Santa Maria, RS (ver mais >>)

Santa Maria, RS, Brazil

Ciência e Saúde

Terapias alternativas e seus benefícios

Desde o início da pandemia de Covid-19, em 2020, a busca por terapias alternativas aumentou significativamente, como formas de complementar a medicina tradicional ou apenas utilizando-as de forma isolada para garantir o bem-estar. A Universidade Federal

Pandemia muda hábitos alimentares da população

Quem acha que o confinamento afetou apenas o psicológico da população, está enganado, a reclusão trouxe problemas tantos físicos quanto mentais. Segundo a pesquisa online da Diet & Health under COVID-19,  durante o isolamento, 52% do povo brasileiro

O que acontece após o Covid?

Mesmo após a recuperação muitas pessoas que testaram positivo para o Covid podem estar convivendo com desconfortos e limitações decorrentes de sequelas da doença. Com o tempo, elas tendem a sumir, porém podem também se agravar,

Alunos de ensino fundamental e médio também participam da JIMA

Entre os trabalhos apresentados na JIMA, na última segunda-feira, alguns se destacam pela criatividade e envolvimento de jovens alunos de ensino fundamental e médio. Hoje ressaltamos dois projetos que você confere abaixo. Bergacida  Quatro estudantes do

JIMA uniu educação básica e superior por meio da sustentabilidade

Na segunda-feira (6), os cursos de Licenciatura (Matemática, Filosofia, Pedagogia, Pedagogia EaD, Letras e História) da Universidade Franciscana (UFN) promoveram a XII Jornada Integrada do Meio Ambiente. Esta edição teve como temática ‘Sustentabilidade e Educação –

100º episódio do programa Coma Bem vai ao ar hoje

Hoje às 18h30 no canal 7 da Net o 100º episódio do programa Coma Bem vai ao ar, apresentado pelos professores dos cursos de Jornalismo e Nutrição da UFN, Bebeto Badke e Tereza Cristina. O programa,

Desde o início da pandemia de Covid-19, em 2020, a busca por terapias alternativas aumentou significativamente, como formas de complementar a medicina tradicional ou apenas utilizando-as de forma isolada para garantir o bem-estar. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, realizou um estudo que revelou que 80% da população desenvolveu distúrbios relacionados à ansiedade, sendo um dos responsáveis pelo crescimento da busca pelas terapias.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) realizou uma pesquisa que indica que a prática mais utilizada pelos brasileiros durante a pandemia foi fitoterapia, seguida por meditação e reiki. O trabalho ouviu mais de 12 mil pessoas. Grande parte das formas de tratamento alternativos são baseados em conhecimentos milenares , provenientes das culturas orientais  e indígenas.

Pesquisa realizada pela Fiocruz mostra as terapias mais procuradas durante a pandemia. Fonte: Fiocruz

Reiki

A pedagoga e terapeuta holística Cleia Carolina Freitas tem formação em reiki e florais de Bach. Ela conta que o reiki surgiu no Japão na década de 1920, porém somente a partir da 1980 começou a entrar em alta, pela própria divulgação dos japoneses. A história conta que o o Dr Mikao Usui era responsável pelo johrei (método de canalização de energia espiritual) da igreja metodista. Porém o johrei possui cunho religioso e para Mikao não era viável trabalhar com uma terapia sagrada das mãos vinculada a uma religião. Sua principal intenção era ser uma técnica de cura e não uma religião.

O funcionamento da terapia é dado através do alinhamento de pontos de energia, chamados de chakras pelo reiki. A terapeuta explica que: “Os chakras se alinham através do toque das mãos, no primeiro momento são traçados os símbolos do reiki, o terapeuta se banha com eles e passa para o paciente no ambiente, depois começa a aplicar em cada ponto de energia”. Ele não contribui apenas para a saúde mental das pessoas, como também para a saúde psíquica, espiritual e física, porque, de acordo com Cleia,  “as doenças são somativas, nosso organismo vai acumulando os bloqueios, traumas, decepções, emoções negativas e descarrega em uma parte fisiológica, em algum órgão, que se transforma em doença”. O reiki é uma terapia reparadora, ela também relata que “na primeira vez que o paciente recebe, fica muito concentrado no que estão fazendo com ele, então não sente tanto os efeitos. Na segunda ele já sente um estado de concentração e relaxamento, está muito mais receptivo à terapia. Já na terceira ele sente o alinhamento emocional, físico, espiritual e mental”. 

 A terapeuta também desmistifica a forma como a terapia deve ser realizada: “O reiki no início tinha muito sensacionalismo, tinha uma certa publicidade, que tinha que ter um ritual perfeito e você tinha que seguir aquele ritual. Hoje não, atualmente ele pode ser aplicado em um campo de batalha, pode-se aplicar nos animais, pode-se aplicar em qualquer lugar”.

