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Dom Casmurro – Machado de Assis

Machado de Assis: as multifaces do feminino no Flism

Assim como alguns outros nomes da literatura brasileira, Machado de Assis, também foi tema para debate na tarde da última quinta-feira, 12, no Flism. Eni Celidônio, formada em Letras pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e

Homenagem a Machado de Assis na praça

Na noite de quarta-feira, 7 de maio , o palco do Livro Livre recebeu o espetáculo Confesso que Capitu. A dramatização é sobre uma mulher qualquer do século XXI que diante de um computador procura identificar suas

Lucas da Cunha e Eni Celidônio, tendo um bate-papo sobre o escritor Machado de Assis. Foto: Emanuely Guterres/ Agência CentralSul.

Assim como alguns outros nomes da literatura brasileira, Machado de Assis, também foi tema para debate na tarde da última quinta-feira, 12, no Flism. Eni Celidônio, formada em Letras pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e professora adjunta naquela instituição e Lucas da Cunha Zamberlan, Doutor em Letras (Estudos Literários)e mestre também pela UFSM — foram os responsáveis de falar sobre alguns dos personagens femininos mais importantes e famosos na carreira do escritor denominado como maior nome da literatura Brasileira.

Os convidados abordaram o lado demônio e anjo do romance ‘Dom Casmurro’, onde Capitu e Bentinho protagonizaram uma história que até hoje gera opiniões e questionamentos. O narrador e os focos narrativos foram os principais elementos explicados, contextualizando a obra ao cenário atual. Trabalhos acadêmicos feitos por outros autores também foram compilados para um debate mais aprimorado sobre o romance.

Na noite de quarta-feira, 7 de maio , o palco do Livro Livre recebeu o espetáculo Confesso que Capitu. A dramatização é sobre uma mulher qualquer do século XXI que diante de um computador procura identificar suas aspirações. Na rede virtual, a personagem encontra os olhos dissimulados de Capitu – personagem da obra Dom Casmurro, de Machado de Assis. Desta forma, transpõe sua vida o desafio de ser a própria Capitu.

Elisa Lucas, intérprete da personagem , afirma que a obra Machadiana é atemporal, pois mesmo sendo escrita há mais de cem anos, possui sentido nos dias hoje. “É sobre uma mãe solteira, um pai que não assume seu filho, um filho que faz todas as vontades de sua mãe e posteriormente não consegue assumir sua família”, explica.

A atriz colocou uma parte do público no palco para interagir com ela. (Foto: Gabriela Vargas)
A atriz colocou uma parte do público no palco para interagir com ela. (Foto: Gabriela Vargas)

Antes de a peça começar, Elisa convidou 19 pessoas da plateia para assistir a peça dentro do cenário. Segundo a atriz essas pessoas simbolizam o Bentinho, outro protagonista da obra literária, “Não existe Capitu sem o Bentinho”, esclarece.

Elisa explica que o que motivou a escrever a dramatização foi seu questionamento sobre o conturbado papel de Capitu na obra literária. A peça é do grupo de teatro Grupo Capitu, de Porto Alegre.