Santa Maria, RS (ver mais >>)

Santa Maria, RS, Brazil

Pelo Mundo

Para onde corre o Mississippi?

Por Aldema Mckinney* Sou apaixonada por rios e lagos, por água parada ou água em movimento. Meu desejo de ir a St.Louis, cidade do estado de Missouri, concentrava-se em ver o rio Mississippi – e  vi. E andei de barco por ele.

Viajar pelo Marrocos é aguçar os sentidos

O Marrocos é um daqueles lugares que tem cor, cheiro, gosto e som! A primeira cor que se vê é o marrom, cor de tijolo, mas aos poucos, o colorido dos tapetes, lenços e lajotas pintadas

Em terras lusitanas

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AIESEC promove palestra sobre intercâmbio social de inverno

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Por Aldema Mckinney*
Sou apaixonada por rios e lagos, por água parada ou água em movimento.

Saint Louis, EUA.
Meu desejo de ir a St.Louis, cidade do estado de Missouri, concentrava-se em ver o rio Mississippi – e  vi. E andei de barco por ele.  E fiz fotos dele. Lindo.
Ponte sobre o rio Mississippi.
Mississippi é o segundo rio mais longo dos Estados Unidos,só perdendo para o rio Missouri, seu afluente. Juntos, somam mais de seis mil km e formam a terceira maior bacia hidrográfica do mundo – a 1a. é a bacia Amazônia.
Nasce no lago Itasca, em Minnesota e corta ou margeia dez estados americanos. As maiores cidades , ao longo do Mississippi , cujo nome significa Grande Rio ou Pai das Águas , são: Minneapolis, Sain Paul, Memphis, New Orleans e Saint Louis.
Dada sua importância e beleza, o rio está bem presente em canções, como Big River de Johnny Cash, Louisiana de Randy Newman ,When the Levee Breaks dos Led Zeppelin. e Moon River do filme de 1961 Breakfast at Tiffany’s.
 Na região em que estive, o Mississippi separa o estado de Illinois do estado de Missouri, tendo, de cada lado dele, as cidades de St.Louis (IL) eSt Louis (MO). Várias pontes fazem a ligação entre essas duas cidades e estradas desses dois estados, pontes antigas que mostram interessante arquitetura.
Leia a matéria completa no blog da autora: Correndomundo.
* Publicado com autorização da autora.

a nossa caravana.jpgO Marrocos é um daqueles lugares que tem cor, cheiro, gosto e som! A primeira cor que se vê é o marrom, cor de tijolo, mas aos poucos, o colorido dos tapetes, lenços e lajotas pintadas invadem o olhar.

O ar seco e vento forte amenizam o sol e o cheiro de cavalos, camelos, macacos, motos, verduras, frutas e temperos da praça JamaaElFna, em Marrakesh, (que também pode ser escrita como Marraquexe ou ainda Marraquesh) cidade localizada a 326km da capital do país, Rabat. Já o gosto é um tanto peculiar: os temperos são bonitos aos olhos, porém, no paladar podem ser muito fortes, doces ou amargos. E o som é da fala alta dos homens, das flautas e músicas alegres.

A experiência de viajar para um lugar como este é incrível. Uma das características é o contraste, paisagens lindíssimas em meio a pobreza e riqueza, luxo e condições precárias de higiene, simpatia e “receio”com as mulheres.

Praça de Marrakesh

 

AJamaa El Fna, algo como a “Praça dos Mortos” ou “Assembleia dos Mortos” em português, merece um tópico. O nome é devido ao local ter sido utilizado no passado para execuções dos prisioneiros ou quem o sultão decidia matar e, ainda, expor aspraca_marrocos.jpg cabeças cortadas para servir de exemplo. Patrimônio da Humanidade da UNESCO é sem dúvida, o local mais movimentado de Marrakesh. Motivo que a fez alvo de um atentado a bomba em abril de 2011, que destruiu um café e deixou 19 mortos  e cujos motivos, até hoje, são discutíveis.

Transitar por ela é um desafio. Tem-se que desviar de motos, bicicletas, pedestres apressados, cavalos, carroças e carros, além das barracas de frutas, macacos com coleiras, cobras “dançantes” e “watermans”- os homens água, atrações que cobram para ser fotografados! Sim, a praça é uma loucura! À noite, a praça fica ainda mais cheia com dançarinas e contadores de histórias, jogos e com os mesmos “veículos” circulando. Pode-se dizer que a “praça pode ser ouvida” ao longe. Encontrá-la não é difícil, pois fica no centro da cidade e muitas ruas terminam nela, mas se quiser fechar os olhos (e tiver coragem) pode seguir o som das flautas, buzinas e gritos e logo chegará ao lugar certo.

A questão de ser mulher

Mesmo acostumados com estrangeiros o machismo predomina. Os negócios são feitos com homens e, muitas vezes, fui ignorada. As mulheres usam lenços para cobrir os cabelos e é comum vê-las com a burcum dos muitos mohammeds que encontramos.jpga que cobre grande parte do corpo. Já à noite, poucas mulheres circulam pelas ruas, e é raro ver alguma nativa em restaurantes, bares e lojas. 

Na cultura do país, as mulheres podem ser compradas, o que pode ser considerado também como “dote” que havia no Brasil. Assim, é aconselhável que, principalmente as turistas, e se forem brancas, de olhos claros, loiras, ou ainda, com os três quesitos juntos, estarem na companhia de um representante do sexo masculino. O sentimento de ser “moeda de troca” não é agradável e não há opção de manifestação durante o negócio. Uma curiosidade é que as mulheres “intrometidas” têm valor menor, além de receberem um olhar de repreensão. O “pagamento” varia conforme a região do país. No geral são camelos, o que vale aproximadamente 5 mil euros, mas podem ser carros, sacos de sal e até mesmo casas.

Comunicação

A primeira língua é o árabe, seguido pelo francês, inglês e espanhol. Os dois últimos muito mais voltados aos negócios, o que torna o vocabulário um pouco restrito. Mas como o país recebe muitos turistas, é fácil encontrar até crianças que falam italiano, mesmo no interior.  Segundo um dos guias, isso é possível porque há escolas de línguas, gratuitas, mantidas pelo governo justamente para favorecer a comunicação com os estrangeiros. E uma dica para quem quer conhecer o “Marocco” é ter, pelo menos, uma noção de francês, e o inglês é fundamental.

