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Mesa debate conjuntura política e educação pública

A atual conjuntura política brasileira e a proximidade do segundo turno das eleições de 2018 foram os motivadores da mesa “Ascensão do Fascismo, Ultrapolítica e Estado Democrático de Direito: impactos e perspectivas nas universidades públicas”. O

Manifestantes se reúnem em ato contra Bolsonaro

Ocorreu neste sábado, 22, na Praça Saldanha Marinho, no centro de Santa Maria, a manifestação “Ele Não! Ato em Defesa dos Nossos Direitos”. O ato foi organizado pelo Coletivo Marias EmLuta e contou com a colaboração

A atual conjuntura política brasileira e a proximidade do segundo turno das eleições de 2018 foram os motivadores da mesa “Ascensão do Fascismo, Ultrapolítica e Estado Democrático de Direito: impactos e perspectivas nas universidades públicas”. O debate ocorreu, na última sexta-feira à tarde, na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e lotou o auditório Sérgio Pires.

Com intuito de debater e organizar a sociedade acadêmica, a mesa, organizada pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) e pela Associação de Pós-Graduandos (APG) da UFSM, contou com a socióloga Sabrina Fernandes, da Universidade de Brasília; com a professora  Márcia Morschbacher, do Centro de Educação da UFSM; e com o diretor de extensão da União Nacional dos Estudantes (UNE), o acadêmico Lucas Bomfim, da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

Em sua fala, Sabrina Fernandes, destacou a polarização política atual e as violências e as opressões que têm sido registradas. “Estamos vivendo uma disputa polarizada de narrativas. Existe uma performance dentro de uma estrutura. Política não se faz somente nas ruas, esse é só um processo e não o objetivo central que é se organizar”, explica Sabrina.

A exposição dos convidados sobre impactos da política e na vida cotidiana e como ecoa na educação pública chamaram a atenção de Patrícia Froelich, cientista social e doutoranda em Extensão Rural pela UFSM. A pesquisadora demonstrou preocupação com a forma com que “um governo com aspirações fascistas configura retrocessos sociais e possivelmente promoverá sucateamento do que não considera supérfluo, a saber da educação pública e as artes. Sobre a importância da mobilização estudantil contemporaneamente eu pontuo que é fundamental. A mobilização estudantil patrocina o que está em falta ultimamente: trabalho de base.”

A professora Márcia Morschbacher enfatizou as perdas que sofreram a educação pública nos últimos anos, e a maneira como projetos “Escola sem Partido” ameaçam a autonomia científica e pedagógica, ao estabelecer situação de medo.

A graduanda Eduarda Casarin, do curso de Ciências Sociais, destaca a importância de espaços como esse para que a sociedade acadêmica compreenda o que está em jogo para a educação nesse momento.“ acredito que precisamos nos mobilizar enquanto estudantes e lutar para manter as conquista que tivemos, indo em frente, sem retroceder” destacou.

Pelo tema da mesa estar centrado na educação pública, a redução de investimentos ganhou destaque. Para a química Gabriella Eldereti, o movimento estudantil está desde 2015 em alerta sobre a redução de investimentos. “A mobilização no momento atual é fundamental para denunciar as ameaças que a educação pública e a universidade estão propícias quando se tem um candidato que já deixou bem claro que não é prioridade de investimento. Além de repudiarmos os atos de ódio e violência contra mulheres, negros e LGBTS”, frisou.

Para a coordenadora geral do DCE da UFSM, Franciele Barcellos, o momento é de mobilização do movimento estudantil que sempre esteve ao lado da democracia em outro momentos históricos da política como o movimento Caras Pintadas destacando a importância de momentos como o da mesa.

Produzido para as disciplinas de Jornalismo I e Jornalismo Digital I sob a orientação dos professores Sione Gomes e Maurício Dias

 

Ocorreu neste sábado, 22, na Praça Saldanha Marinho, no centro de Santa Maria, a manifestação “Ele Não! Ato em Defesa dos Nossos Direitos”. O ato foi organizado pelo Coletivo Marias EmLuta e contou com a colaboração do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Coletivo Voe. Segundo a organização, o protesto teve como principal objetivo lutar pelos direitos democráticos e humanos e mostrar oposição ao presidenciável Jair Bolsonaro, do Partido Social Liberal (PSL).

Manifestante se reúnem na Praça Saldanha Marinho em ato pró democracia. Foto: Denzel Valiente

A reunião do público teve início por volta das 14h com a confecção de cartazes com a escrita “Ele Não” e distribuição de adesivos e panfletos do candidato do PT, Fernando Haddad. Os manifestantes se mantiveram no local por aproximadamente três horas, por volta das 17h30, foi orientado pela organização a se reunirem em grupos e se espalharem pela cidade, conversando com pessoas nas ruas, lojas e casa. A intenção da ação foi mostrar à população as propostas de governo de Haddad e debater os motivos, pelos quais, Bolsonaro representa ameaça à democracia, aos trabalhadores, às mulheres, aos LGBTs, aos negros, aos indígenas e aos pobres, segundo os manifestantes.

“Em toda minha vida, eu tive uma educação, em que, eu fui instruída dentro de casa e na escola, a não apoiar o fascismo, não apoiar o racismo e nem a homofobia” A declaração dada pela estudante Nathália Rieder, 19 anos, em meio aos gritos de “Ele Não” e “Fascistas não passarão”, representa o momento de tensão social e política que se estende pelo país durante o segundo turno das eleições. Vale ressaltar que a manifestação ocorreu em diversas cidades do Brasil durante o final de semana, e buscou repetir a adesão pública do “Ele Não” de 29 de setembro, que reuniu milhares de pessoas no Brasil e no Mundo. Em Santa Maria, não houve contagem de participantes pelos organizadores.

Produzido para as disciplinas de Jornalismo I e Jornalismo Digital I sob a orientação dos professores Sione Gomes e Maurício Dias