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Arcéli Ramos

Arcéli Ramos

Foto: Juliano Dutra/ Labfem

“Hoje eu estou na bad”. “Estou na maior bad do mundo”. “Que bad”. “Hoje eu só vou curtir a bad”. “Essa música é boa para curtir numa bad”. Se você tem o hábito de utilizar a internet e frequentar as redes sociais, provavelmente já se deparou com alguma destas frases ou suas variantes. Tão provável quanto é que você já tenha publicado alguma bad em rede social ou usado a expressão para conversar com alguém próximo.

Mas afinal, o que é bad? Essa é uma pergunta difícil e complexa de ser respondida, pois a bad é um sentimento subjetivo e complexo em cada um, mas basicamente podemos dizer que é uma tristeza. Ter sentimentos é bom, normal e saudável, inclusive se sentir triste. A tristeza faz parte da vida, assim como, as alegrias. O problema está na proporção. Bad é um termo que ficou naturalizado na internet, mas que em diversos casos esconde sentimentos profundos e perigosos que necessitam de atenção.

“Na verdade, eu falo que estou na bad quando minha depressão aparece querendo arrancar minha porta. É quando meu corpo começa a doer por causa da minha dor psicológica. Mas as pessoas não gostam de ouvir pessoas com depressão, sobre a doença. É como se ao admitir nossos sintomas e sentimentos estivessemos deixando de lutar, sendo fracos (…). Chamo só de bad o que na verdade me coloca num chão de lama” – depoimento anônimo.

Em uma pesquisa online realizada com 200 participantes foi possível entender um pouco mais sobre o que é e como se manifesta a bad, os dados obtidos com ela serão utilizados em toda a reportagem. O questionário foi divulgado no Twitter e em grupos do Facebook, principalmente. Foram feitas treze perguntas, nem todas sendo obrigatória a resposta. Os participantes são residentes de mais de dezesseis estados e Distrito Federal, o que demonstra a pluralidade de pessoas alcançadas. As idades variam de “menos de 16 anos” (1,5%) até “mais de 25 anos” (18,5%), mas a maioria está na faixa etária que vai dos 19 anos aos 22 anos, sendo 40% dos participantes. Quando questionados quanto ao nível de escolaridade 53,5% afirmaram ter Ensino Superior Incompleto, ou seja, a maior parte está cursando a faculdade. Outros níveis de escolaridade também apareceram, como Fundamental Completo (0,5%), Ensino Médio Incompleto (5,5%), Ensino Médio Completo (11,5%), Ensino Superior Completo (22%) e Pós-graduação (7%).

Se sentir momentos de tristeza é normal, também é natural vivenciar situações de bad. Por isso, a pesquisa mostra que 98,5% têm bad, sendo este valor referente a 197 pessoas. Mas se é normal, por que problematizar a bad? O problema, como dito antes, está na proporção e também na frequência, já que 42,5% diz ter bad pelo menos uma vez na semana e 27% todos os dias. Para alguns, bad é somente uma gíria da moda, para outros é um problema real e uma forma de conseguir falar sobre os sentimentos.

Crédito: Formulário Google/ gerado automaticamente

Para a psicóloga Gabriela Quartiero, as respostas dos questionário são parecidas ou remetem às mesmas situações. “Várias coisas são ligadas a redes sociais e como você vê a vida do outro bem”, esclarece. A psicóloga Natacha Ferrão acredita que o problema está na comparação que os sujeitos fazem da própria vida com a dos outros. “Na internet, com as redes sociais as pessoas se modificam, uma pessoa que está numa bad pode ver uma outra pessoa que está tudo lindo e maravilhoso, então há muita comparação e mascaramento do estado real”, destaca. “Às vezes alguém que está chateado e desanimado em um dia de chuva, por exemplo, tira uma selfie sorrindo e mostrando a tarde feliz que está curtindo. Outra pessoa, que está na mesma situação, de chateação e desânimo, pode ver aquela foto e achar que só ela está se sentindo daquela forma”, complementa Gabriela.