Atualmente a sociedade está mais receptiva à busca por estas terapias. A expansão destes interesses resultou em processos seletivos no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) para que terapeutas possam aplicar reiki em postos de saúde, hospitais e consultórios dentro de uma sede do INSS.

Meditação

 A meditação é uma técnica milenar conhecida como a terapia mais completa que existe, Cleia explica o porquê: “Ela consegue te voltar para o seu ego, anulando ele e te faz voltar para o seu eu maior, para o centro da sua alma. As pessoas têm uma grande dificuldade de aprender a meditar e, na verdade, não é simples. Mas depois que aprende, é possível praticar em qualquer momento”. Ela também ensina uma forma de começar a técnica: “através de um mantra, qualquer mantra que você conheça, começa falando, depois mentalizando, até seu corpo entrar em relaxamento total. A meditação exige uma forma que o corpo esteja confortável para atingir o relaxamento, mentalizando o mantra você vai esquecendo das outras partes do corpo, não sente mais a consciência corporal, sente um estado de relaxamento total e a mente esvazia, você não pensa em nada”.

A técnica pode trazer diversos benefícios para quem a pratica, “tem uma vida emocional equilibrada, respira bem, consegue trabalhar a sua vida profissional de forma tranquila. Através da meditação se tem um bom relacionamento com as pessoas, ela nos ensina a ouvir o outro”, explica Cleia. Cássia Bairros faz o uso da técnica há mais de três anos e conta que os benefícios são vários: “Aumento da concentração, melhora na qualidade do sono, mais tranquilidade pra resolver os problemas do cotidiano, um olhar mais amplo e atento sobre a realidade, a interação social também”.

Práticas de meditação realizadas em evento no dia da mulher em que Cássia participou. Imagem: Cássia Bairros

Hoje existem na internet diversos vídeos de meditações guiadas que, segundo Cleia “ começa com aquele aprendizado, que é simples e fácil. Nas primeiras vezes você não consegue, na terceira vez já é possível entrar no estado meditativo e na quarta vez você já está na técnica da meditação propriamente dita, que é conseguir alinhar o teu pensamento, as partes do teu corpo no relaxamento, na zona de conforto, e aí na quinta tu já tá fazendo a meditação sem ser guiada, só procura um mantra, existem diversos mantras”. É uma técnica acessível para todos e não custa nada.

Floral de Bach

Em relação à terapia dos florais,  o que é mais conhecido hoje é a pesquisa de florais Edward Bach, que tem este nome por conta do médico britânico que pesquisou 38 flores durante 30 anos. No inicio ele chamou o trabalho de placebo espiritual, depois entendeu que a energia das plantas, do néctar, da essência das flores tinham uma conexão muito forte com o nosso comportamento. Cleia explica que: “nós, terapeutas holísticos, receitamos os florais e o paciente entra em um estágio negativo nos três ou quatro primeiros dias. Depois do quinto dia ele começa a sentir o efeito da essência das flores na sua vida. Fazemos o diagnóstico da pessoa, para sabermos o que ela esta sentindo, se é ansiedade, depressão, dificuldade de aprendizado, uma situação de isolamento, medos desconhecidos ou outras atitudes comportamentais que podem ser regulamentadas pelos florais”.

Os florais têm uma conexão muito forte com o nosso comportamento, “a partir do momento que começamos a tomar os florais, nós nos observamos e nos surpreendemos conosco. O floral transforma uma atitude negativa em uma positiva”, conta a terapeuta. Existem diversos outros florais além dos de Eduardo Bach, porém todos eles são baseados na pesquisa da essência das flores e todos eles possuem o mesmo efeito, de acordo com Cleia “não é só um placebo espiritual mas também uma ferramenta maravilhosa para alinhar chakras, alinhar comportamentos negativos e levar a pessoa a fazer uma releitura do seu próprio eu, do seu ego e chegar a conclusões diferentes do que antes ela tinha”.

Formas alternativas ou complementares de buscar ajuda em terapias são comumente associadas à religião, porém a terapeuta explica como as diferentes religiões não afetam o processo de terapia:

Em 2018, o Ministério da Saúde incluiu dez terapias alternativas ao Sistema Único de Saúde (SUS).  São elas: apiterapia, aromaterapia, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, imposição de mãos, ozonioterapia e terapia de florais. Com as recentes adições, o SUS passa a ofertar 29 procedimentos complementares à população. São chamados de Práticas Integrativas e Complementares (Pics) e utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais, voltados para curar e prevenir diversas doenças. Evidências científicas têm mostrado os benefícios do tratamento integrado entre medicina convencional e práticas complementares.