MARROCOS, cidade, transporte

O transporte pelo interior é precário, mas não faltam empresas que prestam esse serviço. A principal cidade onde  é possível entrar nas bancadas de areia é Merzouga.  Conhecer o Saara, mesmo que seja uma ponta dele, é lindo e único. As dunas encantam e assustam, pois com “rapidez” se tornam todo o horizonte. A sensação de estar no “meio do nada” remete aos desenhos animados e às miragens.

Andar de camelo ou dromedário também é diferente e não pode ser comparado ao andar a cavalo. Para quem sabe tem vantagens, pois consegue administrar o “balanço” sobre o animal com mais facilidade. O mais estranho é para subir ou descer, pois ele se deita ao chão, e a tarefa de manter-se firme neste momento é complicada.  

Atajin de carne de cordeiro com ameixas.jpg culinária mereceria um texto à parte. O prato mais tradicional é o Tajin, que é o nome dado ao recipiente, com formato semelhante a um sino. Em geral, a carne é frango ou cordeiro temperados com as mais diferentes especiarias, que podem ter ainda, frutas secas ou cristalizadas. O arroz vem de entrada e frio, e  a salada pode ter macarrão e batata.

Os citrinos são as frutas mais comuns, motivo que faz do país grande exportador. Mesmo com distintos sabores tem-se que provar no paladar a cultura e retirar os preconceitos, cuidando apenas as condições mínimas de higiene.  um pouco do colorido dos temperos.jpg

Apesar das comuns discussões no comércio, da fala rápida, que pode também ser interpretada como agressiva, dos exageros nos valores dos produtos (que no fim são negociados até por metade do valor ou menos), da confusão do trânsito e resquícios de violência, vale a pena conhecer.

 O Marrocos é assim, marrom e colorido de um lado, arenoso e montanhoso do outro, exótico e divertido nas ruas e com as pessoas, com as sensações dos antônimos recorrentes. Mas, sobretudo, é um país de povo humilde, que quer sobreviver.

Fotos: Alice Balbé

  

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Ora pois, cá estamos nós em Braga, Portugal, depois de
todos os textos publicados na Agência. Agora, já jornalistas por formação, escrevemos
para a editoria mais desejada, a “Pelo Mundo”.

Atravessamos o oceano para aprender um pouco mais sobre
“Comunicação”. Cursamos Mestrado em Informação e Jornalismo, na Universidade do
Minho, mas também vivemos em um intercâmbio cultural com experiências extras
diárias.

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Foto: Santuário
de Nossa Senhora do Sameiro, ponto mais alto da cidade de Braga, com vista para
todo o vale do Minho 

 

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Apesar da língua ser“português”, há diferenças
consideráveis na linguagem. A começar pelo café da manhã que é o “pequeno
almoço”, o ônibus que se chama “autocarro”, o “comboio” é o trem, banheiro é
“casa de banho”, celular é “telemóvel” e até mesmo para comprar água, “água
fresca” é gelada e “lisa” é sem gás”.

Portugal tem
muitas riquezas e a que mais se destaca é a História. Para se ter uma ideia, Braga
foi fundada pelo imperador romano César Augusto, em 16 a.C. e chamada então, de
Bracara Augusta. A cidade faz parte de três roteiros turísticos históricos,
Romano, Barroco e Medieval. “Capital” da província do Minho, localizada no
norte do país, é um dos municípios mais religiosos e possui cerca de 100
igrejas, a maioria do século XVIII.

A população é
de aproximadamente 190 mil habitantes e muitos são estudantes. Não é à toa que
foi escolhida a Capital Europeia da Juventude de 2012.

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Apesar de ser um povo simpático, no primeiro momento os
portugueses são “fechados”, mas com a alegria do povo brasileiro esse gelo é
quebrado e se mostram prestativos. Não sofremos preconceito por sermos
brasileiras, mas conhecemos muita gente que teve dificuldade de aceitação,
mesmo tendo muitos conterrâneos por todo país.

 

Arco da Porta Nova, símbolo da entrada da cidade

Aliás, Brasil é um tema recorrente. Eles sabem muito da
nossa cultura, música, arte, história a até um pouco de geografia, esse último,
porém, causa “estranheza”, pois eles não têm total dimensão do tamanho do nosso
país e se admiram por não conhecermos a Amazônia, por exemplo. O que é
compreensível, pois Portugal tem a extensão do estado de Santa Catarina e a
população menor que a cidade de São Paulo.

Uma pergunta comum de ouvirmos é sobre o clima, ou
melhor, se não estamos com frio, por estamos durante o inverno aqui. Eles se surpreendem
quando contamos noque no Rio Grande do Sul temos temperaturas até mesmo mais
baixas que a média em Portugal.

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Música

Os ritmos musicais brasileiros são um item a mais na
proximidade com nossos descobridores. Além do futebol e carnaval, “cartões
postais” do Brasil no exterior, eles conhecem Bossa Nova, Samba, Axé, Sertanejo
e agora o Sertanejo Universitário. É fácil encontrar, por exemplo, o espaço
“música brasileira” nas lojas, com tradicionais Milton Nascimento, Cássia
Eller, Caetano Veloso, Alceu Valença, Lenini até Ivete Sangalo e Paula
Fernandes.

Até mesmo as Tunas, tradicionais grupos portugueses
formados na maioria por universitários, com influência na música clássica, no
Fado, música mais tradicional de Portugal, e ritmos contemporâneos sofreram
influência brasileira.

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No mês de dezembro, inclusive, foi realizada a XVIII
edição do festival Celta , Certame Lusitano de Tunas Acadêmicas, organizado pela
Azeituna, uma das equipes da Universidade do Minho, cujo“Brasil” foi o tema
escolhido.

Para abrilhantar ainda mais o festival, uma escola de
samba
– Saci-Po – de Poços de Caldas, Minas Gerais, veio com plumas, paetês,
baianas, passistas, abre-alas e a bateria como participação especial.

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Culinária

As comidas típicas são de agradar os olhos e de encher a
boca. Os tradicionais doces podem ser encontrados em cada esquina nas centenas
de padarias e pastelarias espalhadas pelas ruas das cidades. O ingrediente
principal dos recheios é a gema do ovo. Tem pastel de nata, o que conhecemos
como “Pastel de Belém”, que na verdade, é o nome do tradicional feito em
Lisboa, folhados e croissants com creme de ovos e ovos moles, assim como pães e
o Bolo Rei, com suas frutas cristalizadas e açúcar de confeiteiro.

