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Seminário da UFN discute o método Start de classificação

O processo de triagem foi o tema da última palestra do enfermeiro Felipe Cargnelutti Fontoura e do médico Ricardo Daltrozo de Freitas, nesta sexta-feira, 09, no I Seminário do Programa de Residência em Enfermagem na Urgência/Trauma:

 Palestrantes discutem o método Start de classificação de vítimas.Foto: Mariana Olhaberriet/LABFEM

O processo de triagem foi o tema da última palestra do enfermeiro Felipe Cargnelutti Fontoura e do médico Ricardo Daltrozo de Freitas, nesta sexta-feira, 09, no I Seminário do Programa de Residência em Enfermagem na Urgência/Trauma: Aplicabilidade clínica.  Os palestrantes falaram sobre o Método Start, conhecido como Simple  Triage And Rapid Treatament. O Start é um processo de triagem objetiva  para organizar atendimentos de emergências envolvendo múltiplas vitimas, estabelecendo assim o atendimento e a remoção das vitimas.

As vítimas, pelo método Start, são classificadas pelo seu estado de gravidade e cada categoria utiliza uma cor para facilitar  a identificação no momento de evacuação e transporte de cena.

As classificações são: vermelha / imediata: vítimas com ferimentos graves, porém com chance de sobrevida;amarela/ pode aguardar: vítimas com ferimentos moderados; verde/leve: vítimas com ferimentos mínimos, que podem deambular e ajudar outras vítimas mais debilitadas; preta /expectante: vítimas que não respondem a procedimentos simples, como abertura de vias aéreas e com ferimentos críticos que indicam morte iminente.

Os palestrantes utilizaram como exemplo o caso da Boate Kiss, onde os processos do método Start foram utilizados no momento do resgate das vitimas. Freitas explicou que na noite do incidente as triagens foram feitas dentro do hospital, pois a movimentação estava muito grande. Muitas vitimas que recebiam a cor verde, passaram para amarela, a mudança foi ocasionada pela intoxicação dos gases químicos ingeridos no incêndio. “Foram momentos difíceis, pessoas chegavam com ambulâncias,  de carro, táxi e logo já entravam no hospital desmaiando ou desacordadas. Foi uma noite muito complicada.”, relata o médico que fez os atendimentos no Hospital de Caridade.

Além do exemplo da Boate Kiss, foram mostrados outros tipos de acidentes, como colisão de ônibus, carros e desabamentos.  Os palestrantes procuraram mostrar aos alunos que o mais importante da profissão é o trabalho coletivo.