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Santa Maria, RS, Brazil

15º Fórum da Comunicação

15º Fórum da Comunicação da UFN será online via Teams

A  15ª edição do Fórum de Comunicação promovido pelos cursos de Jornalismo e  Publicidade e Propaganda da Universidade Franciscana acontece de 27 a 29 de outubro de forma online, pela plataforma Microsoft Teams.  Em meio à pandemia,

Os desafios encontrados na transformação dos veículos de mídia tradicional durante a pandemia da COVID-19 foi tema na primeira noite do Fórum de Comunicação da UFN. O assunto foi abordado pela jornalista Andreia Fontana, que há 26 anos faz parte do Grupo RBS. Andreia é gerente de jornalismo da RBS Caxias, sendo responsável pelo Grupo Pioneiro, Gaúcha Serra e RBS TV Caxias, no momento histórico de desafios e transformações que os veículos tradicionais enfrentam.

Andreia Fontana é gerente de Jornalismo da RBS Caxias.

Na sua fala, Andreia recordou do formato das redações, ao ser convidada, quando jovem, para ser diagramadora em um veículo de imprensa: “lá eu via pessoas que perguntavam o que queriam, para quem queriam e obtinham as respostas que a sociedade queria”. Suas lembranças contrastam com que, segundo ela, pode ser chamada de pandemia que ocorre dentro da comunicação. Hoje, os desafios decorrentes da COVID-19 são propulsores para re-organização dos profissionais e otimização dos trabalhos jornalísticos.

O coronavírus acelerou processos que já vinham acontecendo, amplificando a velocidade das mudanças de hábitos e as necessidades de buscar novas formas de produzir e entregar conteúdo. Andreia comentou que o público está cada dia mais exigente, pois, dentro da horizontalidade das mídias sociais, têm acesso a todas as informações, emergindo a iminência do papel de protagonista. Com isso, coube para as chamadas mídias essenciais reavaliarem seus processos e questionar sua organização, para manter a qualidade e perpetuar o jornalismo profissional.

Dessa forma, a reformulação dos processos foi necessária dentro das redações, a fim de trazer inovação e diminuir os caminhos que levam a notícia até o consumidor. Segundo Andreia “em meados de março, às redações começaram a ser esvaziadas, levanto até 90% do efetivo para trabalhar em casa”. Comentou também que “não tem ninguém de jornal digital e jornalismo da rádio, apenas os operadores da rádio, que atuam na sede da empresa, em revezamento. Além deles, para manter a operacionalização da notícia, são mantidas duas equipes de fotógrafos e repórteres da RBS”. A integração das redações e o trabalho unificado das equipes facilitou a eficácia das novas dinâmicas. 

Andreia comentou sobre a importância de priorizar as pessoas, colocando-as como protagonistas. Protagonismo esse que pode ser visto dentro das salas de redação, ao valorizar profissionais plurais e versáteis, mas também na rua, ao priorizar – e questionar – os temas que a sociedade busca respostas. Também comentou sobre a importância de apostar em produtos que levem conteúdos que mantenham a relevância do jornalismo na vida das pessoas. Andreia entende que atualmente o chefe de um jornalista é a sociedade.

A fim de manter a relevância com o público, a aposta no jornalismo de dados, que fomenta mecanismos para a sociedade perceber sua realidade, foi um dos pilares estabelecidos pelo Grupo RBS. Andreia observa que a garimpagem e análise de dados é um ponto importante para manter a população informada. Outro pilar comentado foi o foco no jornalismo de soluções, que tem a intenção de ampliar o debate, e trazer, além dos problemas, as discussões em torno de suas soluções. Nesse quesito, temas como a  pandemia e as eleições municipais concretizam o importante papel dos profissionais do jornalismo. 

O jornalismo investigativo também mostrou-se extremamente relevante para que a sociedade reconheça o valor das mídias essenciais. Exemplo disso foi a matéria sobre os caxienses que tornaram-se alvos de críticas por solicitarem, indevidamente, o recebimento do auxílio emergencial. O material, antes de ser veiculado, sofreu censura prévia da Justiça do RS. Exemplos como esse são possíveis graças ao foco no jornalismo de engajamento, que priorizam os questionamentos pautados pela comunidade. 

