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Equipe de reciclagem da ARPS recebe homenagem na Unifra

A data de 4 de maio de 2016 vai ficar na memória das componentes da Associação de Recicladores do Pôr do Sol – ARPS. Neste dia, nove mulheres trabalhadoras  e um homem trabalhador em reciclagem foram acolhidos na  Unifra e receberam

Dia de lembrar do porto seguro dos filhos

Dia das Mães tem sua origem na antiguidade, onde sua comemoração vem da Grécia antiga, comemorava-se na entrada da primavera por Reia, a mães dos deuses.  Aqui no Brasil, foi ser uma data oficial em 1932

A data de 4 de maio de 2016 vai ficar na memória das componentes da Associação de Recicladores do Pôr do Sol – ARPS. Neste dia, nove mulheres trabalhadoras  e um homem trabalhador em reciclagem foram acolhidos na  Unifra e receberam homenagens pelo seu trabalho num ato simbólico marcando as comemorações do dia das mães, que será no próximo domingo, 8. Foram realizadas três atividades comemorativas no conjunto 3 do Centro Universitário Franciscano.

Roda Interativa

O primeiro momento ocorreu às 16h, no Salão Acústico do prédio 14. Com o tema: “compartilhando vivências”, uma roda interativa foi composta por depoimento dos estudantes que participam do projeto Educação Popular em Saúde por Meio de Práticas Socialmente Empreendedoras. A Irmã Dirce Stein Backes iniciou as atividades com uma fala que enfatizou  a importância e o significado que todas as pessoas têm, e agradeceu às recicladoras pelo ato de cuidado com o meio ambiente.

Estudante Leonardo Guerra. Foto: Vanessa Alves. Laboratório de Fotografia e Memória
Estudante Leonardo Guerra. Foto: Vanessa Alves. Laboratório de Fotografia e Memória

Ao todo, seis acadêmicos – Amanda Weisseimer, Leonardo Guerra, Clóvis Felden, Renata Rodrigues, Luíze Basso e Fernanda Copetti – homenagearam e parabenizaram o grupo ARPS. O estudante Leonardo Guerra evidenciou a importância do trabalho exercido pelas recicladoras. ” A atuação de vocês é nobre, pois prepara o planeta para as próximas gerações. Desejo que o trabalho siga com excelência”, declarou.

Ao final, Ana Nara Medianeira, coordenadora da associação, e  Roselaine Nunes dos Santos encerraram a roda interativa com emoção. “O nosso trabalho é muito importante, é feito de coração.

Ana Nara Medianeira e Roselaine Nunes. Foto: Vanessa Alves. Laboratório de Fotografia e Memória
Ana Nara Medianeira e Roselaine Nunes. Foto: Vanessa Alves. Laboratório de Fotografia e Memória

Muito obrigada a todos. Desejo força e coragem, porque garra nós temos”, concluiu Roselaine.

Conforme a Irmã Dirce Stein Backes este tipo de trabalho é importante para os dois grupos. “Se podemos resumir a uma palavra, esta é: transformação, para os alunos e para a associação. As meninas conseguem perceber o sentido que têm no coração da sua comunidade; e para os alunos conseguimos traduzir, por meio da emoção, o que não passamos pela teoria”, finalizou .

Recicle-se

Às 18h30, um momento cultural e um desfile encerraram o dia de surpresas para a ARPS. No hall do prédio 15 – conjunto 3 – uma apresentação sobre meio ambiente convidou os expectadores a reflexão sobre o impacto do lixo no meio ambiente, e a importância e o papel da reciclagem na sociedade.

geral desfile
Apresentação das peças criadas pelo projeto Luxo do Lixo. Foto: Pedro Gabriel. Laboratório de Fotografia e Memória

Um desfile organizado pelos alunos e professores de Tecnologia em Design de Moda, apresentou peças com o tema paz e amor. Segundo a coordenadora do curso, Maria da Graça Lisboa, o papel da moda neste projeto foi dar apoio e promover o resgate da cidadania do grupo. “Praticamos uma educação humanizada, um olhar para o outro, exercendo a tolerância e o acolhimento”, relatou Maria da Graça sobre a importância deste ato para os alunos. Outro destaque feito pela coordenadora foi o trabalho realizado neste projeto em específico. “Transformamos materiais recicláveis, por meio do reaproveitamento. E ainda iremos capacitar duas recicladoras que já demonstraram interesse pela costura”, explicou.

