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Bibiana Iop

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Bate-papo com o Rômulo DÁvila, jornalista egresso da UFN, aconteceu no salão Acústico, no prédio 14 do conjunto III da IES. Foto: Patrício Dias de Freitas/LABFEM

O dia a dia trabalhando na televisão e seus desafios foram os assuntos que guiaram o bate-papo com o jornalista Rômulo D’Avila na noite de ontem, quarta-feira, dia 29. Formado em Jornalismo pela Universidade Franciscana(UFN) em 2013,  Rômulo conversou com os alunos do curso e respondeu a diversas perguntas durante quase duas horas.

Ao relatar suas experiências, falou sobre os estágios na UFN e no grupo RBS, enquanto aluno, e sua trajetória profissional  até chegar na TV TEM, afiliada da Globo na cidade de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, onde trabalha atualmente.

Rômulo conta que quando entrou na faculdade só tinha certeza de não gostar de televisão, porém ao longo do curso, suas experiências o fizeram se aproximar desse meio. Também falou sobre a  rotina da produção televisiva, destacando como é importante o trabalho em equipe, assim como a confiança entre os colegas de equipe, uma vez que, na maioria das vezes, a pauta é produzida por outro profissional e ele precisa ir para rua executá-la.

Exibindo reportagens realizadas por ele, o jornalista afirma que cada detalhe na matéria importa e que se deve sentir a pauta durante o processo, para saber como apresenta-la. Além disso, Rômulo relata que dificilmente há tempo para decorar falas antes de entrar ao vivo. “Às vezes, a gente é atropelado pela pauta”, brinca.

Ele destaca também que, muitas vezes, a honestidade com o telespectador é a chave do trabalho do repórter na televisão.  O profissional deve contar os fatos e, se não há maiores informações, explicar isso durante a fala. A parte mais difícil para Rômulo, é a realização de uma pauta em um ambiente onde a sua presença não é desejada. Nesses casos é necessário achar o equilíbrio entre passar as informações relevantes e não dar palco a entrevistados alterados.

O encontro reuniu alunos, professores e egressos do curso de Jornalismo da UFN, no Salão Acústico do Prédio 14, prédio 14 do Conjunto III da instituição.

Violência doméstica, machismo e feminicídio são os temas que motivaram a artista e aluna do curso de Artes Cênicas da UFSM, Bárbara Cembranel a idealizar o espetáculo Há Perigo, Maria. A peça teatral estreou em novembro de 2018 no Teatro Caixa Preta e, na próxima quinta-feira, 6 de junho, será apresentado no Theatro Treze de Maio, às 20h.

Com orientação da professora Mariane Magno, a peça discute o lugar da mulher numa sociedade que frequentemente a silencia. Os ingressos estão disponíveis na bilheteria do Theatro ou pelos números 55 99677-5996, com Mariana Giacomini  e  55 98412-0821, com Bárbara Cembranel. A meia-entrada, referente a estudante e idosos é de R$10,00, antecipada ou sócios do teatro é R$15,00 e, na hora, será R$20,00.

Divulgação

O espetáculo tem duração de 60 minutos e a classificação é 14 anos. A organização também sugere a confirmação da presença no evento do Facebook.

Confira a sinopse:

A mulher que tem opinião própria. Puta

A mulher que exige respeito. Puta.
A mulher que não aceita ser tratada de qualquer forma. Puta.
A mulher que decide sobre sua própria vida. Puta.
A mulher que é violentada por um homem. Puta.
A mulher que é morta por um homem. Puta.
Há perigo em casa.
Há perigo na rua.
Há perigo no trabalho.
Há perigo em todos os lugares.
Onde posso me sentir segura?

 

Em alusão ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial e aos 22 anos da Associação de Familiares, Amigos e Bipolares de Santa Maria (AFAB), o CineMental de maio trará na sexta-feira, dia 30, o documentário Holocausto Brasileiro: O impacto refletido na sociedade, no auditório do 2º andar da Antiga Reitoria (Rua Floriano Peixoto, nº 1184), às 14h30.

O documentário é uma produção da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), e conta três das histórias escritas por Daniela Arbex no livro Holocausto Brasileiro (2013). Nele, os atores relatam as vivências em primeira pessoa com a câmera permanentemente focada em seus rostos, no ambiente de uma sala de cinema, fazendo uso do mesmo modelo proposto por Eduardo Coutinho no filme Jogo de Cena. O documentário entremeia suas filmagens com imagens do curta-metragem Em Nome da Razão – Um filme sobre os porões da loucura, do cineasta Helvécio Ratton, e a canção Preciso me Encontrar, clássica na voz do cantor e compositor Cartola.

