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Flores comestíveis, quem já experimentou?

Um fato um tanto curioso irrompeu a tarde da quinta-feira, 5 de agosto. A estudante do curso de Nutrição do Centro Universitário Franciscano, Jéssica Arruda, 21 anos, percorreu o pátio da Instituição a convidar os universitários

Jornada Científica discute Metodologias de pesquisa para web

O Laboratório de Pesquisa da Unifra realizou na segunda-feira a IX Jornada Científica do jornalismo, onde os alunos puderam explanar, argumentar e expor seus trabalhos finais de graduação em andamento, nas diversas várias áreas do jornalismo

Jornalistas: mulheres são a maioria e ganham menos do que os homens

A pesquisa da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), sobre o perfil do jornalista brasileiro, mostra que ainda há uma situação desconfortante para as profissionais da categoria do sexo feminino. A pesquisa aponta que 64% dos profissionais

Quem é o jornalista brasileiro?

A Federação Nacional do Jornalista (Fenaj) publicou na última semana, os resultados da pesquisa sobre o “Perfil profissional do Jornalista Brasileiro”, com a participação de 2.731 jornalistas de todo o país e de profissionais que trabalham no

A pesquisa e a produção acadêmica em Jornalismo

Assistindo ao 10º Fórum de Comunicação Social da Unifra tivemos acesso a diversos pontos de vistas em torno dos antigos e novos rumos da comunicação.  Um dos aspectos importantes que deve ser ressaltado éjustamente considerar como

Canapés de frango com amor-perfeito. Foto: Jéssica Arruda

Um fato um tanto curioso irrompeu a tarde da quinta-feira, 5 de agosto. A estudante do curso de Nutrição do Centro Universitário Franciscano, Jéssica Arruda, 21 anos, percorreu o pátio da Instituição a convidar os universitários para comparecerem a uma análise sensorial realizada no Laboratório de Técnica e Dietética, no prédio 17. A análise visava observar a aceitabilidade das flores comestíveis, objeto do seu Trabalho Final de Graduação (TFG).
Interessados, 90 alunos de diversos cursos aceitaram o convite. Foram servidos canapés de frango com flores. As flores escolhidas para a observação foram Amor-perfeito, Rosa e Capuchinha. Os estudantes sentavam-se à mesa, completavam o questionário e, por fim, experimentavam o prato singular. Para a surpresa da pesquisadora, as flores comestíveis tiveram grande aceitabilidade.

O aluno Teonas Oliveira, 25, declarou nunca ter ouvido falar das flores comestíveis. “Gostei muito, principalmente do canapé de frango com Amor-perfeito” diz. A aluna Gabriela de Melo, 21, já havia ouvido falar, mas nunca experimentado. “Comeria em casa. Achei bem gostoso”, afirmou.

A professora orientadora da pesquisa, Cristiana Basso, de quem partiu a ideia para o trabalho, orienta o cuidado na hora de adquirir o produto. “O cultivo para alimentação é diferenciado e específico, pois deve ser orgânico e higienizado. As pessoas não devem sair colhendo essas flores e preparando-as”, aconselha.

Jéssica trouxe as flores de São Paulo. A aluna assegura que são poucos os lugares onde elas se encontram. “A ingestão de flores comestíveis é comum em países como a China, a Índia e o Japão. No Brasil, a demanda é pouca. Acredito que é possível que o país ainda desenvolva esse hábito”, comenta.

A futura nutricionista considera que as flores são ricas em potássio e outros nutrientes. Ela julga que a grande diferença, quando comparadas às frutas, é que as flores não possuem agrotóxico e pesticida, haja vista que, esses, quando ingeridos em excesso, podem causar intoxicação.

O Laboratório de Pesquisa da Unifra realizou na segunda-feira a IX Jornada Científica do jornalismo, onde os alunos puderam explanar, argumentar e expor seus trabalhos finais de graduação em andamento, nas diversas várias áreas do jornalismo e da comunicação A jornada foi dividida em mesas temáticas, como: Estudos do Jornalismo, Discursividades jornalísticas e produção de sentido, Campo do jornalismo e suas relações e Estudos de Recepção.