Matéria produzida no primeiro semestre de 2022, na disciplina de Linguagem das Mídias do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana.

Quem acha que o confinamento afetou apenas o psicológico da população, está enganado, a reclusão trouxe problemas tantos físicos quanto mentais. Segundo a pesquisa online da Diet & Health under COVID-19,  durante o isolamento, 52% do povo brasileiro teve um aumento de 6,5 kg na balança. Seja por falta de exercícios, por alimentação errada, ou até os dois fatores juntos, o Brasil se tornou um dos países com maior aumento de peso médio do mundo, durante a quarentena.

Tivemos também no país o aumento de 3%, em usuários de tabaco, e 14% de aumento na taxa de pessoas que consumem bebidas alcoólicas. Tudo isso misturado com a queda da prática de exercícios físicos, que caiu 29%.

Porcentagem dos países em que a população mais teve aumento de peso. Imagem:  Diet & Health Under Covid-19

A nutricionista da prefeitura municipal de Formigueiro, Bruna Bortolotto Rohde, falou um pouco sobre a importância de uma alimentação saudável já que, com a chegada da quarentena, muitas pessoas acabaram ingerindo muitas comidas pesadas. Bruna também deu ênfase em como uma rotina de refeições balanceadas ajuda a reforçar a imunidade do ser humano. Confira a seguir:

Matéria produzida no primeiro semestre de 2022, na disciplina de Linguagem das Mídias do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana.

Mesmo após a recuperação muitas pessoas que testaram positivo para o Covid podem estar convivendo com desconfortos e limitações decorrentes de sequelas da doença. Com o tempo, elas tendem a sumir, porém podem também se agravar, por isso, para aqueles que tiveram diagnóstico de Covid-19 é recomendado, sempre,  acompanhamento médico e  realização de exames específicos.

O pós-covid aumenta a possibilidade do paciente desenvolver transtornos psicológicos. getty images / juliana vitoria/Reprodução

Segundo estudos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), metade das pessoas diagnosticadas com Covid-19 apresentam sequelas que podem durar por mais de um ano. O estudo longitudinal, desenvolvido pela Fiocruz Minas, avaliou os efeitos da doença ao longo do tempo. Durante 14 meses, 646 pacientes que tiveram a infecção  foram acompanhados e verificou-se que, desse total, 324, ou seja, 50,2%, tiveram sintomas após a infecção, classificado como Covid longa pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O estudo foi publicado na revista Transactions of The Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene

No total 23 sintomas foram  contabilizados, após o término da infecção.  Entre os relatos estão sequelas mais graves, como a trombose, diagnosticada em 20 pacientes, ou seja, 6,2% da população monitorada. A Fadiga, caracterizada por dificuldade em realizar atividades rotineiras e cansaço extremo,  é costantemente salientado pelos pacientes, relatada por 115 pessoas (35,6%). Entre as sequelas também foram mencionadas tosses persistentes (110; 34,0%), dificuldades para respirar (86; 26,5%), perda do olfato ou paladar (65; 20,1%) e dores de cabeça frequentes (56; 17,3%). Além disso, também chamam a atenção os transtornos mentais, como insônia (26; 8%), ansiedade (23; 7,1%) e tontura (18; 5,6%).

O sistema respiratório é geralmente o mais afetado após a contaminação por Covid-19. No entanto, diversas outras partes do corpo também podem sofrer complicações no pós-covid. Sequelas cardíacas, neurológicas e  psicológicas já foram identificadas, grande parte em pacientes de alta gravidade. As células e sistemas do organismo podem ser afetadas devido a ação hiper inflamatória viral. Por este motivo é muito importante conseguir identificar alterações para buscar tratamento.

Entre as sequelas pulmonares pacientes em quadros graves e comorbidades registraram lesões miocárdicas, fibrose cardíaca, arritmias e redução nas funções do coração. No sistema neurológico, a hiperinflação causada pelo Covid-19 apresentou em muitos pacientes um declínio cognitivo a longo prazo. Também foram evidenciados danos no sistema nervoso central e periférico, perda de memória, psicose e dificuldade de concentração. O pós-covid aumenta a possibilidade do paciente desenvolver ansiedade, depressão, alterações de humor e estresse pós-traumático. O que pode ser associado ao isolamento social e restrições.

