso, muitas optaram por manter as aulas e atividades através de plataformas online. Olga Maria Lang, responsável pela administração da Academia Golfinhos, que disponibiliza de natação e academia, comenta que logo no início da pandemia, encerraram as atividades por cerca de um mês. Para manter as aulas, utilizaram as tecnologias para fazerem lives com exercícios e aulas teóricas para as crianças que praticavam natação na escola. Conforme as classificações das bandeiras do distanciamento controlado, foram reabrindo a escola e retornando a academia para os adultos, mas sempre mantendo as restrições conforme a classificação da bandeira na cidade. Durante as semanas de classificação de alto risco de contágio (bandeira preta) a academia voltou a fechar as portas. Atualmente eles atuam com 50% da capacidade de alunos (adultos e crianças) na natação e respeitando o distanciamento dentro das piscinas.

Outro esporte afetado foi o Jiu Jitsu. A academia Thork, exclusiva de Jiu Jitsu, também interrompeu suas atividades no ano passado, pois não poderia haver contato nas lutas. A alternativa que encontraram foi criar um site onde os alunos pagavam um valor menor que mensalidade e podiam ter acesso às aulas e treinos virtuais, assim a escola continuou tendo um retorno financeiro. Neste ano, eles reabriram mas fecharam as portas, mais uma vez, devido à bandeira preta em todo o estado. Após a flexibilização das medidas de distanciamento, a escola retornou às atividades, mas sempre respeitando as orientações da prefeitura. O mestre e professor da escola de Jiu Jitsu, Leonardo Morosetti, reitera que as aulas, atualmente, são mais voltadas aos exercícios físicos. Pois nas lutas há muito contato entre os alunos, que acaba infringindo as regras de distanciamentos dentro da escola.

Outro esporte que tem grande procura e encerrou as atividades na pandemia foi o Futsal. Na escola de Futsal Evolução, o Personal Training e coordenador da escola, Jonatan Dupin, relembra que no início da pandemia o clube AABB (Associação Atlética Banco do Brasil), onde eles utilizavam a quadra para dar aulas, foi fechado e as aulas foram interrompidas. Durante este período as aulas mantiveram-se através de exercícios físicos em vídeos para os alunos realizarem em casa. Jonatan também comentou que muitos pais entenderam a situação e mantiveram as mensalidades em dia. Mesmo assim, eles procuraram não deixar os alunos sem atividades. Quando as aulas puderam retornar, a escola teve que optar por utilizar a quadra de esportes do Cerrito, pois a AABB ainda não reabriu. Mesmo com as flexibilizações das medidas de distanciamento, os treinos têm o número de alunos reduzido e com todos os protocolos de distanciamento. 

Devido a incerteza de aumentos de casos de Covid-19 na cidade, alguns pais ainda têm receio de os filhos retornarem a frequentar as escolinhas de esportes. Muitos acabam procurando atendimento individual em casa. Isso influencia diretamente no ritmo de prática de esportes e atividades físicas que as crianças tinham. Fazendo-os regredirem nas aulas e a preguiça ser mais um empecilho no desenvolvimento.

Texto de Caroline Freitas Scremin.

Produção feita na disciplina de Jornalismo Esportivo, durante o primeiro semestre de 2021, sob coordenação da professora Glaíse Bohrer Palma.

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Imagem de Galina9237941221 por Pixabay

No cenário atual em que vivemos, de distanciamentos e reclusão, algumas academias de esporte para crianças tiveram que interromper suas atividades e se adequar às novas normas de funcionamento.

Em 2020, no início da pandemia, as escolas de esportes fecharam as portas para as atividades presenciais. Com isso, muitas optaram por manter as aulas e atividades através de plataformas online. Olga Maria Lang, responsável pela administração da Academia Golfinhos, que disponibiliza de natação e academia, comenta que logo no início da pandemia, encerraram as atividades por cerca de um mês. Para manter as aulas, utilizaram as tecnologias para fazerem lives com exercícios e aulas teóricas para as crianças que praticavam natação na escola. Conforme as classificações das bandeiras do distanciamento controlado, foram reabrindo a escola e retornando a academia para os adultos, mas sempre mantendo as restrições conforme a classificação da bandeira na cidade. Durante as semanas de classificação de alto risco de contágio (bandeira preta) a academia voltou a fechar as portas. Atualmente eles atuam com 50% da capacidade de alunos (adultos e crianças) na natação e respeitando o distanciamento dentro das piscinas.

Outro esporte afetado foi o Jiu Jitsu. A academia Thork, exclusiva de Jiu Jitsu, também interrompeu suas atividades no ano passado, pois não poderia haver contato nas lutas. A alternativa que encontraram foi criar um site onde os alunos pagavam um valor menor que mensalidade e podiam ter acesso às aulas e treinos virtuais, assim a escola continuou tendo um retorno financeiro. Neste ano, eles reabriram mas fecharam as portas, mais uma vez, devido à bandeira preta em todo o estado. Após a flexibilização das medidas de distanciamento, a escola retornou às atividades, mas sempre respeitando as orientações da prefeitura. O mestre e professor da escola de Jiu Jitsu, Leonardo Morosetti, reitera que as aulas, atualmente, são mais voltadas aos exercícios físicos. Pois nas lutas há muito contato entre os alunos, que acaba infringindo as regras de distanciamentos dentro da escola.

Outro esporte que tem grande procura e encerrou as atividades na pandemia foi o Futsal. Na escola de Futsal Evolução, o Personal Training e coordenador da escola, Jonatan Dupin, relembra que no início da pandemia o clube AABB (Associação Atlética Banco do Brasil), onde eles utilizavam a quadra para dar aulas, foi fechado e as aulas foram interrompidas. Durante este período as aulas mantiveram-se através de exercícios físicos em vídeos para os alunos realizarem em casa. Jonatan também comentou que muitos pais entenderam a situação e mantiveram as mensalidades em dia. Mesmo assim, eles procuraram não deixar os alunos sem atividades. Quando as aulas puderam retornar, a escola teve que optar por utilizar a quadra de esportes do Cerrito, pois a AABB ainda não reabriu. Mesmo com as flexibilizações das medidas de distanciamento, os treinos têm o número de alunos reduzido e com todos os protocolos de distanciamento. 

Devido a incerteza de aumentos de casos de Covid-19 na cidade, alguns pais ainda têm receio de os filhos retornarem a frequentar as escolinhas de esportes. Muitos acabam procurando atendimento individual em casa. Isso influencia diretamente no ritmo de prática de esportes e atividades físicas que as crianças tinham. Fazendo-os regredirem nas aulas e a preguiça ser mais um empecilho no desenvolvimento.

Texto de Caroline Freitas Scremin.

Produção feita na disciplina de Jornalismo Esportivo, durante o primeiro semestre de 2021, sob coordenação da professora Glaíse Bohrer Palma.