Imagens do projeto Luxo do Lixo também foram apresentadas. Desenvolvido há quatro anos, a campanha aconteceu em várias etapas: os alunos passaram pela experiência de coletar, separar, higienizar e transformar os materiais em roupas. O intuito era chamar a atenção da população sobre o tema sustentabilidade.

Sione Gomes, coordenadora do curso de Jornalismo, explica que os alunos da disciplina de Extensão Comunitária estão produzindo um documentário sobre mulheres recicladoras. Além disso, desde o ano de 2015, o curso oferece a disciplina de Jornalismo Ambiental. “Não podemos fechar os olhos para o que está acontecendo no meio ambiente. Sabemos que o que fizemos é apenas uma parte, mas que já contribuí. Hoje, as meninas saem daqui com uma autoestima mais elevada”, expõe Sione.

O evento – roda interativa, celebração eucarística e desfile – foi uma realização do curso de Enfermagem – responsável pelo projeto – e teve a colaboração dos cursos de Jornalismo e de Tecnologia em Design de moda. O dia de surpresa que iniciou às 10h, surpreendeu, alegrou e emocionou, principalmente, as integrantes da associação. “Hoje foi uma data especial, de princesa. Aprendia a cada dia, com todos. É emocionante”, declarou Ana Nara Medianeira.

Clique para ver quem são as pessoas que integram a Associação de Recicladores do Pôr do Sol, fotografadas por Roger Haeffner, do Laboratório de Fotografia e Memória do curso de Jornalismo.

Dia das Mães tem sua origem na antiguidade, onde sua comemoração vem da Grécia antiga, comemorava-se na entrada da primavera por Reia, a mães dos deuses.  Aqui no Brasil, foi ser uma data oficial em 1932 pelo então presidente Getúlio Vargas, que oficializou todo segundo domingo do mês de maio, como o dia das mães. E em 1947, a data foi incluída no calendário oficial da Igreja Católica.

A Agência Central Sul de Notícias perguntou as pessoas o que mãe representa e o que gostariam de dizer para elas, nesse dia. Segundo Iuri Patias, 23 anos, acadêmico de Jornalismo no Centro Universitário Franciscano, sua mãe representa ser toda sua lógica de vida e não somente a paixão, mas todo o amor. Representa tudo o que ele é hoje. ” Não gostaria de dizer nada, e sim dar um beijo nela”, diz Iuri Patias.

Para Adrian Vaniny, 27 anos, policial da Brigada Militar, sente amor, admiração. Conta que sua mãe é uma pessoa incrível e tudo o que ela é hoje, deve a sua mãe. Ela é mãe da Sophia, 3 meses, e diz que a sua filha veio para completá-la e extrair o melhor dela. “Sou uma mãe de primeira viagem, mas sinto que posso suprir a todas as necessitas dela e espero ser pra Sophia. Uma mãe tão boa quanto a minha foi para mim”, fala Adrian.

O estudante de Jornalismo Pedro Corrêa, 21 anos, conta que para ele sua mãe é uma heroína. “Posso ligar pra ela de madrugada, que ela vai me ouvir. Vai me puxar as orelhas e vai me dar conselhos”, conta. E para ela, Pedro diz que não vive sem ela. Já para Camile Bittencourt, 22 anos, aluna do quinto semestre de Design de Produto, relata que sua mãe é uma inspiração para ela. É uma mulher forte. ” Não tenho o que dizer para ela. Porque ela já sabe tudo que sinto por ela”, diz Camile. Para a coordenadora do Laboratório de Fotografia e Memória, professora Laura Fabrício, 40 anos, fala que sua mãe é um exemplo muito forte, ainda mais por tudo o que passou na década de 60, na época da ditadura militar. ” Se eu pudesse escolher outra mãe, ainda escolheria a minha”, conta Laura.

E para a enfermeira juliana Goulart, 24 anos, sua mãe é um exemplo. “Tô grávida de 4 meses e meio e se eu for 10% do que a minha foi pra mim, eu ficaria muito feliz”, comenta Juliana. Ela conta que gostaria de agradecer a sua mãe pelas vezes que abdicou de fazer o que queria, para estar com os filhos.

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Aluno de Jornalismo, Pedro Corrêa diz que sua mãe é seu porto seguro (Foto: Caroline Pigatto/Laboratório de Fotografia e Memória)
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Professora de fotojornalismo, Laura Fabrício. “Minha mãe é um exemplo”, conta a professora (Foto: Caroline Pigatto/Laboratório de Fotografia e Memória)
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Aluna de Design de Produto Camile Bittencourt (Foto: Caroline Pigatto/Laboratório de Fotografia e Memória)