Colaboração: Luiza Silveira

Após dois anos e meio de pandemia existem pessoas que não foram infectadas pela Covid-19. O motivo pelo qual a resistência ao vírus é presente em algumas pessoas e outras não é alvo de pesquisa por especialistas. Diferentes estudos já foram realizados para investigar o porquê de algumas pessoas parecerem imunes. Pesquisadores britânicos, do Imperial College London, testaram o sangue de um grupo de médicos que ficaram altamente expostos ao vírus antes da chegada da vacina, os resultados mostram que eles não desenvolveram a doença e também não produziram anticorpos neutralizantes, eles formaram células de memória especial, chamadas de célula T. Outro estudo também revela que crianças são capazes de produzir duas vezes mais células T.

Pesquisas iniciadas em pessoas que nunca foram infectadas focaram em entender os fatores genéticos que contribuíam para o agravamento dos casos mesmo em pessoas sem agentes de riscos. Os pesquisadores descobriram que 20% dessas pessoas tinham mutações no gene que produzem o interferon,  substância usada pelo corpo como sua primeira linha de defesa contra o vírus.

Imagem mostra simulação do DNA do vírus. Imagem: U.S. Departament of Energy

A genética pode ser um ponto determinante na gravidade da doença, ela também pode ser a chave para a resistência à infecção pela Covid-19. As teorias baseadas nos estudos acreditam que a razão é o armazenamento de células de memória que foram produzidas por outras infecções. João Gabriel Pinnow, de 20 anos, não foi infectado pelo vírus. Ele conta que  durante a quarentena continuou a faculdade na modalidade EAD e para se proteger usava máscara e tentava evitar o contato com pessoas que não fossem próximas. Em relação a sua imunidade, ele a considera boa, por ter uma alimentação saudável e praticar atividades físicas com frequência.  Sobre os fatores que o ajudaram a não ser infectado ele conta que “acredito que tenha sido minha imunidade alta, porque apesar de muitas pessoas se protegerem e tomarem diversas providências preventivas, acabaram contraindo o vírus mesmo assim”. Hoje o estudante continua se protegendo da doença, utilizando a máscara.

Clarisse Marques, de 48 anos , também não contraiu o vírus, e passou o período de distanciamento social somente em casa e em seu trabalho, que é junto da casa. Sua maior preocupação com os cuidados são por causa da convivência com seu pai idoso. No início, quando teve o lockdown, ela relata que não trabalhou até que tudo voltasse normalmente. Lavava as mãos a todo instante, fazia o uso da máscara constante, álcool gel e sempre manteve o distanciamento social. Ela acredita ter uma imunidade boa, além disso também confia na sua fé, “creio que meu lado espiritual me ajudou muito, sempre tive muita fé de que tudo ficaria bem e estaríamos protegidos”. A comerciante continua mantendo os cuidados,  “até porque em 2 anos agindo da mesma forma, criei hábitos que irão servir para o resto da minha vida”, completa ela. 

O colégio Tiradentes apresentou, por meio de seus alunos de ensino médio, projetos que trabalham a sustentabilidade. Com estes exemplos, encerramos a série de textos sobre as pesquisas que a comunidade pode conhecer na Jornada do Meio Ambiente, JIMA, que ocorreu na UFN na segunda-feira passada, dia 6 de junho. Confira a seguir.

Cultivando o Amanhã 

 O Projeto Cultivando o Amanhã, dos alunos do Colégio Tiradentes de Santa Maria, tenta, de forma simples, disseminar ideias sustentáveis que possam ser aplicadas no cotidiano. Devido à pandemia de COVID-19, a forma encontrada para a execução foi através das redes sociais. “Desenvolvemos pesquisas e criamos vídeos sobre diversos assuntos que foram desde a separação de lixo ao descarte correto do lixo eletrônico”, comenta Rafaela Tamiosso, aluna do segundo ano do ensino médio. 

O trabalho dos estudantes visa a produção de vídeos para conscientização. Imagem: Petrius Dias.

O foco na utilização do Instagram vem de uma pesquisa realizada pelo Poder360, que revela que cerca de 81% dos jovens utilizam a plataforma, sendo a mais utilizada por este público atualmente. Dentro da rede, os alunos realizaram processos de pesquisa, roteirização, edição e criação de layout para postagens. Por fim, além da vinculação ao Instagram, o projeto também foi apresentado para cerca de 180 alunos do colégio e no espaço de reunião do Projeto Tribos. 

O Tribos é um projeto vinculado à Unesco com foco na ação social. Busca operar por meio de crianças e adolescentes que queiram transformar a realidade da sua região. Os encontros, realizados de forma online, propõem a ação em diferentes temáticas.  

