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museu histórico e cultural das irmãs franciscanas

Imagens que contam a história das Irmãs Franciscanas

Gilson Stefenon, Rafael de Bem e Ticiana Leal As imagens são, na maioria das vezes, a melhor forma de identificarmos uma época, um local e até mesmo uma história. E pensando nisto os acadêmicos do Curso

Unifra: mostra traz objetos sacros

Ornamentos, relicários, sacrários e crucifixos. Todos esses objetos sacros estão presentes na exposição ‘Objetos Sacros – Arte e Memória Franciscana’, que abriu as portas para o público na última quarta-feira (30) no hall do prédio 14 do

Exposição acontece no hall do prédio da reitoria da Unifra. Foto: Jéssica Marian, Labfem

Iniciou na última terça-feira, 03, no hall do Prédio 7 do Conjunto I da Unifra, a exposição “As Faces de Francisco” que reúne diferentes manifestações artísticas sobre o santo. No local estão imagens produzidas por artistas, artesãos e indústrias. Pintura à óleo, pintura em azulejo, quadros, esculturas em gesso, madeira, tecido, terracota, cerâmica, juta, palha, resina, couro, pedra sabão, relevo em pedra, relevo em papel são algumas das técnicas e materiais utilizados na confecção. Alguns dos objetos vieram de Florianópolis, Itália, Alemanha, do Cerrado e Paraná. A maioria das peças são do Acervo do Museu Histórico e Cultural das Irmãs Franciscanas.

Estão expostas também a coleção ‘Joias de Francisco’, produzida por acadêmicos e egressos do curso de Design de Produto da Unifra. A atividade faz parte das comemorações do Dia de São Francisco de Assis, celebrado em 4 de outubro. Neste ano, as produções têm como tema “Trechos e Adorações de São Francisco de Assis”. Por isso, envolvem cordões, tau, sol, animais e orações do santo. As peças são em prata e a maioria tem tamanho pequeno para que as pessoas carreguem consigo os símbolos de paz e bem.

Foram realizadas pesquisas das orações e imagens mais conhecidas do santo para, depois, iniciar as produções. “Joias de Francisco” surgiu dentro da disciplina do curso de Design de Produto que foca na parte de joias, para que os alunos possam praticar mais e mostrar à comunidade o que pode ser feito no curso.

Além de expostas, as joias também são comercializadas. O preço é calculado pela mão de obra e pelo peso da peça. Os pedidos devem ser ligados à temática de cada ano e podem ser feitos pelo e-mail: joiasdefrancisco@outlook.com.

As várias interpretações da vida de São Francisco de Assis podem ser visitadas pelo público até 16 de novembro, de segunda a sexta-feira, das 8h ao meio-dia e das 13h30min às 18h.

Gilson Stefenon, Rafael de Bem e Ticiana Leal

Acervo do Museu Histórico e Cultural das Irmãs Franciscanas. Acervo curso de História/Unifra
Acervo do Museu Histórico e Cultural das Irmãs Franciscanas. Acervo curso de História/Unifra

As imagens são, na maioria das vezes, a melhor forma de identificarmos uma época, um local e até mesmo uma história. E pensando nisto os acadêmicos do Curso de História do Centro Universitário Franciscano, criaram o projeto “Imagens que falam: memória e informatização do acervo iconográfico do Museu Histórico e Cultural das Irmãs Franciscanas”, o MHIF. O objetivo desta proposta é mostrar para a comunidade santa-mariense, um pouco da história das Irmãs Franciscanas e, assim, também da cidade.

O projeto de extensão iniciou em dezembro de 2015 e, conforme a acadêmica de história da Unifra, Laís Machado Luz,  foi baseado em Jacques Le Goff (1994), historiador que refere à memória como um documento ou monumento. Foram, também, utilizados outros autores como “Ana Lúcia de Abreu e o seu livro Acondicionamento e guarda de acervos fotográficos”, salienta a acadêmica.

