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Serviço Social apresenta projetos na Mostra das Profissões

O curso de Serviço Social, iniciado em 2000, tem como objeto de estudo a questão social e suas expressões, que derivam das desigualdades sociais resultantes da pobreza, das múltiplas formas de opressão e resistência que a

Cursos se desenvolvem entre a pesquisa e o empreendedorismo

Ciência da Computação e Sistemas de Informação. Os cursos de Sistemas de Informação e Ciência da Computação foram reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC) em 2015. O bacharelado em Ciência da Computação tem suas aulas pela manhã.

O que querem os estudantes do ensino médio?

Nessa quinta feira, 29, no Centro Universitário Franciscano acontece o segundo dia da Mostra das Profissões, que tem por objetivo oferecer aos alunos do ensino médio informações sobre os cursos da instituição e, até mesmo, esclarecimentos sobre o curso pretendido, através

Letras é um dos cursos mais antigos da Unifra

O curso de Letras é um dos mais antigos da Unifra e se destaca por seu papel importante na formação de professores em Santa Maria e região. Com a duração de quatro anos, o curso oferece uma dupla licenciatura

Escolas públicas estão presentes na Mostra das Profissões

Alunas do Colégio Estadual Margarida Lopes visitam a 6ª Mostra das Profissões. Letícia, 17, está em dúvida entre os cursos de Nutrição e de Odontologia. Ela queria cursar gastronomia, que não é oferecido em Santa Maria.  Odontologia é

Visitas mostram os laboratórios de Jornalismo e Publicidade

Durante a parte da tarde, na Mostra das Profissões, começaram as visitas aos laboratórios dos cursos. Nos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda, os estudantes tiveram a oportunidade de interagir nos vários espaços de práticas como

Curso de nutrição oferece snacks saudáveis aos visitantes

O curso de nutrição quer conquistar os estudantes curiosos pelas práticas da graduação, através do estômago. Durante a visita ao Laboratório de Técnicas Dietéticas, localizado no 9º andar do prédio 16, alunos voluntários simularam as diversas

Professora Larissa, do Serviço Social, em entrevista para Acs. / Foto: Gabriela Agertt - Laboratório de Fotografia e Memória
Professora Larissa, do Serviço Social, em entrevista para ACS.  Foto: Gabriela Agertt – Laboratório de Fotografia e Memória

O curso de Serviço Social, iniciado em 2000, tem como objeto de estudo a questão social e suas expressões, que derivam das desigualdades sociais resultantes da pobreza, das múltiplas formas de opressão e resistência que a sociedade vem articulando. Com duração de oito semestres, o Serviço Social forma profissionais capazes de atuar em diversas áreas do mercado de trabalho, como INSS, Tribunal de Justiça, hospitais, escolas, organizações não governamentais (ONGs).

Assim como nos outros cursos do Centro Universitário Franciscano, o Serviço Social tem seis projetos em andamento atualmente. A professora Larissa Ramalho Pereira, coordenadora de três dos quatro projetos que o curso trouxe à 6ª Mostra das Profissões, conversou com a Agência CentralSul de Notícias sobre aqueles em que os acadêmicos estão inseridos e onde possíveis futuros acadêmicos poderão trabalhar para colocar em prática o que é aprendido em sala de aula:

Caixa para o bem

É coordenado pela professora Isabel Padoim e tem parceria com o curso de Arquitetura e Urbanismo. O objetivo é coletar e fazer reciclagem de caixas de leite, que são usadas para fazer a cobertura de casas em risco e vulnerabilidade, principalmente para aquelas pessoas mais pobres. O curso de Serviço Social entra com processos de organização da comunidade, verificação das famílias que se enquadram no perfil para receber a cobertura nas caixas de leite em sua casa, uma vez que nem todas as casas que são viáveis serem atendidas pelo projeto.

Laboratório de Saúde

É coordenado pela professora Larissa Pereira, tem extensão na Unidade de Pronto Atendimento de Santa Maria (UPA-SM). O objetivo é fazer acolhimento inicial de todos os pacientes que chegam à UPA e apresentam alguma questão relativa a abandono, esquecimento e casos de negligência, abuso e violência. Também oferecem orientações simples para que o paciente possa ser atendido e ter o devido acompanhamento.

