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Daniel de Lima

Daniel de Lima

A vida me deu uma resposta enquanto eu completava 20, 30, 33 anos e minha mãe envelhecia. Inúmeros poderiam ser os argumentos, as definições ou medos, pensava eu, ao ver os dias passar em sua companhia. Deixava de ser o frágil Daniel, o menino da casa e, ela, de ser minha super-heroína. Um telefonema, um abraço de “bom dia”, cama arrumada e seu cheiro que ficava esperando eu voltar. Estava indo para o mundo, para as minhas conquistas e, ela? Bem, ela ficava triste ao me ver ir, me acompanhando da janela, buscando explicação do tempo que teimava em querer passar.

Aliás, como não recordar da janela, com grades inacabadas e sem pintura por não ser prioridade. Nunca foi. Seu sonho era de um médico, um doutor na família. Ajudar o próximo era seu maior sonho, um legado a ser seguido. Ficou no sonho. Sorvete era sua maior tentação, a minha também. E por ser pai e mãe, virou a exceção dos dois.  E eu comia quantos quisesse (pudesse). Dona Helena era a regra quando precisava, mas a bagunça quando podia. Que saudades.

Saudade é um sentimento ao contrário. Contraditório, compulsivo e voraz. É algo que não se sente direito por completo. É algo que precisa ser dito com o tempo, a tempo e com tempo.

Precisava ter dito que a amava cada vez que me ensinou a ver a vida sob um novo prisma. Talvez ela nunca teve dúvidas. Mas sabe quando o muito é nada? Precisava. Preciso contar que seu pequeno sempre teve gênio indomável e não iria seguir algo que ela queria. Afinal, era livre para voar. Ele voou. Mas quem disse que não pode ajudar o próximo mesmo não sendo seu doutor? Podia. Poderá. Pode. Será.

Quando ela adoeceu, diga-se, pela primeira e última vez, estive ali. Porém, o tempo, aquele mesmo que era teimoso, mais uma vez teimou. Passou e foi tão rápido quanto seu olhar ao me ver sair daquele quarto de CTI em nosso último encontro.

Dias antes, o último presente. Uma camiseta do Grêmio. Colorada doente, ainda brincou: “vê se deixa minha neta ser vermelha”. Desculpa mãe, não deu. Bola de cristal, previsão ou adivinha… não sei. Sua neta é linda. A cara do seu bebê. Apenas a Lívia é gremista.

Seu primeiro presente, não poderia ser outro, uma camisa gremista. Como você ao dar, sabia? É… foi e ficou linda. Acho que até você viraria gremista. Sabe o gênio forte? É igual? Ela te convenceria.

Se minha mãe fosse minha filha, talvez buscasse repetir tudo que ela me ensinou. Como não posso, deixo ela ocupar o seu lugar. E os amores… hoje ela é quem me ensina, que me guia e mostra para onde seguir. Esse sentimento vem de berço, de casa, de algum lugar, de ti. Obrigado por estar sempre aqui.

30º Edição Feisma. Foto: Daniel de Lima / Divulgação

Consolidada como a maior feira de Comércio, Indústria e Serviços do Centro do Rio Grande do Sul, a Feisma se tornou referência a todos que buscam as mais variadas novidades de negócios na região. De 11 a 19 de novembro de 2017 cerca de 100 mil visitantes transitaram pelos 320 estandes distribuídos nos cinco pavilhões do Centro Desportivo Municipal – Farrezão.

Movimento foi intenso nos 9 dias de feira. Foto: Daniel de Lima / Divulgação

Os destaques foram o Salão do Automóvel, onde as concessionárias locais exibiram as principais novidades do mercado automobilístico brasileiro, o espaço colonial valorizando o produtor rural do interior, o espaço games como algo inovador que atrai a juventude para o evento, e o espaço kids, idealizado na edição anterior e parte dos projetos futuros da feira: “O Espaço Kids foi algo bem legal que deu muito certo. Era muita criança, todas com a carinha pintadas e brincando. Esse é nosso objetivo, vamos investir ainda mais nele tornando-o maior nas próximas edições”, destaca Luiz Fernando Pacheco, coordenador da feira.

A variedade de opções foi destaque nesse ano. Foto: Daniel de Lima / Divulgação

Mesmo com a crise financeira que afeta os empresários, cerca de dois meses antes do início da feira todos os espaços já tinham sido completamente comercializados, gerando uma fila de espera com mais de 90 expositores. “Há quatro anos, na edição de 2011, foi necessário se reinventar. Hoje a realização da feira só é possível porque cerca 83% dos seus gastos são provenientes da comercialização dos espaços e bilheteria, ou seja, ele é um evento praticamente autossustentável e que tem futuro”, comenta Pacheco. Ele informa também que a edição de 2019 já começou a ser planejada.