As histórias contam o quê Marlene Laureano (funcionária), Débora Aparecida (filha de uma paciente) e João Bosco Siqueira(paciente) presenciaram no Hospital Colônia de Barbacena, palco de inúmeras atrocidades registradas no livro de Daniela Arbex, escrito a partir dos depoimento de ex-funcionários e pessoas ligadas diretamente ao dia-a-dia do local. Foram 60 mil mortos dentro de seus muros e, deles, cerca de 70% dos pacientes não possuíam diagnósticos de transtorno psicológico. O Hospital chegou a arrecadar pelo menos 600 mil reais com a venda de corpos.

O documentário tem  aproximadamente 27 minutos, e antes da sua exibição serão passados vídeos com depoimentos, relatos e a história do Espaço Nise da Silveira & AFAB em celebração aos 22 anos da Associação. Após, haverá uma roda de conversa e debate.

Divulgação PMSM

Estão abertas as inscrições para o IX Concurso de Literatura Infantil Ignez Sofia Vargas promovido pela Academia Santa-mariense de Letras (ASL). Até o dia 31 de julho os interessados poderão inscrever seus trabalhos. Este tem como objetivo contribuir para a valorização da arte literária e sua leitura, incentivando a criação de obras de Literatura Infantil.

O concurso se divide em duas etapas: na primeira acontecem as inscrições dos textos, em que pessoas brasileiras natas ou naturalizadas, residentes de Santa Maria, e que não tenham publicado obras infantis de sua exclusiva autoria podem participar.

Os textos, em prova ou verso, deverão ter extensão mínima de 45 e máxima de 60 linhas, e dirigir-se a crianças na faixa dos 6 aos 10 anos. Cada participante poderá concorrer com até dois textos, encaminhando cinco (5) cópias de cada original, obedecendo à seguinte formatação: Word, fonte Times New Roman, corpo 12, entrelinhas com espaçamento duplo. As páginas deverão ser todas numeradas e impressas em papel A4, grampeadas ou encadernadas.

Os originais deverão ser inéditos e não ilustrados. A identificação dos concorrentes deverá ser feita por meio de pseudônimos. Dentro de um envelope lacrado e identificado externamente com o pseudônimo, deve conter digitados, assinados e datados, um documento com os dados pessoais do participante e o termo de compromisso, garantindo que o vencedor irá estar presente na próxima Feira do Livro para o lançamento do seu.

As inscrições devem ser entregues na Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer da Prefeitura de Santa Maria, e a premiação acontecerá no dia 12 de agosto de 2019, quando a entidade dará conhecimento do resultado aos inscritos, através de seus e-mails ou número telefônico. O prêmio de 1º lugar será a publicação de seu texto em livro ilustrado, o recebimento de 50 exemplares e o valor de R$ 1.000,00. No 2º e 3º lugares recebem menção honrosa, e todos os inscritos ganham livros publicados por autores da ASL.

Em um segundo momento, as inscrições de ilustradores devem ser feita no período de 20 de agosto a 2 setembro, onde será fornecido um formulário a ser preenchido e assinado no ato, junto a uma cópia impressa do texto vencedor. A proposta da ilustração deverá ser encaminhada até o dia 16 de setembro, e o resultado será divulgado até o dia 23 de setembro, também por e-mail. O vencedor da ilustração terá até o dia 18 de outubro para encaminhar prontas todas as ilustrações do livro.

O vencedor do 1º lugar para ilustração irá ter seu trabalho publicado no livro,a  ser editado com a história vencedora, o recebimento de 50 exemplares e o valor de R$ 1.000,00, com seu nome escrito na capa da obra. A entrega de ambas as premiações e o lançamento do livro vencedor acontecerão em jantar festivo da ASL, no dia 6 de dezembro, com a participação de representantes das entidades de patrocínio, dos inscritos e de convidados dos vencedores.

O restante da edição total de 600 exemplares será destinado à doação para escolas e professores da área de Educação Infantil, bibliotecas de entidades socioculturais e para as entidades patrocinadoras.

Começou na última quarta-feira, dia 22 de maio, o 1º Congresso de Literatura InfantoJuvenil de Santa Maria. A fim de promover o livro e a leitura, possibilitando o debate entre professores, autores e pesquisadores,  foram proporcionadas oficinas, sessões de autógrafos, leitura compartilhada, saraus de leitura, minimaratonas de leitura nas escolas, mesas redondas e espetáculos.