Clínica de Finanças

Também coordenado pela professora Larissa Pereira, tem parceria com o curso de Ciências Econômicas e seu objetivo é repensar a economia familiar ou ainda rever questões como dívidas de um sujeito e/ou família, ajudando a fazer uma organização das finanças.

Centro Interdisciplinar de Mediação (CIM)

Último projeto exposto e coordenado pela professora Larissa, o CIM é da área sócio jurídica e atende benefícios de prestação continuada e tipos de equipamentos jurídicos que as pessoas necessitem. O objetivo é trabalhar com a mediação na ação extrajudicial de conciliação em causas como guarda, tutela, conflito familiar, entre vizinhos, relações sociais, para que processos não acumulem junto ao judiciário, também para que as partes revejam a situação e tomem decisões sem precisar de um terceiro sujeito que interfira.

“Hoje em dia, estamos carentes de diálogo, e o CIM vem justamente para propor diálogo entre as pessoas”, afirma Larissa sobre o projeto.

Todos são Projetos de Ensino em Extensão são supervisionados por algum professor. No segundo semestre, os alunos podem ingressar nos projetos de extensão e, a partir do sexto semestre podem fazer o atendimento direto durante o estágio.

Professor Mirkos, que dá aula nos dois cursos (foto: Juliana Brites/Laboratório de Fotografia e Memória)
Professor Mirkos, que dá aula nos dois cursos. Foto: Juliana Brites/Laboratório de Fotografia e Memória

Ciência da Computação e Sistemas de Informação. Os cursos de Sistemas de Informação e Ciência da Computação foram reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC) em 2015.

O bacharelado em Ciência da Computação tem suas aulas pela manhã. O professor Mirkos Martins conta que o corpo docente de ambos os cursos são os mesmos, e trazem uma bagagem de negócios na área e na pesquisa. “Sempre utilizamos tecnologias que estão surgindo no mercado, como automatização com arduino, linguagens de programação, desenvolvimento de aplicativos móveis”, diz Mirkos. Este curso é mais voltado para a área científica e de pesquisa. Os alunos seguem, em sua maioria, na carreira acadêmica, porém, nada impede que eles trabalhem em empresas desenvolvedoras de produtos. O ex-aluno, João Roberto, desenvolveu um robô, com sensor de distância para verificação de obstáculo, que se move de acordo com o caminho livre.

Já o Sistemas de Informação visa a ideia dos acadêmicos criarem seu próprio negócio, ter uma visão mais empreendedora. “Pensamos que eles podem criar novas tecnologias ou gerenciar empresas que atuem na área. É algo mais comercial”, diz o professor. Ambos os cursos têm cadeiras parecidas, que podem ser cursadas nas duas graduação.  Os acadêmicos são sempre incentivados a desenvolver trabalhos de criação e montagem que podem ser usados em diversas áreas.

O número de visitantes é grande na 6ª Mostra das Profissões do Centro Universitário Franciscano e, segundo o setor de credenciamento, os cursos mais procurados pelo estudantes do ensino médio são Medicina e Direito. Ontem no primeiro dia da Mostra, os horários de visitação desses cursos estavam lotados. Outro curso bastante procurado é o de Arquitetura e Urbanismo, que na manhã de hoje registrou 45 pedidos de visitação.

Credenciamento
Credenciamento na 6ª Mostra dasProfissões. Foto: Juliano Dutra/Lab. Fotografia e Memória

No ato de chegada,  junto ao setor de credenciamento, os estudantes informam o curso que desejam frequentar no futuro. O aluno recebe, então, um crachá e é encaminhado para participar das visitas. De Santa Maria, as escolas Riachuelo e Maria Rocha são as que mais se destacam em quantidade de alunos visitando a Mostra. Já as cidades da região  mais presentes na Mostra são São Gabriel, São Pedro e Dona Francisca.

