Santa Maria, RS (ver mais >>)

Santa Maria, RS, Brazil

jornalistas

Dia do Jornalista é comemorado hoje

O Dia do Jornalista, comemorado em 7 de abril, foi instituído em 1931, por decisão da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), como homenagem ao médico, jornalista e proprietário do jornal Observador Constitucional, um dos principais motivadores da liberdade de imprensa

Quem é o jornalista brasileiro?

A Federação Nacional do Jornalista (Fenaj) publicou na última semana, os resultados da pesquisa sobre o “Perfil profissional do Jornalista Brasileiro”, com a participação de 2.731 jornalistas de todo o país e de profissionais que trabalham no

O Dia do Jornalista, comemorado em 7 de abril, foi instituído em 1931, por decisão da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), como homenagem ao médico, jornalista e proprietário do jornal Observador Constitucional, um dos principais motivadores da liberdade de imprensa Giovanni Battista Líbero , morto por inimigos políticos em 1830.

Segundo o professor do curso de Jornalismo Bebeto Badke “O jornalista tem um papel de alerta, aquele que toca o sinal vermelho.”  Para ele, a formação de um jornalista tem de ser contínua, “o bom jornalista tem de se bombardear não só de notícias, tem que se bombardear de bons livros, boa música, bons filmes. Não basta só trabalhar a notícia, tem que saber o que está acontecendo no mundo e fazer com que a sua mente se liberte. Faz-se necessário uma formação intelectual, cultural, além da faculdade”.

Os jornalistas são pessoas que tem como trabalho divulgar os acontecimentos do mundo para a população da forma mais diversa possível. O profissional é um prestador de serviços para a comunidade, desta forma ele incentiva a formação de opiniões sobre determinados assuntos ajudando a compreender melhor a realidade em que se vive. Para isso é nescessário um trabalho feito com seriedade e ética, sempre alerta para o mundo ao seu redor. Buscando respostas para o povo, o acesso a informação é um direito de todos e liberdade de imprensa é um direito de todo jornalista.

Semana do Prêmio de Jornalismo abre com bate-papo entre jornalistas. Foto: Denzel Valiente/LABFEM

O curso de Jornalismo organizou uma semana cheia de atividades em virtude do Prêmio de Jornalismo que ocorre nesta quarta-feira, 25. A primeira noite de atividades aconteceu ontem, 23, com um bate-papo com três jornalistas que foram jurados do Prêmio. A conversa teve início as 19h, na Sala de Convenções do prédio 13 da Universidade Franciscana, conjunto III, e recebeu os alunos e professores do curso.

O bate papo com os jurados teve como tema “Os fatores de qualidade no jornalismo”, e recebeu a editora de variedades do Diário de Santa Maria, Luisa Neves, o apresentador do Programa “Pega na Mentira”, Marcelo de Franceschi e a jornalista Camille Wegner da Rádio Gaúcha. Durante as últimas duas semanas, a Agência Central Sul publicou matérias com o perfil dos jurados.

Bate papo entre os jornalistas. Foto: Denzel Valiente/LABFEM

A noite, que foi de bastante conversa e aprendizado, deu voz aos profissionais para que falassem um pouco do que eles vivem hoje em dia no Jornalismo. Foram tratados assuntos como ética e comprometimento com as histórias e as notícias, os olhares que deve se ter para com os detalhes e assim construir para um jornalismo de qualidade.  Aproveitando o momento em que os três atuam em diferentes áreas e produzem diferentes conteúdos, os alunos tiveram a oportunidade de saber um pouco sobre o mercado de trabalho de modo geral. Luísa retratou seu modo de trabalhar num veículo de comunicação impresso e como lida com sua editoria, que abrange cultura e diversidade. Já Camille contou sobre sua rotina de multitarefas, pois produz conteúdo para rádio, digital e ainda impresso. E Marcelo explicou seu trabalho na rádio, com um programa que tem como objetivo checar notícias e trabalhar as fake news. 