A realização trouxe à tona o ensino através da leitura, a qualidade da produção dos livros infantis e juvenis, e a importância da literatura infantil, buscando construir um espaço de reflexão e debate e repensar o processo de formação de leitores no âmbito educacional.

A abertura oficial contou com o espetáculo No fundo da mata ouvi… do músico, ator e contador de histórias Roberto Freitas no Theatro Treze de Maio. Ele é pesquisador da cultura popular e se apresenta em todo o Brasil em congressos e festivais de literatura.

Roberto Freitas ministrando a oficina Os Pontos de Quem Conta e Lê um Conto. Fotos: Ronald Mendes

Convidando a plateia a fazer uma viagem pelo mundo imaginário, Freitas narra histórias de humor, terror, amor e dor. Ele explica que histórias são libertas e não podem ser aprisionadas. Elas acontecem, de certa forma, por ele e as pessoas  estarem lá naquele momento e daquele jeito. “A vida é assim, é passageira, e a preciosidade da história é exatamente isso, é o respeito a esse momento único que nunca mais se repetirá”, afirma Freitas.

Durante os dias 23 e 24, na Antiga Reitoria da UFSM, estavam sendo ministradas oficinas no turno da manhã e da tarde. Entre as seis oficinas, Roberto Freitas ministrou a Os Pontos de Quem Conta e Lê um Conto, onde ele fala das possibilidades da história como uma ferramenta pedagógica. “Eu estimulo os professores a usarem a história como um canal para comunicar conceitos e torná-los mais interessantes e instigantes”, aponta.

Já a oficina do pernambucano Luciano Pontes chamava-se Narrativa Visual e Caminhos da Leitura. Ele, que é escritor, ator, diretor teatral e contador de história já recebeu o Prêmio APACEPE de Teatro com o espetáculo Seu Rei Mandou. Em sua oficina, busca ensinar sobre estratégias de construção práticas de uma narrativa visual, a partir de exercícios simples, também trabalhando a questão do olhar, da apreciação e da leitura de imagens como um todo.

A oficina de Luciano Pontes sobre Narrativas Visuais e Caminhos da Leitura.

Os livros de imagem são narrativas que não tem a presença da palavra verbal impressa, exigindo um certo nível de comprometimento na leitura, que por não ter a palavra que explica ou descreve alguma coisa, pode distanciar o leitor. Porém, Pontes defende que “essas imagens convidam o leitor aquela sequencial de forma diferente, é uma contribuição na formação do olhar desse leitor”.

O escritor e ilustrador André Neves conta que começou sua carreira fazendo livros visuais, em que a narrativa é toda visual. “Eu comecei a perceber que a força da imagem é muito importante pra narrar uma história, e que a imagem está, cada vez mais, tendo uma função maior”. Neves relata que um livro sem palavra tem o mesmo potencial que um com, mas é preciso que se olhe atentamente para estas imagens. “Ele alimenta a linguagem visual das pessoas, além do imaginário da história, da própria percepção que a pessoa vai ter da leitura e do aprendizado que vai ter”. Ainda comenta que a ilustradora polonesa, Kveta Pacovska diz que o livro para infância é o primeiro museu da criança, sua primeira exposição de arte.

Neves tem livros publicados no Brasil e no exterior, participa de mostrar e exposições de ilustrações, além de ser professor de cursos dedicados à leitura, literatura e ilustração. É o escritor homenageado do Congresso, e sua oficina se chama Esses Livros para a Infância. Nela, Neves procura trazer conhecimentos sobre a literatura contemporânea e suas grandes possibilidades narrativas, usando a leitura de textos e imagens como ponto de partida para a aquisição do conhecimento e pensamento crítico.

A oficina Esses Livros para a Infância foi ministrada por André Neves.

Luciano Pontes e André Neves, que já colaboraram em livros como Ouvindo as Conchas do MarUma História sem Pé nem Cabeça, ainda contaram sobre seu próximo projeto. A partir de uma provocação das ilustrações de Neves, o Luciano Pontes e o pernambucano, Fábio Monteiro escreveram textos. “Isso é a inversão do processo de criação, porque, geralmente, o ilustrador parte da palavra”, explica Pontes. Também divulgam que o livro é uma homenagem ao poeta Fernando Pessoa e são duas histórias distintas que dialogam entre si.