A ACS ouviu os visitantes. Confira:

Valentina Ortiz
Valentina Ortiz. Fotos: Gabriela Agertt/Lab. Fotografia e Memória

 

A estudante Valentina Ortiz, 16, natural de Santa Maria está em dúvida se vai para o Designer de Moda ou para a Publicidade e Propaganda.

Luiz Henrique
Luiz Henrique

Luis Henrique, 16, comenta que passou por vários estandes e comenta os alunos aqui da Unifra foram bem atenciosos esclarecendo sua dúvidas e curiosidades.

Juliane Bueno
Juliane Bueno

Terminando o ensino médio a estudante Juliane Bueno, também natural de Santa Maria, 17, quer cursar Arquitetura e Urbanismo e comenta que está gostando da feira.

Fotos: Gabriela Agertt/Lab. Fotografia e Memória
Gabriel Canabarro

Gabriel Canabarro, 17 , natural de Santa Maria pretende cursar Odontologia e diz que está gostando de participar da Mostra.

Laís de Andrades
Laís de Andrades

Lais de Andrade, santa-mariense, 17 , está decidindo se quer ir pra área do comunicação fazendo Jornalismo ou para a área da saúde cursar Fonoaudiologia. Ela comenta que veio durante a manhã e gostou tanto, que decidiu voltar à tarde.

 

Por Raíssa Bertazzo, acadêmica de Jornalismo/Unifra

 

Estudantes aguardam a hora da visitação, durante show na Mostra das Profissões. Foto: Juliano Dutra/Lab. Fotografia e Memória
Estudantes aguardam a hora da visitação, durante show na Mostra das Profissões. Foto: Juliano Dutra/Lab. Fotografia e Memória

Nessa quinta feira, 29, no Centro Universitário Franciscano acontece o segundo dia da Mostra das Profissões, que tem por objetivo oferecer aos alunos do ensino médio informações sobre os cursos da instituição e, até mesmo, esclarecimentos sobre o curso pretendido, através de estandes e professores especializados na área.

Estudantes circulam entre os estandes do Conjunto III da Unifra, buscando informações. A ACS foi conversar com eles.

Yuri é estudante da Escola Manuel Ribas.
Yuri é estudante do Colégio Manuel Ribas.

Yuri Alves, 18, aluno do terceiro ano da escola Manuel Ribas visa o curso de Ciência da Computação. Ele alega que sempre achou interessante, e tem o objetivo de trabalhar com instalações de programas.

Jackson
Jackson Machado, estuda no Maria Rocha.

Jackson Machado, estudante do Colégio Maria Rocha, 17,  se interessa pelo curso de Engenharia Biomédica.  Ele visitou os estandes e isso supriu as suas expectativas. O estudante  quer entrar no curso para ajudar e desenvolver coisas novas.

Letícia
Letícia é estudante no Manoel Ribas

Letícia Menezes, 17 anos, aluna da escola Manuel Ribas se interessa pelo curso de Publicidade e Propaganda. Ela diz ter habilidades criativas e quer trabalhar criando coisas. Letícia foi influenciada por uma prima estudante de Publicidade e Propaganda.

Guilherme
Guilherme Cabral mora e estuda em Cacequi.

Guilherme Cabral  tem apenas 14 anos e ainda está decidindo entre os cursos de Direito e Jornalismo. O aluno falou que sempre gostou de ler e escrever, e que a leitura o incentivou a procurar uma vocação logo cedo.  É atraído por jornalismo investigativo e pensa acerca de trabalhar na área.

Laura
Laura quer cursar faculdade na área da saúde. Fotos: Bruna Oliveira/Lab. Fotografia e Memória.

Laura Farias, 17 anos, estuda na escola Naura Texeira Pinheiro e quer cursar a área da saúde. Ainda indecisa sobre a profissão, a aluna diz que quer ”ajudar o próximo” e ter contato direto com as pessoas.

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Estande do curso de Letras na 6ª Mostra das Profissões. Foto: Bibiana Iop/Lab. Fotografia e Memória

O curso de Letras é um dos mais antigos da Unifra e se destaca por seu papel importante na formação de professores em Santa Maria e região. Com a duração de quatro anos, o curso oferece uma dupla licenciatura – português-inglês.