Pesquisadora estuda a web desde 2001. Foto: Natalia Sosa

O evento contou ainda com a convidada palestrante, professora Dra. Liliane Brignol Dutra- Programa de Pós Graduação em Comunicação e Processos Sócios-Culturais-UFSM. Com o tema: “Metodologias para a Internet”, a pesquisadora comentou sobre diferentes abordagens e técnicas de pesquisa e o amadurecimento dos estudos nessa área.

Outros pontos como, a simultaneidade, a adaptação metodológica e inovação na construção coletiva do conhecimento num meio tão complexo e rico quanto a internet, foram levantados no encontro. “A internet pode ser objeto de pesquisa, ambiente de pesquisa e instrumento de pesquisa”, comenta.

Liliane enfatizou, no bate-papo, formas variadas de se estudar a web: “A simultaneidade de estudar o Twitter no uso do jornalismo, a relação entre prática e análise, abordagens teóricas e relação com distintas áreas do conhecimento, as possibilidades de pesquisa qualitativa e quantitativa entre tantas outras”.

A Jornada Científica do Curso de Jornalismo é um evento promovido pelo Lapec, o laboratório do cursodirecionado para produção científica na área de comunicação. Aprofundar, estimular e fomentar a discussão do campo são alguns dos objetivos do Laboratório, que trabalha em conjunto com o curso de Publicidade e Propaganda da instituição, na troca de pesquisa e produções colaborativas.

 

 

Wrana Panizzi na abertura do III SIC na Unifra. Foto: Rodrigo Ledel. Laboratório Fotografia e Memória.

Com mais de 140 trabalhos inscritos, a terceira edição do III Salão de Iniciação Científica (SIC) da Unifra ultrapassou os números dos primeiros anos.  A presença da professora doutora Wrana Maria Panizzi, marcou a conferência de abertura, realizada na manhã desta quarta-feira, 16.

A palestra lotou o Salão de Atos da instituição, no Conjunto I, e prendeu a atenção dos acadêmicos ao longo das quase duas horas de diálogo. Iniciação científica na carreira e formação profissional foi a temática explanada pela ex-reitora da UFGRS. Direta e confiante em sua fala, a pesquisadora aproveitou o momento para discorrer sobre os caminhos da educação, a carência do “pensar acadêmico” e a necessidade de incentivar a pesquisa.

Conhecimento e pesquisa acadêmica exigem longo prazo – Uma das questões  levantadas pela convidada é a ausência de participação na produção de projetos que deixa de agregar o rigor da sensibilidade, da razão e do conhecimento.  “Nós precisamos voltar a pensar. Esse é o maior desafio da universidade”, elucida. Daí a importância da iniciação científica, cujo intuito, na visão de Wrana Panizzi, se dá, principalmente, pelo domínio do conhecimento social e intelectual, concomitantemente. “Vai além do preenchimento do currículo lattes”, argumenta.

A pesquisa torna-se prazerosa quando os alunos entendem que sua produção ocorre em longo prazo. O predomínio do efêmero na contemporaneidade é prejudicial na opinião da professora. “Não desfaço, mas quero que a gente pense, ouse. É preciso paciência para fazer pesquisa, e isso os alunos não têm”.

Paciência, prazo, observação e alerta são chave na pesquisa – Ao mesmo tempo em que pesquisa exige planejamento, trabalho e paciência, em função do rigor; é necessário estar sempre alerta para os novos conceitos de conhecimento surgem a toda hora. A globalização e a internacionalização são duas palavras-chaves que devem estar inseridas na conduta do pesquisador. No entendimento de Wrana, não há como definir uma problemática sem tomar conhecimento do que acontece no mundo. “A homogeneização nos torna similares – desde a forma de vestir até a forma de pensar. Esta última é a pior delas e não pode mais acontecer”.

“O silêncio do politicamente-correto nos deixa surdos. Ele é falso” – A sociedade precisa de cidadãos que se indignem para prosperar e também para a configuração da ciência. “Hoje nos calamos diante de uma série de acontecimentos. Para produzir conhecimento, é preciso lidar com o imaginário da ciência. Na universidade ainda é difícil transpor barreiras, inovar de maneira ousada”, lamenta Panizzi.

A insatisfação com os parâmetros da educação na sociedade brasileira foi o primeiro tema a ser abordado. Na visão da pesquisadora, os projetos pedagógicos acadêmicos dos docentes estão esgotados. E não somente no Rio Grande do Sul, mas no mundo como um todo. “A insatisfação se dá por lacunas de informação. Se quisermos uma educação qualificada precisamos brigar por condição de acesso”.

