Santa Maria, RS (ver mais >>)

Santa Maria, RS, Brazil

painel

SIC começa hoje na Universidade Franciscana

Começou hoje, dia 5, o VIII Salão de Iniciação Científica – SIC da Universidade Franciscana, desdas 9h, e vai até amanhã, dia 6. A palestra de abertura foi sobre o “Desenvolvimento Científico: Inovação e Internacionalização” apresentada pelo Prof.

“O que fazer com a minha ideia?”

O painel “O que fazer com a minha ideia” foi a segunda atividade promovida no primeiro dia do 13º Fórum de Comunicação. Formada por Matt Montenegro, Nilza Zampieri, Lissandro Dorneles Nora, Thales Barletto, Cássio Berfer e

Primeiro dia de apresentação de trabalhos no SIC

Desde às 14h, no hall do prédio 15 do Centro Universitário Franciscano, ocorrem as apresentações dos trabalhos e pesquisas no 6º Salão de Iniciação Científica (SIC).  Conforme Matheus Camargo, integrante da organização da atividade, são 88 trabalhos

Marcelo Canellas: “O jornalismo tem muito de paixão”

O Centro Universitário Franciscano recebeu ontem, 8 de setembro, o jornalista Marcelo Canellas e o arquiteto e urbanista, Tiago Holzmann, para debate no painel sobre “As cidades e seus espaços de vida”. A palestra foi parte da programação do

Crises podem convergir em soluções criativas

A comprovação de que crises podem convergir em soluções criativas foi o tema do painel que o Centro Universitário Franciscano promoveu na noite de ontem,02, no salão de atos do conjunto I da instituição e, também,

Unifra debate a transformação das cidades

Na manhã desta quinta feira, no gabinete da reitoria do Centro Universitário Franciscano, foram recebidos  o jornalista Jorge Melguizo da cidade de Medellín- Colômbia, e professor Roberto Gómez de la Iglesia de Bilbao-Espanha,  palestrantes dessa noite

Exposição de posters durante o SIC, no hall do prédio 15 da UFN. Foto: Juliana Brittes/ LABFEM

Começou hoje, dia 5, o VIII Salão de Iniciação Científica – SIC da Universidade Franciscana, desdas 9h, e vai até amanhã, dia 6. A palestra de abertura foi sobre o “Desenvolvimento Científico: Inovação e Internacionalização” apresentada pelo Prof. Dr. Érico Marlon de Moraes Flores da Universidade Federal de Santa Maria no Salão de Atos do Prédio 13, no Conjunto III.

O evento busca divulgar, integrar e avaliar a pesquisa científica, tecnológica e de extensão desenvolvidas na Universidade Franciscana, além de promover um ambiente de discussão dos trabalhos desenvolvidos por discentes e docentes, e avaliar os trabalhos desenvolvidos na instituição em diferentes áreas do conhecimento.

As apresentações dos trabalhos científicos em posteres estarão expostas durante os dois dias no Hall do Prédio 15, das 14h às 18h. As oficinas de ambos os dias são palestras sobre preenchimento do currículo lattes, análise de dados para trabalhos acadêmicos, como buscar referências e orientações para intercâmbio.

No segundo dia, das 9h às 11h, o Painel será sobre “Trilhas da Carreira Acadêmica” na Sala de Videoconferências do Prédio 16, com Mirkos Ortiz Marins (egresso PPG Nanociências-UFN), Isis Moraes Zanardi (aluna Mestrado em Ensino de Humanidades e Linguagens-UFN), Janice Rachelli (egressa PPG Ensino de Ciências e Matemática-UFN), Amália Lucia Machry Santos (egressa Mestrado Saúde Materno Infantil-UFN) e Deise Silva de Moura (egressa Mestrado Ciências da Saúde e da Vida-UFN).