Para o encerramento do 1º Congresso de Literatura Infantojuvenil, o espetáculo Seu Rei Mandou será apresentado no dia 24 de maio, às 19h no Theatro Treze de Maio. Ele aborda um universo fabuloso da realeza por meio de releituras cômicas e poéticas de contos populares, como: A Lavadeira Real, O Rato que Roeu a Roupa do Rei de Roma, e O Rei Chinês Reinaldo Reis. É necessária a retirada de convites na bilheteria do Theatro.

As inscrições para a segunda sessão do Cine ConsCiência estão abertas até amanhã, dia 23, e tem como tema o Alzheimer, autonomia e cuidado. O filme exibido será O Filho da Noiva (Juan José Campanella, 2001), uma co-produção entre Argentina e Espanha. As inscrições podem ser realizada pelo site da Universidade Franciscana e dão direito a certificado de participação A atividade será no Salão Azul do Conjunto I, da UFN, prédio III, às 18h15. Pede-se que seja doado um quilo de alimento não perecível na entrada. A presença também  pode ser confirmada no evento no Facebook.

Divulgação do filme.

Dirigido por Campanella, o longa conta a história de Rafael Belvedere (Ricardo Darín), um homem de 42 anos, sobrecarregado por suas obrigações e sem muito tempo para diversões. Grande parte de seu tempo é dedicado a administrar o restaurante herdado de seus pais e, com a vida corrida, não encontra tempo para a namorada e a filha. Ele nunca visita sua mãe, que está com Alzheimer, até que ela começa a perder a memória e o peso das responsabilidades de Rafael o fazem sofrer um infarto, o que o faz refletir sobre seu presente e passado.

Após a exibição do filme, o debate será coordenado pelo professor Huander Felipe Andreolla que tem experiência, entre outros temas de pesquisa, em diagnóstico molecular de doenças infecciosas e genéticas. Quem participará do debate são os membros do Grupo de Assistência Multidisciplinar Integrada aos Cuidados e Portadores de Alzheimer (AMICA), também a professora Tereza Cristina Blasi, do curso de Nutrição, o professor Silomar Ilha, do curso de Enfermagem, o professor Diego Carlos Zanella, do curso de Filosofia e o professor Mirkos Ortiz Martins, de Sistemas de Informação.

 

Veja o trailer do filme:

Todos os anos, no mês de maio, a Zero Hora percorre universidades para dialogar sobre jornalismo com estudantes de graduação. Carlos Etchichury, editor-chefe da ZH, esteve na Universidade Franciscana na noite desta terça-feira, dia 21, e conversou com os acadêmicos sobre o funcionamento da redação integrada.

Etchichury  relata que a cobertura é dividida em hard news, esporte e soft news. Foto: Denzel Valiente

O jornalista explicou que, para melhor produzir conteúdo multimídia, sem sobreposições com outros veículos e extrair o melhor de cada profissional, surgiu a ideia de integrar a Gaúcha ZH, a Zero Hora, a rádio Gaúcha e o Diário Gaúcho, originando a proposta de Redação Integrada. Isso proporciona maior controle de qual conteúdo vai para qual plataforma/mídia, permitindo a cobertura da melhor forma para cada notícia  e adequando ao perfil do público. Etchichury contou que a jornada do usuário, isto é, o que o público busca de informação e onde acessa conforme o passar do dia, foi um dos motivos para a proposta de integração, pois, em momentos diferentes do dia uma mídia é mais consumida que a outra, o que sugere uma reorganização para melhor distribuição de conteúdo.

Sobre o tipo de profissional que o veículo procura, o jornalista defendeu que, primeiramente, o essencial é ter ética e empatia. Ainda brincou ao dizer que o bom profissional é como um canivete suíço, que possui diversas habilidades e irá usá-las na medida do possível e do necessário.

Colunistas são o maior motivo do público para fazer assinaturas digitais. Foto: Denzel Valiente

O editor-chefe da Zero Hora também falou que o maior desafio, apesar da redação integrada, ainda é produzir um jornal de qualidade. Segundo ele, agora deve-se aprender a vender a notícia, diferentemente de antes, quando o que sabiam era vender jornal.

Entre diversas perguntas feitas pelos alunos, Etchichury comentou sobre a magnitude em se manter a postura profissional num momento em que a nossa cultura é de se expor no meio digital. Por fim, o jornalista convidou os alunos para que participem do concurso da ZH que abrirá suas inscrições em junho. O concurso Uma Pauta Gaúcha é uma iniciativa da Redação Integrada e busca identificar talentos entre estudantes de Jornalismo dos 26 cursos do Estado. Mais informações serão divulgadas em breve.

