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Feira do Livro de Santa Maria 2014

Feira do Livro 2014: Causinhos e continhos para as crianças

Na tarde desta segunda, dia 5, foi lançado o livro “Causinho do Tio Bentinho”, de Selma Nanci Feltrin, que tem como objetivo aproximar as linguagens urbana e rural. Conforme a autora, crianças do interior do estado

Uma Noite Especial com Duca Leindecker

Música e literatura marcaram o Livro Livre de hoje, 30, na Praça Saldanha Marinho. Duca Leindecker, vocalista, guitarrista, escritor e compositor, foi o convidado para um bate-papo descontraído. Sem a presença de um mediador a interação do

Ler com as mãos

A banca  22, das Edições Paulinas, disponibiliza livros infantis em braile para que as crianças deficiente visuais também possam ter acesso à leitura.  A Irmã Jurema Andreolla destaca a importância de inserir toda e qualquer criança

Sobrou livro em casa? Traz para trocar na Feira!

  A Feira do Livro 2014 também abre espaço para quem tem pouco dinheiro no bolso e livros de sobra na estante de casa.  Os sebos Café (banca 8) e Fulô (banca 31) permitem que o

13 autores e um esquema tático de futebol

  A coletânea de contos 4-3-3 e o porteiro do estádio foi lançada na Feira nesta tarde de domingo, 27. A escolha do título é a afirmação da crença do esquema tático 4-3-3 clássico, consagrado pela seleção brasileira

O tatu que encantou o holandês

Na tarde desta terça-feira, 29, foi lançado o livro Marcelo, o Tatu-bola na Copa dos Animais, dos autores Mark Wever e Onilse Noal Pozzobon. O livro conta a história de um tatu que não tem a mesma

Lar das Vovozinhas é tema de livro

O Lar das Vovozinhas foi representado na feira com o lançamento do livro “Um lar para sempre”, da escritora Viviane Arrua Fantinel. O livro conta a trajetória da casa, desde sua fundação até os dias hoje.

Carro-biblioteca do SESI atrai leitores de diferentes idades

O Centro Cultural Sesi Fiergs está mais um ano presente na Feira do Livro. O espaço disponibiliza empréstimos de livros para todas as faixas etárias, inclusive em braile, narrativas de histórias infantis na parte da tarde

Organizada por Ada, a obra foi escrita por 23 autores de nove universidades brasileiras.(Foto: Gabriela Vargas)
Organizada por Ada, a obra foi escrita por 23 autores de nove universidades brasileiras.(Foto: Gabriela Vargas)

Na tarde de quinta, dia 8, foi lançado o e-book Midiatização da tragédia de Santa Maria. O trabalho foi organizado pela professora e doutora em Comunicação, Ada Cristina Machado da Silveira. A obra tem como objetivo analisar a repercussão do incêndio da Boate Kiss pelos meios de comunicação e nas redes sociais, e “foi produzido sob  a emoção pós-tragédia, numa tentativa de refletir sobre as narrativas jornalísticas elaboradas a partir da mobilização do acontecimento”, revela Ada.

Três das pesquisas contidas no e-book estão sob a orientação da professora: televisão local, presença e relação dos correspondentes internacionais na cidade e modo de narração de uma tragédia são os temas relacionados.

E-book foi lançado na Feira do Livro de Santa Maria 2014
E-book foi lançado na Feira do Livro de Santa Maria 2014

Colaboradora com a materialização visual em um artigo científico que está incluído no e-book, Laura Fabrício, professora de fotojornalismo do Centro Universitário Franciscano, explica que o artigo que ajudou a construir tem como propósito pensar sobre mural em frente à boate que acabou se transformando um em mural midiatizador – onde as pessoas deixam mensagens e expõe seus sentimentos. A autoria do artigo é o professor Antônio Fausto Neto e de Anaiara Ventura, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), além da professora Laura.

Midiatização da tragédia de Santa Maria foi escrita por 23 autores de nove universidades brasileiras e duas do exterior, em países como a Argentina e os Estados Unidos. O e-book está disponibilizado on line. no

Selo da Feira do Livro de Santa Maria. Foto: Reprodução.
Selo da Feira do Livro de Santa Maria. Foto: Reprodução.

Na tarde desta segunda, dia 5, foi lançado o livro “Causinho do Tio Bentinho”, de Selma Nanci Feltrin, que tem como objetivo aproximar as linguagens urbana e rural. Conforme a autora, crianças do interior do estado e das grandes cidades possuem um vocabulário distinto: “o livro é importante para que as crianças conheçam melhor a cultura daqui e, principalmente, tenham contato com a linguagem do interior”.