Veja abaixo a programação das oficinas para o dia 6:

14h às 16h – Oficina 3: Eu quero estudar em outros países: que passos seguir?
Ministrante: Prof. Ms. Rodrigo Jappe
Local: Sala 502, Prédio 14 – Conjunto III

14h às 16h – Oficina 4: Já sei buscar as referências! Será?
Ministrantes: Profª. Drª. Carina Rodrigues Boeck e doutoranda Bruna Costabeber Guerino
Local: Laboratório 207, Prédio 13 – Conjunto III

16h às 18h – Oficina 1: Currículo Lattes: dicas e dúvidas para preenchimento
Ministrantes: Profª. Drª. Patricia Gomes e doutoranda Ana Júlia Figueiró Dalcin
Local: Laboratório 207, Prédio 13 – Conjunto III

16h às 18h – Oficina 2: Análise de dados para trabalhos acadêmicos
Ministrante: Prof. Dr. Clândio Timm Marques
Local: Laboratório 509, Prédio 14 – Conjunto III

O painel “O que fazer com a minha ideia” foi a segunda atividade promovida no primeiro dia do 13º Fórum de Comunicação. Formada por Matt Montenegro, Nilza Zampieri, Lissandro Dorneles Nora, Thales Barletto, Cássio Berfer e André Blos, a conversa ocorreu no prédio 13 – no salão de atos.

A palavra ação pode definir os conselhos dados pelos ministrantes do painel. Thales Barletto e Cássio Berfer, que formam o núcleo de uma empresa júnior, trouxeram em seus depoimentos as experiências e aprendizados vividos a frente da organização. Conforme Berfer, o Brasil é o país que conta com mais empresas juniores – que são formadas apenas por acadêmicos. Barletto destaca que todo o ganho da empresa é voltado para a capacitação dos voluntários que se dispõem a participar do projeto,e que o objetivo e o diferencial deste tipo de trabalho é transformar o estudante universitário em empreendedor. “Tem que ter vontade”, relata Berfer ao se referir de como colocar as ideias em prática, e ainda ressalta que não é preciso, necessariamente, ter uma proposta inovadora, mas ter força de vontade para tirá-la do papel.

DSC_9040 2 (1)
Da esquerda para a direita: André Blos, Lissandro Dorneles, professora mediadora Angélia, Thales Barletto, Cássio Berfer, Nilza sampieri e Matt Montenegro. Foto: Maria Luísa Viana / Laboratório de Fotografia e Memória.

André Blos, representante do SEBRAE, salientou que as empresas, hoje, têm dificuldades em se comunicar com mercado, e destacou a importância da ação do Fórum. Além disso, colocou que o “o dinheiro não é o fim, mas o meio” para transformar o projeto em realidade. Segundo ele, a cidade é propícia à investimentos de empreendedores, já que possui inúmeras oportunidades e entidades que buscam dar apoio às ideias. “As oportunidades estão no ar e  depende de cada um percebê-las. Quem vai fazer a diferença é você”,  frisa Blos ao se referir do papel do SEBRAE – que presta auxílio a quem deseja abrir uma empresa e que “cria condições para que o empreendedorismo aflore”. Matt Montenegro, criador da Vida de Startup, destaca que “as tarefas são mais importantes que as pessoas para as quais o serviço é realizado”. Montenegro ressaltou e que a construção para uma grande empresa se dá aos poucos, e que é preciso ter paciência.

Nilza Zampieri e Lissandro Dorneles são responsáveis a dar suporte as pessoas que desejam desenvolver um projeto. Dorneles, professor do Centro Universitário Franciscano e diretor da Incubadora Tecnológica da instituição, informa que, atualmente, a incubadora conta com dez ideias e funciona por meio de um ambiente colaborativo, com troca de experiências. Ele destaca que o desafio de empreender é transformar a ideia em potencial de mercado e finalizou dizendo que “ninguém vai fazer por você”, e que o responsável por fazer o projeto se desenvolver é a própria pessoa . Nilza, responsável pelo Parque Tecnológico – localizado no Distrito Industrial de Santa Maria e que conta com 12 empresas – ressalta que “não adianta ter ideias e ficar olhando para o céu”.  A diretora do Tecnoparque enfatiza  que o município possui um ambiente completo para o empreendedor. Frisa, ainda, que o conhecimento acadêmico é fundamental, mas que “não é o histórico escolar que vai ser o diferencial, mas você”. A Incubadora Tecnológica e o Parque Tecnológico realizam os trabalhos com os projetos por dois e três anos, respectivamente. O 13º Fórum de Comunicação ocorre entre os dias 14 e 16 de junho no Conjunto 3 do Centro Universitário Franciscano.