 

Como prato principal o bacalhau faz as honras da casa com
diferentes ingredientes. Bacalhau com natas, à bras, com broa e também com batatas
são os mais tradicionais e sofrem variações conforme a região.

E por falar em peixe, eles não faltam à mesa dos
portugueses. Segundo pesquisas recentes (Agência Lusa, de 2010) é comprovado
que Portugal está em 3º lugar no consumo de peixes no mundo, perde apenas para
os islandeses
e japoneses.

Depois dos “pescados” a carne
de porco tem seu lugar garantido. O mais famoso prato é o Leitão Assado, mas os
suínos são a base dos chouriços, presuntos e fiambres mais consumidos, já que o valor do quilo é baixo. Além da
produção no país a carne vem principalmente da Espanha, país vizinho.

Já a carne de “vaca ou boi” custa caro para o bolso. A
produção local é pouca e a maior parte do produto é importada do Brasil.

Apesar das diferenças conseguimos nos sentir em casa. Já
faz três meses que estamos nas terras de Cabral e sempre descobrimos novidades,
lugares que nos encantam. A cada dia aprendemos mais sobre a história do país,
do povo, sotaques e também do nosso “descobrimento”.

 

Ribeira da cidade de Porto

 
 
 

Fachada do Theatro que é ainda mais incrível por dentro
 
 
Escadório da Igreja do Bom Jesus

 
Se você quiser conferir mais fotos, clique aqui.

           

 

Fotos: Alice Balbé e Bárbara Weise

 

 

 

 

Na próxima segunda-feira, 2 de maio, a AIESEC Santa Maria promove uma
palestra explicativa sobre a edição de inverno do seu intercâmbio
social.

A palestra ocorre no Challenger Brasil, às 18h. O evento é
voltado para estudantes de graduação que queiram viajar no período das
férias de inverno, desenvolvendo ações sociais em outros países. Com o
objetivo de desenvolver o empreendedorismo, a sensibilidade cultural, a
responsabilidade social e o voluntariado entre os jovens participantes, a
AIESEC oferece oportunidades de intercâmbio em ONGs e projetos
educacionais em diversos destinos.

A AIESEC é uma rede global que visa formar pessoas que impactem
positivamente a sociedade. Para atingir esse objetivo seu trabalho está
sustentado em dois pilares: estimular jovens (estudantes,
recém-graduados ou pós-graduados) a explorar e desenvolver seu potencial
de liderança através do trabalho dentro da organização e também
estimular jovens a adquirir experiência profissional e sociocultural
através de intercâmbios. Ela está presente em 107 países, com mais de 50
mil estudantes e é a maior organização do mundo gerenciada por jovens
que busca oferecer uma plataforma de desenvolvimento de liderança.

O Challenger Brasil fica na rua dos Andradas, nº 1799, centro, Santa Maria.

mexico_mapa-bandeira.jpg
No fim de semana passado, fui a Oaxaca conhecer um pouco mais da cultura Azteca e  Zapoteca. Fui a dois sítios arqueológicos: Monte Albán e Mitla. O Monte Albán é realmente inacreditável. Meu lado arquiteto, estigmatizado pelo olhar europeu, quase não crê na potêcia dos edifícios deste Império. Tudo tão perfeito, detalhado, metafísico… poder tocar, subir numa construção ainda intacta de milhares de anos…

 

Juego de Pelota

Juego de Pelota

De Oaxaca até o Monte se leva uns 20 minutos num ônibus que percorre as curvas acentuadas. Ao chegar, tem um pequeno museu, porque grande parte das coisas está no Museu Nacional de Antropologia no México DF (nesse eu "ainda" não fui). Há algumas estátuas, esqueletos, ossadas, pedras com inscrições. Ao sair do museu, sobe-se um pouco do morro e logo se chega no Juego de Pelota (foto ao lado), que não se pode descer pelas arquibancadas, e o interessante é que não foram achados vestigios dos arcos paras as pelotas. 

Bom, o Juego de Pelota é para começar bem o desbravamento do sítio, mas é apenas o começo. Logo depois se tem acesso à esplanada principal do complexo.  No centro do complexo há pirâmides também. As únicas a que se têm acesso é a principal e a parte dos sacrifícios. 

Ao passar entre as pirâmides laterais,  cria-se uma expectativa pra subir logo na pirâmide principal. No pé da edificação  tem duas pedras com inscrições. A da direita é uma das representação ao conhecido Quetzalcoatl. Os degraus são altos e estreitos, pois se diz que era pra não subir e descer a pirâmide de frente/costas, demonstrando humildade e respeito. Aí se vai ziguezagueando todos os degraus, e se encontra a vista lá de cima, que é impressionante. Daí se tem realmente a noção de todas as pirâmides, o que há em cima ou atrás delas. Um pouco mais acima da pirâmide se tem uma outra menor, mas já descaracterizada.

O gran finale do dia fica para o pátio das tumbas e demais pirâmides que o circundam. As pirâmides mais altas ficam mais alto que o templo ao Quetzalcoatl e se tem a vista de todas as montanhas ao norte. Para acabar, o saldo da experiência é inesquecível, inacreditável.

Mitla

Mitla

Fachada em Mitla

Mitla fica distante uns 45 minutos de Oaxaca. O nome original é Mitchtlán (em náuatle), mas "espanholizando", os colonizadores colocaram o nome de Mitla mesmo. É uma cidadezinha pequena, com índios zapotecas. Como os zapotecas acreditavam que depois da morte havia nove estágios para alcançar o "paraíso", a pirâmide de Mitla está relacionada ao número 9 (e subdivisões de 6 e 3). Não era um lugar onde se enterravam os mortos, somente um lugar de culto. Na praça principal tem um quadrado onde se ofertavam coisas vivas (animais, vegetais) para os deuses e os entes que já partiram. A edificação em si é pequena, tem 9 degraus que dão acesso a uma galeria de 6 colunas (que antigamente sustentavam um teto de madeira). Por uma portinha muito baixa se tem acesso a outro pátio, onde viviam os sacerdotes. São 4 quartos circundando o pátio. Os degraus seguem o mesmo rito de respeito e humildade da pirâmide do monte Albán. As fachadas (foto ao lado) são adornadas com 9 ou 6 murais (dependendo do lado) que se suspeita ser a representação geométrica da natureza, com raios, ondas, terra e ar.