Foto: Divulgação.

Na noite de hoje, terça-feira, 21,  o curso de Jornalismo da Universidade Franciscana receberá o jornalista Carlos Etchichury para um bate-papo agendado para as 18h30, na Sala de Convenções do prédio 13, no Conjunto III da instituição. O jornalista e atual editor-chefe do jornal Zero Hora, também é um dos líderes da Redação Integrada de GaúchaZH, ZH, Diário Gaúcho e Rádio Gaúcha.

É autor do livro Os Infiltrados: eles eram os olhos e ouvidos da ditadura, junto com Carlos Wagner, Humberto Trezzi e Nilson Mariano. O livro desvenda a trajetória de agentes infiltrados durante a ditadura militar do Brasil, 25 anos após o cumprimento de sua missão.

Durante o encontro, Etchichury irá conversar sobre jornalismo no ambiente digital, desafios do jornalismo, mercado de trabalho, investigativo e entre outros temas.

A entrada é franca e todos estão convidados a  assistir.

A greve geral está prevista para o dai 14 de junho. Fotos: Mariana Olhaberriet/LABFEM

Apresentações culturais, intervenções artísticas e muitos cartazes coloridos encheram de vida a Praça Saldanha Marinho na tarde da última quarta-feira, dia 15. Segundo levantamento da Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal de Santa Maria (Sedufsm), cerca de 10 mil pessoas, entre elas estudantes e professores, protestaram contra as contingências feitas no orçamento das universidades públicas e contra a reforma da previdência propostas pelo governo. O ato saiu da Praça Saldanha Marinho e percorreu a Avenida Rio Branco, seguindo em direção à Rua do Acampamento. Enquanto o início da caminhada passava a Rua Pinheiro Machado, o final ainda cruzava a Venâncio Aires.

O coordenador geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Rodrigo Poletto, afirma que os cortes de orçamento e a reforma da previdência não representam o que os estudante precisam nesse momento: “Precisamos do aumento dos nossos direitos e não da retirada deles”, defende Rodrigo.

Estefane Dias, acadêmica de Dança na UFSM.

No Brasil, o orçamento da educação é dividido, basicamente, em dois: uma parcela para gastos obrigatórios e outra para os discricionários, sendo que 88% desse orçamento vai para os obrigatórios, que incluem salários, aposentadorias, entre outros. Já os 12% restantes são para gastos discricionários, que é direcionado conforme critérios de cada universidade. Os 30% cortados do orçamento da educação, são dentro dos 12% de gastos discricionários, ou seja, restando cerca de 3,5% para estes gastos das universidades públicas. Sabrina Somacal, pós-doutoranda do Programa de Alimentos da UFSM, conta que esses cortes afetam manutenções básicas da universidade e que “vai chegar um momento que vão ser inviáveis os trabalhos e a gente vai ter que parar”. Ela também traz à tona que “a comunidade santa-mariense esquece que o Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM) está ligado à UFSM, e que se a universidade fechar vai afetar diretamente o atendimento”.

“A programação é que a verba da universidade acabe até setembro e a gente não sabe como vai continuar o nosso curso”, conta Laura Marques, estudante de História na UFSM. Já Estéfane Dias, que cursa Licenciatura em Dança, afirma marcar presença na manifestação “para manter o nosso curso e nossos benefícios, lutando por aquilo que a gente acredita”.

A coordenadora de comunicação do Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria (SINPROSM) e professora de português, Celma Pietczak, explica que os cortes feitos no orçamento da educação, independente do nível, afeta todo mundo. “A maioria dos professores municipais se formaram na UFSM, fizeram pós-graduação lá e recebem projetos em suas escolas que são desenvolvidos pela universidade”, conta Celma.

Celma Pietczak, coordenadora de comunicação do SINPROSM.

A professora também expõe sobre a luta contra a reforma da previdência, em que as mulheres professoras serão as mais prejudicadas se o texto for aprovado como está hoje. As mudanças na previdência preveem um aumento na idade mínima para se aposentar e também no tempo de contribuição.

Atualmente, a idade mínima para se aposentar é de 60 anos para mulheres e 65 para homens (anteriormente era de 55 e 60, respectivamente). A proposta do governo propõe que a das mulheres aumente para 62. Já por tempo de contribuição, atualmente o mínimo é de 15 anos para quem se aposenta por idade; já para quem se aposenta por tempo de contribuição são 35 anos para homens e 30 para mulheres. Após a reforma, serão 20 anos de contribuição para todos, e para receber 100% da aposentadoria será preciso contribuir por 40 anos.