Desde às 14h, no hall do prédio 15 do Centro Universitário Franciscano, ocorrem as apresentações dos trabalhos e pesquisas no 6º Salão de Iniciação Científica (SIC).  Conforme Matheus Camargo, integrante da organização da atividade, são 88 trabalhos divididos em quatro grandes áreas: Ciências Humanas, Ciências Sociais, Ciências Tecnológicas e Ciências  da Saúde. Destes  trabalhos, apenas dois não foram apresentados, pois os alunos envolvidos na pesquisa estão viajando.

DSC_0022
Letícia Nascimento da Rosa. Foto: Vanessa Alves / Laboratório de Fotografia e Memória.

Ao longo dos dois dias  de SIC, os trabalhos também são avaliados por uma banca, definida pela Pró-Reitoria da instituição. Um dos trabalhos avaliados no dia de hoje foi de Letícia Nascimento da Rosa, 19 anos, estudante do quinto semestre do curso de Farmácia. Com o projeto”Quimiotaxonomia vegetal com possibilidade interdisciplinar no ensino médio”, a estudante visa o objetivo de elaborar uma sequência didática das características químicas e morfológicas na área da botânica no ensino médio. ” É necessária a inserção desta temática no ensino”, afirma a acadêmica que pretende seguir com o projeto, que depende da aprovação do comitê de ética para ser aplicado.

DSC_0038
Natália Venturini Zuliani .Foto: Vanessa Alves / Laboratório de Fotografia e Memória.

Com a pesquisa “Jornalista que formamos: uma tentativa de perfil” –  da área de Ciências Sociais- a estudante Natália Venturini Zuliani, 20 anos, apresentou uma analise sobre o perfil dos alunos egressos do curso de Jornalismo.  A pesquisa que se iniciou no ano de 2014 e que, segundo a acadêmica, deve ser finalizado até junho deste ano, reuniu informações de 118 alunos formados na Unifra – entre os anos de 2006 e 2012 – para montar um perfil  destes graduados. “Recebi o convite para seguir com a pesquisa em janeiro deste ano”, conta Natália sobre seu ingresso na pesquisa.

DSC_0067
Laís Machado Luz. Foto: Vanessa Alves / Laboratório de Fotografia e Memória.

A estudante do terceiro semestre do curso de História, Laís Machado Luz, 20 anos, apresenta no SIC “Imagens que falam: memória e informatização do acervo iconográfico do Museu Histórico e Cultural das Irmãs Franciscanas (MHIF)”.  No projeto deste dezembro de 2015, Laís afirma que já foram contabilizadas 3.354 imagens . A ideia do projeto é criar um acervo digital, para que pesquisadores e comunidade santa-mariense em geral possam ter acesso as fotos. “As imagens não retratam apenas as histórias da irmãs, mas a história da cidade também”, declara a aluna. Iniciado em 2012, o projeto visa catalogar, conservar e analisar as fotografias, das quais algumas já estão expostas no MHIF. Outra ideia dos estudantes é também entrevistar as irmãs franciscanas para descobrir as histórias por trás das imagens registradas.

DSC_0075
Jairo Henrique Wiethan. Foto: Vanessa Alves / Laboratório de Fotografia e Memória.

