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Oficina traz técnicas de aprendizagem e inclusão social

Ocorreu na tarde de ontem,  22, na Sala de Conferências do prédio 17 do Conjunto III da Unifra,  a Oficina “Somos iguais com nossas diferenças”. O evento que foi uma parceria entre os cursos de Filosofia e

Oficina faz com que partcipantes experimentem as dificuldades de quem tem diferentes tipos de limitações motoras. Foto: JulianoDutra. Labfem

Ocorreu na tarde de ontem,  22, na Sala de Conferências do prédio 17 do Conjunto III da Unifra,  a Oficina “Somos iguais com nossas diferenças”. O evento que foi uma parceria entre os cursos de Filosofia e Engenharia Biomédica do Centro Universitário Franciscano  faz parte da programação do VIII PIBID foi ministrado por Mitieli Seixas da Silva (professora de Filosofia da UFSM), Maria Isabel Orcelli (professora de Engenharia Biomédica da Unifra) e Marcio Paulo Cenci (Professor de Filosofia da Unifra e atual coordenador do PIBID).

Com 1h e 30 de duração a oficina expôs ao público presente, formado principalmente por professores e estudantes de licenciatura  tanto da Unifra quanto da UFSM, o projeto de inclusão de pessoas com deficiência que foi desenvolvido nas escolas santamarienses Érico Verissímo e Rômulo Zanche. Segundo a professora Mitieli, o objetivo principal da oficina foi mostrar um modelo interdisciplinar baseado nas experiências do grupo com a aprendizagem baseada em problemas.

Após a apresentação do projeto e seus resultados, os trinta alunos foram convidados à participar de duas atividades práticas; um circuíto de cadeira de rodas e um teste de equilíbrio na plataforma do nintendo wii, afim de que pudessem perceber melhor as dificuldades pelas quais passam as pessoas com algum tipo de deficiência motora.

 

 

A inclusão social de alunos com necessidades especiais nas escolas, sejam públicas, quanto particulares é uma questão de extrema relevância. Será que as escolas de Santa Maria estão preparadas para receber esses alunos? Há uma infra-estrutura para deficientes físicos? Os professores estão preparados? Há um projeto específico para alunos com necessidades especiais?

A Agência Central Sul de Notícias foi investigar essas questões em duas escolas da cidade: O Colégio Estadual Coronel Pilar e o Colégio Franciscano Sant’ Anna.

O Pilar conta com mais de 50 alunos incluídos, conforme uma das responsáveis, a educadora especial, Bernadete Santini Viero, de 47 anos, que há 7 trabalha na escola: “Nós temos 52 alunos incluídos e esses alunos são divididos entre os educadores especiais para que sejam trabalhados, conforme o nível de desenvolvimento de cada um”, relata. Segundo Bernadete, estes alunos estão incluídos em todos os níveis de ensino. “Temos alunos do primeiro ano do Ensino Fundamental, até o terceiro do Ensino Médio, incluindo o EJA”.

BERNADETE
A professora Bernadete, à esquerda, em atividade recreativa com um aluno com síndrome de Down. Foto: Divulgação.

O Colégio Coronel Pilar se tornou uma referência em educação inclusiva, em 1993, quando a instituição recebeu o primeiro aluno cego em uma classe de ensino regular. Segundo informações da fanpage da escola, o grupo aceitou o desafio pedagógico de ter salas de aula mais plurais. A escola foi, inclusive, tema de um curta-metragem chamado “Outro Olhar”, que mostra a história da estudante Renata Basso, portadora de síndrome de down, que concluiu o Ensino Médio na instituição recentemente.

Já o Colégio Franciscano Sant’ Anna, apesar de ter 17 alunos portadores de algum tipo de necessidade, não possui educadora especial contratada. Isso não impede que atendam essas crianças. As necessidades são bem variadas, conta a coordenadora Helena Oliveira, de 52 anos.

“Possuímos alunos com vários tipos de deficiências: altistas, cadeirantes e até anões”. O diferencial da escola é a oferta de aulas de instrumentos musicais, como violão, teclado, piano e flauta. “ A música é importantíssima no desenvolvimento de qualquer criança, seja especial ou não, e o fato de ter aulas de música dentro da própria escola é um incentivador a mais para os alunos, sem contar que o preço é mais acessível do que aulas de música fora da escola”.

EDUARDO
Eduardo, de 7 anos, na aula de música.Foto:Divulgação.

O aluno Eduardo, de 7 anos, que apresenta autismo, está no segundo ano do Ensino Fundamental no Colégio Sant’ Anna, frequenta as aulas de música. Seu Pai, Paulo César Freitas, de 48 anos, afirma que a escola tem uma boa estrutura para o seu filho, e que as aulas de música são chave no seu desenvolvimento:

“No caso do autismo, o Colégio Sant’Anna está muito bem preparado. Apesar de não haver nenhum educador especial, os professores têm bastante conhecimento da doença e das limitações que ela causa, que é no raciocínio, concentração e certa dificuldade social. Com isso, os professores têm muita paciência com ele, e conscientizam também os outros alunos a respeito de suas dificuldades. A respeito das aulas de música, é algo que faz muito bem sem dúvida nenhuma, é um estimulo imenso aos sentidos, concentração e coordenação do Eduardo. É um trabalho a longo prazo, mas sem dúvidas em dois anos a evolução dele foi muito grande”.

 

Abaixo, um vídeo de Eduardo em ação nas aulas de música: [youtube_sc url=”https://www.facebook.com/video.php?v=657702144317398&set=vb.100002328556501&type=2&theater”]

Por Gabriel Batista Pfeifer para a disciplina de Jornalismo Online