Andreia acrescentou que os próximos passos ainda são incertos, mas que pandemia da  pandemia trouxe não somente problemas, mas esclareceu soluções que antes não eram enxergadas com viáveis. O calor das redações, com as trocas de conhecimento e o dinamismo do fluxo de informações dentro das salas, foi substituído pela instantaneidade da internet, ressignificando objetivamente os fluxos organizacionais e subjetivamente o comportamento dos usuários.

Matéria de autoria de Petrius Peripolli Dias, produzida na disciplina de Produção da Notícia do curso de Jornalismo.

Lucas Schuch profere a segunda palestra do 15º Fórum de Comunicação.

A palestra do publicitário Lucas Schuch “As mudanças recentes na (profissão de) publicidade”  empolgou os participantes do 15º Fórum de Comunicação, na manhã desta terça feira, dia 27 de outubro, falando sobre as transformações recentes na publicidade e como os jovens, recém chegados no mercado são, no seu entendimento, “responsáveis pelas alterações dessa indústria midiática”.

A fala de Schuck foi baseada nos “achados” que está encontrando no seu projeto “Propaganda não é só isso aí”, vinculado ao programa de doutorado da UFSM, que debate os problemas estruturais dessa indústria com jovens lideranças do mercado. Segundo ele, existem mudanças estruturais baseadas em novas relações das agências com anunciantes, outras oportunidades de representatividade cultural, social e plural dos publicitários no mercado de trabalho e, evidentemente, os processos instalados na crise pandêmica no momento atual.

Os dados apontados por Schuk revelam que a geração de novos publicitários está se posicionando de forma crítica. Para ele, ao contrário do que muitos definem como” geração nenenem” ou que “não sabem o que querem” estes jovens estão se tornando uma força de transformação de antigas relações de poder e exclusão, para a inclusão de novas propostas de vida, de diversidade e pluralidade.

Ele ressalta, ainda, que todas essas alterações estão sendo vivenciadas em um ambiente de Pandemia em razão da Covid 19. Segundo a pesquisa que realiza, essa pandemia no caminho das publicidade deixa marcas: “O que empresários chamam de multitasking, eu chamo de acúmulo de funções” disse, explicando que outros problemas foram criados pelo mundo corporativo, como por exemplo o aumento de cobranças e exigências nas atividades “home office”, acentuando a relação de poder nos espaços de comunicação.

Objetivamente, ele apresentou dados da sua pesquisa que apontam que 65% dos seus entrevistados sentiam-se “menos saudáveis mentalmente” e 40% dos entrevistados revelaram que a cobrança das lideranças organizacionais aumentou consideravelmente neste período pandêmico. “Esse contexto não é para falar sobre desistência, mas sim sobre resistência”, alertou Schuch, enfatizando exemplos de que existe uma convergência de profissionais que estão com um olhar crítico para esse cenário e propondo a pluralidade de pensamento, a valorização de um posicionamento ético e o resgate de uma cultura de conectividade entre pessoas diferentes para resolver os complexos problemas de comunicação: ”Todas essas mudanças, evidentemente , passam por ações com intuito de pessoas sentirem-se representadas e com legitimidade nos discursos, espaços, cenários, roteiros e práticas da publicidade no que diz respeito tanto a esfera produtiva como aos produtos publicizados”, afirma.

Lucas Schuch é graduado em Publicidade e Propaganda pela UFN e doutorando em comunicação pela UFSM. Após atuar alguns anos em agências, decidiu pesquisar quais eram as mudanças na publicidade e qual é o “presente” dessa profissão.