Da área de Ciências Tecnológicas, o estudante do curso de Ciências da Computação, Jairo Henrique Wiethan, expõe o projeto “Domótica com controle de voz e reconhecimento biométrico utilizando Arduino e Android”. Wiethan, de 18 anos, recebeu o convite para participar em março deste ano, e explica que o projeto iniciado em 2015, ainda está em processo de finalização. A programação que é aplica por meio de um protótipo conta com mais um acadêmico. Nesta quinta-feira, o SIC conta com o painel “Perspectivas de empreendedorismo e inovação” – das 9h às 10h – e as apresentações no hall do prédio 15 do conjunto 3, das 14h às 18h.

sic
Imagem: Divulgação

Hoje começa o 6º Salão de Iniciação Científica – SIC – no conjunto 3 do Centro Universitário Franciscano. O tema desta edição – “Pesquisa e Inovação para Transformar” – será abordado por meio de uma palestra e um painel e apresentações de trabalhos científicos. As atividades iniciam às 9h da manhã..

A primeira palestra será ministrada às 9h30 pelo Prof. Dr. Oswaldo Luiz Alves da Universidade Estadual de Campinas – SP, com o tema”Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento”, no Salão de Atos do prédio 13 da instituição. À tarde, as apresentações de trabalhos científicos começarão às 14h no hall do prédio 15 .

Nesta quinta-feira, 2 de junho, o segundo dia do SIC contará com o painel sobre “Perspectivas de empreendedorismo e inovação”, que acontecerá entre 9h e 10h – no prédio 16, na sala de videoconferências – e terá como painelistas os professores Lissandro Dorneles Dalla Nora, Tamiris Dinkowski e Lia Rosa.  O encerramento está previsto para entre 14h e 18h, com as apresentações dos trabalhos científicos no hall do prédio 15.

 

Marcelo Canellas em painel do XVIII SEPE
Marcelo Canellas em painel do XVIII SEPE. Foto: Pedro Pellegrini. Lab. Fotografia e Memória.

O Centro Universitário Franciscano recebeu ontem, 8 de setembro, o jornalista Marcelo Canellas e o arquiteto e urbanista, Tiago Holzmann, para debate no painel sobre “As cidades e seus espaços de vida”. A palestra foi parte da programação do XVIII SEPE: Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão, promovido anualmente pela Instituição. A conversa mediada pela jornalista do jornal Diário de Santa Maria, Liciane Brun, lotou o Salão de Atos do prédio 1, Conjunto I da Unifra. O público atento, teve significante participação no encontro através de perguntas aos convidados. A Agência Central Sul de Notícias se fez presente no evento e conversou com Marcelo Canellas sobre a profissão do jornalista. Confira o bate-papo:

ACS: Qual a principal mudança percebida por você no fazer jornalístico com a inserção das novas tecnologias?
Canellas: Houve uma mudança absurda. Houve uma verdadeira revolução tecnológica nos últimos 25 anos. Eu sou do tempo da máquina de escrever. Para fazer pesquisa tinha que estivar uma tonelada de papel. Hoje em dia, a vida da geração de vocês (acadêmicos de Jornalismo), está moleza comparada com a nossa quando começamos. Agora, o grande questionamento a se fazer é se existe uma correspondência a essa revolução tecnológica com uma revolução do ponto de vista do estofo teórico dos jornalistas para decifrar uma realidade cada vez mais complexa. A realidade hoje é muito mais complexa do que era há 25 anos atrás e é necessário, talvez, uma preparação muito maior por parte do jornalista. A grande dúvida é se essa revolução tecnológica causou também uma revolução no fazer jornalismo.

ACS: Sobre essa realidade, para você, o jornalismo a reflete, a recorta ou a constrói?
Canellas: É um recorte da realidade baseado na capacidade e nas ferramentas teóricas que o jornalista tem para raspar o verniz das aparências. Se o jornalista tiver essas ferramentas, quanto melhor forem essas ferramentas, melhor vai ser a leitura de uma realidade que sempre aparece caótica diante de nós. A realidade nunca aparece elucidada. Então, depende muito da capacidade do jornalista de fazer essa leitura da realidade, objetiva.

