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Instituto Olavo Bilac promove ação “Uma gota, mil vidas”

O Instituto Estadual Educacional Olavo Bilac promove ação em prol da conscientização e  do acolhimento para doação de sangue, plaqueta e medula óssea. O evento Uma Gota, Mil Vidas aconteceu na manhã deste sábado, 17, na 

A falta de interesse e a corrida dos alunos para o esporte

Os Jogos Escolares de Santa Maria (Jesma), promovidos pela Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, tiverem, em 2017, a participação de 63 escolas estaduais, federais, municipais e particulares, com muitas modalidades nas categorias masculinas e femininas.

Palco do evento enfeitado com balões vermelhos e brancos, com dupla musical em cima do palco. Frente do palco uma faixa "uma gota, mil vidas".
Palco ‘Uma gota, mil vidas’ recebeu atrações musicais. Foto: Giovanna Bastianello/Especial

O Instituto Estadual Educacional Olavo Bilac promove ação em prol da conscientização e  do acolhimento para doação de sangue, plaqueta e medula óssea. O evento Uma Gota, Mil Vidas aconteceu na manhã deste sábado, 17, na  instituição. A atividade é realizada pelos professores da área de Ciências da Natureza com seus alunos e comunidade escolar.

Conforme a organização, o nome se deu em virtude de votação com alunos, com o significado que o nome remete que você é uma gota no planeta, mas mesmo assim você pode contribuir ao doar, pois a doação de uma pessoa pode ajudar até quatro pessoas.

O projeto teve início por meio de Patricia Fernandes, professora do Bilac que realiza projetos de ação a doação de sangue desde seus 16 anos. A escola deu apoio ao projeto ao perceber a necessidade que o Hemocentro Regional de Santa Maria necessita, e assim, resolveu mobilizar a população.

Mesa de acolhimento do evento enfeitada de balões vermelhos e brancos, com 9 alunos sentados que auxiliavam a chegada dos visitantes.
Grupo de alunos responsáveis pelo acolhimento do público. Foto: Giovanna Bastianello/Especial

Uma Gota, Mil Vidas é direcionado para a doação de sangue. No entanto, o motorhome do hemocentro estava em uma outra missão. Então a organização conseguiu, para aqueles que desejavam doar, uma van para fazer o caminho até o local.  No espaço havia equipe da saúde para realizar todo o procedimento para saber se o interessado poderia ou não fazer a doação.

A professora responsável pela ação, Patricia, explica sua experiência com a causa, desde a adolescência ao transmitir o sentimento de poder fazer o bem. A bióloga promove o mesmo projeto há 4 anos em outra instituição escolar com o mesmo intuito e ressalta o quanto causas assim ajudam no aumento dos números de doações nos centros de coleta. “Ontem fui até o Hemocentro Regional e não possuía nada no banco de dados”, diz.

Segundo Patricia, “nós possuímos vários parceiros que nos ajudam tanto na doação quanto na divulgação”. Ela ainda lembra que, para doar sangue, há uma série de recomendações, como estar saudável, pesar pelo menos 50 kg, ter mais de 16 anos. 

O intuito do projeto é conseguir o número máximo de doadores. Desse modo pode-se contar com a parceria de diversas empresas que se fizeram presentes na ação e ajudaram na divulgação ou no procedimento para as doações. A participação dos alunos foi de total importância, cada turma formou uma equipe, que receberam “missões” na organização do evento.

A atividade teve a participação de várias parcerias como, Faculdade de Ciências da Saúde (SOBRESP), Faculdade Palotina (FAPAS), Faculdade Integrada de Santa Maria (FISMA), Secretaria da Saúde, espaço Embeleze, ervateira Elacy, floricultura Dedo Verde. Também houve  música ao vivo, apresentações artísticas e brinquedos infláveis.

O evento atraiu público variável. Alunos, familiares, visitantes e comunidade foram prestigiar a ação. O professor João Santos, do Técnico de Enfermagem da FISMA,  relata o fluxo de pessoas encaminhando-se até a tenda da universidade, de maneira espontânea, para verificar pressão e outros procedimentos básicos realizados ali mesmo, ainda ressalta o grande interesse partido pelo público jovem, o que por ele não é muito comum.

Segundo a organização, o projeto deve se estender mais vezes no Instituto Olavo Bilac.

