Santa Maria, RS (ver mais >>)

Santa Maria, RS, Brazil

Orlando Fonseca

A coletividade sob as lentes da TV OVO

O que encontramos quando saímos a procurar? A resposta para essa pergunta é muito particular, afinal, quando observamos o mundo através das lentes de uma câmera tomamos decisões. Apesar da subjetividade contida em cada uma das

Cronistas debatem sobre a crônica no Flism

A crônica, apesar de ser um gênero menor da prática literária, ainda assim chamou a atenção dos santa marienses para o Flism, na noite de quinta feira, 12. Para falar e debater sobre esse gênero textual,

O que encontramos quando saímos a procurar? A resposta para essa pergunta é muito particular, afinal, quando observamos o mundo através das lentes de uma câmera tomamos decisões. Apesar da subjetividade contida em cada uma das pessoas que estão ou passaram pela TV OVO nos mais de 26 anos de existência, o coletivo eterniza a história de Santa Maria e sua gente. 

Petrius Dias entrevistando Marcos Borba. Imagem: Neli Mombelli

Marcos Borba, convidado do quinto episódio do Provoc[A]rte da temporada Arte Coletivo, tem uma história que se cruza, separa e se complementa com a da TV OVO. De oficinas de audiovisual à produções documentais, o coletivo registra o presente, lembra o passado e ajuda na construção do futuro da região central do Rio Grande do Sul.
O Provoc[A]rte vai ao ar nesta terça-feira (03), às 19h, com reprise às 22h, na UFN TV, pelo canal 15 da NET, e reprisa no sábado, às 19h, e no domingo, às 19h30min. E também pode ser visto na TV Câmara, canal aberto 18.2, na sexta-feira e sábado, a partir das 20h.

Marcos Borba é um dos integrantes mais antigos da TV Ovo. Imagem: Neli Mombelli

E se você ainda não viu, não deixe de conferir os episódios anteriores sobre a Escola de Samba Vila Brasil, com Sergio Silva; Orquestrando Arte, com Mírian Machado; Sarau dxs Atrevidxs, com  Karina Maia; e sobre o Coletivo Memória Ativa, com Orlando Fonseca, no YouTube do LabSeis.

O programa é produzido pelo Lab Seis, laboratório de produção audiovisual dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Universidade Franciscana (UFN). A equipe é formada por Beatriz Ardenghi e Petrius Dias no roteiro e apresentação, João Pedro Ribas na produção e na divulgação nas redes sociais, Gabriel Valcanover na edição, com suporte dos técnicos Alexsandro Pedrollo na gravação e Jonathan de Souza na finalização, e coordenação e direção da professora Neli Mombelli.

Texto: Petrius Dias

A crônica, apesar de ser um gênero menor da prática literária, ainda assim chamou a atenção dos santa marienses para o Flism, na noite de quinta feira, 12. Para falar e debater sobre esse gênero textual, foram convidados os cronistas Orlando Fonseca, Marcelo Canellas e Candinho Ribeiro. O jornalista Marcelo Canellas, por não poder adiar compromissos, não pode comparecer ao evento.

Candinho Ribeiro e Orlando Fonseca presentes no Flism. Foto: Emanuely Guterres/ Agência CentralSul.

Antonio Candido Ribeiro, conhecido como Candinho, começou o painel contando um pouco sobre sua trajetória com a crônica. Formado em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), começou a escrever para o Jornal A Razão e, um tempo depois, para o Diário de Santa Maria. Conhecido como o mais rígido dos cronistas Santa Marienses, fala com prazer sobre o gênero que tanto gosta de escrever. ”A crônica tem um papel fundamental no jornal, seja ele qual for — para atrair leitores. É por isso que em meus textos, busco sempre dialogar com o leitor, trazer ele para o texto. Posso afirmar que traz bons resultados”, explicou Candinho. Quando questionado sobre a produção da crônica, disse que qualquer um pode escrever, desde que não desista no primeiro obstáculo e que permaneça com um mínimo de qualidade. Muitos nomes da crônica no Brasil foram abordados, como Machado de Assis, Rubem Braga, mas o que o escritor mais admira é Luiz Fernando Veríssimo. ”Não tenho palavras para descrever Veríssimo”, contou.

Orlando Fonseca lembra que começou a escrever neste mesmo gênero, quando ingressou no curso de Letras, pois sentia necessidade de refletir sobre seu trabalho e, por consequência, praticar o seu texto. Os cronistas locais e seus periódicos foi o assunto mais abordado pelo escritor, como nomes de Roque Callage, João Belém, Romeu Beltrão e Carlos Drummond de Andrade. Ele comenta que esta prática literária nasce do cotidiano, coisas simples, que geralmente não são noticiadas pelos meios de comunicação. ”O cronista busca as coisas mais simples da vida, as experiências das pessoas. Então, precisamos de disponibilidade para ser observador, não podemos ser impassivos diante daquilo que vimos. O cronista responde imediato às notícias do cotidiano, e faz uma crônica de imediato”, explica.

Nas perguntas do público se pode  notar o entusiasmo dos cronistas em dar dicas e conselhos para quem deseja seguir esta carreira. Para os escritores, o leitor precisa ser persuadido logo nas primeiras frases, para então sentir vontade de continuar lendo o texto. Para Candinho Ribeiro, a crônica se alimenta de tudo, por isso, o cronista possui liberdade suficiente para inventar a sua ‘saída’. ”Ele é provocado por algo que vê, que sente, que ouve e por isso escreve crônicas”, finalizou Orlando.

 

Orlando Fonseca autografou O Estojo Vazio na praça esta tarde. Foto: Karoline Flores. Laboratório de Fotografia e Memória

“Algumas pessoas não conseguem entender a magia do Natal, muito menos o comportamento que as atinge nesta data.” Assim inicia a obra de Orlando Fonseca, O Estojo Vazio, que foi lançado na tarde de hoje na Feira do Livro e sua quarta obra infanto-juvenil.

O livro é o resultado de uma crônica escrita para um jornal da cidade, alusivo ao Natal. O escritor esclarece: “já tinha o esboço de uma história, era um conto, seguiu a sinopse encomendada por um jornal e surgiu o livro.”

Em 2001, Orlando lançou seu primeiro conto infanto-juvenil, intitulado “Da noite para o dia”,  que  está indo para a terceira edição. Estes livros integram um projeto do autor que une o prazer de escrever, com a vontade de incentivar novos leitores, por isso, visita escolas disseminando suas obras.

Por Gabriel Souza/Fonte: Assessoria de Imprensa Feira do Livro