 O 15º Fórum da Comunicação realizado pelos cursos de Jornalismo e de Publicidade e Propaganda abriu na manhã de hoje, terça, 27, com  a palestra sobre a reinvenção do essencial, ministrada por Marcus Paim,  advogado por formação, publicitário por vocação,  sócio da Paim Comunicação e da Oito Total Brand.
Paim discorreu sobre a comunicação nos tempos atuais, defendendo que a essência não muda quando se trata do humano. Para ele, a reinvenção precisa se dar sem perder o essencial. Em se tratando do mundo publicitário, o impacto estético e tecnológico não pode ser mais importante do que o impacto ético. “Mudam as ferramentas, mas a troca continua igual”, diz .
Segundo ele, a comunicação precisa ocorrer de modo integrado, aliando o analógico e o digital. Por um lado, dominar as redes sociais e o seu poder de compartilhamento de informações é um dos caminhos da área mas, ao mesmo tempo, a democratização das fontes, a observação do contexto, dos valores das pessoas continua sendo essencial para que a comunicação aconteça.

Paim defende que a comunicação precisa ser sustentável em três dimensões: a humana, a ambiental e a econômica. E embora as ferramentas digitais acelerem os processos comunicativos,  a comunicação que se vivencia na atualidade das redes sociais é precária. ” A comunicação digital que se experimenta hoje é falha, falta conexão.  A tecnologia não capta parte do tom de voz, das nuances da voz, do verbal, da expressão facial.A comunicação humana se dá nas nuances, nas sutilezas, o que dá a capacidade de mediação, do espelhamento neurológico que torna possível ler o estado de ânimo do interlocutor. Só aí se dá a comunicação, no face-a-face”, afirma.

Palestra foi mediada pela professora e coordenadora do curso de PP , Graziela Knoll. 

Ao dizer da emergência de um “ser publicitário” favorecido pelas ferramentas digitais capazes de suprir falhas de habilidades do sujeito,  Paim ressalta também que somente a interpretação é capaz de trazer para a agência especializada, ferramentas internas para entender a mídia de performance, ajustar estratégias de mídia, fazer o apelo certo, verificar o grau de grau de redundância necessária, a originalidade capaz de evitar a vala comum.
Ao fazer a crítica à especialização que secciona o trabalho da comunicação, que não raro tenta excluir o analógico, ele  defende uma comunicação integrada e destaca o lugar do planejamento, uma das instâncias cruciais da publicidade. “É necessário muito mais que se compreenda a lógica da atualidade, e para isso as agências dispõem de uma ferramenta de pesquisa que é a janela. As redes mostram o que o consumidor espera daquele cliente, produto, candidato. No entanto, é  o planejador que traça estratégia, objetivo, analisa tendência, alteração, recursos, limitações , forças externas, etc. Uma comunicação sempre será competitiva e cooperativa. Compete pela atenção das pessoas, se dá no grupo social que é também proteção, ” afirma.
Para ele,  é necessário hoje  “mudar a rotina e não mudar o que se faz, dedicando uma atenção especializada a cada cliente, com todo mundo trabalhando junto a todos os clientes. O mundo digital comunica dados e fatos, mas não comunica emoções. Comunicação é emoção”, conclui.


A  15ª edição do Fórum de Comunicação promovido pelos cursos de Jornalismo e  Publicidade e Propaganda da Universidade Franciscana acontece de 27 a 29 de outubro de forma online, pela plataforma Microsoft Teams.  Em meio à pandemia, o 15º Fórum aborda a questão da Reinvenção da Comunicação. Todos os alunos dos cursos de Jornalismo e Publicidade terão acesso gratuito. Para obter certificado de participação de 20 horas, que vale ACC, é necessária a inscrição. Elas estão abertas no site da UFN e custam 15 reais para estudantes da UFN e 20 reais para participantes externos.

Confira a programação:

27 de outubro terça-feira 

8h30 – Marcus Paim – A Reinvenção do essencial

Reflexões sobre a necessidade de promover mudanças e se adaptar às rupturas, sem apego a dogmas e verdades prontas. Mas sem perder a essência.  Marcus é sócio da Paim Comunicação, diretor da Oito Total Brand.

