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Educação Física

A Estagiária

Agora só falta mais um integrante para cada time: “Eu escolho o Murilo”, “E eu escolho o Bernardo”, falavam os capitães dos times de futebol da escola que, por sinal, sempre eram os mesmos, por colecionarem

Professores de educação física se reinventam durante a pandemia

Desde que a pandemia começou, os professores se reinventam a cada dia que passa, para manter o foco dos alunos. Vamos conhecer profissionais que fazem os alunos se movimentarem para valer, mesmo nas aulas on-line.  Durante

Santa Maria: Ginástica gratuita no Farrezão

A quadra do Centro Desportivo Municipal, o Farrezão, está sendo utilizada para a realização de atividades que têm como foco principal a melhora da qualidade de vida da população santa-mariense. O local está sendo utilizado para a

Imagem de Gerd Altmann /Pixabay

Com o passar dos anos, os cuidados à saúde têm se tornado cada vez mais importantes no âmbito esportivo. A prática e o treino passaram a ganhar mais atenção por parte de profissionais da área médica, assim como avaliadores de desempenho, que, por meio de suas funções, buscam evitar sérias complicações físicas à atleta em diferentes modalidades. 

Definido pela literatura médica como causa repentina, o mal súbito é uma parada cardíaca que pode ocorrer por causas cardiológicas (obstrução das artérias do coração; doenças ou distúrbios elétricos no músculo cardíaco) ou neurológicas (crise convulsiva; AVC hemorrágico ou isquêmico), bem como o uso de drogas e doenças metabólicas. Recentemente, ao contrário de outras doenças cardiovasculares, o mal súbito tornou-se recorrente na vida de atletas considerados saudáveis. Ocorrências no futebol, basquete, surf e triatletismo chamam atenção pelo número de casos e avaliações acerca dos motivos que levaram as vítimas ao infarto.

Segundo o cardiologista do Centro de Treinamento em Emergências Cardiovasculares da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), Agnaldo Piscopo relata que o problema é acarretado por propensão hereditária, condições cardíacas (arritmia e hipertrofia de coração) ou até mesmo o overtraining, considerado o excesso da prática de exercícios, além dos limites do corpo. “Quando a pessoa faz atividade física de alta performance, é possível que ela apresente variáveis como inflamação, alterações eletrolíticas e miocardite causada por infecções. Essas condições não são detectáveis em exames clínicos comuns nem dão sintomas” , destacou o especialista em uma entrevista cedida ao grupo Veja.

“É um quadro típico de alguém que tem uma interrupção do fluxo sanguíneo ao cérebro. Na maioria das vezes, isso é provocado pelo próprio coração“, comenta Piscopo. De acordo com um estudo realizado em 2017, pela Annals of Internal Medicine, com mais de nove milhões de participantes de triatlo em três décadas (1985 a 2016), exibiu que 135 pessoas morreram repentinamente ou tiveram uma parada cardíaca, sendo 107 delas mortes súbitas. Deste total, 90 mortes e paradas cardíacas foram durante a natação, o que representa mais de 66% das mortes ocorreram na água.

No futebol, o quadro apareceu repentinas vezes. Dentre algumas, vale citar um dos mais marcantes casos de tragédias nos gramados, quando Camarões e Colômbia se enfrentaram em 2013, pelas semifinais da Copa das Confederações. Partida em que o volante camaronês Marc-Vivien Foé, de 28 anos, sofreu um mal súbito, identificado por um problema no coração que avolumava os riscos de ataque cardíaco durante a prática da atividade. Outra ocorrência foi Serginho, zagueiro de 30 anos do São Caetano, que teve um desmaio em campo durante um jogo com o São Paulo, no Morumbi, válido pelo Campeonato Brasileiro de 2004. O jogador foi levado ao hospital, mas morreu horas depois. Ele sofria de uma cardiomiopatia hipertrófica, mas seguiu atuando mesmo sabendo dos riscos.

Ainda nas quatro linhas, a EuroCopa deste ano causou uma preocupação logo de início. No jogo de estreia, entre Dinamarca e Finlândia, o atacante dinamarquês Christian Eriksen, de 29 anos, caiu desacordado no gramado e precisou de atendimento médico instantâneo que durou quase 15 minutos. O atleta recebeu massagem cardíaca e foi retirado com o uso de balão de oxigênio. Segundo o médico da seleção Morten Boesen, Eriksen sofreu um mal súbito e foi ressuscitado em campo com o uso de um desfibrilador. Ele passou por cirurgia e se recupera em casa.