Para realizar doação precisa

  • Estar em boas condições de saúde
  • Ter entre 16 e 69 anos. Pessoas acima de 60 anos só podem doar se já tiverem doado sangue alguma vez antes dessa idade
  • Pesar no mínimo 50kg
  • Estar descansado (ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas)
  • Estar alimentado, por isso evite alimentos gordurosos e aguarde até 2 horas para doar
  • Apresentar documento original com foto, que permita o reconhecimento do candidato, emitido por órgão oficial (Carteira de Identidade, Cartão de Identidade de Profissional Liberal, Carteira de Trabalho e Previdência Social).

Impedimentos

  • Resfriado: aguardar 7 dias após desaparecimento dos sintomas
  • Gravidez: espere 90 dias após parto normal e 180 dias após cesariana
  • Amamentação (se o parto ocorreu há menos de 12 meses)
  • Ingestão de bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação
  • Tatuagem/maquiagem definitiva nos últimos 12 meses
  • Situações nas quais há maior risco de adquirir doenças sexualmente transmissíveis: aguardar 12 meses
  • Qualquer procedimento endoscópico (endoscopia digestiva alta, colonoscopia, rinoscopia etc): aguardar 6 meses
  • Extração dentária (verificar uso de medicação) ou tratamento de canal (verificar medicação): por 7 dias
  • Cirurgia odontológica com anestesia geral: por 4 semanas
  • Acupuntura: se realizada com material descartável: 24 horas, se realizada com laser ou sementes: apto, se realizada com material sem condições de avaliação: aguardar 12 meses
  • Vacina contra gripe: por 48 horas
  • Herpes labial ou genital: apto após desaparecimento total das lesões
  • Herpes Zoster: apto após 6 meses da cura.

Procedimento para doação

É feito cadastro do candidato à doação com a apresentação de documento oficial com foto. Após é feita a pré-triagem, que consiste na verificação dos sinais vitais (pressão arterial, temperatura e batimentos cardíacos), verificação do peso e teste de anemia.

A seguir a triagem clínica, composta por entrevista individual e sigilosa para avaliar os antecedentes e o estado atual de saúde do candidato à doação para determinar se a coleta poderá trazer riscos para ele ou para o receptor.

A coleta de sangue, de aproximadamente 450ml de sangue e amostras para a realização dos testes laboratoriais.

Após a doação de sangue o doador receberá um lanche. É recomendável que o doador permaneça no mínimo 15 minutos no hemocentro e beba bastante líquido durante o dia.

Produzido para as disciplinas de Jornalismo I e Jornalismo Digital I sob a orientação dos professores Sione Gomes e Maurício Dias

Foto: Gabriela Agertt/Labfem

Os Jogos Escolares de Santa Maria (Jesma), promovidos pela Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, tiverem, em 2017, a participação de 63 escolas estaduais, federais, municipais e particulares, com muitas modalidades nas categorias masculinas e femininas.

Na teoria, o Jesma tem por objetivo “incentivar a participação da comunidade escolar santa-mariense nas atividades propostas contextualizando o desporto como meio de educação”. Na prática, não é ocorre.

As mesmas condições que os 6 mil estudantes recebem para jogar são desiguais. Durante o torneio, muitas escolas enfrentam greves, originadas pela falta de pagamento dos professores. No período sem aulas, os estudantes correm para conseguir uniformes e, sem professor que os treine, contam apenas com a liberação dos diretores. Alguns, ainda, são barrados pela falta de interesse.

A vice-diretora da Escola Estadual Cilon Rosa, Fernanda Goldschmidt, conta que para os jogos serem produtivos durante a greve, precisa ter o interesse do professor em ajudar os alunos, o que nem sempre acontece. “O governo estava propondo uma reforma para o ensino médio, onde a educação física, no primeiro momento, teria sido excluída. Agora, após manifestações, voltaram atrás, mas a carga horária é muito reduzida”, explica.

O Instituto de Educação Olavo Bilac conseguiu sair vice-campeão do campeonato na categoria juvenil, mesmo com dificuldades para treinar diante das condições de quadra e a greve docente. Os alunos buscaram locais para treinar e organizaram a equipe com os novos colegas, que ingressaram neste ano.

Segundo uma fonte que pediu para não ser identificada, já houve situações em a escola não autorizava jogar em período de greve, mas os alunos compraram equipamentos e realizaram jogos ocultos para não serem descobertos pela direção.

Para a vice-diretora do Cilon, além da greve, as condições das quadras também atrapalham a prática esportiva. “As quadras das escolas públicas carecem de manutenção e acabam se tornando perigosas para prática da educação física. Temos que sair e buscar lugares alternativos”, comenta.