“As redes sociais me parecem vender uma realidade inexistente e inalcançável que promovem uma sensação de fraqueza e derrota. Além disso, perde-se mais tempo observando a vida ‘maravilhosa’ das pessoas do que se empenhando na própria. As redes sociais são incríveis ferramentas, mas bastante tóxicas quando usadas em excesso ou sem ‘filtro’. Talvez estejamos no momento mais profundo da Era do Espetáculo, em que mostrar vale mais do que viver. Essa sensação de ‘bad’ me parece ser, muitas vezes, um drops da depressão causada por uma sociedade bem desconexa, apesar de fortemente conectada.” – resposta anônima do questionário

Crédito: Formulário Google/ gerado automaticamente

“Esse negócio de comparação que é criado com certeza é um fator para que a gente não se aceite e não veja nossa vida como algo massa também. Obrigado pelo formulário, faz bem escrever sobre isso” – resposta anônima do questionário.

Sobre o uso da expressão bad, foi possível observar que são diversas as situações em que as pessoas utilizam o termo. “Algumas pessoas entendem como uma ‘situação bad’, mas muitas não tratam como um sentimento de depressão, outras utilizam a expressão para falar sobre a própria depressão”, explica Gabriela. “Tem pessoas que mostram uma angústia muito grande e que podem estar com uma bad mais voltada a depressão. Como pessoas que disseram não ter vontade de levantar da cama, que querem tomar remédio para dormir ou que ficam muito tristes em ver as outras pessoas felizes na rede social”, acrescenta.

“Sinto vontade de sumir, desistir de tudo o que faço porque nada faz sentido e nada vai dar certo. Fico desanimada” – resposta anônima do questionário.

Crédito: Formulário Google/ gerado automaticamente

Por dentro da internet

Para que frequenta Blogs, canais no Youtube, Instagram de diversas personalidades diferentes, a experiência é uma. Mas e para quem decide compartilhar sua vida em vídeo todos os dias?

Foto: Arquivo Pessoal

A Isabella Saldanha e o Felipe Luz são os youtubers do canal “Isabella e Felipe”, que antes se chamava “Fotografando a mesa”. Com mais de 500 vídeos e ultrapassando a marca de 3 milhões de visualizações totais, eles estão há um ano postando vídeos todos os dias. Em cada publicação diária eles compartilham sua rotina, mostram lugares para conhecer em São Paulo, as peripécias da vida adulta, viagens, aventuras capilares e todas as outras coisas que envolvem seus interesses pessoais e a vida que levam. Como todas as pessoas, eles tem seus momentos de bad e como não poderia ser diferentes, alguns destes momentos geram reflexões que estão nos vídeos.

Isabella contou que a frequência dessas bad é de aproximadamente uma vez por mês, mas não chegam a acontecer uma vez na semana. “Depois que tive depressão, eu evito muito ter esses momentos. Sei que é muito difícil sair, então tenho alguns truques para não entrar nessa bad”, comenta. Para ela o que desencadeia a bad é a falta de vontade de fazer as coisas e a facilidade em questionar a validade do próprio trabalho, pois é algo diferente. “Para a gente é muito fácil fazer isso, fazemos um negócio que não dá cem por cento certo”.

São incontáveis o número de bloggers e youtubers que trabalham hoje com a internet, porém é raro ver essas pessoas falando sobre os sentimentos. Para Isabella não é fácil falar sobre o assunto, por serem coisas muito íntimas e as pessoas julgarem, mas é melhor que a alternativa de fingir que está tudo bem. “Quando você opta por fazer o que nós fazemos no Youtube, seria necessário uma frieza muito grande para excluir os momentos de bad. Você tem que encarar só como um trabalho e nada mais. É mais fácil você sair de casa (para ir trabalhar) e esconder esses sentimentos. A gente começou a pensar no conteúdo que não consumimos, por que é tudo muito falso e feliz o tempo todo. Eu não concordo que a felicidade o tempo seja necessária, acho até que seja meio doentio”, revela a youtuber. “Quando você está na bad é importante saber que você não está sozinho”, completa Isabella.

Foto: Juliano Dutra/ Labfem

Como sair da bad?

Não existe uma fórmula mágica, pois cada pessoa vivencia os sentimentos da sua forma. Mas algumas coisa podem ajudar, como:

  • Ouvir uma música que te faça feliz. E dançar também, porque não?
  • Fazer exercícios. Você não precisa sair correndo para se matricular em uma academia. Uma caminhada pelo bairro já ajuda.
  • Conversar com os amigos.
  • Exercitar ou aprender um novo hobby.
  • Ler. Experimentar uma nova vivência, mesmo que através das páginas de um livro, pode ajudar a colocar os acontecimentos reais em uma nova perspectiva.