 

Um olhar sobre o México

A ACS passa a publicar uma série de narrativas sobre o México. Trata-se do olhar de Lucas Figueiredo Baisch que morou no país durante o ano passado, na cidade de Puebla.

Lucas é arquiteto, trabalha na empresa Diseña tu casa, e esteve no México em intercâmbio realizado através da AIESEC International.

mexico_mapa-bandeira.jpgCholula fica a poucos quilômetros de Puebla e é um centro religioso importante desde os tempos pré-hispânicos. O fato de ser um ponto pacífico entre as diversas civilizações, a sua dominação foi de extrema importância aos colonizadores.

Retornei há alguns dias à Pirâmide de Cholula, solito no más, com minha câmera e vontade de explorar a área. Era um domingo e neste dia está aberto ao público, o que dificultou um pouco as fotos, mas está bem: necessito ver gente daqui. Desta vez eu não fui pelo túnel e sim direto pra catedral de Nuestra Señora de los Remedios. O caminho até chegar ao topo da pirâmide é bem íngreme e o sol das 3h da tarde só deu uma dificultada. Na subida, junto comigo, poderia se ver vendedores ambulantes, senhores e senhoras com seus 80 anos, jovens, crianças… Os produtos ofertados pelos ambulantes eram muitos, entre colares, santinhos, máscaras, chás, ervas, mapas, camisetas, fotos, comidas típicas, comidas industrializadas, sucos, água* entre outros. Ainda no meio do caminho, poderia se ter ideia o que tinha no sítio arqueológico lá embaixo. Mas o primeiro destino era a Catedral espanhola dos soldados do Hernán Cortez. A construção é bem bonita, mas deixa a desejar no tamanho. De longe, a igreja parecia maior e a expectativa criada durante todo o caminho se transforma em frustração, o que logo passa. O interior é muito dourado e se pode caminhar pela sacristia. Os detalhes são preciosos. Além da Igreja em si, se tem a vista de toda a cidade e ao longe dá para ver o skyline de Puebla, com uns edifícios pipocando e mais ao fundo os morros.

Altar para Sacrifícios

Altar para Sacrifícios

Logo desci para o sítio arqueológico. Apesar desta ser a minha segunda visita, era diferente porque – como estava sozinho – poderia explorar cada pedra daquelas escadas, cada curva dos detalhes, fazer perspectivas, enfim, curtir o lugar. E foi o que eu fiz. Duas coisas me impressionaram mais… o Altar para Sacrifícios e a Praça dos Altares. O primeiro fica abaixo da terra, é muito simples. É um quadrado com 2 escadas bem estreitas e ali embaixo, no centro, o "altar", que hoje está protegido. É interessante pela localização e pela simplicidade, diante de tamanha importância desse "edifício". Já os altares chamam a atenção pela imponência diante de todo o conjunto e, ademais, são três: a Quetzalcoatl, a serpente emplumada e o último não se sabe ainda.

Depois de alguns bons minutos, fui para a única parte que dá para tocar, sentar, subir. Não são mais que 60 degraus e a vista lá de cima é de toda Cholula ao norte. Passa um vento, as pessoas apostam quem chega mais rápido lá encima, o sol estava bem quente e nos minutos que fiquei ali deu para se ter um pouco da idéia e da imponência do edifício frente à cidade, a seu tempo, a tudo!

Praça dos Altares

Praça dos Altares

 


Um olhar sobre o México

A ACS passa a publicar uma série de narrativas sobre o México. Trata-se do olhar de Lucas Figueiredo Baisch que morou no país durante o ano passado, na cidade de Puebla.

Lucas é arquiteto, trabalha na empresa Diseña tu casa, e esteve no México em intercâmbio realizado através da AIESEC International.

mexico_mapa-bandeira.jpgA ACS passa a publicar uma série de narrativas sobre o México. Trata-se do olhar de Lucas Figueiredo Baisch que morou no país durante o ano passado, na cidade de Puebla.

Lucas é arquiteto, trabalha na empresa Diseña tu casa, e esteve no México em intercâmbio realizado através da AIESEC International.

PUEBLA

Puebla sempre teve importância no México colonial. No tempo do vice reinado, a cidade se caracterizou por ser um luar de parada, justamente por estar entre porto de Veracruz e a Cidade do México Hoje é um importante centro comercial no México central. Apesar disso, perde importância para cidades como Guadalajara e Monterrey ao norte e está há anos luz de Chiapas, ao sul.

A cidade sedia a Universidad de Las Américas Puebla (UDLAP), o que a torna um ambiente rural um pouco diferente do resto do México.  A UDLAP é particular e uma das melhores universidades do país, com um campus no modelo americano. Perto da minha casa, próximo à UDLAP, eu fazia as refeições no Taqueria La Oriental – muito mais pela carne do tacos al pastor do que por qualquer outra coisa. O taco é uma comida que pode ser comparada a uma panqueca, mas com a massa um pouco mais dura e ao contrário da primeira, ele não é enrolado e, sim, dobrado ao meio. Geralmente é recheado com inúmeras especiarias. A massa é chamada tortilla e é a base da comida mexicana, sendo utilizada na mesa em qualquer ocasião, para comer sopa, arroz, carne, assado.

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Centro de Convenciones

O México tem muitas redes de cafés, lanches, livrarias, lojas, foras as importadas dos EUA. A "Antigua Taqueria La Oriental"  é uma delas, com uma cadeia de restaurantes em Puebla que servem principalmente tacos. É um "fast food" dos tacos, onde se compra na hora e se pode levar ou comer ali mesmo. Assim como Oxxo e o Exxtra, que são redes de lojas de conveniência 24 horas. A Oxxo uma coisa legal que é a gestão familiar dos negócios. Tem que ser comprovado que o(s) dono(s) tem vínculos familiares com certo número de funcionários… isso, acredita-se, diminui as demissões e reafirma o caráter de bairro que a rede quer. Apesar de se encontrar um Oxxo por todo o canto, com lendas que diz que a única regra é que não podem existir dois Oxxos na mesma quadra.

Ao mesmo tempo, fala-se, a boca pequena, que a cidade é a terra dos traficantes e da corrupção. A maioria das pessoas que conheci referiram que os cartéis do México foram viver na ali e que há um pacto velado entre os clãs: ninguém opera em Puebla. Por conta disto, a cidade, apesar de grande, é muito calma e rica. Convive-se com uma certa sensação de segurança pela presença massiva da polícia em terra e no ar, monitorando tudo através de helicópteros.