Para  Najara Ferrari, coordenadora do curso, o estudante que ingressa em Letras é imediatamente inserido em atividades relevantes para sua formação enquanto professor. Durante todo o curso ele terá práticas pedagógicas constantes e desenvolverá atividades em escolas, não limitando essas práticas ao período do estágio obrigatório.  Atualmente o curso tem 40 bolsistas dentro do PIBID -Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – todos vinculados à Capes – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, desenvolvendo atividades nas escolas da rede pública e supervisionados por três professores.

Segundo a coordenadora, trata-se do fomento da relação universidade-escola, e onde os cursos de licenciaturas se destacam enquanto formadores. ” Se nós não olharmos para a licenciatura em Letras como um um curso que nos habilita a sermos melhores na e para a sociedade, estaremos fazendo um mínimo”, afirma.

A opinião é compartilhada pela professora do curso Nilza Barin, para quem é necessário haver um maior reconhecimento do papel das licenciaturas. Presente na estande do curso, a professora Nilza diz que  “as alunos que chegam aqui, querem descobrir um pouco mais sobre o curso. Nós procuramos explicar o que é efetivamente a área da linguagem e quais as habilitações que o curso oferece”, acrescenta.

O curso oportuniza ainda o envolvimento dos estudantes em atividades de pesquisa.  É quando a construção do conhecimento sobre a linguagem, feita  de modo diferenciado ao da sala de aula, desperta nos acadêmicos a vontade de saber mais.

 

Os professores, Daniel Pereyron e Monique Pafiadache (foto: Juliana Brites/ Laboratório de Fotografia e Memória)
Os professores do curso de Arquitetura da Unifra, Daniel Pereyron e Monique Pafiadache. Foto: Juliana Brites/ Laboratório de Fotografia e Memória

O curso de Arquitetura e Urbanismo foi criado em 2003 e, segundo a professora Monique Pafiadache, é  marcado pela inovação. Entre elas,  está a utilização do Revit, um software em que os professores trabalham para os alunos desenvolverem projetos arquitetônicos, substituto do antigo AutoCad. Com ele, os acadêmicos podem construir o prédio em 3D. “É um dos programas mais atuais que se tem, para criar projetos de arquitetura”, afirma o professor Daniel Pereyron. Ele é aliado à impressora 3D, que também fornece produção de objetos modelados em três dimensões, facilitando os projetos de pesquisa.

Os docentes do curso pretendem também criar um laboratório de fabricação digital, onde os alunos podem criar produtos digitais e desenhos paramétricos. É um plano que está em andamento para a captação de recursos.

Para aproximar a graduação com a cidade e a comunidade santamariense, em todos os ateliês de projetos arquitetônicos, de paisagismo ou de urbanismo são abordados temas referentes à cidade e melhorias nos bairros. “Estamos sempre pensando sempre em Santa Maria. Trabalhamos com as zonas da cidade que merecem atenção e trabalhamos com os alunos para aproximá-los dos problemas urbanos. Além das pesquisas de extensão”, conta Pereyron. O projeto de pesquisa em extensão, no ambiente de práticas profissionais, faz com que os acadêmicos solucionem problemas de Santa Maria, e é também onde eles recebem as solicitações e demandas da cidade e trabalham em cima delas.

Outro projeto em preparação é a revitalização da fachada do Hospital Casa de Saúde. “Estamos pensando com os alunos e docentes, para revitalizar a fachada com pinturas. Faremos uma campanha para arrecadação de fundos para a compra de materiais. Conversamos sobre as cores da fachada e a comunidade irá votar e escolher”, diz a professora Monique. Em parceria com o Sinduscom, será visto um valor máximo para a obra. Houve esta solicitação para ajustar o acesso e sinalização das entradas, organizar os fluxos da parte externa do hospital.