“A bad é desencadeada por diversos fatores, pessoas que tratam mal umas às outras, pressão para estarmos sempre perfeitos. E isso pode culminar em uma depressão. É perigoso. Nós precisamos estar mais atentos a pessoas que ficam constantemente na bad. Obrigada pela conversa.” – resposta anônima do questionário.


Reportagem produzida para a disciplina de Jornalismo Investigativo, do Curso de Jornalismo da Unifra, durante o primeiro semestre de 2017.
Edição: Professora Carla Simone Doyle Torres.

Os jovens estão cada vez mais sendo empreendedores de seus próprios negócios, de suas vidas e carreiras. Se, há alguns anos, a principal opção de emprego para os jovens eram os concursos públicos, hoje muitos deles investem em suas ideias como fonte de renda. Segundo a pesquisa “Global Entrepreneurship Monitor”, de 2015, 24 a cada 100 brasileiros, com idades entre 18 e 64 anos, possuem o próprio negócio ou estão envolvidos com a criação de um.

Em Santa Maria, temos exemplos de jovens que estão inovando e sendo donos de seus negócios. É o caso da dupla de publicitários, Rodrigo Silveira e Lívia Vieira, proprietários do “Espaço 42”, uma mescla de café e bar com temática nerd, que funciona no Centro da cidade. Ambos trabalharam em agências de publicidade logo após a formatura, mas decidiram depois de um tempo trocar de emprego e de área. Foi assim que eles se conheceram e iniciaram uma amizade, que resultou na abertura de um negócio. O conceito do lugar não foi proposital, muito menos planejado minuciosamente; a intenção era de ter um local onde as pessoas e eles se sentissem em casa. Tanto deu certo, que grande parte da decoração do Espaço é composta por objetos dos proprietários.

O conceito nerd do Espaço 42 não foi proposital, ele surgiu a partir da composição de objetos de gosto pessoal dos proprietários. Foto: Maria Luísa Viana / Lab. de Fotografia e Memória
O conceito nerd do Espaço 42 não foi proposital. Ele surgiu a partir da composição de objetos de gosto pessoal dos proprietários. Foto: Maria Luísa Viana / Lab. de Fotografia e Memória

Para começar o negócio, Rodrigo e Lívia precisaram consultar o SEBRAE, onde foram orientados sobre quais seriam os primeiros passos. Lá eles perceberam que a primeira ideia não era viável; foi então que, com uma mudança de planos, o projeto levou oito meses e R$60.000 para se concretizar. Hoje, o Espaço já tem clientes fiéis, que se encontram lá e interagem com as propostas do lugar. Os sócios dedicam-se exclusivamente ao negócio e têm planos de crescimento para o bar, mas ainda não sabem exatamente o que será.

Para iniciar o projeto, Lívia e Felipe consultaram o SEBREA. Hoje já pensam no crescimento do negócio. Foto: Maria Luísa Viana / Laboratório de Fotografia e Memória
Para iniciar o projeto, Lívia e Rodrigo consultaram o SEBREA. Hoje já pensam no crescimento do negócio. Foto: Maria Luísa Viana / Laboratório de Fotografia e Memória

No Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, o SEBRAE, os futuros empresários e empreendedores podem buscar auxílio na hora de desenvolverem seus projetos e colocá-los em prática. O SEBRAE é um agente de capacitação e de promoção ao desenvolvimento, que trabalha desde 1972 para estimular o empreendedorismo. O serviço atua em educação empreendedora, capacitação dos empreendedores e empresários, articulação de políticas públicas que criem um ambiente legal mais favorável, acesso a novos mercados, acesso a tecnologia e inovação, orientação para acesso aos serviços financeiros. Todos os brasileiros podem buscar atendimento no SEBRAE, mesmo aqueles que já são proprietários de negócios.

Uma pesquisa realizada em 2015 pela Confederação Nacional dos Jovens Empresários, a CONAJE, apontou em um relatório publicado em 2016 o “Perfil do Jovem Empreendedor Brasileiro”. A pesquisa foi desenvolvida por meio de um questionário online e teve a participação de 5 mil jovens, com idades entre 18 e 39 anos, residentes em 26 estados. O resultado apontou que 27% dos empreendedores buscam apoio do SEBRAE para abertura ou crescimento da empresa.