Mediação: Graziela Knoll 

 10h – Lucas Schuch – As mudanças recentes na (profissão de) publicidade 

As mudanças recentes na publicidade e como jovens recém chegados no mercado são a força dessa transformação da indústria. Publicitário graduado pela UFN e doutorando em comunicação pela UFSM. Após atuar alguns anos em agências, decidiu pesquisar quais eram as mudanças na publicidade e qual é o “presente” dessa profissão. Para contar o que vem encontrando criou o projeto Propaganda não é só isso aí, que debate os problemas estruturais dessa indústria com jovens lideranças do mercado.

Mediação: Caroline de Francheschi Brum 

 14h – Oficina de Facebook Ads – Jonathan Pereira e Lucas Rios 

Esse workshop é para quem deseja iniciar o caminho na GESTÃO DE TRÁFEGO – profissão que está ganhando MUITO ESPAÇO no universo do Marketing Digital = a/o profissional especializado na COMPRA DE MÍDIA E ANÚNCIOS. Serão apresentados os melhores atalhos e casos de clientes para compartilhar, além de uma oficina de criação de anúncios passo-a-passo, ideal para quem está começando.  Especialistas em marketing digital, Jonathan Pereira e Lucas Rios planejam e executam campanhas nas mídias sociais desde 2014. Têm larga experiência em produção de conteúdo, mídias sociais, hack de crescimento e gestão de campanhas de anúncios. Atendendo aos mais variados segmentos de mercado, já investiram mais de 500 mil reais em compra de tráfego nas redes Facebook e Google. Hoje, atuam junto a V4 Company, ajudando empresas de todo o Brasil a criarem processos de venda através da internet.

Mediação: Cristina Munarski Jobim Hollerbach 

 19h – Andreia Fontana – Um exemplo de transformação na mídia tradicional 

As redações vêm passando por grandes transformações desde o advento da internet. A pandemia acelerou a necessidade de implementarmos novas formas de produzir para entregar conteúdo cada vez melhor para um consumidor mudado e exigente. Os caminhos são vários. Conheça um: como estamos desenhando o futuro do jornalismo e do negócio a partir a redação (ou de nossas casas).

Andrea é gerente de Jornalismo da RBS Caxias (Pioneiro, Gaúcha Serra e RBS TV Caxias). Foi editora-chefe do Pioneiro (2015-2018) e do Diário de Santa Maria (2006-2015). Atua na organização desde 1994. Na área acadêmica, ministrou as disciplinas de redação jornalística e jornalismo especializado, na Universidade Franciscana (UFN), entre 2008 e 2015. Bacharel em Comunicação Social – Jornalismo pela Universidade de Caxias do Sul – UCS (2000). Master em Jornalismo – Gestão de Empresas de Comunicação, pelo Centro de Extensão Universitária/Instituto Internacional de Ciências Sociais e Universidade de Navarra (2007). Pós-graduada em Jornalismo: Gestão e Empreendedorismo pela ESPM. Presidente da Associação Riograndense de Imprensa (ARI) Serra Gaúcha.

Mediação: Sione Gomes 

 20h30min – Alexandra Zanela – Áudio: de renegado a estrela da festa 

Segundo dados, o Brasil é o segundo país que mais consome podcasts no mundo. E o formato tem ganhado cada dia mais adeptos – tanto consumidores, produtores de conteúdo, como empresas que aproveitam o espaço para ampliar a comunicação com seu público e monetizar $$. Mas afinal, o que é podcast? Qual a diferença para o rádio? Quais os formatos, dicas técnicas, hospedagem, plataformas, como ganhar dinheiro com este formato.

Mediação: Maurício Dias 

 28 de outubro quarta-feira 

8h30 – Dr. Débora Viana Thompson – Posicionamento de marca e responsabilidade social: como marcas podem ser agentes de mudanca? Atualmente consumidores já não se limitam a comprar bens e serviços e estão preocupados com o impacto das organizações na sociedade e no meio ambiente. Nessa palestra Debora Thompson discutira diferentes estrategias de posicionamento de marca por meio da responsabilidade social.

