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mercado de trabalho

A representatividade da mulher no esporte

Quem assiste aos noticiários e se depara com Alice Bastos Neves, Renata Fan, Fernanda Gentil e as demais jornalistas em frente às telas, até imagina que as mulheres sempre fizeram parte deste cenário. No entanto, foi

Elas são as protagonistas

Sem programa na quinta à tarde? Neste dia 8 de março, dia internacional da mulher, ocorrerá das 14:30 às 18:00, no hall do prédio 15, conjunto III do Centro Universitário Franciscano, o bate-papo Mulheres e Mercado

Mais de dois mil candidatos fazem prova na tarde de hoje. Foto: Lucas Linck LABFEM

Assim como nos outros anos, os cursos mais concorridos do Vestibular da UFN são Medicina, com 38.9 candidatos por vaga, totalizando 1556 inscritos, seguido por Odontologia e Direito. Para o professor de Física de curso pré-vestibular, Rovandro Dias, o mercado de trabalho para os profissionais de Medicina são muito bons, pois há uma escassez de médicos atuando no Brasil. ”Apesar do profissional ser bem remunerado, o que é um atrativo, muitas cidades ainda sentem falta de médicos. O curso está cada vez mais concorrido, exige mais esforço, o que faz com que muitos candidatos desistam dessa carreira”, avalia o professor. Rovandro ainda acrescenta que o número de candidatos que procuram essa atividade pela remuneração é alto, mas que o número dos que querem praticar medicina pela ajuda ao próximo é ainda maior, pois, para ele, é isso que motiva a pessoa a querer tanto exercer essa profissão. ”Eu como professor de vestibular, converso muito com os alunos, e sei que o sonho deles também é esse, fora ser bem remunerado ou ter um reconhecimento social. O ato de poder ajudar, querer ser do Médico Sem Fronteiras, ainda é o maior objetivo”, completa. 

Pró-reitora de graduação da UFN comenta sobre a infraestrutura dos cursos da instituição. Foto: Patrício de Freitas LABFEM

O segundo curso que mais atrai candidatos ao processo seletivo é o de Odontologia. A pró-reitora de graduação da Universidade Franciscana, Vanilde Bisognin, afirma sobre a qualidade do curso na instituição. ”Odontologia é um curso extremamente qualificado e consolidado na instituição. Tem-se uma infraestrutura de qualidade, os laboratórios e as clínicas estão todos equipados, o corpo docente está muito bem integrado. Com a mudança curricular que fizemos no ano passado, o curso ficou com um currículo muito atualizado, acredito que isso agregou um valor muito grande ao curso, o que atrai cada vez mais pessoas”, avalia Vanilde. A pró-reitora ainda completou dizendo que a área da saúde não é fácil, que os candidatos que procuram esse curso, assim como qualquer outro da saúde, precisam ter o prazer de lidar com o público. 

Acadêmico de Direito, José Quintana Jr defende a importância da profissão na sociedade. Foto: Patrício de Freitas LABFEM

Saindo da área de saúde, o curso de Direito é o terceiro mais concorrido. Para o acadêmico de Direito da UFN, José Quintana Jr, além da qualidade oferecida pela instituição, o mercado de trabalho, com inúmeras possibilidades, atraem mais os candidatos para essa área. Ele complementa falando também sobre a importância do profissional do Direito: ”O direito é muito importante se a sociedade conseguir seguir algumas diretrizes, como, por exemplo, a lei máxima condicional: a constituição federal. Se respeitada, garante vários direitos ao cidadão e a toda uma organização, como por exemplo, o direito à legítima defesa, o direito do julgamento, os direitos fundamentais de qualquer cidadão”. Quintana ainda argumenta sobre a situação política atual do país, em que acontece um atropelo das questões condicionais, segundo ele, como o caso de pessoas querendo passar por cima de situações que não poderiam. ”O direito é fundamental por esse aspecto, porque precisa existir leis no Brasil que controlem essa situação. Lei do código penal, lei do código civil, elas são infracondicionais, elas estão abaixo da constituição, e, qualquer situação que venha ferir isso estará errada”, completa. 