(foto: Juliana Brites/Laboratório de Fotografia e Memória)
Laura(esq) e Letícia(dir) são estudantes do Colégio Margarida Lopes, em Camobi. Foto: Juliana Brites/Laboratório de Fotografia e Memória

Alunas do Colégio Estadual Margarida Lopes visitam a 6ª Mostra das Profissões. Letícia, 17, está em dúvida entre os cursos de Nutrição e de Odontologia. Ela queria cursar gastronomia, que não é oferecido em Santa Maria.  Odontologia é sua outra opção, pois Letícia pensa montar seu próprio consultório.

Sua colega, Laura, 17, também pensa cursar Odontologia e gostou muito dos acadêmicos, falando sobre o curso e suas possibilidades. No entanto, o Jornalismo também está rondando o imaginário da estudante que gosta de fotografia, e acha uma boa opção entrar na Comunicação.

Do Colégio Maria Rocha vieram Vitória e Daniele. Decidida, Vitória, 16, quer cursar Direito e já se posiciona, com domínio, sobre os direitos dos cidadãos. Já Daniele que gosta muito de desenhar,  está entre o curso de Artes Visuais, na Universidade Federal de Santa Maria e Arquitetura na Unifra.

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Prof. Matheus Weber, do Colégio Riachuelo, comenta sobre a Mostra. / Foto: Juliano Dutra / Laboratório de Fotografia e Memória

A 6ª Mostra das Profissões abre espaço para que alunos de anos finais do ensino médio e de cursinhos confiram na prática a área acadêmica de sua preferência, com visitações aos laboratórios dos cursos. Ao todo, são oito visitas guiadas por professores dos cursos durante os dois dias do evento. Os professores que acompanham os alunos até a Unifra também têm seu espaço especial para aproveitar a Mostra, onde são oferecidas oficinas, apresentações de programas da TV Unifra e coffee break.

Na tarde desta quarta-feira (28), enquanto os alunos do Colégio Riachuelo visitam os laboratórios, alguns de seus professores recebem mudas de plantas e temperos, além de terem um espaço pensado especialmente para que possam descansar e ter alguns “mimos”, como já a ACS relatou aqui.

E como os professores do ensino médio vêem um momento de integração como este? O professor de História Hevton Ferraz, do Colégio Riachuelo, diz que a aproximação entre escola e universidade é de extrema importância. “Os alunos têm condições de visualizar a futura profissão com informações de acadêmicos que já estão estudando e praticando”, afirma. Seu colega Matheus Weber, professor de Física na mesma instituição, concorda e ainda ressalta que, às vezes, o aluno pensa que um curso está direcionado para uma determinada área apenas, mas o campo de atuação é muito maior. “Esse próprio ambiente favorece e consegue direcionar os alunos aos cursos, principalmente aqueles alunos que ainda estão com dúvida sobre o que fazer na sua formação futura”, diz o professor.

Como o assunto mais comentado da semana é a Medida Provisória nº 746/2016, que visa mudanças no ensino médio, a ACS perguntou aos professores qual a influência – tanto positiva quanto negativa – que essas mudanças poderiam ter na escolha profissional, ainda na adolescência. “Acho que o Congresso não aprovará dentro destes 120 dias que tem para discutir a medida provisória, mas todas as mudanças são vistas com receio”, responde Hevton. “Qualquer curso precisa ter uma base, tanto de ciências humanas quanto de exatas. Se isso passar, teremos de nos adaptar. O próprio ENEM e o vestibular serão  modificados para terem dois modelos de prova”. O professor também afirma que, como existe um dinamismo na educação, “o aluno terá uma tendência, mas não vai deixar de lado aquelas que vão ficar sem ter obrigação de estudo”.

Já Weber acredita que a base escolar continuará existindo, uma vez que ela é essencial ter todas as disciplinas. “Somente com esta base os alunos terão capacidade de escolher o curso”. Diferente do que acontece na Finlândia, onde um sistema parecido foi previamente discutido e implementado, houve valorização profissional e incentivo governamental. No Brasil, Weber acredita que não haverá esse incentivo. “Se não houver essa discussão, a colaboração fica difícil. Eles [políticos] não atuam em sala de aula, não vivenciam os alunos e não sabem as dificuldades que eles têm, principalmente na rede pública”, afirma o professor. Ele também acredita que apenas aceitar as decisões do governo sem discussão apenas piora o sistema.