As amigas Carolina Peukert Lozza, advogada, Mariana Peukert Lozza e Carolina Mello Jacques, estudantes de Desenho Industrial, são as idealizadoras da Physalis Estúdio, um projeto que une o amor pela papelaria e a vontade de produzir a partir dos conhecimentos de estamparia aprendidos na faculdade. No estúdio elas desenvolvem estampas exclusivas que viram capas de cadernos artesanais, todos montados e costurados a mão. As ideias de estampas surgem dos interesses pessoais do trio e das sugestões dos clientes.

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Foi a partir de trabalhos da faculdade e do amor pela papelaria que surgiu a Physalis. Foto: Juliano Dutra / Laboratório de Fotografia e Memória

 No inicio elas não pensavam que a Physalis se tornaria um negócio, acreditavam que só amigos e familiares iriam se interessar pelos cadernos, mas hoje seu maior público é de jovens que elas nem mesmo conhecem. Em fevereiro de 2016, o trio começou a criar e contou com dinheiro emprestado pelos pais para a primeira produção. Com a primeira venda, que teve uma tiragem pequena de cadernos e aconteceu em um bazar da faculdade, elas já puderam pagar o empréstimo e desde então o negócio vem se mantendo sozinho. Hoje elas pensam em expandir o negócio e já trabalham com encomendas de empresas que procuram produtos para personalizados para festas de fim de ano, convites de aniversário e lembrancinhas.

POSSIBILIDADE PARA QUEM QUER EMPREENDER EM SANTA MARIA

 Além do SEBRAE, os futuros empresários de Santa Maria que precisam de ajuda para começar podem recorrer à Incubadora Tecnológica do Centro Universitário Franciscano. A ITEC é um ambiente de inovação que oferece suporte a projetos desenvolvidos por acadêmicos, graduados, professores e funcionários da instituição e comunidade em geral. Atua desde 2011, no auxílio e estímulo ao desenvolvimento das empresas com prestação de serviço nos setores jurídico, financeiro e de marketing.

FORMAS DE FINANCIAMENTO PARA QUEM DESEJA COMEÇAR UM NEGÓCIO

Na maioria das vezes, uma ótima ideia e a força de vontade para empreender não são o suficiente para começar, é preciso dinheiro. Uma das formas de financiamento que estão mais em alta é o Crowdfunding, ou financiamento coletivo. O crowdfunding é uma espécie de “vaquinha”, são pessoas que por meio de plataformas colaborativas contribuem para a realização de projetos. Com a internet esse tipo de financiamento tem mais alcance e existem diversos sites que atuam como mediadores das contribuições.

 

Esta reportagem foi desenvolvida na disciplina de Jornalismo Especializado, do Curso de Jornalismo do Centro Universitário Franciscano, durante o segundo semestre de 2016.

Observatório da mídia CS-02

O papel do jornalista é buscar e tornar públicas informações que são de importância e de interesse para a sociedade. O jornalismo tem o compromisso com a verdade, e sabemos que a verdade é relativa, principalmente quando se trata de assuntos políticos. Segundo o Relatório da Violência Contra os Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil , só no ano de 2015, foram registrados 137 casos de violência. Em 2014 foram três assassinatos de jornalistas no Brasil. Já em 2015 houve duas mortes, sendo uma de jornalista estrangeiro. No mesmo ano, radialistas, comunicadores populares e blogueiros foram vítimas de nove casos de homicídio.

Ainda segundo o Relatório, na maioria dos casos, desde 2013, a violência partiu de policiais militares devido às manifestações de rua. Como foi possível acompanhar em 2013 e 2014, durante as principais manifestações políticas pelo país, tanto manifestantes quanto jornalistas foram agredidos pela PM. Por serem facilmente identificáveis, os repórteres cinematográficos e fotográficos são as maiores vítimas. E são justamente eles que tem o poder, tem as armas, capazes de identificar os responsáveis pelas injustiças do momento e divulgá-las.