Água

Centro Velho - Puebla
Centro Velho – Puebla

Um problema sério é a água. O galão de água era comprado numa tendinha a duas quadras de casa, porque no México não há tratamento eficiente e não se toma água da torneira. Aqui no México se tem "suco" e se tem "água". O suco é feito de frutos e água, e tudo que vocês possam imaginar que se adicione à água, se bebe. Tem água de Jamaica, que é feita a partir de folhas de uma flor chamada "jamaica". Outra é a água de rosas, que se faz picolé, com pétalas de rosas. Mas a que eu mais gostei foi a água de Horchata, que é feita a partir do arroz, tri fácil. Ah! Comprei um livro de receitas mexicanas!

 Após 3 meses e alguns dias no Mount Maunganui, está na hora de pegar a estrada e desbravar um pouco dessa Nova Zelândia… No embalo do ferry boat (balsa, que mais parece um cruzeiro do que uma balsa qualquer), conseguimos um tempo para parar, achar uma tomada para recarregar baterias de câmeras e do notebook,  mas, claro, depois de apreciar o mar e o vento forte que divide a Ilha Norte da Ilha Sul, nosso rumo.


Essa jornada iniciou há uns dias atrás. Depois de nos despedirmos do Mount Maunganui, no dia 4 de novembro, chegamos (Nic e Preto no carro e o pessoal na van) após uns 100km mais ou menos, ao sudoeste do Mount, ao Huka Falls. Um  rio azul com uma cachoeira e correnteza muito forte e uma vista belíssima. Seguimos para Taupo, uma cidade ao centro da ilha norte. Por lá estacionamos pelo meio-dia, almoçamos um Noodle Canteen (tipo China in Box), e não exploramos mais a cidade e arredores pois o mau tempo nos acompanhava.

Tipicamente New Zealand, assim como pode chover sem nuvem, pode fazer sol de rachar e, de repente, tudo fecha, e logo abre um sol com vento gelado…enfim… de tudo. Falar em vento gelado, outra peculiaridade é o fato de estarmos no hemisfério sul em novembro e, mesmo assim, totalmente encasacados!!!!

Bom, seguindo viagem, de Taupo, decidimos ir para Napier – ao litoral sudeste – atrás de um tempo bom e de uma vista legal do mar. Chegando la, fomos para uma praia um tanto esquisita. Sem areia nem cascalho de conchas, a praia era de pedras, parecidas com britas, mas todas redondinhas. Caminhamos pela cidade, conhecida por sua arquitetura do tipo “Art Deco”, e fomos curtir o pôr-do-sol em  um monte da praia de Napier, onde ficamos por um bom tempo clicando fotos e curtindo aquela pintura no céu fundindo-se com o mar e terra.

À noite, descansar para mais um outro dia de viagem… Encontramos um estacionamento à beira-mar e ali paramos para dormir após tomar um banho em um clube ao lado por dois dólares. A gurizada foi para Hot Pool do clube, um pouco mais caro, mas eu e o Preto preferimos economizar. Bom, já é tarde e é hora de dormir. E isso é uma  história à parte: nosso carrinho little blue, virou um home-car. Imagine a função que está lá dentro daquilo…mochilas, malas que não couberam na van do pessoal, sacolas de coisas e mais coisas de viagem…enfim… e para dormir ali,  é uma comédia entre mochilas, volante, câmbio, tentando encontrar a melhor posição para se esticar o máximo sem ter que ficar apertando os pedais…!

Bom, o dia amanhece, acordo com os primeiros raios do sol – o que me faz viajar na idéia de que sou das primeiras pessoas no mundo a ver o sol daquela quarta-feira…hehe..enfim… – cookies e suco de café da manhã, seguimos a oeste rumo a Wellington, capital da Nova Zelândia. Na estrada, quando víamos a placa “lookout” parávamos, pois era algum tipo de mirante em uma paisagem que valia a pena umas fotografias.

Falar nisso, há muitas paisagens que lembram o RS… Quarta Colônia… enfim… Na estrada, passamos por uma placa com um desenho de uma `biruta`. Logo entendemos. O vento que fazia era deveras forte… O tempo havia clareado, mas, uma cortina de chuva logo ali na frente já nos esperava. Nada que estragasse a viagem. Seguindo, passamos – e subimos – por uma cadeia de montanhas que, infelizmente nao conseguimos tirar mais fotos pois a estrada era muito, mas muito, estreita e não havia acostamento. Como aquelas cenas aéreas de filmes onde há uma pequena estrada em montanhas e logo na beirada da estrada, o penhasco. Por essas que passamos… Com sorte havia um mirante, o tempo chuvoso resolveu se fazer presente, de novo, mas valeu a pena a parada e a vista única (essas não parecidas com o RS!! ).

 Descendo as montanhas, encontramos um rio que foi uma  das locações de filmagem do Senhor dos Anéis.

 

Chegamos a Wellington pela tarde. Fomos para o Museu Nacional Te Papa. Dali para… ops, cadê a van dos guris?!?!?! É, nos perdemos. Trânsito na hora do rush, 17h mais ou menos. A mensagem no celular era o Guilherme(*) avisando onde estavam, mas como encontrar se eles é que tinham o mapa da cidade?! Bom, seguimos por ali e por aqui, dobramos em uma rua simples e  sem aviso nenhum. E o que nos esperava logo ali? Motorway!!! Algo como uma free-way. Sim, e na hora do rush. Sem caminho de volta, seguimos o fluxo em busca de algum retorno  para Wellington. Mais ou menos a uns 3…4…5… kilômetros uma placa indicava o caminho de volta mais à frente. Ok, voltamos, paramos no museu novamente para pegar um free map para nos guiarmos e encontrarmos o pessoal. Ah sim, a comunicação aqui entre nós, desde que chegamos na N.Z., é só por mensagem. Aqui a gente paga 10 dólares e tem 2 mil mensagens por mês….

Subimos um monte alto na cidade, para variar, curtir o pôr-do-sol lá de cima. O vento que fazia não era brincadeira mesmo! Muito forte e o frio, então… Por sorte pegamos um dia interessante. Até hoje nao sabemos o que significa 5 de novembro aqui para Nova Zelândia, mas havia festas e foguetório em toda cidade. Assistimos a um show de fogos – fireworks – daquele monte gélido e ventoso. Dali para um shopping e algo estranho acontecia, pois passava de 9 horas da noite e muita gente na rua e nos shoppings. Talvez pelo motivo da data, pois  é muito incomum ver lojas e shoppings abertos e pessoas na rua à noite passado de 8 ou 9 da noite.