Angelica na cobertura de jogos pela Imembuí. Foto: Arquivo Pessoal/ Angelica Varaschini

Quem assiste aos noticiários e se depara com Alice Bastos Neves, Renata Fan, Fernanda Gentil e as demais jornalistas em frente às telas, até imagina que as mulheres sempre fizeram parte deste cenário. No entanto, foi necessário muito empenho e tempo para que elas chegassem até ali, mais ainda para alcançarem uma posição de prestígio neste mercado.

A participação das mulheres no esporte brasileiro vem aumentando gradativamente nas últimas décadas. No entanto, se comparada ao sexo masculino, no campo, arquibancadas e na área jornalística, não existe igualdade de gêneros.

Janaína em cobertura de jogo. Foto: Arquivo Pessoal

Angelica Varaschini, é formada em jornalismo pela Universidade Federal de Santa Maria. E hoje apresenta e produz o programa “Arena Esportiva”, na rádio Imembuí, sendo responsável pela apresentação esportiva. Também faz parte do quadro fixo no programa do André Campos o “Tá na hora”, que trata de informações dos times da cidade.

O cenário esportivo atual tende a cada vez mais inserir as mulheres. Angelica entende que o espaço conquistado pelas mulheres no esporte inaugura boas perspectiva. Por mais, que algum preconceito ainda resista nesse sentido. “Temos que mostrar o nosso trabalho, que estamos ali  por nossa capacidade e evolução, não porque se é mulher ou homem. Mas o campo esportivo para mulher vem ganhando muito, não só no futebol mas no vôlei, nas lutas, em tudo. Então eu acho que isso só tende a crescer ainda mais”, ressalta Angelica.

Em pesquisa realizada por nossa equipe com o uso do aplicativo de enquetes no Instagram e Twitter – conta pessoal –, opinaram sobre a mulher nessa área  pessoas de Santa Maria, Alegrete, Porto Alegre, Tramandaí e Santa Catarina. Com o total de 350 votos no Instagram, 82% das pessoas acreditam que a mulher está, sim, conquistando seu espaço no campo esportivo. Já no Twitter, a diferença não foi tão grande: 56% acreditam que sim, a mulher está despontado no esporte, já 44% acham que não. Algumas das pessoas que votaram justificaram o porquê de não achar que a mulher está conquistando seu espaço e, em sua maioria, as justificativas se dão em razão da desigualdade de gêneros gritante nesse meio, além da diferença de cargos e visibilidade a partir de quem participa jogando, por exemplo.

Fonte: Enquete feita na plataforma do Twitter. Gráficos: Allysson Marafiga
Fonte: Enquete feita na plataforma Instagram. Gráfico: Allysson Marafiga

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nessa onda de redes sociais, que vem tomando conta dos meios informativos as hashtags ganham espaço nas emissoras televisivas, fazendo interação com o Twitter. Um exemplo é a conhecida do #CentralDoTorcedor, no uso da qual, no Globo Esporte, os jornalistas respondem perguntas dos torcedores que acompanham os jogos e a programação.

Tamara Finardi segurando suas medalhas. Foto: Arquivo Pessoal

Janaína Wille, comentarista de futebol americano e repórter, ressalta a campanha #deixaelatrabalhar, que ganhou as redes sociais nos últimos tempos. Ainda assim, a mulher no jornalismo esportivo ocupa um lugar muitas vezes secundário. “Sempre vamos nos espelhar naquilo que vemos, nas referências que temos. E ainda há poucas referências de mulheres em determinadas funções, como narradores e comentaristas. Representatividade importa sim”, complementa  Janaína.

A realidade das mulheres que querem trabalhar com jornalismo esportivo ainda é dura. Desde o público em geral aos próprios colegas. Isso depende de uma mudança cultural. O esporte é reflexo da sociedade, e, para Janaína, a sociedade ainda é muito machista. As pessoas precisam mudar a mentalidade, mudar a forma de encarar e de ver a mulher dentro do jornalismo esportivo. “No meu caso, não aconteceram situações constrangedoras enquanto trabalhava com futebol americano. Mas com o futebol que se joga no Brasil, sim. 

