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Curso de Enfermagem

Seminário da UFN discute o método Start de classificação

O processo de triagem foi o tema da última palestra do enfermeiro Felipe Cargnelutti Fontoura e do médico Ricardo Daltrozo de Freitas, nesta sexta-feira, 09, no I Seminário do Programa de Residência em Enfermagem na Urgência/Trauma:

Equipe de reciclagem da ARPS recebe homenagem na Unifra

A data de 4 de maio de 2016 vai ficar na memória das componentes da Associação de Recicladores do Pôr do Sol – ARPS. Neste dia, nove mulheres trabalhadoras  e um homem trabalhador em reciclagem foram acolhidos na  Unifra e receberam

Unifra: curso de Enfermagem tem 60 anos de tradição

O curso de Enfermagem do Centro Universitário Franciscano completa 60 anos nesse mês de março e a instituição celebra a história que começou em 1955.  Nesta terça, durante a aula inaugural do curso, foram homenageados professores e

 Palestrantes discutem o método Start de classificação de vítimas.Foto: Mariana Olhaberriet/LABFEM

O processo de triagem foi o tema da última palestra do enfermeiro Felipe Cargnelutti Fontoura e do médico Ricardo Daltrozo de Freitas, nesta sexta-feira, 09, no I Seminário do Programa de Residência em Enfermagem na Urgência/Trauma: Aplicabilidade clínica.  Os palestrantes falaram sobre o Método Start, conhecido como Simple  Triage And Rapid Treatament. O Start é um processo de triagem objetiva  para organizar atendimentos de emergências envolvendo múltiplas vitimas, estabelecendo assim o atendimento e a remoção das vitimas.

As vítimas, pelo método Start, são classificadas pelo seu estado de gravidade e cada categoria utiliza uma cor para facilitar  a identificação no momento de evacuação e transporte de cena.

As classificações são: vermelha / imediata: vítimas com ferimentos graves, porém com chance de sobrevida;amarela/ pode aguardar: vítimas com ferimentos moderados; verde/leve: vítimas com ferimentos mínimos, que podem deambular e ajudar outras vítimas mais debilitadas; preta /expectante: vítimas que não respondem a procedimentos simples, como abertura de vias aéreas e com ferimentos críticos que indicam morte iminente.

Os palestrantes utilizaram como exemplo o caso da Boate Kiss, onde os processos do método Start foram utilizados no momento do resgate das vitimas. Freitas explicou que na noite do incidente as triagens foram feitas dentro do hospital, pois a movimentação estava muito grande. Muitas vitimas que recebiam a cor verde, passaram para amarela, a mudança foi ocasionada pela intoxicação dos gases químicos ingeridos no incêndio. “Foram momentos difíceis, pessoas chegavam com ambulâncias,  de carro, táxi e logo já entravam no hospital desmaiando ou desacordadas. Foi uma noite muito complicada.”, relata o médico que fez os atendimentos no Hospital de Caridade.

Além do exemplo da Boate Kiss, foram mostrados outros tipos de acidentes, como colisão de ônibus, carros e desabamentos.  Os palestrantes procuraram mostrar aos alunos que o mais importante da profissão é o trabalho coletivo.

 

A data de 4 de maio de 2016 vai ficar na memória das componentes da Associação de Recicladores do Pôr do Sol – ARPS. Neste dia, nove mulheres trabalhadoras  e um homem trabalhador em reciclagem foram acolhidos na  Unifra e receberam homenagens pelo seu trabalho num ato simbólico marcando as comemorações do dia das mães, que será no próximo domingo, 8. Foram realizadas três atividades comemorativas no conjunto 3 do Centro Universitário Franciscano.

Roda Interativa

O primeiro momento ocorreu às 16h, no Salão Acústico do prédio 14. Com o tema: “compartilhando vivências”, uma roda interativa foi composta por depoimento dos estudantes que participam do projeto Educação Popular em Saúde por Meio de Práticas Socialmente Empreendedoras. A Irmã Dirce Stein Backes iniciou as atividades com uma fala que enfatizou  a importância e o significado que todas as pessoas têm, e agradeceu às recicladoras pelo ato de cuidado com o meio ambiente.

Estudante Leonardo Guerra. Foto: Vanessa Alves. Laboratório de Fotografia e Memória
Estudante Leonardo Guerra. Foto: Vanessa Alves. Laboratório de Fotografia e Memória

Ao todo, seis acadêmicos – Amanda Weisseimer, Leonardo Guerra, Clóvis Felden, Renata Rodrigues, Luíze Basso e Fernanda Copetti – homenagearam e parabenizaram o grupo ARPS. O estudante Leonardo Guerra evidenciou a importância do trabalho exercido pelas recicladoras. ” A atuação de vocês é nobre, pois prepara o planeta para as próximas gerações. Desejo que o trabalho siga com excelência”, declarou.

Ao final, Ana Nara Medianeira, coordenadora da associação, e  Roselaine Nunes dos Santos encerraram a roda interativa com emoção. “O nosso trabalho é muito importante, é feito de coração.

Ana Nara Medianeira e Roselaine Nunes. Foto: Vanessa Alves. Laboratório de Fotografia e Memória
Ana Nara Medianeira e Roselaine Nunes. Foto: Vanessa Alves. Laboratório de Fotografia e Memória

Muito obrigada a todos. Desejo força e coragem, porque garra nós temos”, concluiu Roselaine.