Em 2013 o país estava em 10ª posição no ranking de países mais perigosos para o trabalho de jornalista segundo pesquisa do Committee to Protect Journalists (Comitê de Proteção aos Jornalistas). Nos dados de 2015 o país aparece empatado com o Iraque em terceiro lugar.

Não é fácil sentir-se seguro para trabalhar em um país tão corrupto como o Brasil, que quase todo dia é descoberto algum “podre” de políticos. O medo de ter uma morte encomendada também é real. Além de outras questões, a insegurança também prejudica a liberdade de imprensa. É uma questão óbvia, o jornalista sente medo, acredita que não vale a pena, então não vai atrás de apurar ou publicar uma matéria que possa causar algum perigo para ele ou sua família. Por ser a região que mais concentrou manifestações, o Sudeste também representa a região do país com maior registro de agressões, sendo 55,81% em 2014 e 41,6% em 2015.

É necessário tomar medidas que amparem o jornalista, para que ele possa realizar seu trabalho e desempenhar seu papel social com segurança, sem ser prejudicado e sem correr riscos. E para que a sociedade também não seja prejudicada, deixando de ser informada sobre a realidade do país, pois de prejudicial já basta a manipulação de informações.

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Arcéli Ramos, acadêmica do quarto semestre de Jornalismo da Unifra, santa-mariense, apaixonada por Jornalismo Literário. Texto originalmente produzido para a cadeira de Legislação e Ética em Jornalismo

sos-saudeA recomendação desta semana é o filme “SiCKO – SOS Saúde” que fala sobre o sistema de saúde dos Estados Unidos da América. Produzido e dirigido por Michael Moore, o documentário foi recomendado pelas estudantes de enfermagem Aline Botelho, Vanessa de Mello e Gabriela Fragoso.

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Aline, Vanessa e Gabriela assistiram o documentário para uma disciplina da faculdade. (Foto: Viviane Campos/Laboratório de Fotografia e Memória)

“Nós recomendamos o filme Sicko SOS Saúde. Ele aborda o funcionamento do sistema de saúde dos Estados Unidos e como ele é bastante burocrático e bastante caro, mesmo em questões de acidente. E além de ser caro, ele deixa a desejar aos usuários. Comparando com o sistema americano, o SUS tem pontos positivos, pois além de ser gratuito, atende uma grande quantidade de pacientes. Tem uma parte do filme em que um homem perde dois dedos da mão e cobram 60 mil dólares pelo atendimento.
O filme é bom para as pessoas que criticam o SUS mas não conhecem a realidade de fora. Claro que aqui tem a questão da demora e os médicos que não são considerados bons, mas é importante comparar e conhecer outras realidades”, recomendam.

 

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“Imperatriz no Fim do Mundo” é a Recomendação Cultural desta semana, feita pela professora Nilsa Reichert Barin, do curso de Letras do Centro Universitário Franciscano.

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A professora acredita ser uma excelente recomendação para estudantes do Ensino Fundamental (Foto: Viviane Campos/Laboratório de Fotografia e Memória)

“Uma excelente recomendação de leitura é o livro, do escritor Ivanir Calado, “Imperatriz no Fim do Mundo”. É mais ou menos a história da primeira esposa de Dom Pedro II quando ela falece. Ela migra por todas as bibliotecas do país para saber se a história político-social do Brasil faz jus a sua memória. O texto é lindo, belíssimo. É uma compreensão de leitura perfeita para a partir do Ensino Médio”, recomenda a professora.

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A história é contado por Amélia a partir de suas “memórias póstumas” (Foto: Divulgação)

Sinopse:
 Amélia tinha apenas 17 anos quando deixou a Alemanha rumo ao Brasil para se tornar a segunda esposa de D. Pedro I. O que a levou a se aventurar em um país longínquo e temível, casando-se com um homem que tinha fama de louco e devasso? Neste romance surpreendente Ivanir Calado faz reviver esta personagem forte e apaixonante que, embora relegada a um segundo plano pela história oficial, teve uma vida que em nada fica devendo às figuras épicas de todos os tempos.