Rango feito, encontramos um estacionamento à beira-mar para mais uma noite de “sono”. Quinta-feira começa e o rumo é Ilha Sul via ferry boat. Uma experiência muito linda pela paisagem que encontramos no mar que divide as duas ilhas… montes, ilhas pequenas, e algumas montanhas geladas lá ao fundo. Fora o vento forte que fazia, também! Havia momentos em que precisava se segurar para não sair voando…

Ah sim, comecei esse texto no ferry boat, mas estou continuando em outro lugar e em outro dia também… Enfim…

 Após as 3 horas de viagem pelo mar que divide as ilhas, desembarcamos em Picton e seguimos para a cidade de Nelson.  Lá encontramos o `Anel`. Sim, o anel original do filme O Senhor dos Anéis, além de um anel gigante que serviu de molde para os efeitos especiais da trilogia. Isso em exposição na joalheria que fabricou o anel.

 

 

Dali para um…monte, claro, para assistirmos o pôr-do-sol e também para tirarmos fotos, pois ali havia um pequeno monumento que indicava que estávamos exatamente  no centro geográfico da Nova Zelândia. Mais uma noite… e a janta dessa vez foi um miojão no fogareiro, comprado para viagem, em um estacionamento. Sexta-feira chega, café e cookies, mais uma abastecida no carro e seguimos para costa de Abel Tasman.

 

 

 

Isso ao norte da ilha sul. Lá decidimos, na hora, fazer um tour de barco pela costa. Praias desertas e águas transparentes… verdinho azulado, uma ilha com  focas, parada em uma das pequenas praias para fotos e tudo mais. Algo que lembrava aqueles passeios em Floripa, mas um pouco mais perto do pólo sul. Seguimos rumo à cidade de Greymouth. A estrada foi longa mas prezerosa. Sabe aquelas fotos de tela de fundo do Windows, ou de Atlas ou de calendários com paisagens que tu pensas que nunca vais ver na vida?… pois então, nessa estrada tivemos a felicidade de vermos. Campos com ovelhas pastando, montanhas compostas por árvores uniformes ou coloridas e, ao fundo, uma montanha com neve no topo.

 Em um momento dessa viagem paramos, finalmente, em um mirante, para observarmos um pouco dessa paisagem e a cadeia dos alpes neozelandeses – Southern Alps – ao fundo.

 

Chegando em Graymouth fomos para um… não, não, um monte não, dessa vez o pôr-do-sol no mar!!! A praia era de pedras como aquela descrita em Napier, e o mar era o Mar da Tasmânia! Por ali curtimos aquele momento em uma praia cinza mas com um céu artístico e o sol mar adentro trazendo mais uma noite fria e um sábado promissor, pois o rumo agora  é o Franz Josef Glacier e Fox Glacier… como é lá? Bom, estamos a caminho nesse momento… na estrada… somando mais alguns kilômetros nos mais de 1.400  já rodados pelas estradas neozelandezas.

 Enquanto isso, neste sábado,  à frente e ao lado esquedo da faixa, os alpes ainda nos acompanham ao fundo e, no lado direito, o Mar da Tasmânia (e o Preto neste momento, no volante pela primeira vez na estrada! que perigo!!!).


Cada vez mais ao sul da Nova Zelandia, curtindo paisagens nunca antes vistas, chegamos ao Josef Franz Glacier, onde tambem foi uma das locações de O Senhor dos Anéis. Passamos horas por lá caminhando entre montes até o pouco do gelo que restava – para os que não pagavam um passeio completo, claro, pois subindo a montanha havia mais neve. Como estamos sempre na tentativa de não precisar gastar muito e aproveitando o máximo, curtimos o que foi possível e valeu a pena. Apoó esse passeio, já um tanto cansados, resolvemos ir para o  minúsculo vilarejo de Fox Glacier. Chegamos por volta das 16h e, desta vez, resolvemos todos posar em um backpecker, após dias dormindo no carro. Como estávamos em um lugar em que tudo fechava cedo e os poucos restaurantes, muito caros, ficamos no miojo com tuna feitos na cozinha do backpecker. Cama, finalmente, para dormir! Amanhece domingo, e a chuva e o mau tempo deram as caras durante o dia todo. Gostaríamos de ver e conhecer melhor os alpes do Fox Glacier mas a chuva constante fez com que esse passeio fosse resumido.

Seguimos viagem em uma estrada chuvosa, aparentemente linda se houvesse sol e um tanto solitária pois nao havia muitas cidades no caminho. Falar nisso, algo que há aqui na Nova Zelândia são cidades pequenas que praticamente tem a rua principal, a estrada. O `centrinho` da cidade, lojinhas, subway e KFC, são ali. Enfim… seguindo viagem, após algumas boas horas na estrada e paisagens perdidas pelo mau tempo, chegamos a Lake Wanaka. O máximo foi jantar um subway e estacionar para dormir. O dia clareia e o desenho se faz. Sol, céu limpo, lago Wanaka espelha os Alpes nevados ao fundo… Ali praticamos nosso primeiro esporte radical aquático da viagem: pedalinho!!!!…hehehe… Depois de muitas fotos naquele belo cenário, seguimos para a famosa Queenstown. Mas antes, passamos  no Puzzle World, um lugar divertido e diferente com um visual explicável apenas por foto. Lá tem uma sala de jogos com puzzles, ou seja, jogos divertidos que exigem um certo nível de raciocínio, for free (e o que tinha que pagar deixamos para uma outra vez.. hehe). Isso entre outros divertimentos do lugar.

