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disciplina de cinema II

Acadêmicos de Jornalismo finalizam curta-metragem “Dia 11”

No último sábado, 24, e ontem, dia 28, os 15 acadêmicos da disciplina de Cinema II, ministrada pela professora Neli Mombelli e pelo diretor de fotografia Alexsandro Pedrollo realizaram as gravações finais do curta-metragem produzido pela

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Curta foi exibido no pátio do conjunto III da Unifra. Foto: Paola Saldanha

Estádio Presidente Vargas. Um pai e um filho ligados pelo sentimento de acompanhar os jogos do time de coração. Essa é a narrativa que conduz o curta-metragem “De Pai para Filho”, que estreou na noite da última sexta-feira, 01, no pátio do conjunto III do Centro Universitário Franciscano.

A paixão de Rafael pelo futebol é transmitida para seu filho Diego. Em uma arquibancada, ambos dividem os sentimentos da vida passados de geração a geração em três épocas diferentes: na década de 1950, em 1980 e a partir dos anos 2000.

Em quase um mês de produção, o curta-metragem é resultado do trabalho de uma equipe composta por 13 acadêmicos dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda, da Unifra, na disciplina de Cinema II, orientados pela professora Neli Mombelli e com o suporte de Alexsandro Pedrollo na direção de fotografia. “Eu já sou meio carimbada com essas coisas de fazer lançamento de curta, mas toda vez que eu faço uma exibição dá um frio na barriga, porque a gente sempre fica na expectativa de como vai ser a reação do público e se o público está curtindo o trabalho que a gente fez, porque a galera se empenhou muito”, afirma Neli.

“Foi minha primeira experiência com vídeo e foi bem divertido. É estranho a gente se ver na tela, ver tu atuando é uma coisa diferente, mas eu gostei do resultado, ficou muito bom”, conta o estudante de Artes Cênicas Rodolfo Izaguirre, 26 anos, que participou das gravações.

Foto: Paola Saldanha
Integrante da equipe de produção Iuri Patias. Foto: Paola Saldanha

O acadêmico do curso de Jornalismo e também integrante da equipe de produção, Iuri Patias, 24 anos, ressalta a importância da experiência adquirida durante o processo de gravação do produto audiovisual. “O trabalho em equipe culminou na criação do “De Pai para Filho”, de modo que através das inúmeras filmagens, da pré-produção e de todo o trabalho que tivemos na criação desse curta. As experiências oriundas da produção desse curta e da disciplina sem dúvida alguma vão caminhar conosco lado a lado para o resto da vida”, completa.

De Pai para Filho contou com a participação de atores importantes no elenco, como Paulo Saldanha, dos filmes Manhã Transfigurada e Última Trincheira, e Jader Guterres, que participou dos filmes Quanto Mais Suicidas, Menos Suicidas e A História de Antemar Manuzo. Em breve, o curta será disponibilizado no canal do Laproa no Youtube.

Equipe de atores e produtores do curta-metragem “Dia 11”. Foto: Divulgação.

No último sábado, 24, e ontem, dia 28, os 15 acadêmicos da disciplina de Cinema II, ministrada pela professora Neli Mombelli e pelo diretor de fotografia Alexsandro Pedrollo realizaram as gravações finais do curta-metragem produzido pela turma. As locações finais aconteceram no estacionamento do Centro Universitário Franciscano, no estúdio da Tv Unifra e no saguão do prédio 17 do conjunto III.

Pela primeira vez contracenando juntos, Anderson Martins e Denise Copetti, ambos formados em Artes Cênicas pela UFSM, assumiram o casal: Vitor e Paula. É a primeira vez que Martins participa de um curta para a disciplina e Denise já teve outras oportunidades, mas não como a atriz principal, como em ‘Dia 11’.

“É algo bem atual discutir sobre relações e a falta de comunicação entre as pessoas”, comenta a atriz sobre seu papel. Ela conta que o roteiro é interessante por evidenciar que as pessoas precisam manter as relações pessoalmente. Denise enfatiza praticidade do fácil acesso à internet e às redes sociais nos dias de hoje, mas também questiona este aspecto: “Hoje se fica sabendo da vida de todo mundo via ‘Face’, das coisas do outro lado do mundo e não se sabe o que está se passando dentro da sua casa, por exemplo. Parece que o mundo virtual é mais interessante que o real”, destaca Denise.

Estacionamento da instituição também faz parte do SET de gravaçõs
Estacionamento da instituição também faz parte do SET de gravações. Foto: Tiéle Abreu

O trabalho em equipe é considerado para a atriz uma forma de se atualizar e agregar valor a profissão. “É bom para eu me atualizar, ficamos muitos parados, acho interessante ter oportunidades, além de atriz como produtora você fica aprendendo como funciona, o que dá certo o que não dá, e essas experiências podem ser usadas em trabalhos futuros” acrescenta a atriz.

Já Martins acrescenta o aspecto isolado de seu personagem Vitor, preso a uma bolha sem consegui sair. Segundo o ator, vivemos em várias bolhas, e elas não são necessariamente a internet. É o caso da rotina do  universitário. “Muitos casais acabam se entregando para a rotina, e esquecem de olhar para o que está realmente ao seu redor, não conseguem…, parece que perdem a capacidade de compartilhar a vida com outras pessoas, compartilhar mesmo, não o compartilhar do Facebook. O meu personagem, o Vitor se entregou para o cotidiano dele, não conseguiu se entregar, que bom que ele tem uma mulher boa”, destaca o ator.

Apesar de ter pouca experiência com filme, pois atua mais em peças teatrais, Martins ficou satisfeito, em particular por ter a oportunidade de contracenas com uma atriz experiente como Denise Copetti, com quem já tinha trabalhado junto. “Ficou mais fácil de encarar o desafio com ela”, finaliza.

estúdio da Tv Unifra  virou cenário para as cenas
Estúdio da TV Unifra virou SET para as cenas. Foto: Tiéle Abreu

Sinopse O ‘Dia 11’ tem como proposta evidenciar o quanto a prisão na rotina prejudica as relações com as pessoas que mais gostamos e que, na verdade, deveriam ser as mais importantes e próximas. O cansaço do protagonista em viver em um ritmo sempre igual, vai de encontro ao sentimento de conforto ao manter o cotidiano sob controle. O problema é quando a rotina passa a lhe roubar os momentos bons da vida tornando-os reféns dela. O pessimismo, o acúmulo de tarefas e o vício na conectividade na internet, por exemplo, acabam por distanciar as pessoas

Por Tiéle Abreu, para a disciplina de Jornalismo Online