Débora é publicitária graduada pela UFSM, Mestre em Marketing pela UFRGS e Doutora em Administração de Empresas pela Universidade de Maryland, EUA. É Professora Titular da Escola de Administração e Negócios da Universidade de Georgetown em Washington DC, leciona nos programas de graduação e pós-graduação em áreas relacionadas a estratégia de marketing, comportamento do consumidor e gestão de marcas. Doutora em Pesquisadora premiada pela Associação Americana de Marketing na áreas de comportamento do consumidor e persuasão.  

Mediação: Michele Kapp Trevisan 

 10h – José Borbolla –Tecnologia e o nosso sonho de liberdade  

Program Manager dos cursos de Dados na TERA Data Strategist na Cappra Institute for Data Science Fundador da Branded Brain. Atua na área de Dados desde 2014 no Cappra Institute for Data Science com pesquisa, inovação, soluções analíticas aplicadas a problemas de negócio e transformação cultural. Acumula mais de dez anos de experiência em Educação, desenvolvendo e coordenando programas na Perestroika, Springpoint, Sputnik, Digital House Brasil, Casa do Saber e Tera. Há 5 anos realiza pesquisas sobre os efeitos dos avanços tecnológicos na sociedade e sobre como as novas tecnologias de dados impactam nosso processo decisório. Em 2014 fundou a Branded Brain, uma consultoria e laboratório analítico que apoia empresas a transformarem dados em processos decisórios mais eficientes por meio de metodologia proprietária que combina design, tecnologia e educação. 

Mediação: Pauline Neutzling Fraga 

 14h – Carlo Carrio– Comunicação e Futebol: percursos, competências e desafios

Percursos e trajetórias possíveis no campo da comunicação no meio esportivo, especialmente no futebol. Atividades, competências, habilidades requeridas e ampliação de campos neste ambiente profissional. Apresentação e análise de cases de atuação (Botafogo FR e Fluminense FC)Assessoria de imprensa em clubes de futebol do Brasil.

Com ampla vivência no ambiente esportivo, em especial no futebol profissional,  Carrion foi Head de Comunicação e Assessor da Presidência no Fluminense FC e Botafogo FR, dois dos mais tradicionais clubes do Brasil, sempre atuando junto ao Conselho Diretor e participando de tomadas de decisão em projetos estratégicos. Atuação destacada no gerenciamento de crises e operações de imprensa. Head da Assessoria de Imprensa do Futebol Profissional do Botafogo FR e expertise na área por conta das mais de 700 partidas nacionais e internacionais acompanhando a equipe e como membro de delegação, além de coordenar aproximadamente 300 coletivas de imprensa por ano. Relacionamento institucional com entidades, agremiações e patrocinadores, além de autoridades, dirigentes, treinadores e atletas. Conhecimento amplo na administração pública, com atuação por dois anos na assessoria em projetos estratégicos de membros do primeiro escalão da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Atualmente mora na Bélgica.

Mediação: Carlos Alberto Badke 

 19h – Rosangela Florczak – Transformação digital da comunicação [e do comunicador] 

A metamorfose digital vivida pelo mundo e pelas organizações exige um olhar para além da tecnologia. Estamos falando de um novo modo de entender o mundo e os relacionamentos, da ressignificação do tempo, das interações e dos campos de conhecimento. A comunicação está no centro desta revolução e precisa ser ressignificada nas organizações públicas, privadas, nos empreendimentos, nos coletivos, nos grupos de comunicação, nas plataformas digitais e sociais. O que significa ser comunicador em um mundo no qual as crises são o novo comum? É preciso refletir profundamente e refundar a área a as suas práticas.