A professora do curso de Educação Física da UFSM, Márcia Morschbacher, avalia  que o cenário que a reforma da previdência coloca é extremamente complexo, se aprovado. “Agora é um dia para aglutinarmos todos os trabalhadores para lutar contra a retirada de direitos que o governo atual vem tentando realizar, rumo à greve geral de 14 de julho”, afirma a professora. Ela complementa que os impactos da inviabilização das atividades da universidade afetam para além dos muros da universidade, considerando que ela representa para o município e toda a região, não só em termo de formação profissional, mas também em termos de atendimento de saúde e educação.

Os indígenas também aderiram à manifestação, segundo Rodrigo Mariano, estudante de Direito que pertence ao povo Guarani. “A gente está há muito tempo nessa cobrança do poder público pelos nossos direitos, e agora não é diferente”, explica Mariano. Os cortes na educação afetam as comunidades indígenas desde sempre, e a reforma da previdência vai atingi-los diretamente. “Acho que estamos cumprindo mais do que um dever, uma luta que é de costume já dos povos indígenas. E […] com o pessoal se mobilizando junto, a gente sabe que tem força; é um inicial para mostrar do que somos capazes”, enfatiza Mariano.

No turno da manhã, os estudantes da UFSM fizeram um ato dentro da universidade. A coordenadora geral do DCE, Franciéle Barcellos, diz que foi muito proveitoso ver tanta gente apoiando a luta e ainda conta que a marcha deve ser não só contra os cortes de orçamento, mas também pela reforma da previdência. “Não dá para escolher só uma pauta, as duas são direitos e esses direitos devem ser garantidos”, afirma Franciéle.

Com colaboração de Emanuely Guterres.

Estudantes, professores e trabalhadores contra os cortes de orçamentos na educação e contra a reforma da previdência.

As inscrições do XLII Concurso Literário Felippe D’Oliveira estão abertas até o dia 7 de junho. O concurso, que homenageia a memória do poeta santa-mariense, busca estimular produções literárias de contos, crônicas e poesias, e é dirigido a candidatos de nacionalidade brasileira, residentes no país ou no exterior. Na categoria de crônicas, o texto deve obedecer a extensão máxima de 3 laudas, já na de contos o número máximo de páginas é 10.

Obedecendo ao limite de até três trabalhos por modalidade, os candidatos devem entregar textos inéditos, ou seja, sem publicações nem premiações em outros concursos. As inscrições devem ser entregues na Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer no período de 2 de maio a 8 de junho, das 8h às 13h e das 14h às 16h. A Secretaria fica na Rua Venâncio Aires, nº 1934 no prédio da SUCV – 2º andar, junto à sala da Lei de Incentivo à Cultura.

As inscrições enviadas pelo correio terão validade da data de expedição, e a inscrição de cada trabalho deve ser feita separadamente com sua própria ficha, que pode ser encontrada no fim do regulamento disponível no site da prefeitura de Santa Maria. O preenchimento deve ser digitalizado ou em letra de forma.

O texto deve ser colocado em um envelope tamanho ofício com a ficha nº 1 colada no exterior do envelope. A ficha de inscrição deverá ser colocada num envelope menor, identificado externamente pela ficha nº 2, devidamente preenchida. O envelope menor, contendo a ficha de inscrição, deve ser colocado dentro do envelope maior junto ao texto.

O regulamento explica que no texto é obrigatório o uso de pseudônimos, ou seja, não deve conter o nome verdadeiro do autor. Esse pseudônimo deve ir abaixo do título do texto, alinhado à direita. A devida identificação dos concorrentes será feita após a decisão da Comissão Julgadora, quando serão abertos os envelopes com a ficha de inscrição que acompanham o trabalho.

A seleção e classificação será de 26 de junho até 31 de julho, e a divulgação dos resultados está prevista para dia 2 de agosto. A premiação é de R$ 3 mil e um certificado ao primeiro lugar de cada modalidade. Aos demais candidatos, classificados em 2º e 3º lugares, serão entregues certificados de participação. O regulamento ainda prevê um Prêmio de Incentivo Local para cada modalidade no valor de R$ 2 mil, dirigido exclusivamente a candidatos naturais de Santa Maria ou residentes na cidade há mais de dois anos.