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Brincando Moda

UFN abre salas de exposições durante o vestibular

Enquanto os vestibulandos estão concentrados realizando a prova, os familiares esperam nos ambientes da UFN. Pensando nisso, a Instituição realiza atividades paralelas; uma delas é a exposição “Brincando Moda”, que está montada no prédio 14, do Conjunto III,

Na noite de quinta, 10,  ocorreu o desfile do projeto Brincando com moda 2022, no prédio 15 do conjunto III da UFN. O projeto é realizado anualmente pelo curso de Design de Moda da Universidade Franciscana e tem como finalidade apresentar os resultados das peças de vestuário infantil baseada no reaproveitamento de matéria-prima que se encontra em desuso.

Desfile propôs uma moda igualitária, que prega a tolerância. Créditos: Gabriela Neto / ASSECOM UFN

O desfile contou com a participação de crianças, alunas da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Santa Maria. Na APAE também foram desenvolvidas outras atividades com as crianças. As acadêmicas que desenvolveram as peças desfiladas demonstraram o propósito de uma moda igualitária como um fenômeno sociocultural.

A professora Caroline Colpo explica que ” estamos vivendo tempos de intolerância. Com este projeto queremos ir além de educar as nossas crianças e nos educar com o desfile. Tornar o mundo mais tolerante,  solidário e empático, além de tudo isso, um mundo que abraça a diversidade de pessoas e  personalidades. E que nós enquanto designers saibamos cada vez mais produzir coleções de moda que englobem a representatividade. Hoje é o nosso propósito trabalhar a moda enquanto este fenômeno sociocultural inclusivo e também sustentável para um futuro melhor”. Durante a cerimônia de abertura a professora citou a frase do compositor Alexandre Lemos : “Crianças são como borboletas ao vento … algumas voam rápido … algumas voam pausadamente. Mas todas voam do seu melhor jeito…  cada uma é diferente, cada uma é linda e cada uma é especial”.

A acadêmica Jordana Dutra participou como designer e contou sobre sua inspiração para a roupa: “foi o mágico e o coelho da cartola, pois eu queria algo clássico e fofo. Decidi misturar os dois personagens e fazer como se o coelho fosse mágico. Eu queria um look que fosse a cara da minha modelo, a Mel, visto que ela é delicada e divertida. Acho que eu consegui combinar bem os elementos para traduzir essa ideia”. Ela afirma que seu processo de criação iniciou assim que conheceu e tirou as medidas de Melissa, que não era sua modelo até então. “Eu fiquei encantada com ela e decidi que ela precisava ser a minha modelo. Depois foi a hora de criar. Pesquisei por referências clássicas relacionadas ao circo e cheguei na ideia do mágico e do coelho da cartola, então fiz um croqui pensando em um look que combinasse com a meiguice da Mel. Já na hora de tirar a ideia do papel, a Toninha, a técnica de costura do curso, me auxiliou em todo o processo da modelagem e montagem da peça”.

Para a acadêmica o sentimento é de orgulho e paixão: “ É extremamente gratificante participar de um projeto em que tu acredita”. Jordana também explica qual a diferença de trabalhar com modelos mirins: “os modelos mirins definitivamente precisam de mais atenção que os adultos. As crianças gostam de brincar, conversar, perguntar, então sem criar um vínculo com elas, fica difícil de trabalhar. Mas eu amo crianças, então eu curto muito essa parte. Se precisar entrar na brincadeira com elas, eu entro sem problema”. A designer explica que o Projeto Brincando é de extrema importância, pois ele traz à comunidade para o ambiente da universidade e o mundo da moda. “Esse ano, com a participação dos alunos da APAE no desfile, o Brincando dá um passo a mais na direção de uma moda mais inclusiva e consciente. Eu acredito que a moda por si só é linda, mas quando ela tem propósito, se torna muito mais especial”.

Louise Krusser também participou como designer, que teve como inspiração para sua criação os palhaços: “A estampa criada pela minha colega Victoria também foi incluída, onde traz uma certa ilusão de óptica entre rostinhos de palhaço e borboletas. A inspiração foi pensada de acordo com a energia alegre que os palhaços trazem ao circo”. Seu processo criativo foi iniciado por meio de pesquisas de referências de elementos relacionados ao circo, desenhos e experimentações. Louise expõe que é uma sensação de poder expor a arte produzida da forma mais lúdica e pura possível. Ela admite que é um tanto quanto desafiador, pois “exige bastante cuidado e o dobro de dedicação em questões de criação e produção da peça mas, no final, vale a pena. É gratificante ver os pequeninos participando e admirando nossa arte conosco”.

Participam do projeto as acadêmicas Anna Carolina Gonçalves, Carine de Menezes, Dienifer Petry, Eduarda Martins, Gabriela Colman, Gisela de Oliveira, Jordana Dutra e Louise Krusser. Além de Isabella Viana e Victória Maldonado, que estão trabalhando na organização do evento. A atividade conta com a orientação da professora Caroline Manucelo Colpo.

A mostra é realizada pelo curso de Design de Moda da UFN. Fotos: Lucas H. Linck.

Enquanto os vestibulandos estão concentrados realizando a prova, os familiares esperam nos ambientes da UFN. Pensando nisso, a Instituição realiza atividades paralelas; uma delas é a exposição “Brincando Moda”, que está montada no prédio 14, do Conjunto III, na sala Sala de Exposições Angelita Stefani (Imas). A mostra é resultado do Projeto Brincando Moda, realizado pelo Curso de Design de Moda da Universidade Franciscana. São reutilizados os descartes de jeans e acessórios para a criação de novos modelos. O projeto é desenvolvido no Lab 512 e conta com a participação de alunas e a colaboração de Antoninha Pedroso da Rosa, costureira do laboratório. O Brincando Moda teve início em agosto deste ano, e foi realizado um desfile com cerca de 30 crianças nos primeiros dias de novembro.

Ciria Moro, curadora da mostra “Brincando Moda”. Fotos: Lucas H. Linck.

De acordo com Círia Moro, curadora da mostra, algumas crianças que desfilaram, já reservaram as roupas que estão na exposição. Trata-se de uma espécie de “leilão”, qualquer pessoa pode adquirir as peças, a partir do lance inicial de 10 reais. “O valor arrecadado através das vendas, será destinado à instituições que trabalham com assistência a crianças”, salienta Círia.

Além das visitações na tarde do vestibular, a exposição está aberta de segunda a sexta, das 14h às 18h e, nas terças e quintas, das 9h às 12h. As peças infantis poderão ser visitadas até o dia 30 de novembro.