Rosangela é doutora e mestre em Comunicação pela PUCRS, com especialização em Sociologia pela UFRGS, em Comunicação Empresarial e em Teoria e Práticas do Ensino pela ESPM-Sul e graduação em Comunicação Social – Jornalismo pela UFSM. Sócia-diretora e consultora líder da Verity Consultoria – Cultura do Cuidado para Prevenção e Gestão de Crises; Professora dos Cursos de Jornalismo, Administração e Publicidade e Propaganda e da Pós-graduação em Comunicação Corporativa da ESPM-Sul; Diretora do Capítulo RS da ABERJE.

Atuou como executiva de comunicação em organizações de grande porte. Pesquisa a comunicação estratégica no contexto das organizações, o diálogo e as crises de imagem e reputação. Membro do Grupo de Pesquisa de Estudos Avançados em Comunicação organizacional.

Mediação: Sibila Rocha 

 20h30min – Felipe Schroeder de Oliveira – A falta que você me faz: a importância do contato em nossas vidas 

Em tempos de distanciamento social, a escassez do contato presencial faz com que tenhamos sensações que até então, possivelmente, não eram experienciadas com tamanha frequência ou intensidade. Estas sensações podem interferir em nossa motivação bem como em nossa perspectiva de futuro.  Reconhecer estes sentimentos é o primeiro passo para atenuarmos seus efeitos em nossas vidas.

Felipe é docente do Curso de Psicologia UFN, doutorando em Psicologia UFRGS, faz parte do Núcleo de Estudos em Neuropsicologia Cognitiva –  NEUROCOG

Mediação: Rosana Zucolo 

 29 de outubro quinta-feira 

8h30 – Dani Lazzarotto – Lições da Pandemia: #1 o que sua marca pode aprender sobre propósito.  

Palestra vai abordar os 3 aprendizados mais importantes de um estudo global sobre o impacto da pandemia na gestão de marcas e negócios.#1 Espere ver menos pessoas indiferentes com a postura social das empresas. #2 Propósito precisará ser frequentemente provado por atitudes práticas. #3 Marcas fortes precisarão somar valores claros com vantagens concretas.

Dani é formada em publicidade e propaganda e pós graduada em branding. Tem mais de 10 anos de experiência como estrategista de marcas e comunicação. É referência no RS tendo seu trabalho reconhecido com diversos prêmios, inclusive o de melhor profissional de planejamento pela ARP em 2017. Foi presidente do Grupo de Planejamento do RS por três anos e é professora de cursos livres e pós graduação. Há cerca de dois anos tornou-se empreendedora e fundou a Cordão (www.cordao.cc), consultoria de clareza estratégica que vem desenvolvendo projetos para clientes como: Agibank, Boticário, FreeSurf, PUCRS, Share, Tramontina entre outros.

Mediação: Taís Stefenello Ghisleni 

 10h Arthur Panziera  – Marketing imobiliário: como bater recorde de vendas durante a pandemia.

A pandemia provocou mudanças no mercado de imóveis e a Foxter Imobiliária conseguiu aumentar suas vendas em 60% no período, graças a uma série de estratégias.

Panziera é publicitário graduado pela Universidade Franciscana (UFN) e MBA em Marketing Estratégico pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Desde 2017 é gestor de marketing da Foxter Imobiliária, responsável pela elaboração e supervisão das estratégias de marketing online, offline e de comunicação interna.

Mediação: Angélica Moreira Pereira 

 14h – Germano Trommer – Posicionamento de marca no mercado da música eletrônica.

Criar uma marca é muito mais do que apenas ter uma conta no Instagram. Comunicação, estratégia, linguagem, conceito, e muito mais do que isso é necessário para posicionar uma marca do mercado da música eletrônica.

Trommer é formado no curso de Publicidade e Propaganda na UFN, DJ, Produtor Musical, Organizador de Eventos e Social Media, já com quase 10 anos de experiência no mercado da música eletrônica underground brasileira.

Mediação: Michele Kapp Trevisan  

 16h às 18h – Laise Loy – Shopping Centers e a pandemia: novas abordagens no mercado de locação de lojas,  

Gerar novos negócios no meio da pandemia é hoje o grande desafio dos profissionais que atuam no ramo de comercialização de lojas em shopping centers. A criatividade no uso de ferramentas e captação de lojistas, as estratégias de argumentação e a persistência são essenciais para não deixar o mercado parar. Adaptar-se rápido não foi só uma consequência, mas uma exigência de mercado.