Além destes casos, diversos outros já foram registrados em demais esportes como basquete, natação e surf. Saiba mais no áudio produzido por Gianmarco de Vargas e Pablo Milani.

 

Gustavo Oliveira, educador físico – Foto: Arquivo Pessoal

Para minimizar o risco de um mal súbito, o profissional de educação física Gustavo Oliveira classifica como indispensável a presença de um membro de sua área na equipe. “O conhecimento técnico, evidenciando-se aqui, método de treinamento, fisiologia do exercício e biomecânica são fundamentais na prevenção de doenças e lesões”, esclarece. Ele salienta que, sempre antes de iniciar um treinamento físico ou a prática de um esporte, deve ser feita avaliação médica e física, para que sejam identificadas as possibilidades e as limitações do atleta.

Desta forma, é possível ofertar orientações voltadas à preparação e evitar lesões ou problemas fisiológicos. Caso um atleta passe mal durante o exercício, Oliveira detalha o procedimento a ser adotado. “Primeiramente deve-se ligar para o atendimento de emergência local. Em caso de fraturas ou contusões, o local da lesão deve ser preservado, evitando-se ao máximo manipulação local. Em paradas cardiorrespiratórias, é necessário desobstruir vias aéreas com a manobra tríplice e realizar ressuscitação cardiopulmonar (RCP) até a reanimação ou chegada da emergência”, explica.

Sheila Leal, Fisioterapia – Foto: Arquivo Pessoal

Assim como na educação física, a fisioterapia também compartilha de importante função preventiva. É o que destaca a fisioterapeuta Sheila Leal, pós-graduada em traumato e ortopedia, dermato funcional e instrutora de pilates, ao explicar que para se evitar contratempos, deve-se “trabalhar na prevenção de lesões visando o condicionamento, força muscular, propriocepção”. No flagrante de um caso de mau súbito, ela acrescenta sobre a importância da presença de um fisioterapeuta, pois trata-se de um especialista em biomecânica, principalmente na imobilização das articulações ao remover o indivíduo, a fim de prevenir uma futura complicação. 

Já no que tange a reabilitação desportiva do atleta, Sheila entende que “o mais importante é estar atualizado com as técnicas mais eficazes para cada tipo de lesão, pois vão surgindo diferentes abordagens compradas em estudos científicos, Uma das necessidade é manter-se informado nas partes preventiva e de tratamento”. Além da fisioterapia e da educação física, a enfermagem destaca-se pelo seu alto grau de compromisso com a saúde. Considerado o profissional conhecedor do serviço de atendimento pré hospitalar, a presença de enfermeiros vem sendo cada vez mais valorizada em grandes eventos esportivos. Jogos Olímpicos, Copa do Mundo, entre outras modalidades festivas, tem investido ano a ano em recursos e equipamentos direcionados à assistência prestada por equipes médicas. A enfermeira santamariense Tamires Pugin, avalia como positiva e agregadora a inserção destes enfermeiros junto ao esporte, principalmente por ainda ser uma área pouco explorada na profissão.

Outro ponto destacado por ela, é a relevância do conhecimento compartilhado, sobre como saber agir em uma situação de mal súbito, na ausência de um enfermeiro. Na área esportiva, até hoje, existem categorias de campeonatos que não agregam a ala médica na realização de jogos, o que tende a comprometer a saúde de um desportista, em casos de contratempos físicos. “Deveríamos ser treinados desde a escola para atendimento de primeiros socorros, pois nunca se sabe em que situações podemos precisar”, frisou Tamires. De acordo com a enfermeira, outra recomendação é jamais mexer na pessoa que sofre uma queda: “Existem protocolos de movimentação específica visando provocar o menor dano possível na vítima. Deixar que o pessoal treinado e habilitado faça a remoção de forma segura”.

Diante dessas situações, fica evidente a importância da atuação eficiente e ágil de enfermeiros e pessoas conhecedoras da reabilitação física do corpo humano. Como citado no material, os casos de mal súbito não são exceções, ainda mais pelo alto grau de ocorrências entre atletas. Para auxiliar na compreensão de como funciona o procedimento de reanimação,  a acadêmica em Terapia Ocupacional, Thais Pagnossin, que possui qualificação em primeiros socorros, explica como fazer uma massagem cardíaca corretamente.

https://www.youtube.com/watch?v=y7XWl1HZv4A

Texto: Gianmarco de Vargas e Pablo Milani

Reportagem produzida no primeiro semestre de 2021 sob supervisão da professora Glaíse Palma, na disciplina de Jornalismo Esportivo.