Em Santa Maria, as mulheres buscam cada vez mais se inserir no esporte.  Fundaram diversos times de futsal, hugby, basquete, vôlei, futebol americano, entre outros esportes em que  “batem um bolão”.  Tamara Finardi é um belo exemplo disso, é graduada na Unipampa e apaixonada por Jornalismo e esporte, mais especificamente o futsal. A prática teve início como uma brincadeira, mas a partir disso se tornou algo sério com a ideia de tratar de pautas relacionadas à mulher no esporte.

Junto com cinco amigas, da área da comunicação, elas criaram a proposta de um programa chamado “O pódio é dela”, todo destinado a mulheres no esporte, veiculado na Rádio Armazém. Abordar a representatividade e buscar fortalecer a mulher neste espaço, seja no jornalismo esportivo, em meio a atletas ou a qualquer meio esportivo é o nosso foco, diz Tamara.

 

Texto produzido por Allysson Marafiga e Luana Oliveira, na disciplina de Jornalismo Investigativo, do Curso de Jornalismo da UFN, ministrada pela professora Carla Torres durante o 2º semestre de 2018.

Sem programa na quinta à tarde? Neste dia 8 de março, dia internacional da mulher, ocorrerá das 14:30 às 18:00, no hall do prédio 15, conjunto III do Centro Universitário Franciscano, o bate-papo Mulheres e Mercado de trabalho: muito mais que poder, protagonismo. Organizado pela Agência Experimental do Curso de Publicidade e Propaganda (Gema), tem como principal objetivo  debater questões que cercam a mulher no mercado de trabalho. 

A mediadora será a aluna de Publicidade e freelancer Débora Lemos. As outras participantes serão Jaqueline Adams (Proprietária da Agência J.Adams), Julie Jarosczniski (Sócia-Proprietária do Mercato Amorino), Raquel Martins (Sócia-Proprietária da Agência Advertência) e Shaiana Antonello (Atendimento na Agência MP&C Comunicação).

As inscrições podem ser feitas diretamente pela página da Gema no Facebook, inbox, e são necessários apenas o nome completo e endereço de e-mail, para o envio de certificados. O número de vagas é limitado. São oferecidas apenas 50.

Link da página da Gema: https://www.facebook.com/agenciagema/

“Como o mundo está em constante mudança, a tatuagem também evolui, e não foi só seus estilos e sim as questões em torno da arte também, com a interferência da mídia, as chamadas ‘modinhas’. Elas fazem parte do corpo das pessoas”, afirma o tatuador Dárcio de Souza, 28 anos.

Materiais descartáveis usados pelo tatuador Darcio. (Foto: Fernanda Pedroso)
Materiais descartáveis usados pelo tatuador Dárcio. Foto: Fernanda Pedroso

Os motivos para decidir fazer uma tatuagem são vários. Segundo o tatuador Mauricio Reindolff, 30 anos, nem todo mundo tem um grande objetivo. “Há pessoas que fazem tatuagens por questões estéticas, ideológicas, pessoais e outras que fazem apenas por terem dinheiro e o tatuador estar disponível”, afirma. Já para Dárcio,  a tatuagem é um modo de expressão. “Um modo das pessoas mostrarem quem são e que hoje esta arte possui uma maior valorização, já que o olhar marginalizado em relação ao tatuado não existe tanto”. O passo a passo de uma tatuagem começa pela higienização dos instrumentos de trabalho Para fazer uma tatuagem, além de escolher um tatuador de confiança, é fundamental escolher um estúdio onde tenha alguns certificados à vista, portfólios onde o cliente possa examinar os desenhos já feitos e também a higienização, não só dos materiais, mas também do ambiente. “A tatuagem consiste em aplicar tinta na pele através de agulhas, as quais são usadas em uma máquina elétrica de tatuar. Todo o material que eu uso é 100% descartável, que é um dos fatores mais importantes na hora de tatuar com segurança, usar somente materiais descartáveis ou devidamente esterilizados”, diz Dárcio.

