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Desequilíbrio do planeta: precisamos falar sobre isso

  Escrevendo um artigo sobre jornalismo ambiental com o tema de como a vida selvagem de Chernobyl prospera na região, percebi a ausência de importância para um assunto “ilógico” e positivo, como é a onipotência da

Redação do vestibular da UFN tematiza recursos hídricos

”A resposta está na natureza: como podemos reduzir as enchentes, as secas e a poluição da água? Usando as soluções que podemos encontrar na natureza.”  Com um tema presente no cotidiano, a redação do vestibular da

Casa Círculo e Fundação MO’Ã discutem a sustentabilidade

Nesta sexta-feira, 15, e no sábado, 16, ocorre em Santa Maria, o I Seminário de Sustentabilidade da Casa Círculo, promovido pela Casa Círculo e pela Fundação MO’àque completa 20 anos em 2017. O seminário será realizado na própria

 

A natureza se recompõe na cidade de fantasma de Chernobyl. Foto: Денис Резник / Pixabay

Escrevendo um artigo sobre jornalismo ambiental com o tema de como a vida selvagem de Chernobyl prospera na região, percebi a ausência de importância para um assunto “ilógico” e positivo, como é a onipotência da natureza. O recado foi dado: em meio ao caos, a natureza, o ecossistema daquela região se adaptou, conseguindo resistir e se desenvolver sem a ajuda do homem. Uma situação bem diferente a do homem que precisa da natureza para sobreviver. Com isso, podemos fazer uma reflexão sobre o quão nocivos somos ao nosso planeta. Será que estamos no caminho certo? Populações de animais  selvagens prosperam, atingem resultados muito melhores em um ambiente extremamente hostil, longe de nós, seres humanos. A radioatividade “protege” a vida selvagem de Chernobyl, cria um muro, nos afastando dela. Não que essa proteção seja boa, que não cause algum dano, mas incrivelmente para a fauna daquele lugar, é melhor que do lado de cá do muro.

O homem, desde o início da história, está numa infinita e cansativa busca pelo conhecimento. Desde o fogo à roda, as curas para as doenças e as novas tecnologias. Estamos em um ritmo frenético, não conseguimos parar, respirar, olhar ao nosso redor e perceber, como nosso planeta é frágil. Os veículos de comunicação têm a capacidade de nos instigar a pensar, de sensibilizar a sociedade em diferentes esferas sociais. O tema ambiental precisa ser mais explorado. Atualmente o jornalismo é pautado mais no lucro e menos na qualidade. E se o jornalismo atual está se reinventando, podemos fazer uma analogia com a vida selvagem de Chernobyl que se reinventa para conseguir sobreviver.

No Brasil a imprensa costuma se preocupar com questões ambientais em ocasiões que envolvem catástrofes naturais ou acidentes ambientais. Geralmente com bastante repercussão nas primeiras semanas, que vão perdendo a força e, em pouco tempo, quase caem no esquecimento completo. O que não difere muito das coberturas jornalísticas no resto do mundo. Com esse panorama podemos fazer a pergunta: o jornalismo ambiental está sendo bem feito, a ponto das pessoas realmente se importarem com as questões ambientais do planeta?

Hoje com os inúmeros meios de comunicação e tecnologias midiáticas, a informação se propaga na velocidade da luz, e o jornalismo ambiental precisa chegar a todas as camadas sociais, desde o mais pobre até os lideres das nações. Uma revolução de pensamento, uma mudança na maneira que encaramos a questão ambiental é necessária, tanto social quanto cultural. Precisa acontecer uma transformação na qual animais selvagens não precisem de ecossistemas radioativos para viver.

Por Fabian Lisboa é acadêmico de jornalismo na UFN 

 

 

 

”A resposta está na natureza: como podemos reduzir as enchentes, as secas e a poluição da água? Usando as soluções que podemos encontrar na natureza.”

Vanessa Pagnussat, professora de redação do Riachuelo Pré-Vestibulares. Crédito: Thaís Trindade/LABFEM

 Com um tema presente no cotidiano, a redação do vestibular da Universidade Franciscana (UFN) propôs refletir sobre a existência de problemas em relação à preservação de recursos hídricos, e se também há soluções baseadas na natureza (SbN) para reduzir tais danos.  A proposta pautou-se pelo Dia Mundial da Água, partindo do argumento que a resposta também está na natureza. Com base na UNESCO, o tema da redação trazia um gráfico explicando como as SbN podem contribuir para a gestão dos recursos hídricos.  Embora faça parte da interpretação da prova,  a banca enfatizou que se tem problema, a solução também está no mesmo lugar de onde ele deriva.

A redação propõe que o candidato argumente sobre o tema, buscando destacar seus conhecimentos e a fundamentação deles. Conforme professores de cursos pré-vestibulares, esse assunto estava na lista das possibilidades de serem abordadas no concurso.

”Em primeiro lugar, gostaria de parabenizar a banca por trazer um tema acessível e atual para o candidato. Foi um presente para os alunos essa proposta de redação, um tema que devemos refletir sobre e de como podemos ajudar a natureza. É um momento de reflexão”, ponderou Vanessa Pagnussat, professora de redação do Riachuelo Pré-Vestibulares.

Mais que atual, o professor de Geografia do mesmo curso preparatório, Ricardo Zanatta, destacou que o tema dos recursos hídricos impacta diretamente a vida da sociedade, e, para ele, discutir a sua preservação é urgente e fundamental para o desenvolvimento sustentável. “Esse tema veio a calhar com tudo o que a gente está passando no nosso município, toda a questão da toxoplasmose… essa suspeita de ser ou não em função da água, isso envolve recurso hídrico”, ressaltou ele.

 

Nesta sexta-feira, 15, e no sábado, 16, ocorre em Santa Maria, o I Seminário de Sustentabilidade da Casa Círculo, promovido pela Casa Círculo e pela Fundação MO’àque completa 20 anos em 2017.

O seminário será realizado na própria Casa Círculo, em meio à natureza, e contará com a presença de três palestrantes. Um deles é Thiago Berto, empresário da área de informática que decidiu abandonar sua vida no Brasil para realizar uma viagem de três anos pelo mundo em mais de 75 países na busca de um sentido mais profundo para sua vida.

João Rockett é coordenador do Instituto de Permacultura e Ecovilas da Pampa (IPEP), há 15 anos atua como permacultor diplomado por Bill Mollison. Além disso, foi idealizador e fundador do projeto de sementes ecológicas BioNatur; e Kleber Antônio Fernandes, pesquisador e apaixonado pelas Plantas Alimentícias Não-Convencionais (PANCs), há anos ministra oficinas e palestras por todo o Brasil.

As inscrições podem ser feitas pelo e-mail contato@casacirculo.com.br, e os valores  variam entre R$ 50,00 e R$ 170,00. Para mais informações sobre os valores e a programação do seminário, basta acessar o evento do Facebook.