ACS: Qual o maior desafio da profissão?
Canellas: Eu acho que é contar, fazer juz a grandeza insubmissa do jornalismo. É você exercer a sua profissão na sua plenitude, que significa recuperar todas as prerrogativas do jornalista, inclusive a de interferir na agenda de cobertura dos lugares onde você trabalha.

ACS: Se você pudesse resumir em uma palavra a sua jornada jornalística até aqui, qual palavra seria?
Canellas: Paixão. Acho que o Jornalismo tem muito de paixão e … acho que é isso.

ACS: Você tem algum conselho que recebeu ainda em sala de aula e que carrega até hoje?
Canellas: O domínio das ferramentas da profissão, a começar pela língua. O prazer da leitura é uma preparação para o exercício da profissão.

ACS: Você tem algum conselho para os acadêmicos do curso de Jornalismo?
Canellas: Deixe-se surpreender pela vida. Não se submeta a ideias preconcebidas e teses à priori. Isso é a morte do jornalismo. O grande barato da profissão é se surpreender com a vida, que é muito mais surpreendente do que a tua própria imaginação.

Jorge Melguizo e Roberto Gómez de la Iglesia. Foto: Guilherme Benaduce

A comprovação de que crises podem convergir em soluções criativas foi o tema do painel que o Centro Universitário Franciscano promoveu na noite de ontem,02, no salão de atos do conjunto I da instituição e, também, da reunião de trabalho da manhã de hoje que aconteceu na sala do Conselho Universitário e reuniu representantes de diversos setores, público e privado, da cidade de Santa Maria, de São Vicente e de São Francisco de Assis.

O painel que iniciou às 19h de ontem, e se estendeu até as 22:30,  teve como painelistas o jornalista Jorge Melguizo da cidade de Medellín- Colômbia e o professor Roberto Gómez de la Iglesia, da cidade de Bilbao-Espanha, sendo mediado pelo repórter Daniel Scola da rádio Gaúcha e RBS, que apoiou o evento.

Roberto Gómez  é economista e diretor da C2+i, empresa que presta consultoria cultural, deu início ao diálogo explanando sobre a constante mudança que a sociedade enfrenta em todos os seus setores. Para ele, as cidades necessitam encontrar  elementos de sua identidade para modificar sua condição. “Cada cidade tem sua identidade, seja ela no setor de inovação, sustentabilidade ou convivência. Bilbao não pode ser exemplo para os outros, mas sim, ser visto como experiência”, afirmou. A cidade enfrentou problemas estruturais e a crise econômica  na década de 80 e o diferencial, segundo ele, foi ver na dificuldade uma oportunidade para o crescimento e desenvolvimento, tornando-se uma referência mundial.  Ele salientou políticas de base que iniciam uma modificação como, promoção econômica, aprendizagem e inovação, marketing e, claro, cultura, dizendo que só a partir destas bases se pode pensar em regeneração, modernização, transformação econômica e projeção no exterior. “A cultura é a base da concepção de valores. E valores culturais são as bases para os valores econômicos.”

Já o jornalista e gestor cultural, Jorge Melguizo  apresentou problemas críticos da sua cidade, Medellín, e as soluções para enfrentá-los. A cidade apontada como uma das mais violentas do mundo, hoje tem índices muito abaixo da violência imposta pelos carteis de drogas na década de 90.  Criticando a cultura da troca de favores e privilégios políticos, ressaltou que ela implica na escassez de recursos e na limitação da prática cultural.

Baseado em três fatores, a realidade foi modificada e, ainda hoje, são as definições de Medellín: a inclusão, o capital e a oportunidade. Com investimentos de 5% do PIB da cidade em cultura, lazer, segurança, projetos sociais e educativos, os níveis de criminalidade diminuíram, “insegurança não é o contrário de segurança, e tão pouco se combate insegurança colocando mais policiais, mas sim construindo a convivência entre a sociedade. E se constrói convivência com este tipo de projeto públicos”, afirmou.