"Siga seu coração", tatuagem feita por Darcio de Souza. (Foto:reprodução)
“Siga seu coração”, tatuagem feita por Darcio de Souza. (Foto:reprodução)

O primeiro passo é decidir um formato ou escolher um desenho, mas a maioria dos tatuadores têm várias referências para ajudar a colocar no papel uma ideia e, também, para ajudar a escolher a melhor zona do corpo para realizá-la. Segundo o artigo 129 do Código Penal menores de idade só podem fazer mediante autorização dos pais, caso contrário, o crime é enquadrado como lesão corporal de natureza grave. O preconceito com tatuados no mercado de trabalho Ainda existe um tabu em relação à tatuagem nos ambientes de trabalho. Mas para o tatuador Dárcio, estes estigmas estão diminuindo de alguns anos pra cá, porque essa expressão faz parte da nossa cultura.  “Em qualquer lugar que você vá, vai encontrar alguém que tenha ao menos uma tatuagem, nem que seja com um desenho minúsculo. As pessoas já não têm mais aquele pensamento marginalizado sobre tatuagens”, afirma. Daniel Duarte, 20 anos, assessor do Inter SM, que possui inúmeras tatuagens, jamais enfrentou qualquer tipo de constrangimento que o abalasse. “Nunca me recusaram emprego por isso. Mas no quartel, por exemplo, os meninos que tinham tatuagem eram tratados com mais rigor, porque segundo um sargento do regimento, quem teve coragem de esfolar a pele se tatuando não tinha medo de pegar pesado no quartel”.

Filtro dos sonhos, realizado pelo tatuador Paulo César. (Foto:reprodução)
Filtro dos sonhos, realizado pelo tatuador Paulo César. (Foto:reprodução)

Por outro lado, o estudante de Jornalismo, Eric Petry, 22 anos, já sofreu algumas vezes, mas, isso não o intimidou de fato. “Eu nunca percebi isso de forma explícita, mas tive situações que quando as pessoas viram minhas tatuagens nos dedos, recuaram um pouco. Acho que isso assusta um pouco mas nunca escondi minhas tatuagens para procurar emprego e nunca sofri nenhum preconceito que tenha me incomodado quanto a isso”, comenta.

Estúdio do tatuador Paulo César de Oliveira.  (Foto:Fernanda Pedroso)
Estúdio com um estilo alternativo do tatuador Paulo César de Oliveira. (Foto:Fernanda Pedroso)

Nova modalidade: tatuagem para esconder cicatrizes Existe uma procura considerável de tatuagens para esconder marcas e cicatrizes que são incômodas no corpo, como cicatrizes de cesárias, marcas de queimaduras, ou até mesmo de nascença. Existem também tatuagens para os olhos, neste caso, pessoas que possuem cegueira já estão aderindo para esconder as marcas.Um dos requisitos para isso é que a cicatriz tenha pelo menos 12 meses para melhor aderência da tinta na pele. O mais importante em qualquer um dos casos é buscar o profissional. “Existem pessoas especializadas, pessoas que não são tatuadoras profissionais e sim médicas, que fazem só este tipo de procedimento”, comenta o tatuador Paulo César. Confira a entrevista completa com o tatuador Paulo César que expõe sua visão sobre tatuagens:

 Por Fernanda Pedroso para a disciplina de Jornalismo Online

O programa Ponto e Vírgula voltou ao ar nessa segunda-feira e apresenta uma série de entrevistas para analisar como está o mercado de trabalho para jornalistas e publicitários, especialmente os recém-formados. O programa vai ao ar pela Rádio Unifra, de segundas a quintas-feiras, às 11 da noite, com produção e apresentação dos alunos da disciplina de Radiojornalismo II.

Um dos destaques do programa é a polêmica sobre o diploma de curso superior na área, tanto para jornalistas quanto para publicitários. Também é destaque o Fórum de Comunicação da Unifra, que se realiza nesta semana e que discute o mercado de trabalho destes profissionais.
Na próxima semana, o programa Ponto e Vírgula faz uma ampla abordagem sobre a onda de violência em Santa Maria.

A Rádio Unifra pode ser sintonizada na web, no endereço http://www.radiounifra.org/