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Estudantes visitam os laboratórios dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda.

Durante a parte da tarde, na Mostra das Profissões, começaram as visitas aos laboratórios dos cursos. Nos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda, os estudantes tiveram a oportunidade de interagir nos vários espaços de práticas como o Rádio, o Laboratório de Fotografia e Memória, o TOM – Laboratório de Áudio da PP, o Laboratório Integrado de Comunicação (Linc), a TV Unifra, a Agência Central Sul de Notícias e o MultiJor, além do Laboratório de Produção Audiovisual (Laproa).

No curso de  jornalismo, após assistirem ao vídeo institucional do curso, os visitantes conversam com os professores que esclarecem dúvidas e mostram como opera a comunicação.

O professor Maurício Dias, que lida com o jornalismo e as mídias sociais falou sobre a mudança recente da grade curricular do curso de Jornalismo para atender à essas novas formas de fazer-jornalismo que estão ocorrendo na  área.

A professora Laura Elise, responsável pelo Laboratório de Fotografia e Memória explicou os usos do estúdio e das práticas fotográficas externas, que ocorrem seguidamente nas disciplinas de fotografia. A visita é guiada por estudantes e professores voluntários e durante os laboratórios os visitantes podem tirar suas dúvidas e assim, fazerem a melhor escolha, de acordo com o que desejam.

“Agora, depois de conhecer tudo isso, quero mais ainda”, disse a estudante Rafaela Flores, estudante do segundo ano do Ensino Médio. Ela conta, também, que o Jornalismo sempre foi a sua primeira opção de curso e que acha muito importante as visitações que estão sendo feitas na Mostra.

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Estudantes fazem participação ao vivo no programa ‘Só pra Variar’, da radio web da UNIFRA. Fotos: Juliano Trindade/Lab Fotografia e Memória

Nas visitas do curso de Publicidade e Propaganda os estudantes estão fazendo pequenas participações no programa ‘Só pra Variar’ da rádio web da UNIFRA. Eles contam que essa experiência dentro dos meios de comunicação é a parte mais legal da visitação, pois lhes dá uma visualização sobre como é a rotina do curso. E isto faz com que  tenham mais certeza de ser o ambiente em que, realmente, querem passar os próximos anos, estudando e praticando.

Confira o dia de hoje no vídeo produzido pelo Laproa.

[youtube_sc url=”https://www.youtube.com/watch?v=7ikEZV90XzE”]

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Estudantes do curso de nutrição mostram as diversas áreas de atuação ao interessados na produção. Foto: Juliana M Brittes.

O curso de nutrição quer conquistar os estudantes curiosos pelas práticas da graduação, através do estômago. Durante a visita ao Laboratório de Técnicas Dietéticas, localizado no 9º andar do prédio 16, alunos voluntários simularam as diversas áreas de atuação do curso: alimentação coletiva, nutrição clínica, saúde coletiva, docência, indústria de alimentos e, até mesmo, marketing.

Alimentação saudável é uma meta do curso de Nutrição da Unifra.
Alimentação saudável é uma meta do curso de Nutrição da Unifra.

Com duração de quatro anos, e funcionando no turno da tarde, os alunos passam os primeiros 4 semestres com mais aulas teóricas, e a partir do 5º semestre começam os estágios, iniciando pela alimentação escolar, em seguida, a clínica de nutrição da Unifra. No 7º semestre os alunos estagiam na área da saúde coletiva, e no 8º são dois: nutrição social e experiência em uma unidade de alimentação e nutrição.

No pátio é possível degustar alguns alimentos produzidos pelos alunos do curso de nutrição, como bolinhos sem glúten, biscoitos e produtos sem lactose. Com sua bicicletinha colorida andando pelo pátio da Unifra, os alunos convidam os estudantes para a degustação e uma conversa bem agradável sobre os diferenciais da graduação.