Sala de digitalização do Museu Histórico Cultural Irmãs Franciscanas. Foto:  arquivo curso de História/Unifra
Sala de digitalização do Museu Histórico Cultural Irmãs Franciscanas. Foto: arquivo curso de História/Unifra

Já a coordenadora do Curso de História, Roselâine Casanova Corrêa, diz que “o projeto surgiu da necessidade de salvaguardar a memória do acervo iconográfico do MHIF” e visa catalogar, conservar e analisar as fotografias que lá são encontradas. Ainda, esclarece que através do trabalho, “os pesquisadores percebem as fontes imagéticas como fontes primárias para colaborar na pesquisa e produção científica”.

Para a realização do mesmo, o primeiro passo foi separar as imagens por temas e passar por um scanner digital afim de melhorar a qualidade da foto, deixando-as prontas para uma exposição ou catálogos. Posteriormente, as imagens serão acondicionadas pelo método manual, que consiste em confeccionar os invólucros de pH neutro e armazená-los juntamente ao imobiliário da Reserva Técnica (RT).  De acordo com Roselâine, “as imagens foram catalogadas por eixos temáticos da saúde (130) e educação (102). As demais imagens correspondem a assuntos relacionados ao trabalho assistencial das Irmãs junto a Igrejas, Comunidades Indígenas e Rurais e Construções Arquitetônicas”.

Sala do MHIF. Foto: arquivo curso de História/Unifra
Sala do MHIF. Foto: arquivo curso de História/Unifra

Além disto, a ideia é criar um acervo digital para que todos tenham acesso a essas fotos e para serem arquivadas no servidor da Sociedade Caritativa e Literária São Francisco de Assim, instituição mantenedora do MHIF.

Desta forma, o projeto além de proporcionar experiência de formação profissional aos estudantes, informatizam pesquisadores, moradores de Santa Maria e comunidade religiosa das Irmãs Franciscanas.

Aos que ficaram curiosos, uma boa notícia: o projeto já está acessível para toda a comunidade acadêmico científica, para isto, basta visitar o Museu Histórico e Cultural das Irmãs Franciscanas, localizado na Avenida Medianeira, 1267, centro de Santa Maria.

* Matéria produzida para a disciplina de Jornalismo Especializado II

(Foto: Maria Luísa Viana/ Lab. Fotografia e Memória)
Objetos sacros proporcionam aos visitantes entender como funcionam os rituais litúrgicos (Foto: Maria Luísa Viana/ Lab. Fotografia e Memória)

Ornamentos, relicários, sacrários e crucifixos. Todos esses objetos sacros estão presentes na exposição ‘Objetos Sacros – Arte e Memória Franciscana’, que abriu as portas para o público na última quarta-feira (30) no hall do prédio 14 do Centro Universitário Franciscano.

As peças sacras pertencem ao Museu Histórico e Cultural das Irmãs Franciscanas. O acervo busca mostrar aos visitantes um pouco dos rituais litúrgicos e a beleza de cada objeto como uma obra. “A ideia de trazer a exposição foi para valorizar o que se tem na instituição e nem sempre é mostrado devidamente. Muitas peças que estão aqui nunca foram mostradas. Tem peças que tem o estilo barroco, outras com estilo art déco, castiçais e vasos. Alguns objetos são sacros e outros são ornamentais, que fazem parte dessa decoração do altar”, explica a curadora e artista plástica Círia Moro.

(Foto: Maria Luísa Viana/ Lab. Fotografia e Memória)
Foto: Maria Luísa Viana/ Lab. Fotografia e Memória

“Estou impressionada com o luxo que emana de certos objetos. É possível ter uma ideia de como esses rituais funcionam, pois o próprio formato desses objetos dá uma impressão de que os ritos são formais, lentos, sóbrios, diferentes de outras religiões que tem rituais mais energéticos”, conta Élle de Bernardini, que visitou a exposição. Para a artista visual, a exposição apresenta um ar de requinte implícito na sala de exposições.

Para quem quiser conferir ‘Objetos Sacros – Arte e Memória Franciscana’, a mostra fica na sala de exposições Angelita Stefani (Imas), no Conjunto III da Unifra. A visitação é gratuita e vai até o dia 27 de abril, de segunda a sexta-feira, das 14h às 18h, e nas terças e quartas-feiras, das 9h ao meio-dia.