A história, à moda gaúcha, retrata os causos de galpão tradicionais contados em outras épocas. De acordo com Selma, estas histórias estão esquecidas e pouco cultivadas nos dias de hoje.

Selma Nanci Feltrin retrata os causos de galpão tradicionais. (Foto: Helena Moura)
Selma Nanci Feltrin retrata os causos de galpão tradicionais. (Foto: Helena Moura)

O livro contextualiza alguns costumes, expressões e brincadeiras característicos, muito conhecidos por aqueles que vivem no Rio Grande do Sul. Este é o décimo livro escrito por Selma Feltrin e se passa na localidade de Linha Duas, em Silveira Martins – próximo à Santa Maria.

Duca na praça Saldanha Marinho, durante a Feira do Livro.
Duca Leindecker na praça Saldanha Marinho, durante a Feira do Livro. Foto: Natali Cunha, Lab. Fotografia e Memória

Música e literatura marcaram o Livro Livre de hoje, 30, na Praça Saldanha Marinho. Duca Leindecker, vocalista, guitarrista, escritor e compositor, foi o convidado para um bate-papo descontraído. Sem a presença de um mediador a interação do artista e com público ocorreu de maneira natural.  O líder da Cidadão Quem, banda com 20 anos de estrada, veio à Feira do Livro para conversar sobre suas publicações literárias e responder as perguntas da plateia.

Pontualmente as 19 horas, Duca saudou os presentes de forma inusitada, pedindo pra todo mundo gritar junto com ele. “Agora que estabelecemos a comunicação, podemos começar”. Quem esperava uma palestra sobre a carreira do músico, se surpreendeu.

Duca conduziu uma conversa sobre as diferentes formas de se fazer arte e a complicada fase da escolha profissional. Já no início, o artista abriu espaço para perguntas e conduziu toda a conversa com essa dinâmica. Nas respostas, emitia suas opiniões sobre o cenário atual da música, o papel da vocação e da persistência, seus métodos de inspiração,e tudo o mais que a plateia quisesse saber.

Sempre muito centrado e crítico, mas sem perder o bom humor, o artista se mostrou naturalmente confortável no palco – local onde passou grande parte dos seus quase 30 anos de carreira. No final, atendendo ao pedido de uma fã que estava na plateia, o músico pegou um violão emprestado e deu uma palhinha da sua consagrada carreira.  Assim como começou, o público terminou interagindo com Duca. Dessa vez, porém, não gritando, mas transformando a Feira do Livro em uma só voz, ao som de sucessos como Um Dia Especial e Girassóis.

A equipe da Agência Central Sul conversou com o músico sobre a indústria fonográfica no Brasil:

Equipe da ACS com Duca Leindecker. Foto: Natali Cunha. Lab. Fotografia e Memória.
Equipe da ACS com Duca Leindecker. Foto: Natali Cunha. Lab. Fotografia e Memória.

ACS – Qual a importância de eventos, como a Feira do Livro, que fomentam a cultura?

Duca  – “Tem toda a importância, as coisas só acontecem dentro de seus ambientes de discussão. A gente só percebe as coisas que estão acontecendo. E aqui está acontecendo, está acontecendo o nosso papo, depois vou conversar com o público. E vamos falar sobre livros, muitos vão conhecer títulos e vão entrar em contato com a literatura, com a arte. Isso é fundamental”.

ACS – Como você percebe o incentivo à cultura em nosso país?

Duca L.- “Eu sou muito crítico em relação à forma como se da o incentivo a cultura no Brasil. As leis que existem são muito assistencialistas. Elas não exigem que o que for feito seja realmente bom. Elas só fazem por fazer, em um país que não faz nada bem. E quando vamos fazer um show, o público quer que tu toques de graça e a tua família diz que ser músico não é profissão. A revolução para o incentivo à cultura tem que partir de casa, tem que partir de uma realização cultural da sociedade de valorizar a arte. Não só uma lei que vai pagar para o cara fazer um filme. Eu nunca tive nenhum tipo de incentivo. Faço show, as pessoas pagam o ingresso e eu ganho meu dinheiro. Isso tem que acontecer com mais pessoas”

ACS – O  que você nos diz sobre o retorno da Cidadão Quem?