Conforme a Irmã Dirce Stein Backes este tipo de trabalho é importante para os dois grupos. “Se podemos resumir a uma palavra, esta é: transformação, para os alunos e para a associação. As meninas conseguem perceber o sentido que têm no coração da sua comunidade; e para os alunos conseguimos traduzir, por meio da emoção, o que não passamos pela teoria”, finalizou .

Recicle-se

Às 18h30, um momento cultural e um desfile encerraram o dia de surpresas para a ARPS. No hall do prédio 15 – conjunto 3 – uma apresentação sobre meio ambiente convidou os expectadores a reflexão sobre o impacto do lixo no meio ambiente, e a importância e o papel da reciclagem na sociedade.

geral desfile
Apresentação das peças criadas pelo projeto Luxo do Lixo. Foto: Pedro Gabriel. Laboratório de Fotografia e Memória

Um desfile organizado pelos alunos e professores de Tecnologia em Design de Moda, apresentou peças com o tema paz e amor. Segundo a coordenadora do curso, Maria da Graça Lisboa, o papel da moda neste projeto foi dar apoio e promover o resgate da cidadania do grupo. “Praticamos uma educação humanizada, um olhar para o outro, exercendo a tolerância e o acolhimento”, relatou Maria da Graça sobre a importância deste ato para os alunos. Outro destaque feito pela coordenadora foi o trabalho realizado neste projeto em específico. “Transformamos materiais recicláveis, por meio do reaproveitamento. E ainda iremos capacitar duas recicladoras que já demonstraram interesse pela costura”, explicou.

Imagens do projeto Luxo do Lixo também foram apresentadas. Desenvolvido há quatro anos, a campanha aconteceu em várias etapas: os alunos passaram pela experiência de coletar, separar, higienizar e transformar os materiais em roupas. O intuito era chamar a atenção da população sobre o tema sustentabilidade.

Sione Gomes, coordenadora do curso de Jornalismo, explica que os alunos da disciplina de Extensão Comunitária estão produzindo um documentário sobre mulheres recicladoras. Além disso, desde o ano de 2015, o curso oferece a disciplina de Jornalismo Ambiental. “Não podemos fechar os olhos para o que está acontecendo no meio ambiente. Sabemos que o que fizemos é apenas uma parte, mas que já contribuí. Hoje, as meninas saem daqui com uma autoestima mais elevada”, expõe Sione.

O evento – roda interativa, celebração eucarística e desfile – foi uma realização do curso de Enfermagem – responsável pelo projeto – e teve a colaboração dos cursos de Jornalismo e de Tecnologia em Design de moda. O dia de surpresa que iniciou às 10h, surpreendeu, alegrou e emocionou, principalmente, as integrantes da associação. “Hoje foi uma data especial, de princesa. Aprendia a cada dia, com todos. É emocionante”, declarou Ana Nara Medianeira.

Clique para ver quem são as pessoas que integram a Associação de Recicladores do Pôr do Sol, fotografadas por Roger Haeffner, do Laboratório de Fotografia e Memória do curso de Jornalismo.

Aula Inaugural emociona professores e acadêmicos. Foto: Mark Braustein
Aula Inaugural emociona professores e acadêmicos. Foto: Mark Braustein

O curso de Enfermagem do Centro Universitário Franciscano completa 60 anos nesse mês de março e a instituição celebra a história que começou em 1955.  Nesta terça, durante a aula inaugural do curso, foram homenageados professores e estudantes. O evento aconteceu na sala de multimídia do prédio 16, do conjunto III, onde foram exibidos vídeos sobre a rotina do curso, num resgate de memória que emocionou docentes, formandos e calouros. Para a professora Cláudia Zamberlan, o diferencial do curso de enfermagem da instituição é a sua própria história. “A enfermagem é uma profissão que tem várias áreas de atuação. Desta forma, dificilmente o enfermeiro ficará sem campo de trabalho”, explica.

Também foram apresentadas as turmas de residência Obstétrica e Urgência Emergência Trauma, e as quatro novas intercambistas da instituição que vieram da Alemanha com o intuito de conhecer de forma mais aprofundada o SUS, Sistema Único de Saúde, no Brasil. Elas ficam no Brasil por três meses.

Dentro das atividades relacionadas à comemoração dos 60 anos da Enfermagem estão incluídos o lançamento de um livro que conta a história do curso e traz os depoimentos de enfermeiros egressos, a 4ª Jornada Internacional da Enfermagem e o 2º Seminário em Saúde Materno Infantil com o tema Tecnologias e Inovação no Cuidado em Saúde, em maio deste ano.
A Jornada conta com oficinas e conferências ministradas por professoras do Paraná, da Colômbia, dos Estados Unidos entre outras procedências. Ela também auxilia a construção e discussão acadêmica em torno do tema principal deste ano – Tecnologias e inovação no cuidado em saúde. “Algumas atividades desenvolvem-se desde o ano passado como por exemplo a aula inaugural, ressaltando que em 2015 seria festejado os 60 anos do curso. Sem contar que em sala de aula reafirmamos essa tradição, esse reconhecimento nacional e internacional que o curso conquistou”, afirma a professora Cláudia Dias.