Camille Wegner em momento de fala. Foto: Denzel Valiente/LABFEM

Cada profissional somou conteúdo aos alunos presentes ao mostrarem como se produz o jornalismo local a partir da visão interna, de quem trabalha e passa pelo ‘sufoco’ todos os dias. A jornalista Camille contou um pouco da transição de várias áreas e destacou aos alunos sobre a importância de se arriscar em todas as experiências possíveis na faculdade. Camille lembrou que, quando saiu da faculdade, foi trabalhar em televisão mas, por conta das reviravoltas da vida, hoje atua em rádio e se sente realizada pelas mudanças que passou. 

Luisa Neves contou suas experiências. Foto: Denzel Valiente/LABFEM

Outro fator comentado na noite foi a passagem dos alunos em vários veículos de comunicação ainda na graduação. Luisa recebe vários alunos dos cursos de Jornalismo de Santa Maria na redação do Diário, e mencionou o quanto ela acha importante para quem ainda não sabe ao certo o que quer. A jornalista  acredita ser fundamental momentos assim, o ganho de experiências para sair da universidade tendo conhecimento do que se espera no mundo lá fora. 

Marcelo participando da primeira noite da Semana do Prêmio. Foto: Denzel Valiente/LABFEM

Marcelo comentou sobre seu programa “Pega Na Mentira” que vai ao ar na Rádio UniFM. Um programa que preza pela checagem de notícias veiculadas em diferentes veículos de comunicação e responde aos ouvintes sobre se tais informações são verdadeiras ou falsas. Marcelo acha que é o mínimo a ser feito para a sociedade em um momento onde existem tantas fake news no nosso país. 

A programação do Prêmio segue durante toda a semana. Confira a agenda aqui e participe.

A Federação Nacional do Jornalista (Fenaj) publicou na última semana, os resultados da pesquisa sobre o “Perfil profissional do Jornalista Brasileiro”, com a participação de 2.731 jornalistas de todo o país e de profissionais que trabalham no exterior.

A pesquisa foi desenvolvida pelo Núcleo de Estudos sobre Transformações no Mundo do Trabalho da Universidade Federal de Santa Catarina (TMT/UFSC) em parceria com o Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ) e da Associação Brasileira de Pesquisadores do Jornalismo (SBPjor).

Iniciada  em setembro e  com duração de dois meses, a investigação visava compreender a distribuição territorial dos jornalistas por estado de federação, identificar a distribuição  por função na profissão,  formular hipóteses derivadas dessa comparação para alimentar uma segunda etapa destinada a traçar o perfil da categoria. A análise baseada em um questionário que poderia ser respondido pela internet, subdividiu os participantes em três categorias para aprofundar o estudo: 55% que trabalham em mídia, 40% que trabalham em assessoria ou outras atividades jornalísticas e 5% de professores.

Os dados da pesquisa demonstram que e 59,9% ganham até cinco salários mínimos e 98% tem formação superior, dentre esses 91% em jornalismo. Do total de jornalistas pesquisados  50% trabalham mais de oito horas por dia e 27% tem mais de um emprego.

Os  resultados obtidos evidenciam que 64% dos profissionais são mulheres, brancas, solteiras e com até 30 anos de idade, mas que apesar de ser maioria dentro da categoria, elas ganham menos do que os homens no mesmo cargo. E que  os cargos de chefia ainda são dominados pelo sexo masculino.

A pesquisa apontou também que 60% da categoria  hoje tem entre 18 e 30 anos, decorrente da oferta de cursos no país que já chegam a 316, dos quais 180 criados do ano 2001 em diante. Em consequência disto somam 145 mil jornalistas no Brasil, 92,5 mil só entre o ano de 2000 a 2011. O Rio Grande do Sul já conta com 8.293 jornalistas, 13% de todo o Brasil.