Duca L.- “O Cidadão Quem é uma banda que teve a sua historia, nos seus sete discos, e voltou para comemorar isso, para atender as pessoas que queriam nos ver e para atender nós mesmos, que queríamos revivê-lo. Mas o Cidadão Quem não é um projeto de conteúdo novo. Não tem como ser uma banda nova, e nem queremos que seja. A gente tá celebrando isso, tocando as músicas de todos os discos e um single novo. Quando tu vai pra um show do Cidadão Quem, as pessoas não deixam tu não tocar Pinhal, tu não tocar Dia Especial, o Fim de Tudo, Os Segundos, Música Inédita, entendeu? É um repertório que fica engessado. Se a gente for fazer um show só de música inédita, as pessoas não querem ver. E nem a gente quer fazer. Agora, num trabalho solo, aí sim, acho que comporta isso. Como  nos meus trabalhos solo e  o trabalho do Luciano na banda Mani Mani.”

Por  Gustavo Pedroso, Karine Kinzel, Joana Gunther e Silvana Righi, estudantes de jornalismo.

Foto : Julia Machado
Banca da Feira do Livro conta com livros infantis em Braile. Foto : Julia Machado

A banca  22, das Edições Paulinas, disponibiliza livros infantis em braile para que as crianças deficiente visuais também possam ter acesso à leitura.  A Irmã Jurema Andreolla destaca a importância de inserir toda e qualquer criança na literatura.  “A preocupação em dar condições de leitura às crianças deficientes visuais ainda é pouca perante o que se faz”, lamenta.

À disposição, livros como O menino que via com as mãos.  É a história sobre um garoto que vê o mundo pela perspectiva do tato, mostrando que existem outras formas de compreender o mundo.  Outros exemplares como Benquerer e bem amar Sarita menina também estão disponíveis em braile na banca.

 

 

Bancas promovem troca de livros usados por crédito. Foto : Julia Machado
Bancas promovem troca de livros usados por crédito. Foto : Julia Machado

A Feira do Livro 2014 também abre espaço para quem tem pouco dinheiro no bolso e livros de sobra na estante de casa.  Os sebos Café (banca 8) e Fulô (banca 31) permitem que o público da feira troque seus livros por créditos que podem ser utilizados na compra de títulos novos e usados, desde que a troca seja efetuada na mesma banca.

Os sebos possuem diferentes critérios para estipular os valores das trocas. O Café consulta o preço do livro proposto no site de livros usados e em seguida converte o valor desta obra em créditos que podem ser usados em qualquer outra obra da banca.  Já o Fulô atribui valor aos livros a partir de uma negociação livre com o leitor. O valor é igualmente convertido em crédito, válido para qualquer outro livro disponível no lugar.

 

Selo da Feira do Livro de Santa Maria. Foto: Reprodução.
Selo da Feira do Livro de Santa Maria. Foto: Reprodução.

 

Foto : João Paulo Stefanello
Foto : João Paulo Stefanello

A coletânea de contos 4-3-3 e o porteiro do estádio foi lançada na Feira nesta tarde de domingo, 27. A escolha do título é a afirmação da crença do esquema tático 4-3-3 clássico, consagrado pela seleção brasileira de futebol na década de 70. “Em suma, uma defesa que defende, um meio campo que joga e um ataque que ataca”, sintetiza Odemir Tex Jr. Delimitado o tema a partir das posições dos jogadores em campo, o livro dá liberdade para que cada um dos 13 autores abuse de sua subjetividade para escrever sobre o tema.

O destaque especial para o porteiro surge de lembranças vividas pelo autor Vitor Biasoli com seu avô no estádio do Esporte Clube Pelotas. Sem entender muito do assunto o autor buscou nesta lembrança uma maneira para se inserir no contexto.

 

 

Selo da Feira do Livro de Santa Maria. Foto: Reprodução.
Selo da Feira do Livro de Santa Maria. Foto: Reprodução.
Selo da Feira do Livro de Santa Maria. Foto: Reprodução.
Selo da Feira do Livro de Santa Maria. Foto: Reprodução.

Na tarde desta terça-feira, 29, foi lançado o livro Marcelo, o Tatu-bola na Copa dos Animais, dos autores Mark Wever e Onilse Noal Pozzobon. O livro conta a história de um tatu que não tem a mesma habilidade para jogar futebol como os outros de sua espécie, mas encontra uma maneira de brilhar. Conforme o escritor, o livro inspira a ultrapassar limites para realizar atividades e sonhos.