 

Bom, chegamos a Queenstown apos uma viagem com um visual sem igual no mundo. Por Queenstown, capital mundial do esporte radical, os dias que seguiam à frente, prometiam. Eu e o Preto acabamos optando por uma trip off road em uma empresa que faz tour, de Land Rover, por locais que não há como chegar de carro normal. Ah, sim, os locais são algumas locações de O Senhor dos Anéis, para variar! Hehe… Em um momento havia um local em que, no filme, aparecia por segundos, e o guia perguntou se alguém sabia que cena era, eis que o Preto acerta! O guia se impressiona, pois nunca ninguém havia acertado! A tour passou por rios, vimos locais realmente cinematográficos, cenários montanhosos ao redor de Queenstown  de difícil acesso… enfim, valeu a pena! Já a gurizada preferiu mais adrenalina mesmo! As gurias, pára-quedas, e os outros guris, Bungyjump. Os caras estão bobos até agora… acordam gritando `3, 2, 1, Bungy!!!!`

 

Quinta-feira chega, mais estrada pela frente até Milford Sounds, um dos lugares mais bonitos da Nova Zelândia, só que… chuva!!! em boa parte da estrada até o Milford. Nessa estrada, em um dos momentos, passamos por um túnel que desce por dentro de um dos Alpes. Chegando ao outro lado… branco, tudo branco, estávamos dentro de um nevoeiro muito forte. Bom… velocidade reduzida até nossa próxima parada. É… o passeio de barco pelo Milford Sounds foi debaixo de chuva pelo lago espelhado (que com mau tempo não tem reflexo algum) e montanhas. Durante esse passeio o capitão avisa que ali chove "apenas" 200 dias por ano. Enfim, um tanto frustrados, estrada novamente.

Desta vez, na pilotagem, mais uma vez o Preto, pois o Nic já estava um tanto enjoado de dirigir. Ah sim, já foram mais de dois mil kilômetros percorridos. Falar nisso, me lembra gasolina… aqui há algumas pecualiaridades: a gente mesmo que abastece o carro e depois vai lá pagar, dentro da lojinha de conveniências; passamos por postos em que havia placas dizendo que o próximo só a 120Km. Nao há postos nas estradas, só nas cidades, ou seja, se tiver um azar (ou sorte) de dirigir em locais `descivilizados`, o bom é estar sempre de tanque cheio; e a gasolina custa, em média, 1.53 dolares por litro.

Voltando à trip, descendo mais ao sul, os Alpes ficaram para trás, e campos com ovelhas, muitas ovelhas, nos acampanham pela estrada (comentam que há mais ou menos 14 ovelhas por habitante na NZ, depois de passar por essas estradas, a impressão é que há umas 30, se não mais!!!!). Enfim… chegamos na penúltima cidade do país, Ivercagill. Sem saber nada de lá, estacionamos em frente a um parque.

Aqui, os parques e jardins sao extremamente cuidados. Neste, que era um tanto extenso, havia vários locais temáticos: jardins, aviário, mini-zoológico, e longas pistas de caminhada bem cuidadas e arborizadas. Isso de graca, claro. No parquinho para as criancas havia até pistola dágua para elas brincarem. Além de brinquedos como um balanço adaptado para cadeirantes. Bom… após um passeio pelo parque, fotos e tudo mais… janta: um miojão no fogareiro.

 Sexta-feira amanhace, rumo a Bluff, uma cidadezinha pacata, mas a mais ao sul da Nova Zelândia. Chegamos ao ponto mais próximo do Pólo Sul. Dali seguimos a Dunedin, a provável segunda ou terceira maior cidade da Ilha Sul. E aqui estamos nós, conhecendo essa city com cara de Europa, pela sua arquitetura e herança escocesa.

Após um dia e meio em Dunedin, uma cidade tipicamente européia, chegamos a Christchurch. Uma das maiores cidades da Nova Zelândia, mas infelizmente, uma das mais mal cuidadas. Foi estranho, pelo fato de que todas as cidades têm um cuidado muito grande com limpeza e com os parques, mas em Christchurch isso deixa a desajar um pouco. E mais um detalhe: é que essa cidade lembra, demais, Porto Alegre.

Bom… dois dias em Christchurch e a trip chegou ao fim, após após praticamente duas semanas na estrada, que se passaram muito rápidas, e mais de 2500km rodados por estradas neozelandesas. E daqui para frente, God only knows!

 

Nícholas (Nic) e Vinícius (Preto) Fonseca são alunos de Jornalismo e de Publicidade e Propaganda da UNIFRA. Guilherme Fernandes formou-se em janeiro deste ano em Ciências da Computação na UNIFRA e foi para a Nova Zelândia logo em seguida.

Para ver mais fotos da viagem, acesse http://www.flickr.com/photos/nicfonseca

 "A experiência de ter sido uma dos 20 estudantes brasileiros selecionados para acompanhar as eleições norte-americanas em Raleigh, Carolina do Norte, foi maravilhosa e única. Trouxe muito conhecimento e aprendizados, tanto em relação ao sistema eleitoral dos Estados Unidos, como em relação à cultura do país."

"Tivemos uma série de seminários com professores do Departamento de Ciências Políticas da Universidade Estadual na Carolina do Norte (NC State University), em que nos foi explicado o funcionamento do sistema eleitoral norte-americano, as estratégias de publicidade que os candidatos usaram nestas eleições e o que realmente iria decidir as eleições.  Também nos foi apresentada a história do movimento negro nos Estados Unidos e suas lutas para conseguir votar. Foram cerca de sete seminários, que nos trouxeram muitos dados e uma base para podermos comparar com o sistema eleitoral brasileiro.

Pessoalmente, depois de vivenciar essa experiência, acho que é difícil comparar a eficiência dos dois sistemas eleitorais, pois vivemos em culturas e realidade completamente distintas. O que funciona aqui poderia não funcionar lá e vice-versa. Por isso não podemos tirar conclusões de que um ou outro é melhor. Os dois sistemas – o brasileiro e o norte-americano – têm suas falhas e suas vantagens.

 Mas o que pudemos notar, conversando com alguns norte-americanos, é que eles gostaram de saber que o voto aqui é obrigatório. Segundo eles, isso também deveria ser aplicado lá, já que cerca de metade da população, apenas, vota. Para mim, essa foi a maior surpresa, pois achava que o engajamento político dos norte-americanos era bem mais forte do que o nosso.

Segundo os professores, nessas eleições, diferente do que acontecia nas outras eleições, o engajamento político tornou-se forte nos Estados Unidos, porque tinha muita coisa em jogo, como a crise econômica, a guerra no Iraque e mesmo o fato de um candidato negro (distante da normalidade dos políticos), novo e carismático, estar concorrendo à presidência dos Estados Unidos.

Assim, acabamos também sendo carregados por essa onda democrata e convivemos com muita gente que estava torcendo por Obama e pelo seu partido. Fomos visitar o comitê do Partido Democrata em Raleigh e assistimos ao comício de Obama, no dia 29 de outubro. O comício foi uma situação emocionante, pois juntou gente de todas as idades e backgrounds. Tinha famílias negras, brancas, crianças, adolescentes, etc.