  Semeando a Solidariedade 

 O Projeto Semeando a Solidariedade foi criado pelos alunos do Colégio Tiradentes de Santa Maria e tem o foco na reciclagem como forma de cuidado com o meio ambiente. A ideia central foi a criação de vasos de plantas, produzidos com garrafas pet recicladas, para o cultivo em locais com pouco espaço. “A ideia de utilizar os recipientes pequenos foi pensando nas pessoas que moram em apartamentos ou lugares com o espaço bastante limitado. Além disso, desenvolvemos vasos autoirrigáveis, pensando nas pessoas que, por causa dos afazeres do cotidiano, podem vir a esquecer do cultivo”, comenta Lorenzo Krewer, membro do projeto. 

 O objetivo do Semeando a Solidariedade é desenvolver o espírito de coletividade em meio às incertezas trazidas pela pandemia. Além disso, os alunos também buscaram alternativas de despertar a consciência sobre a poluição do meio ambiente e sobre a reciclagem por meios criativos. A escolha do material ocorreu por meio de uma pesquisa realizada em cima do descarte inapropriado do PET, material que pode ficar até quatro séculos até se decompor na natureza.  

O projeto trabalha com possibilidades de reciclagem. Foto: Petrius Dias

 Como resultado, o projeto alcançou aproximadamente 120 pessoas através de palestras e doações dos vasos. Ao serem doados, os membros do grupos também ensinam como produzir hortas, levando assim o conhecimento ao público. O projeto realizado pelos alunos foi desenvolvido a partir de ideias propostas no Tribos, projeto vinculado à UNESCO com foco na ação social. Busca opera por meio de crianças e adolescentes que queiram transformar a realidade da sua região. Os encontros, realizados de forma online, propõem a ação em diferentes temáticas.  

 

A ACS está publicando essa semana uma série de textos sobre a Jornada Integrada do Meio Ambiente. Veja aquiaqui e aqui o que já foi publicado na série sobre a JIMA. Este é o último texto.

  • Texto e fotos produzidos durante o primeiro semestre de 2022 pelo acadêmico Petrius Dias, na disciplina de Jornalismo Especializado do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana.

Os dois projetos que você vai conhecer hoje possuem enfoques diferentes, mas ambos buscam trabalhar a sustentabilidade e o conhecimento de nossas riquezas. Eles foram apresentados na Jornada do Meio Ambiente que ocorreu na última segunda-feira, 6 de junho, na Universidade Franciscana. Confira a seguir.

Vidas de Areia

O projeto Vidas de Areia: Estudo do Meio e a Educação para a Sustentabilidade, desenvolvido pelos profissionais e alunos da Educação Básica pertencentes à Escola Municipal de Ensino Fundamental Irineo Antolini, possui enfoque na extração de areia para que os estudantes percebam a importância dessa riqueza natural para a economia local. O trabalho foi instigado e construído através de uma roda de conversa com um dos proprietários do comércio de areeiras na região localizada no Distrito do Passo Verde.

Areias que foram utilizadas como decoração nos vasos. Foto: Heloisa Helena.

Nesse contexto, foi proposto para os estudantes o manuseio com a terra. Desafiando os alunos a colorir as areias com materiais específicos para a confecção de vasos artesanais e coloridos. Assim como Vidas de Areia, outras temáticas ambientais também são abordadas nos primeiros anos de educação formal, através de experiências com elementos da natureza dando significado à aprendizagem. “Além do projeto Vidas de Areia, também temos o projeto Vidas Verdes que é uma horta para trabalharmos com alimentos saudáveis”, comentou a aluna Juliana da Rocha Soares.

Juliana da Rocha Soares e Helena Gomes Antolini, alunas do Irineo Antolini apresentadoras do projeto na JIMA. Foto: Vitória Gonçalves

Ecoriso

O projeto Ecoriso: Reciclagem da Escova Dental foi desenvolvido pela Liga Acadêmica de Odontopediatria (LAOP-UFN), do curso de Odontologia, juntamente com os cursos de Engenharia de Materiais e Design, todos da Universidade Franciscana. O objetivo do trabalho em conjunto seria reciclar escovas dentais após seu uso, devido a substituição frequente desse material.

Alana Alves, acadêmica pertencente ao grupo do projeto apresentado na JIMA. Foto: Heloisa Helena.

Como informado pelos participantes, o cabo das escovas dentais é produzido a partir de materiais de difícil biodegradação, enquanto as cerdas, que efetivamente desorganizam o biofilme, tendem a se deformar e decompor com maior facilidade. O material acaba por agregar problemática da poluição por plástico. Para propor uma alternativa de reutilização das escovas dentais, os acadêmicos e profissionais instalaram pontos de coleta do material nos laboratórios de atendimento clínico do curso de Odontologia. O próximo passo consistiu em descontaminar e esterilizar os objetos, prosseguindo com a separação dos componentes da escova. Após a realização das duas etapas, os cabos foram triturados e colocados em uma forma, aquecidos e finalizados com um corte a laser, as cerdas de nylon seguirão sendo testadas como componente na produção de cimento.