Com uma perspectiva totalmente original, através dos olhos da própria Amélia, estas “memórias póstumas” resgatam a existência glamurosa e dramática da mulher que virou pelo avesso o coração do imperador e os costumes da corte, influenciando até mesmo na queda de ministérios. Neste original romance histórico, moldado pelas lembranças ambíguas da imperatriz, Ivanir Calado traz nova luz às intrigas das cortes brasileira e portuguesa e sacia a curiosidade sobre a vida de D. Pedro depois da abdicação. tudo isso com os ingredientes de um grande romance: amor, paixão, aventura, decepção e morte. Relato eloquente de uma época, o livro fascina e cativa até a última página – e continua rondando nosso pensamento mesmo depois.

Apesar de não ser mais editado, é possível encontrá-lo no sebo online Estante Virtual.

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Julianne Moore interpreta Alice, uma professora diagnosticada com Alzheimer (Foto: Divulgação)

 

“Para Sempre Alice”, filme premiado com o Oscar de melhor atriz, é a recomendação cultural desta semana. Alice, interpretada pela atriz Julianne Moore, é uma renomada professora universitária e pesquisadora que vê sua vida mudar ao ser diagnosticada com Alzheimer precoce. Quem dá a dica é o estudante de Design Tobias Barros.

Tobias gostou do filme pois aborda a relação familiar (Foto: Viviane Campos/Laboratório de Fotografia e Memória)

“É sobre uma professora universitária que descobre que tem Alzheimer. Como é para uma pessoa que tem alguém na família com a doença. Mostra como é que o marido dela e os parentes recebem a notícia e convivem com isso.
A família apoia muito ela em tudo e todas as técnicas que ela usa pra não se esquecer das coisas.
Eu gostei do filme, eu sabia sobre a doença, eu tinha o conhecimento sobre o que é o Alzheimer,
mas nunca tinha visto a proporção que ele toma dentro de uma família,” relata o estudante.

O filme é baseado no livro homônimo de Lisa Genova, escritora e neurocientista americana.

 

Mostra trouxe pratos consumidos na década de 1950 (Fotos: Joana Günther/Laboratório de Fotografia e Memória)

Na noite desta quarta-feira (27), no Conjunto III do Centro Universitário Franciscano, os alunos, professores, funcionários e visitantes puderam degustar pratos típicos dos anos 50 na 14ª Mostra Gastronômica. Segundo a coordenadora do curso de Nutrição, Cristina Bragança de Moraes, esse é o primeiro ano que o curso assumiu a Mostra, que antes era responsabilidade do curso de Turismo. “Todo o mérito é do Diretório Acadêmico da Nutrição, que é espetacular. A gente vem se preparando há duas semanas, adquirindo os produtos e alugando material. Mas a ideia toda vem sendo trabalhada há mais de um mês”, comenta.

Teonas Oliveira, coordenador geral do Diretório Acadêmico da Nutrição, disse que os pratos foram definidos conforme o que seria mais acessível e as pessoas mais gostariam de consumir, tendo relação com o tema escolhido.

O preparo dos pratos começou na segunda-feira e envolveu em torno de trinta alunos, dos mais diversos semestres do curso de Nutrição.

Lilian Damineli foi prestigiar a Mostra com o namorado. Ela considerou o evento bem atrativo, com boa escolha dos pratos pois eram diferentes e gostosos.

_DSC0088A professora Elza Hirata, do curso de Design de Moda Centro Universitário Franciscano, achou a Mostra maravilhosa. Elogiou os pratos que, segundo ela, eram de ótima qualidade. “A almôndega estava fabulosa”, comenta.

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Antes das 12h, o horário de início do evento, o movimento era grande nas bancas. (Foto: Arcéli Ramos)

Domingo, em Santa Maria, foi dia de sair de casa e ir até o Parque Itaimbé aproveitar a Vila Gastronômica. A primeira edição do evento foi sucesso em número de pessoas, mesmo com a chuva que também esteve presente. Apesar das grandes filas e a grama molhada, o público que queria experimentar os diversos pratos que estavam sendo ofertados não se acanhou.