 

Imagem de Clker-Free-Vector-Images por Pixabay

Agora só falta mais um integrante para cada time: “Eu escolho o Murilo”, “E eu escolho o Bernardo”, falavam os capitães dos times de futebol da escola que, por sinal, sempre eram os mesmos, por colecionarem medalhas e troféus obtidos em torneios. Eu, como não era boa de bola, passava as manhãs no banco de reserva, jogando stop com os outros colegas que também sobravam. Éramos conhecidos como “pernas de pau”, já tínhamos perdido as esperanças, então, não fazíamos muita questão de prestar atenção no jogo.

Mas em um ano, especificamente no 5º ano do ensino fundamental, tudo mudou. Durante um mês, tivemos aulas de educação física com uma estagiária. Ela mudou nossa percepção sobre o que é o esporte. Nos fez entender o porquê da importância de praticá-lo e suas regras.  Esportes como handebol, basquete e ginástica foram introduzidos a rotina escolar, fazendo com que alunos que não se encaixavam nos esportes “tradicionais” desfrutassem de outras possibilidades. Essa estagiária, despertou o espírito esportivo nos jovens que não tinham o “talento” para o futebol.

O mês passou tão rápido que, quando percebemos, era a última aula de educação física com a estagiária. Existe aquele ditado que diz: o que é bom dura pouco, as aulas com a estagiária passaram rápido, mas mudou o pensamento daqueles que achavam que não levavam jeito para o esporte.

A partir do momento em que a criança entende o motivo pelo qual é importante aprender determinada coisa, aquilo se torna interessante para ela. E isso vale para todas as disciplinas do currículo escolar. Não exclusivamente para a disciplina de educação física. Ah, que saudade daquela estagiária. O engraçado é que, quando paro para pensar nas aulas anteriores as que ela ministrou, não lembro de praticamente nada. Agora aqueles momentos que ela passou conosco, lembro de todos. Já sei, vou procurar ela nas redes sociais, e perguntar se ela lembra de mim, porque nunca vou esquecê-la.

 

Texto de Ana Luiza Deicke

Produção feita na disciplina de Jornalismo Esportivo, durante o primeiro semestre de 2021, sob coordenação da professora Glaíse Bohrer Palma.

Desde que a pandemia começou, os professores se reinventam a cada dia que passa, para manter o foco dos alunos. Vamos conhecer profissionais que fazem os alunos se movimentarem para valer, mesmo nas aulas on-line. 

Aula de Capoeira on-line, ministrada pelo professor Rodrigo.  Foto: arquivo pessoal Rodrigo Silveira.

Durante esse período de pandemia, boas ideias e iniciativas fazem uma diferença enorme para os estudantes. O professor Rodrigo Silveira é personal trainer, preparador físico para concursos e também dá aula de educação física, futebol e capoeira em escolas de educação infantil e ensino fundamental em Santa Maria. “A forma virtual de aula veio para ficar, pois tem muita gente que acabou se adaptando e esse sistema de treinamento, como treinar em casa, ter uma assessoria do professor através de um aplicativo ou até vídeos aulas, que é bem interessante. Mas nada igual ao contato presencial do aluno com o professor”, destaca Silveira. 

Muitas instituições de ensino se perguntaram o que fazer agora que as salas de aula estão vazias. O primeiro passo foi colocar as disciplinas em ambiente virtual, pela internet. Um desafio para alunos e professores. A professora de educação física Thais Machado Costa Corrêa, que trabalha em uma instituição privada de ensino em turmas de educação infantil e anos iniciais, conta que os primeiros desafios foram a gravação e aprender a editar. Ela até abriu um canal no youtube para conseguir gerar o link para postar as aulas na plataforma que a escola disponibilizou para os alunos. “Eu não tinha tanto domínio de ferramentas de edição de vídeo. Um vídeo era uma, duas horas editando’, explica a professora. 

O início das aulas síncronas, ou seja, quando o professor e seus alunos estão conectados ao mesmo tempo, foi mais uma barreira enfrentada por esses profissionais. O envolvimento dos alunos através de um dispositivo  e o espaços que eles teriam para realizar as atividades passou a fazer parte do pensamento dos professores na hora de preparar a aula.  