“Os cabos transformados vão ser devolvidos para as crianças para que elas utilizem de forma mais lúdica. Podem desenvolver jogos ou poderão utilizá-los como régua ou quebra-cabeça”, esclareceu a acadêmica de Odontologia Alana Alves.

A ACS está publicando essa semana uma série de textos sobre a Jornada Integrada do Meio Ambiente. Veja aqui e aqui o que já foi publicado na série sobre a JIMA. Amanhã a série segue. Fique de olho.

  • Texto e fotos produzidos durante o primeiro semestre de 2022 na disciplina de Jornalismo Especializado do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana.

Entre os trabalhos apresentados na JIMA, na última segunda-feira, alguns se destacam pela criatividade e envolvimento de jovens alunos de ensino fundamental e médio. Hoje ressaltamos dois projetos que você confere abaixo.

Bergacida 

Quatro estudantes do 2° ano do ensino médio, do Colégio Marista Santa Maria, criaram um inseticida natural à base do extrato da casca de bergamota, que auxilia no combate ao Aedes aegypti. As alunas Ana Carolina de Souza, Mariana Gadret, Valentina Fraga e Anthônia Bellochio Goulart tiveram a orientação da professora de química Josiéli Demetrio Siqueira para a produção da proposta. Nomeado de Bergacida, o inseticida elimina as larvas e pupas, que são encontradas no estado de desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti. O projeto visa à produção de uma alternativa sustentável e de baixo custo para o combate. 

Estudantes Valentina Fraga e Ana Carolina Souza participaram do desenvolvimento do inseticida. Foto: Gabriela Flores

  As cascas de bergamota foram escolhidas por conta da facilidade de obtenção e reutilização das cascas, como explica Ana Carolina: “Optamos pela casca de bergamota como matéria prima porque ela tem componentes antifúngicos e antibacterianos e também porque geralmente as pessoas comem a fruta e a descartam. Poucas pessoas fazem a compostagem. Arrecadamos as cascas no colégio e depois decidimos juntar com etanol para produzir o inseticida”.  

A estudante Valentina explica como foi elaborado o inseticida no laboratório: “Fervemos as cascas por 15 minutos e utilizamos o extrato. Retiramos ele e realizamos uma decantação – processo de separação que permite separar misturas heterogêneas – junto com o Etanol. Após a decantação, medimos o PH que deve estar em 5 para ser eficaz. Realizamos vários testes com a pupa e com a larva, ambas morreram””, complementa.  

Bergacida é um inseticida natural. Foto: Gabriela Flores

  O trabalho de pesquisa vem sendo realizado pelo grupo desde julho de 2021. Este ano, as estudantes desenvolveram uma fórmula caseira de fazer o Bergacida, que consiste em ferver 5 cascas de bergamota médias em 500ml de água por 15 minutos, retirar o extrato e adicionar 5 colheres de vinagre de álcool. Depois é só colocar em um borrifador e está pronto. A fórmula caseira tem validade de 20 dias e funciona da mesma forma que o Bergacida original. Para colocar em prática o projeto, o grupo teve o auxílio da Vigilância Sanitária de Santa Maria, que forneceu amostras de larvas do inseto para os testes. O Bergacida é um dos projetos finalistas da Feira Brasileira de Jovens Cientistas, que irá ocorrer em junho.  

Projeto: Vivenciando o ser, saber e fazer do campo, através da educação para o desenvolvimento sustentável 

O projeto Vivenciando o ser, saber e fazer do campo, através da educação para o desenvolvimento sustentável, produzido por cinco estudantes da EMEF José Paim de Oliveira, foi apresentado na Jornada Integrada de Meio Ambiente. A instituição de ensino fica localizada no Alto das Palmeiras, no distrito de São Valentim, e é uma escola núcleo de dias alternados, que se ancora em dinâmicas pedagógicas com tempos de estudo letivo que se alternam entre Vivências e Experiências Escolares e Vivências e Experiências Comunitárias. O projeto objetiva promover uma educação inclusiva, articulando vivências e experiências no contexto escolar, familiar e comunitário, visando potencializar e qualificar as práticas educativas no campo.  

