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Poda correta evitaria muitos dos estragos causados por temporais

Na madrugada dessa quinta-feira, 19, o estado foi atingido por um temporal que causou estragos em diversas cidades. Em Santa Maria, a queda de árvores, postes e, até mesmo, a fachada de prédios, ocasionou transtornos. A

Vendaval deixa rastros de destruição em Santa Maria

Foram poucos minutos de um vendaval que sacudiu a cidade na madrugada dessa quinta-feira, 19. Foi o suficiente para causar destruição, agravada pela chuva forte que se seguiu. Santa Maria amanheceu caótica, sem luz, com árvores

Aqueda de árvores na zona urbana pode ser prevenida com o manejo e poda correta. Fotos: Áurea Fonseca.

Na madrugada dessa quinta-feira, 19, o estado foi atingido por um temporal que causou estragos em diversas cidades. Em Santa Maria, a queda de árvores, postes e, até mesmo, a fachada de prédios, ocasionou transtornos. A cidade se recupera e a ACS foi ouvir o poder público sobre o trabalho de reorganização da cidade.

Com relação à queda de árvores, o Superintendente de Licenciamento e Controle Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente, Gerson Vargas, relatou primeiramente, que a maior demanda da Secretaria são os pedidos de podas de árvores. No entanto, o reduzido número de servidores dificulta o atendimento das solicitações. Neste momento, na cidade, apenas sete servidores estão trabalhando de forma operacional para recolher os galhos e troncos deixados pelo temporal.

Praças de Santa Maria tiveram suas árvores tombadas pela força do vento.

Ele também explica que os entulhos foram levados para o aterro da Prefeitura (antigo lixão), onde estão sendo aproveitado para um sistema de recuperação de áreas degradadas. “Amontoando os galhos ocorre o restabelecimento da microfauna da região, pois a área do aterro precisa ser recuperada com urgência”, afirma Vargas.

O superintendente também explicou  que  “houve muitos plantios de forma inadequada para a área urbana, e uma das causas são as campanhas de plantio de árvores, nas quais as pessoas acabam plantando mudas sem nenhuma orientação de plantio, nem de que tipos de árvores se encaixam no contexto da cidade. E isso, hoje, é causa de problemas”. Segundo ele, é necessária uma avaliação técnica para qualquer tipo de manejo das árvores.

Questionado acerca do assunto, o professor Alexandre Swarowsky (coordenador do Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária do Centro Universitário Franciscano) ressaltou a necessidade de maior flexibilização do Ministério Público quanto às podas preventivas e maior autonomia da Secretaria do Meio Ambiente para poder realizar os trabalhos necessários.

Matéria em parceria com Elizabeth Lima

Apraça Saldanha Marinho amanheceu em meio aos destroços. Fotos: Áurea E. Fonseca

Foram poucos minutos de um vendaval que sacudiu a cidade na madrugada dessa quinta-feira, 19. Foi o suficiente para causar destruição, agravada pela chuva forte que se seguiu. Santa Maria amanheceu caótica, sem luz, com árvores caídas, trânsito interrompido, casas tombadas ou destelhadas, uma população assustada e famílias desabrigadas.

Houve queda de árvores na Avenida Rio Branco

Segundo dados da Prefeitura Municipal, 27 equipes formadas pela Guarda Municipal, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Bombeiros Civil, Cruz Vermelha de Santa Maria e Prefeitura – secretarias de Mobilidade Urbana, Infraestrutura e Serviços Púbicos, Meio Ambiente e o Gabinete do vice-prefeito – trabalham no atendimento dos atingidos, em diferentes pontos da cidade.

Praça Saturnino de Brito foi uma das mais atingidas. Moradores trabalham em mutirão

Segundo dados oficiais divulgados na tarde de hoje,  1,2 mil famílias solicitaram atendimento, sendo que a região oeste da cidade foi a mais atingida. Cerca de 26 mil metros quadrados de lona foram distribuídas na cidade, 258 ocorrências foram registradas, 78 escolas municipais foram atingidas, 53 suspenderam as aulas em função da falta de luz ou de danos causados pelo temporal. Aproximadamente 13,6 mil alunos ficaram sem aula durante a quinta-feira.

Unidades de saúde atingidas

A Prefeitura Municipal divulgou também a relação das unidades de saúde que não estão funcionando em decorrência da falta de energia elétrica. São elas:  Arroio Grande,Boca do Monte, Santo Antão, Floriano Rocha,Roberto Binato,Vila Lídia, Centro Social Urbano, Policlínica do Rosário, Itararé, Waldir Mozzaquatro, São José, Maringá, Centro de Especialidades Odontológicas, Vigilância Sanitária, Farmácia Popular, CAPS Caminhos do Sol,Saúde Mental, CAPS Cia do Recomeço.

Praça dos Bombeiros

 

Estão funcionando as seguintes unidades: Rubem Noal,Parque Pinheiro,Victor Hoffmann, São João,Alto da Boa Vista, Bela União, Kennedy, Joy Bets, Passo das Tropas, Oneide de Carvalho, Vila Santos, Urlândia, CAPS Prado Veppo,  Dom Antônio Reis, Sede da SMS, São Francisco, Walter Aita, Wilson Paulo Noal, Pains, Arroio do Só ( a internet está oscilando).

Doações

A Sede do 4° Comando Regional de Bombeiros, situado na Rua Coronel Niederauer, 890, no centro, está recebendo donativos para as famílias atingidas. As principais necessidades são materiais de higiene e limpeza, e gêneros alimentícios não perecíveis. Não há a necessidade de roupas e móveis neste primeiro momento.