O jornalista ainda falou que o setor público, o setor privado e a comunidade devem trabalhar coletivamente  para solucionar problemas públicos. E devem se integrar para achar uma causa, um foco comum. “ Os problemas são multidimensionais, não queiramos nós que as soluções sejam dimensionais. Devemos parar de pensar que o problema da educação é só do setor da educação separadamente. E sim fazer interagir vários setor públicos e privado e, o mais importante, a sociedade, ou seja, coletivamente.”

Com muito humor durante e depois de cada palestra, os palestrantes ainda responderam perguntas da plateia e de alunos que enviaram via Facebook, como questões de segurança, prioridades e capital para essas mudanças e cada uma deixou sua opinião sobre o que pode ser iniciado na cidade de Santa Maria. Roberto, afirma que: “devemos pergunta, se queremos respostas criativas, devemos perguntar criativamente.”, Jorge disse que “ escutar, escutar pessoas dos bairros, pessoas do centro, sempre escutar, e a partir dito, atuar.”
Representantes de diversos setores de Santa Maria estiveram reunidos na manhã de hoje na Unifra. Foto: Mark Braunstein

Cidades para pessoas

As questões debatidas no painel foram retomadas na manhã de hoje,03, durante a reunião de trabalho  presidida pela reitora da Unifra, Irmã Irani Rupolo, e coordenada pelo professor Abdon Barreto Filho. Com a proposta de uma escuta coletiva, os presentes questionaram os palestrantes sobre os processos que conduziram às transformações nas duas cidades.
Ambos salientaram que cada cidade é única, assim como as estratégias encontradas para resolver seus problemas. No entanto, segundo eles, as transformações só acontecem se a construção  for coletiva e cidadã, ainda que constituir cidades coletivamente inovadoras seja mais difícil.
Tendo como foco a noção de que é necessário construir “cidades para pessoas”, os palestrantes salientaram ser necessário saber para onde se vai numa administração pública, onde se quer chegar, ouvir todos os setores questionando o que falta e quem falta, ouvir principalmente os críticos, porque estes além de terem boas ideias, têm também grande parte de razão – ” só se constrói quando se conversa e quando se ouve o que não se quer escutar”, enfatiza Roberto Gomez . Também salientaram a necessidade de focar na educação transformadora, lembrando que elas passa por caminhos pouco tradicionais, a necessidade de saber conduzir o processo de trabalho entre diferentes, reconhecendo competência distintas e especificidades.
Sobre Santa Maria, os  palestrantes salientaram a possibilidade da cidade vir a funcionar como um grande laboratório urbano de referência capaz de projetar o futuro. Cabe ao trabalho coletivo entre poder público, privado, universidades e comunidade definirem que referência será essa, coisa que só o diálogo assegurado pode responder.

 

Jorge Melguizo(esq), Irmã Irani Rupolo,Roberto G. de la Iglesia. Fotos: Guilherme Benaduce.

Na manhã desta quinta feira, no gabinete da reitoria do Centro Universitário Franciscano, foram recebidos  o jornalista Jorge Melguizo da cidade de Medellín- Colômbia, e professor Roberto Gómez de la Iglesia de Bilbao-Espanha,  palestrantes dessa noite no painel sobre Transformação Criativa. Antes de conhecerem as dependências da IES, eles conversaram com a reitoria e as equipes de jornalismo da instituição sobre suas experiências e problematizando as questões das transformações da vida urbana, debate que será ampliado na noite de hoje. As duas cidades são referência nas modificações em aspectos culturais, sociais, econômico e de inovação.

Medellín, em 2002 era conhecida como a cidade mais violenta do mundo com a taxa de homicídios de 183,3 por 100.000 habitantes. Em 2005 esses níveis baixaram para 33,2, menor  do que a média nacional daquele país. Essa modificação se deve ao trabalho coletivo que engloba o poder privado, público e universitário. Como comenta Jorge Melguizo, “essas alterações têm três pontos: a integridade urbana, projetos culturais e participação da sociedade.” No ano passado, a cidade recebeu a 5º Conferência das Cidades Criativas, a primeira a acontecer na América Latina.