Estudantes Nicolas Medina Nagera e Mariana Souza de Lima. Foto: Gabriela Flores

  “A escola se localiza no campo e nosso objetivo é trazer a cultura do campo para a cidade. Visando preservar nossa cultura como gaúchos e também tratamos da questão da sustentabilidade. Por isso temos os nossos projetos e os subprojetos”, explicou Nicolas Medina Nagera, um dos alunos participantes. Dentro da proposta há os Projetos Integradores e subprojetos, são eles a horta escolar, cultivo de plantas, cozinha experimental, identidade rural, cultura popular, artesanato rural, educação socioemocional e conservação ambiental e jardinagem. Também foram desenvolvidas oficinas pedagógicas.  

Produção do Artesanato Rural. Foto: Arquivo pessoal

 Sentimento de pertencimento, resgate dos valores do campo, reconhecimento e valorização do contexto onde vivem estão entre os resultados percebidos. Um deles é a Feira Pedagógica de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia JPO, que ocorre anualmente e conta com a exposição dos produtos fruto dos projetos desenvolvidos pelos alunos no decorrer do ano.  

A ACS está publicando essa semana uma série de textos sobre a Jornada Integrada do Meio Ambiente. Veja aqui a primeira matéria da série sobre a JIMA. Amanhã a série segue. Fique de olho.

  • Texto e fotos produzidos durante o primeiro semestre de 2022, na disciplina de Jornalismo Especializado do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana.

Na segunda-feira (6), os cursos de Licenciatura (Matemática, Filosofia, Pedagogia, Pedagogia EaD, Letras e História) da Universidade Franciscana (UFN) promoveram a XII Jornada Integrada do Meio Ambiente. Esta edição teve como temática ‘Sustentabilidade e Educação – Protagonismo juvenil e adulto: da Educação Básica à Educação Superior’. A iniciativa teve como objetivo promover espaço institucional de compartilhamento de projetos sobre o tema sustentabilidade.  

A coordenadora do evento, professora do curso de Pedagogia Ail Ortiz, ressalta a possibilidade de compartilhar saberes construídos na Educação Básica e Educação Superior durante a Jornada. Além disso, a docente destaca a mescla dos trabalhos apresentados entre Ensino Fundamental, Ensino Médio, jovens e adultos de diferentes áreas. “Isso significa integrar. Esse é o grande tema que nós propusemos desde a primeira jornada integrada do meio ambiente. Porque falar em sustentabilidade, em meio ambiente, deve ser sublinhada a essência que nos faz entender que devemos viver com qualidade sustentável sobre essa concepção entre humanos e entre humanos e não humanos”, complementa.  

Acompanhe, a seguir, alguns dos trabalhos apresentados.

 Direito Ambiental e Água: uma análise a partir do Ensino Jurídico 

O trabalho realizado por Dion Roger Chavier Ribeiro, com orientação do professor Diego Carlos Zanella, representando o Mestrado de Ensino de Humanidades e Linguagens (MEHL), tem como objetivo investigar o ensino do tema das águas do Brasil na disciplina de Direito Ambiental nos cursos de Direito em Instituições de Ensino Superior na cidade de Santa Maria.  

Dion Roger Chavier Ribeiro e seu orientador, professor Diego Carlos Zanella. Foto: Lucas Acosta

 O mestrando Dion Roger Chavier Ribeiro explica que o trabalho é apenas uma pincelada pelo tema e após vai ser aprofundado com uma bibliografia, palestras de conscientização aqui para Santa Maria, principalmente dentro das escolas e nas universidades vai ser analisado como o tema é trabalhado.  

 Já o professor Diego Carlos Zanella comenta que ter a consciência de cuidar e preservar a água é fundamental para a sobrevivência humana e do planeta como um todo. “Além da consciência de utilizá-la da maneira correta, para que a gente tenha por mais tempo disponível e também preservadas para as gerações futuras”, destaca o docente. 

Explorando o meio ambiente por meio da música  

 O trabalho realizado por Marcelo Schaedler Massário, com orientação da professora Noemi Boer, também representando o MEHL, tem como objetivo a análise das canções do Projeto Pandorga da Lua (musical infantil com músicas regionais), a partir de marcas culturais que remetem aos aspectos ambientais. 

Marcelo Schaedler Massário ao lado de seu trabalho. Foto: Lucas Acosta

 O mestrando explica que esse é um projeto interdisciplinar por envolver música, teatro e dança. São 24 canções contidas no projeto Pandorga da Lua e em 12 delas são abordados elementos naturais, que são os animais encontrados nas músicas.  

 Como análise final do trabalho é concluído que a música se constitui num recurso pedagógico para explorar o meio ambiente já que, pelas origens, se organiza pela cultura regional, contemplando ritmos e linguagens específicas. 