O holandês Mark Wever é co-autor da obra sobre o tatu-bola.(Foto: Eveline Grunspan)
O holandês Mark Wever é co-autor da obra sobre o tatu-bola.(Foto: Eveline Grunspan)

Mark Wever, natural da Holanda, veio para o Brasil em 2012 em nome de sua pesquisa na área de Administração. O escritor afirma que “a literatura infantil é muito importante, pois é na infância que se desenvolve o interesse pela literatura”. Ele explica sua escolha pelo Tatu-bola e a coincidência com o mascote da Copa do Mundo do Brasil. “Eu escolhi o tatu, pois quando vi o animal pela primeira vez em 2009, no Mato Grosso do Sul, me encantei. No meu país não existe animal assim”.

Lançar a obra em inglês e búlgaro está entre os planos do escritor, já que sua mãe é natural da Bulgária. Marcelo, o Tatu-bola na Copa dos Animais é dedicado ao seu pai, Jaap Lever

Selo da Feira do Livro de Santa Maria. Foto: Reprodução.
Selo da Feira do Livro de Santa Maria. Foto: Reprodução.

O Lar das Vovozinhas foi representado na feira com o lançamento do livro “Um lar para sempre”, da escritora Viviane Arrua Fantinel. O livro conta a trajetória da casa, desde sua fundação até os dias hoje.

Viviane Fantinel se valeu de depoimentos e arquivos para escrever a história do Lar. (Foto: Camile Silva)
Viviane Fantinel se valeu de depoimentos e arquivos para escrever a história do Lar. (Foto: Camile Silva)

A autora, que lançou na tarde deste sábado seu primeiro livro, se diz surpresa com o resultado. “Foi uma experiência que eu não imaginava o resultado fosse tão bom”, declara. Apesar de ser seu primeiro livro, Viviane já escrevia frases e poemas sem nunca antes ter publicado.

O livro é um trabalho voluntário que  surgiu através do pedido especial de Olinda Rosa Beltrame, voluntária no Lar das Vovozinhas há mais de 55 anos. Ela organizou em arquivos tudo o que foi divulgado na imprensa, relacionado ao Lar.

Segundo Viviane, o livro vai mudar a concepção que as pessoas têm a respeito do lar. A escritora já tem planos e pedidos para escrever novas publicações.

Selo da Feira do Livro de Santa Maria. Foto: Reprodução.
Selo da Feira do Livro de Santa Maria. Foto: Reprodução.

Na tarde deste sábado,  dia 26 de abril, o escritor João Marcos Adede y Castro lançou seu 20° livro, chamado “Fênix”. Adede y Castro é membro e Presidente da Academia Santa-Mariense de Letras. O autor explica  o título  a partir da cidade renascendo da tragédia: “Comparo Santa Maria a ave mitológica fênix, que renasce das cinzas. A cidade precisa reagir e renascer mais bonita, mais solidária, mais inteligente, mais organizada e responsável”, explica.

Adede y Castro entende a literatura como uma manifestação a respeito das pessoas e explica que o que escreve é aquilo que viu ao longo do tempo. O autor que tem em sua maioria livros a respeito da área do Direito, explica que sempre deu uma visão humanista em suas publicações para servir ao  interesse da comunidade.

Além de escritor, Adede y Castro também é advogado. Ele compreende que o estudos das leis é o que mais interfere na vida das pessoas. “Toda e qualquer atividade humana tem uma regulação por parte do Direito”, pondera.

Adede y Castro acredita no renascimento da cidade após a tragédia.(Foto: Guilherme Benaduce)
Adede y Castro acredita no renascimento da cidade após a tragédia.(Foto: Guilherme Benaduce)
Selo da Feira do Livro de Santa Maria. Foto: Reprodução.
Selo da Feira do Livro de Santa Maria. Foto: Reprodução.

O Centro Cultural Sesi Fiergs está mais um ano presente na Feira do Livro. O espaço disponibiliza empréstimos de livros para todas as faixas etárias, inclusive em braile, narrativas de histórias infantis na parte da tarde – com a participação do boneco Sesinho –, e como computadores com acesso à internet

O espaço tem atraído a atenção de pais que levam seus filhos para fazer a leitura de livros infantis. A fisioterapeuta Marisa Bertoldo acha importante o contato e a interação com a literatura desde criança. Ela explica que sempre traz seu filho à feira, mas que a iniciação dele com a leitura se deu em casa. “Cada noite eu e meu marido contamos uma história para ele e em outra ele mesmo conta”, revela a mãe, orgulhosa.

O carro-biblioteca do Sesi Fiergs funciona de segunda a domingo das 14h às 20h e aos sábados das 10h às 20h – sem fechar ao meio dia.

O carro-biblioteca do SESI disponibiliza livros e acesso à internet. (Foto: Camile Silva)
O carro-biblioteca do SESI disponibiliza livros e acesso à internet. (Foto: Camile Silva)