Em outubro do ano passado muitas escolas reabriram, depois de meses de portas fechadas. Em março deste ano, com instauração da bandeira preta,  no antigo modelo de combate ao coronavírus proposto pelo governo do Rio Grande do Sul, as escolas tiveram que retornar ao modo virtual de ensino. Em abril, as escolas voltaram a forma presencial de ensino, intercalando com o on-line, de acordo com as regras estabelecidas e a necessidade das famílias. 

Com o ensino hibrido, os desafios são bem parecidos com os enfrentados no início da pandemia.  “Pensando sempre nos alunos que estão em casa, que não tem a sala de aula que é um espaço mais amplo, como eu estou me organizando, planejo minhas atividades, penso nos materiais que eu vou levar para quem está na escola e penso na adaptação para quem está em casa” explica Thais.

Aula de educação física com a professora Thais, na forma hibrida. Foto: arquivo pessoal Thaís Corrêa.

Uma das aulas mais prejudicadas, sem dúvida, é a de educação física. Antes havia vários espaços, como a quadra de esportes, ao ar livre.  Na educação infantil e no primeiro ano do ensino fundamental, a professora Thais relatou que foi mais complicado de envolver as crianças, por terem mais dependência das famílias. “Do segundo ano em diante, em que eles já tem um pouquinho mais de autonomia, foi mais tranquilo, como as crianças na minha disciplina principalmente, gostam do movimento, geravam uma bagunça dentro de casa que, de certa forma, os pais não se incomodavam, porque era aula”, reforça a professora.  

Já o professor Silveira retomou as aulas presenciais de alunos nas academias, mas ainda está aguardando as escolas retomarem as atividades extracurriculares. “Já dá pra perceber as mudanças. Aumentou a procura pelos atendimentos, até porque a grande maioria dos alunos preferem o atendimento presencial”, lembra o profissional. 

Para os estudantes, as aulas viraram um estímulo para cuidar da saúde. “Depois que faço a aula, fico mais disposto, até mais feliz”, relata Gabriel Bender, aluno do 4º ano da rede pública de ensino. Com a pandemia, essa forma de dar aula de educação física a distância mostrou como essa disciplina é importante dentro do currículo escolar. 

 

Texto: Ana Luiza Deicke

Produção feita na disciplina de Jornalismo Esportivo, durante o primeiro semestre de 2021, sob coordenação da professora Glaíse Bohrer Palma.

Alunos e professores assistem a abertura da copa do mundo feminina. Fotos: Beatriz Bessow/LABFEM

Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Sérgio Lopes: sentados no tapete e em grandes bancos de madeira arrastados até à frente da pequena televisão, os alunos dos anos finais se reuniram, atentos, para assistir a abertura da copa do mundo feminina. O silêncio era absoluto, mesmo porque as caixas de som não ajudam muito na acústica da sala de convivência, localizada em um grande contêiner sem qualquer tratamento térmico ou acústico, ao lado da escola. Alunos e professores olhavam atentamente para a TV. Seus diversos troféus e medalhas ao fundo enfeitando a sala, junto aos diversos cartazes sobre empoderamento feminino, direitos igual, e o lugar da mulher no esporte.

A Escola ” Sérgio Lopes” , como é popularmente conhecida, se encontra no bairro Renascença, nos fundos do Shopping Praça Nova, região periférica de Santa Maria.  Era conveniada com uma instituição filantrópica até 2016, ano em que recebeu uma nova direção do município. Desde então, participa dos Jogos Esportivos de Santa Maria (JESMA), no qual cerca de 70 escolas se inscrevem para jogar. A escola Prof. Sérgio Lopes tem ganho grande destaque entre as escolas municipais.

Troféus da JESMA expostos na sala de convivência.

Cartazes podem ser vistos colados em todo o corredor e por toda a sala de convivência, e remetem ao esforço da escola em trabalhar projetos que incentivem os alunos. A diretora Andréia Aparecida Liberali Schorn conta que em um deles estão trabalhando o esteriótipo de gênero que delimita o que meninos e meninas podem fazer ou não. “A gente começou a puxar pelo lado do futebol para eles entenderem, já que aqui as meninas ganham muito no futebol do JESMA”, comenta Andréia.