Laise é formada em Publicidade e Propaganda pela UFSM em 1996, atuou na criação em agências de Santa Maria e Porto Alegre, como Latino América Comunicação  e Martins e Andrade. Em 1998, migrou para o ramo de Shopping Centers como executiva de atendimento da Office Shopping Propaganda/SP, atendendo diretamente mall e mídia no Shopping Center Iguatemi Porto Alegre e Moinhos Shopping. Em 2004, retorna a Santa Maria e assume cadeiras de criação, pesquisa, atendimento e planejamento na UFN, permanecendo por 10 anos. Em 2014, volta a Porto Alegre. Atualmente, é consultora de novos negócios da administradora de shopping centers LUMINE/SP que atua em parceria com a rede Zaffari/Bourbon na comercialização de lojas dos empreendimentos do grupo.

Mediação: Caroline de Francheschi Brum 

19h – Luiz Alberto Cassol – A produção audiovisual de forma remota é real e possível 

A experiência de gravar de forma remota com cada profissional da equipe em sua própria casa. Como definir esse novo formato, as narrativas propostas e os roteiros que surgem a partir desse contexto.

 Cassol é diretor cinematográfico e cineclubista.  Dirige e roteiriza filmes ficcionais e documentais, séries, videoclipes e trabalhos publicitários. É diretor executivo e fundador da Filmes de Junho Produtora e diretor da Accorde Filmes; Foi presidente do Conselho Nacional de Cineclubes – CNC; Foi Diretor do IECINE – Instituto Estadual de Cinema e da Cinemateca Paulo Amorim. Entre seus longas estão “Janeiro 27”, “Todos”, “Golpe” e “Deborah! O Ato da Casa.”; entre os curtas estão “Anônimos”, “Fome de Quê?”, “Tabaré Inácio”, “Grito” e “Alexandra” e nas séries estão “Crítica” e “Confessionário – Relatos de Casa”, entre outros trabalhos. Criador e coordenador geral do Santa Maria Vídeo e Cinema.

Mediação: Carlos Alberto Badke 

20h30min – Gisele Neuls – Comunicação socioambiental: o que você precisa saber para atuar em um mundo em crise. 

“A primeira condição para mudar a realidade consiste em conhecê-la”. Essa frase de Eduardo Galeano representa bem o desafio de fazer comunicação socioambiental em um mundo em crise. Para começar, é importante anunciar de qual crise falo: a emergência climática. É uma crise com um número muito grande de fatores e variáveis, que afeta todo o planeta. Ou uma lente pela qual podemos enquadrar todas as outras crises. E, afinal, o que precisamos saber para fazer comunicação nesse planeta em crise? Primeiro, precisamos entender essa crise do ponto de vista das ciências – tanto as Ciências Naturais e da Terra quanto as Ciências Sociais, incluindo política e economia. Depois, precisamos entender as diferentes audiências e criar formas de dialogar com elas de forma transparente, ética, construtiva. Por fim, precisamos olhar para o ecossistema da Comunicação e aprender com quem está fazendo a comunicação de guerrilha, no front das lutas socioambientais. Jovens indígenas e pessoas negras que tomaram as redes, artistas cada vez mais engajados em ações em parceria com ativistas, aliados e aliadas nos mais diferentes eixos que estão falando sobre essa crise e as saídas para ela em diferentes plataformas.

Gisele é jornalista e mestre em Comunicação e Informação pela UFRGS com quase 20 anos de experiência em comunicação socioambiental. Já foi coordenadora de comunicação da ong Instituto Centro de Vida, repórter de economia verde e sustentabilidade da revista Página 22, chefe da redação online do Canal Rural, coordenadora de comunicação da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Atualmente é diretora da agência de Matiz Caboclo Comunicação.

Mediação: Carla Torres