Já em  Bilbao a crise econômica que ocorreu na década de 80 aumentou para 31% as taxas de desempregos na cidade, além de fenômenos de desertificação e degradação por efeitos climáticos.  Os projetos de transformação na cidade começaram com a ascensão do comércio e também manifestações festivas populares e movimentos associativos e culturais. O professor Roberto de la Iglesia afirma que com a descentralização das lideranças e a reunião das entidades públicas e privadas em conversas coletivas se constrói um foco e se chega a sua essência da cidadania. “Essa é a partida para construir, com esses elementos fundamentais. Uma sociedade inovadora assume riscos”, diz ele, ressaltando que o erro faz parte dos processos de gestão e é base para a reformulação de propostas.

O Painel acontece hoje a partir dás 19h, no salão de atos do Conjunto I da Unifra. O evento terá como mediador o jornalista Daniel Scola,do grupo RBS, e pretende promover novas e criativas perspectivas para a cidade de Santa Maria e Região, sejam elas na cultura, na sociedade, educação e desenvolvimento da cidade.

O Centro Universitário Franciscano convida professores e funcionários para o painel “Cultura e Transformação Criativa nas Cidades”, que acontecerá nos dia 02 de maio, às 19 horas no salão de Atos do Conjunto I da instituição. No evento estarão presentes os palestrantes internacionais Jorge Melguizo (Colômbia) e Roberto Gómez de la Iglesia (Bilbao – Espanha).Com o apoio do grupo RBS, o evento terá como mediador o jornalista Daniel Scola.

O evento pretende promover novas e criativas perspectivas para Santa Maria e Região, sejam elas na cultura, educação e desenvolvimento da sociedade.

Os professores e funcionários devem confirmar retirando uma senha que estará disponível na recepção do prédio 07, ou na sala do Administrativo do Conjunto III, prédio 13, com Adriano e/ou Verônica.

Para os alunos dos cursos de Ciências Econômicas, Administração, Turismo e Jornalismo será realizada uma videoconferência, no conjunto III, acompanhada por professores das disciplinas de 5º, 6º e 7º semestre, a senha será entregue pelo professor responsável no dia do evento. Também serão disponibilizados convites para os cursos de Publicidade e Propaganda, Design e Arquitetura e Urbanismo, sendo estes cursos diurnos, as senhas estarão a partir de segunda-feira com as devidas coordenadoras.

Conheça os palestrantes:

Jorge Melguizo (Medellin, Colômbia)
Jornalista, comunicador social e gestor cultural da cidade de Medellín Colômbia. Foi também Secretário de Desenvolvimento Social de Medellín, onde contribui para diminuição da violência urbana fundamentando seu trabalho em ações criativas voltadas a educação pública e cultura. Mobilizador público, Melguizo organizou um movimento cívico composto por pessoas advindas de ONGs, da sociedade civil, de organizações comunitárias, de universidade e de empresas privadas, o qual recuperou a autoestima da cidade e a identificação do povo com o poder público. Hoje Medellin é sinônimo de transformação, transparência, educação, cultura e otimismo. Em seus depoimentos, Melguizo afirma: “Nossa ideia criativa nessa nova Medellin é acreditar afinal, Somos la generación que nació sin miedo!

 

Roberto Gómez de la Iglesia (Bilbao, Espanha)
Nascido em Burgos, na Espanha. É diretor da c2+i, empresa especializada em Cultura, Comunicação e Inovação. Foi sócio-fundador e CEO da Xabide (1984). Dirigiu, entre 2004 e 2009, o projeto Divergentes y Disonancias, plataforma de relacionamento entre artistas e empresas para a busca de inovação colaborativa, reconhecida pela União Europeia como uma das melhores práticas de criatividade e inovação na Europa. Foi promotor da rede internacional Artsactive. Dirige, atualmente, o projeto Conexões Improváveis, que é parte do projeto europeu Creative Clash e promove a interação entre artes e pensamento para a transformação de organizações pela ótica da responsabilidade social e da inovação.