Cada sala de aula tem um nome escolhido que homenageia uma mulher importante na história, e os cartazes dispostos em suas portas explicam o porquê  de terem sido escolhidas. Entre elas podemos encontrar Frida Kahlo, Djamila Ribeiro, Marie Curie, Maria Rita Py Dutra, Carolina Maria de Jesus, sem esquecer da Marta Vieira da Silva que ocupa o nome da sala do 3º ano.

 Apesar da pouca estrutura, os alunos da Sérgio Lopes participam em diversas categorias. Jogam tanto nos esportes coletivos quanto nos individuais, e mesmo que não tenham cesta de basquete para os treinos, improvisam com cadeiras empilhadas para compreenderem o básico do lançamento. Além disso, a vice diretora, Vanessa Flores explicou que a professora de Educação Física trabalha todas as modalidades  do esporte em aula, mas como o interesse dos alunos é grande, foi criado um projeto no turno inverso em que um professor proporciona 4 horas de futebol para os times feminino e masculino praticarem.

Raiane Lamach Almeida tem 12 anos e ganhou o troféu de primeiro lugar em xadrez no ano passado.

A Sérgio Lopes é bicampeã entre as escolas municipais, tendo arrecadado mais pontos pela grande participação em muitas categorias. No ano passado, o único título geral que ganhou foi no xadrez com a aluna Raiane Lamach Almeida do 6º ano, na categoria infantil. Ela conta que não achou ganharia, pois costumava perder nas partidas em aula, mas ficou muito feliz por poder representar o colégio. “Gosto muito da escola. Sempre que eu precisei eles me ajudaram”, confessa Raiane. Apesar de na hora nem acreditar que havia ganhado, a menina de 12 anos levou um troféu só dela para casa.

Desde 2016, quando a escola começou a participar JESMA, a realidade das crianças foi melhorando. O ex-aluno, Eduardo Conceição de Abreu, de 15 anos afirma que antes não era assim, “era só aula atrás de aula”. Foi quando mudou para escola municipal que Eduardo sentiu o incentivo ao esporte fazer uma diferença nos seus dias. “Eu sinto muita saudade da escola, venho ajudar aqui, às vezes, porque eu me sinto em casa; é como uma segunda casa pra mim”, expressa.

Além dos alunos aprenderem muito sobre disciplina e trabalho em grupo, a vice diretora, Vanessa Flores, relata também ter aprendido muito com eles. “Acho que o esporte é fundamental, tudo que eles aprendem influencia na aula, principalmente para trabalhar o companheirismo”, afirma Vanessa. Apesar das condições não serem das melhores, como precisarem descer no Rio Cadena para busca a bola quando cai, a vice diretora destaca a garra de seus alunos por nunca se vitimizarem, sempre manterem a determinação e persistirem, fazendo o que gostam. Mesmo no JESMA já foram elogiados pela organização, por sua educação e comportamento e, ainda,  por dificilmente receberem cartões durante as partidas.

“Elas voam com o futebol”, comenta a diretora Andréia sobre a participação das meninas no esporte.

A vice diretora ressalta que acha muito importante mostrar que acredita neles, e que  notou uma transformação quando o esporte começou a ser mais incentivado. “Eles se uniram muito mais em questão do esporte”, menciona. Mesmo quando um ex aluno vai participar de jogos, ela é convidada e sempre marca presença na plateia para torcer por seus alunos.

Participantes das aulas de ginástica no Farrezão. Foto: João Vilnei/Prefeitura

A quadra do Centro Desportivo Municipal, o Farrezão, está sendo utilizada para a realização de atividades que têm como foco principal a melhora da qualidade de vida da população santa-mariense. O local está sendo utilizado para a oferta de exercícios físicos à comunidade.

As aulas de ginástica são oferecidas às segundas-feiras, com início às 8h15min.  Já as seções de alongamento são ofertadas segunda e quarta às 15h e quinta-feira de manhã, às 8h30min.

Além de ginástica e alongamento em alguns dias da semana, o projeto oferece também seções de aeróbica, de segunda à sexta-feira, em dois turnos, de manhã, às 9h e pela tarde, às 16h30min.

Os freqüentadores do espaço contam com profissionais de Educação Física qualificados para as aulas, as professoras Eliza Rocha e Beatriz Bolson.

Foto: João Vilnei/Prefeitura

Interessados em participar das atividades devem comparecer ao Centro Desportivo Municipal (CDM) de Santa Maria, localizado na Rua Appel, 795. Mais informações: Secretaria de Município de Juventude, Esporte, Lazer, Idoso e Criança (SMEL),  http://www.santamaria.rs.gov.br/