 Foram duas semanas corridas, em que não parávamos de anotar informações, comparar dados, refletir sobre a realidade brasileira e a norte-americana. Acho que a situação de se confrontar com um povo e uma cultura diferente da sua é muito válida, em qualquer situação, pois aprendemos a ser mais compreensivos com os valores e pensamentos diferentes do nosso e, assim, crescemos.

Ainda tivemos a sorte de irmos numa das eleições que é uma das – senão a – mais históricas, tanto pelo fato da mobilização que Obama conseguiu causar no povo americano, dizendo que iria trazer a mudança, quanto pelo fato de ele ser o primeiro presidente negro a chegar no poder, num país que tem em suas raízes históricas o racismo fortemente implantado. Mesmo que ele não tenha usado o fato de ser negro no seu discurso de candidato, o fato dele ter chegado lá representa uma mudança moral. Não foi o passo definitivo para acabar com o racismo, mas foi um passo para que os negros consigam ser mais respeitados."

Natália Flores é estudante de Jornalismo no curso de Comunicação Social da UFSM . Ela foi selecionada pela Comissão Fulbright e Embaixada dos Estados Unidos, com outros estudantes brasileiros, para acompanhar as eleições presidenciais norte-americanas.
 
foto 1: Comício de Obama em Raleigh, Carolina do Norte
foto 2: Natália numa cabine de votação de uma das sessões, alguns dias antes das eleições
foto 3: Os 20 estudantes brasileiros selecionados para acompanharem as eleições americanas
foto 4: Natália próxima ao comício em Raleigh

Relato de viagemDepois de 40 horas de viagem entre carros, ônibus, aviões e shuttle (van), mais ou menos 9.500 km, cheguei. Fiquei em Provo, que se localiza a 40 minutos da capital de Utah, Salt Lake City. Só que Salt Lake não é só a capital do estado, é a capital mundial dos m órmons. Sim, os mórmons. Aqueles educados e simples rapazes que peregrinam o mundo na tentativa de angariar mais e mais membros para sua religião. Só que os mórmons rendem um capítulo à parte e, nesta hora, vale a pena redigir um pouco sobre a experiência que tive nos EUA.
 A minha rotina em Provo era acordar cedo e trabalhar. Fui funcionário do Marriott –  uma rede de hotéis – durante quase três meses e o serviço era  exaustivo: limpar, conservar e arrumar quartos.
Logo que cheguei ajudava outras housekeepers (camareiras) e aprendia com elas os macetes para fazer o serviço rápido e de modo

eficaz. Mas não interessava apenas a velocidade, era importante, e muito, a qualidade. Se fizesse rápido e não estivesse bem feito, tinha que voltar e fazer de novo. Eu devia conferir se o hóspede tomou café, trocar o tipo de café e limpar a cafeteira, limpar a lixeira, trocar as fronhas, três camadas de lençóis, verificar quantas toalhas foram usadas e trocá-las, repor sabonetes, xampus, condicionadores, loção corporal, tirar o pó dos móveis e, por último, passar aspirador. Ufa! Acho que não esqueci nada, até porque, se esqueci, terei de escrever de novo: tinha que voltar no quarto para executar o que estava faltando.
                  

Assim que deixei de acompanhar uma housekeeper e trabalhar sozinho, o número de quartos era oito. No dia seguinte eram 10. Assim, dia após dia, foram sendo acrescidos dois quartos. Até que cheguei ao ‘patamar’ de limpar e arrumar míseros 16 quartos, sozinho e no mesmo tempo que um dia limpei oito. Dá para acreditar? Pois é, por isso que era exaustivo e considerado por eles (norte-americanos) um subemprego. Eu também considero. Das diversas colegas camareiras que haviam lá, muitas eram mexicanas (uns 70%), algumas eram da terra do tio Sam mesmo e revoltadas com a vida (15%) e os outros 15% intercambistas. Pelo fato de as norte americanas trabalharem num subemprego (na visão delas e na minha) já era um bom motivo para ter um mau humor tradicional e diário com a vida, tudo e todos. Porém o que fui observando com o tempo era:  não interessava se era tua colega de trabalho, tua chefe, tua supervisora, enfim, o cargo no trabalho não mudava aquela espécie de desprazer com a vida… Uma das impressões que fiquei, foi de um povo frio, individualista, consumista e, em alguns casos, gente boa.
 
A viagem para os EUA foi de grande valia em todos os sentidos, foi inesquecível, grandiosa, única. Não sei quando de novo vou poder tirar umas ‘férias’ assim. E por saber disto é que aproveitei cada dia ao máximo, como se fosse o último e único. No decorrer dos três meses e  alguns dias que fiquei lá, juntei dinheiro, assim como fizeram outros três amigos e planejamos uma viagem. Partimos de um fim de mundo religioso, como era Provo-Utah, para um estado quase do mesmo tamanho, mas muito, muito mais capitalista: Nevada.
 
A capital de Nevada é Las Vegas: incrível, inexplicável, iluminada, grande, bonita, rica, enfim, imensuráveis qualidades, tanto boas quanto ruins. Mas foi na Califórnia que vi como os Estados Unidos é imponente, independente e um lugar bom. Na Califórnia, cidade grande era apelido. Uma das muitas que conheci foi Los Angeles (L.A.): segunda maior metrópole do país e, junto com suas cidades conturbadas, forma uma das maiores áreas urbanas do mundo. Era uma selva de concreto infinita. Casa, prédio, casa e prédio que não acabavam mais. No estado que também se encontra o Vale do Silício, tive a oportunidade de conhecer onde é entregue o Oscar em Hollywood, o bairro das estrelas, Beverly Hills, as praias de Malibu e Santa Mônica, a cidade das pontes, San Francisco e muitas coisas, situações e lugares que se possa imaginar. Para ser sincero, só passando por lá para saber mesmo. Então, depois de viajarmos mais ou menos 4500 km, por 16 dias, atravessando 4 estados, era hora de voltar para casa. Voei, andei de carro, ônibus e se foram mais aqueles 9500 km iniciais e cheguei no Brasil. Entre diversas conclusões que a viagem me proporcionou, ruins e boas, uma posso afirmar: se for para os Estados Unidos, não deixe de conhecer a Califórnia.