Andressa, Gelson e Ana Claúdia foram juntos aproveitar a Vila.(Foto: Arcéli Ramos)
Andressa, Gelson e Ana Claúdia foram juntos aproveitar a Vila.(Foto: Arcéli Ramos)

Para Fermentado’s Bakery, confeitaria de Santa Maria, a Vila Gastronômica foi uma excelente experiência. Segundo Rodrigo Scherer, proprietário e padeiro da Fermentado’s, foram vendidas 400 porções, 100 a mais do que o combinado pela organização do evento, em menos de uma hora.  “O evento estava lindo, mesmo com o tempo um pouco nublado. As pessoas foram até o parque Itaimbé e fizeram vilas em praticamente todas as bancas. Para nós da Fermentado’s foi excelente a experiência. Teve uma real aproximação de quem elabora os produtos na cozinha e mete a mão na massa com os clientes. Essa aproximação foi um dos pontos fortes do evento; ver os clientes provarem na tua frente o produto e fazer uma cara de quem gostou muito é algo inestimável”, relata Rodrigo Scherer.

A estudante Andressa Wendland achou a ideia muito boa para integrar as pessoas, contudo, esperava que fossa mais organizado. Gelison Orsonlin, acadêmico de Administração, e a publicitária Ana Claúdia Fernandes disseram esperar que fosse visualmente mais bonito.

Priscila estava na fila do "Camarão no Coco" do Consultório Culinário.(Foto: Arcéli Ramos)
Priscila estava na fila do “Camarão no Coco” do Consultório Culinário.(Foto: Arcéli Ramos)

“A cidade precisa de mais eventos de culinária que tornem acessível a culinária que geralmente é mais cara”, comentou Orsolin. Ana Claúdia achou o espaço pequeno pois causou aglomeração de pessoas. “Poderiam escolher um espaço mais amplo”, disse a publicitária.  Para Priscila Giacomini eventos assim são válidos na cidade para que valorizem a culinária em Santa Maria. Porém, achou desorganizado, pois não conseguia ver o que qual banca vendia.

 

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(Imagem: Divulgação)

No dia 27 de maio, das 19h40 às 20h30, acontece a 14ª Mostra Gastronômica do Centro Universitário Franciscano. O tema dessa edição traz o tema: sabores dos anos dourados.
Os visitantes poderão degustar pratos típicos dos anos 50, produzidos pelo alunos de Nutrição.  A mostra acontece no pátio do conjunto III da instituição e é uma ação do projeto Chega Mais em parceria com o curso de Nutrição.

Cardápio: 
– Lasanha de brócolis com salada;
– Almôndegas ao molho com purê de batata;
– Caldo de feijão picante;
– Suflê de espinafre com salsicha Bock;
– Torta Holandesa;
– Ponche de groselha;

Valor de cada porção: R$3,50

 

A recomendação cultura desta semana é para quem gosta dos famosos “romance água com açúcar” ou para as pessoas que ainda não se aventuraram nesse gênero e só estavam esperando uma boa sugestão. Alana Souza, estudante de Design no Centro Universitário Franciscano, dá a dica de um livro pelo qual ela tem um carinho especial.

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Alana gosta de livros de romance e admira o escritor Nicholas Sparks (Foto: Débora Lemos/Laboratório de Fotografia e Memória)

“Recomendo o livro “O melhor de mim”, do Nicholas Sparks. Por mais clichê que pareça, o livro vai além da história de amor entre dois adolescentes de classes sociais diferentes, onde um deles sofre preconceito. Ele mostra que a gente não pode desistir do amor verdadeiro, que a vida é cheia de segundas chances e as coisas nem sempre são como a gente espera. Amor acima de tudo”, comenta.

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(Imagem: Reprodução)

Sinopse:

Na primavera de 1984, os estudantes Amanda Collier e Dawson Cole se apaixonaram perdidamente. Embora vivessem em mundos muito diferentes, o amor que sentiam um pelo outro parecia forte o bastante para desafiar todas as convenções de Oriental, a pequena cidade em que moravam. Nascido em uma família de criminosos, o solitário Dawson acreditava que seu sentimento por Amanda lhe daria a força necessária para fugir do destino sombrio que parecia traçado para ele. Ela, uma garota bonita e de família tradicional, que sonhava entrar para uma universidade de renome, via no namorado um porto seguro para toda a sua paixão e seu espírito livre. Infelizmente, quando o verão do último ano de escola chegou ao fim, a realidade os separou de maneira cruel e implacável. Vinte e cinco anos depois, eles estão de volta a Oriental para o velório de Tuck Hostetler, o homem que um dia abrigou Dawson, acobertou o namoro do casal e acabou se tornando o melhor amigo dos dois.
Ano: 2012
Preço de capa: R$29,90