Santa Maria, RS (ver mais >>)

Santa Maria, RS, Brazil

Parada Alternativa LGBT

4ª Parada LGBT movimenta público alternativo em Santa Maria

Ocorreu neste domingo, 18, no Largo da Locomotiva a 4ª Parada LGBT Alternativa de Santa Maria. Organizado pelo Coletivo Voe, o encontro reuniu os membros da sigla LGBT+, além de simpatizantes do movimento. Trouxe como tema

Ocorreu neste domingo, 18, no Largo da Locomotiva a 4ª Parada LGBT Alternativa de Santa Maria. Organizado pelo Coletivo Voe, o encontro reuniu os membros da sigla LGBT+, além de simpatizantes do movimento. Trouxe como tema anual a “Saúde Mental de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transgêneros e quaisquer outras identificações não heterossexuais ou não cisgêneras”.

Organizadores da parada LGBT levantam os braços, enquanto três deles seguram bandeira com as cores do arco-íris. Eles estão encima do palco de costas para o público. O público no fundo levanta os braços para a foto.
Membros do Coletivo Voe posam frente ao público da 4ª Parada LGBT. (Foto: Denzel Valiente)

A concentração do público começou às 15h, na Praça dos Bombeiros. Por volta das 16h, os integrantes saíram em passeata até o Largo da Locomotiva, na Avenida Presidente Vargas, onde ficaram reunidos, ao ar livre, em frente a um palco montado nos fundos da Biblioteca Pública aproximadamente até as 22h.

Para animar público, houve diversas apresentações, danças e discursos promovidos pelos integrantes do Coletivo Voe, assim como demais convidados, entre eles drags e transsexuais que manifestaram palavras de força, superação e resistência dos movimentos sociais para com o conservadorismo e o preconceito existentes na sociedade e em algumas famílias intolerantes, e também, palavras de amor e união.

A jornalista e integrante do Coletivo Voe, Carolina Bonoto, 28 anos,  comentou que apesar de Santa Maria possuir uma parada LGBT oficial promovida pela prefeitura, a mesma por muitas vezes não ouviu e nem integrou os movimentos sociais. Logo, o Voe, como movimento social, resolveu criar uma Parada LGBT construída por LGBTs para os integrantes da LGBTs. A organizadora completa sua fala dizendo acreditar “na importância de ocupar o espaço público, de se reconhecer na pessoa do lado e de conhecer a pessoa ao lado”.

Surgiu então a Parada LGBT Alternativa de Santa Maria, que chegou em 2018 a sua 4ª edição, e é promovida com trabalho e mobilização do Coletivo ao longo do ano todo para que possa ocorrer. Para a realização dessa edição, foi criado um financiamento coletivo online com R$ 1.144 arrecadados, para cobrir com os gastos do evento que não recebe nenhum tipo de apoio por parte da Prefeitura Municipal.

A Parada LGBT ainda contou com a venda de batata frita, hambúrguer, pizza, chope e bebidas em geral nos diversos food trucks que se instalaram ao redor do espaço.

Produzido para as disciplinas de Jornalismo I e Jornalismo Digital I sob a orientação dos professores Sione Gomes e Maurício Dias

 

Membros da Parada no Viaduto Evandro Behr.
Foto: Eduardo Biscayno de Prá

O Coletivo Voe organizou a 3ª Parada Alternativa do Orgulho LGBT em Santa Maria no dia 19 de novembro. A praça Saldanha Marinho foi o local de concentração dos participantes, que seguiram a rua do Acampamento, em seguida desceram a Avenida Presidente Vargas até o Largo da Locomotiva. Segundo a organização, mais de 3 mil pessoas participaram da parada.

A parada é construída com arrecadações obtidas pelo Voe, formado por estudantes, pesquisadores e ativistas. Há três anos o coletivo atua com pessoas jurídicas e físicas como apoiadores que organizam um evento diferente da parada LGBT da região centro, considerada, por eles, com viés político-partidário.

Ao ser questionado sobre os benefícios que a marcha traz para o meio LGBT, Henrique Hamester, integrante do Coletivo, ressalta: “Como em todo o mundo, as paradas LGBTs têm o intuito de trazer a visibilidade ao movimento. A sua parte política, reivindicações no meio político e social, assim como demostrar a cultura LGBT. Acredito que estes são os três pilares. Nos mostrar e dizer o que somos e o que fazemos, além de um momento de celebração onde podemos ser nós mesmos”.

A terceira edição foi maior que as anteriores, com um número maior de frequentadores e de atrações. Teve eventos diferentes, como a presença de DJs mulheres, apresentações de música e de dança, mostra fotográfica e tributo dedicado ao ativista Nei D’Ogum, importante militante da resistência popular.

A divulgação também foi mais intensa que as anteriores. O destaque foi o evento no Facebook, que chegou a ter 5 mil inscritos.