Acompanhe na publicação de amanhã aqui na Central Sul Agência de Notícias sobre mais trabalhos apresentados.

  • Texto e fotos produzidos durante o primeiro semestre de 2022, na disciplina de Jornalismo Especializado do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana.

Quem entrou nos Conjuntos I e III da UFN nesta quarta, 25 de maio, provavelmente notou algo diferente na instituição. Seja nas escadas ou no pátio estavam diversos adesivos, cada um incentivando a um desafio físico. Isso aconteceu em uma parceria da Universidade Franciscana com a academia Up Fitness em comemoração ao Dia do Desafio. A data especial ocorre sempre na última quarta feira do mês de Maio, e tem como objetivo o incentivo a prática de atividade física por parte da população.

Adesivo nas escadas do Conjunto III, promovendo pequenos desafios. Imagem: Ian Lopes.

Sobre o incentivo ao exercício físico, Gabriel Santos, que é profissional de educação física e funcionário da academia, comentou: “É importante nesse período pós pandemia mostrar o quando a atividade física é boa para o corpo e mente. Quem praticava teve uma recuperação melhor, as pessoas muitas vezes acham que é estético e acabam não olhando pelo lado da saúde. A OMS recomenda 300 minutos semanais de atividades leves, como deslocamento de um lugar a outro, e 150 minutos de atividades pesadas, como academia por exemplo.” Além dos adesivos, a UP Fitness também trouxe uma bicicleta ergométrica para ser usada em um desafio no intervalo das aulas da tarde e da manhã.

Bicicleta ergométrica utilizada nas atividades do intervalo do Dia do Desafio. Imagem: Ian Lopes.

Mesmo aqueles que já praticavam atividades físicas se sentiram incentivados a participar dos desafios. Aline Schmidt e Jordana Figueiredo, ambas alunas do 7º semestre de odontologia, passaram pelo desafio da bicicleta e contaram sobre a experiência: “Mesmo já praticando nós nos sentimos incentivadas a participar, vimos também várias pessoas aqui fazendo o exercício no intervalo. Ver outras pessoas engajando também ajuda na motivação.” Os participantes também recebiam brindes por participar das atividades.

Hoje às 18h30 no canal 7 da Net o 100º episódio do programa Coma Bem vai ao ar, apresentado pelos professores dos cursos de Jornalismo e Nutrição da UFN, Bebeto Badke e Tereza Cristina. O programa, que está no ar desde 2015, já tratou sobre temas como intolerância à lactose e glúten , diabetes, alimentação na infância, reeducação alimentar, alimentações típicas de comemorações de festas juninas, dia das crianças, ceia de Natal, chocolates para a Páscoa entre outros.

Professores Bebeto e Tereza Cristina, durante o programa de 12 de maio. Imagem: UFN TV

Segundo o professor Bebeto, a ideia do Coma Bem surgiu quando ele apresentava o programa Baú de Ideias e Tereza foi duas vezes sua entrevistada. Na oportunidade eles pensaram: Por que não fazer um programa juntos? O programa rapidamente tomou forma e foi aprovado pela direção da UFN TV e reitoria da UFN. A proposta era trabalhar com alimentação saudável, com produtos regionais e que fossem acessíveis às pessoas e utilizando os produtos da temporada da estação.

Passados sete anos, gravando o 100º programa o professor relata: “Tudo é muito tranquilo , pois Tereza e eu fazemos o programa gravado ao vivo, o que significa que fazemos direto só parando 1 ou 3 vezes. Não temos um roteiro prévio, mas sabemos o conteúdo do  primeiro bloco, decidimos o que vamos fazer no  segundo bloco, se vamos cozinhar ou se não vamos”.

Nesse clima de harmonia, Bebeto conta: ” Tudo flui e eu sempre brinco com ela que eu sou o repórter burro, porque o repórter burro é o melhor repórter ele faz as perguntas mais idiotas, ela usa muitos termos técnicos e eu peço para ela explicar porque muitas pessoas não entendem os termos usados”.

Quanto a expectativa para o futuro, o professor é franco e finaliza: “ Não tenho a mínima ideia, nunca sabemos do dia de amanhã, sem ela eu não faço o programa , porque com quem eu vou brigar?”. O certo é que o programa é referência na programação da TV. Até na época da pandemia as gravações não pararam. O professor relata: “Tivemos que fazer de casa durante a pandemia , ela gravava me enviava eu fazia abertura fazia uma pré edição e enviava para o editor”.

Fazem parte da equipe do programa os alunos de Nutrição e alguns estudantes de Jornalismo, além dos dois professores âncoras: Tereza Cristina  Blasi e Bebeto Badke.

Colaboração: Luiza Silveira