A pesquisa não só é um campo a ser seguido, mas também uma atividade de alto teor educacional para ser desenvolvida dentro da Academia. “O conhecimento modifica outros setores. Indivíduos ativos provocam a competitividade necessária e saudável”, completa a ex-reitora da UFRGS.

Com a finalidade de incentivar a discussão e a pesquisa na graduação, o SIC acontece acontece até às 19 horas desta quinta-feira, dia 18.

Por Natalia Apoitia

Leia mais em: Unifra: III SIC reúne alunos pesquisadores

 

A pesquisa da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), sobre o perfil do jornalista brasileiro, mostra que ainda há uma situação desconfortante para as profissionais da categoria do sexo feminino. A pesquisa aponta que 64% dos profissionais são mulheres e que apesar de ser maioria, ainda sim, ganham menos que os homens no mesmo cargo e que, os cargos de chefias são ocupados por homens.

A questão é analisada por Guilherme Howes, sociólogo, que afirma: “Esses aspectos, políticos, culturais e religiosos, construíram nossa sociedade com uma imagem masculina. Tanto nas revoluções, nos pensadores do renascimento e até mesmo na religião, temos um Deus pai.”

Para ele, as conquistas legislativas marcaram o século XX no que diz respeito aos direitos, igualitarismo e proteção às mulheres. Direitos como o do voto, igualdade de remuneração no trabalho e proteção contra a violência.  A partir da década de 40, às mulheres conquistaram pequenos, mas significativos avanços para uma igualdade ao lado dos homens, em comparação há vários séculos de estagnação. Mas, apesar deste avanço considerável em pouco tempo e serem assegurados por leis, às mulheres ainda esbarram numa sociedade construída por homens, tanto no aspecto cultural, político e até mesmo religioso.

O sociólogo avalia também haver uma relação unilateral dentro de nossa sociedade determina posições na estrutura social que fundamentam o homem com o ser principal e a mulher com ser secundário. Onde, ainda a mulher com os seus direitos estabelecidos e com uma reestruturação e ampliação do seu papel dentro da sociedade, continua sendo quem cuida da casa e dos filhos, não movendo as relações sociais.

A coordenadora Executiva da TV Unifra,  Mariangela Recchia  acredita que uma característica historicamente construída da mulher é a de ser conciliadora  e pacificadora. A mulher não reivindica seus direitos. “Essa questão das jornalistas é bem intrigante, pois, somos solidários com a causa dos outros. Se tem uma paralisação de qualquer categoria  lá estamos nós, solidários, mas e nossa?”, questiona.

Para o  jornalista e professor da Unifra, Maicon Elias Kroth,  é um processo. Ele acredita que  a categoria irá buscar regularizar, regulamentar e equalizar essas questões. “Não devemos ter diferenças. Temos os mesmos direitos e deveres.” Ele completa dizendo que “a mulher ganha espaços até hoje controlados pelos homens. Nós devemos sim, aproveitar essa aproximação que temos dos meios comunicativos para tentar modificar e ampliar o espaço das mulheres, e conscientizar a sociedade deste fenômenos.”

 

A Federação Nacional do Jornalista (Fenaj) publicou na última semana, os resultados da pesquisa sobre o “Perfil profissional do Jornalista Brasileiro”, com a participação de 2.731 jornalistas de todo o país e de profissionais que trabalham no exterior.

A pesquisa foi desenvolvida pelo Núcleo de Estudos sobre Transformações no Mundo do Trabalho da Universidade Federal de Santa Catarina (TMT/UFSC) em parceria com o Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ) e da Associação Brasileira de Pesquisadores do Jornalismo (SBPjor).

Iniciada  em setembro e  com duração de dois meses, a investigação visava compreender a distribuição territorial dos jornalistas por estado de federação, identificar a distribuição  por função na profissão,  formular hipóteses derivadas dessa comparação para alimentar uma segunda etapa destinada a traçar o perfil da categoria. A análise baseada em um questionário que poderia ser respondido pela internet, subdividiu os participantes em três categorias para aprofundar o estudo: 55% que trabalham em mídia, 40% que trabalham em assessoria ou outras atividades jornalísticas e 5% de professores.

Os dados da pesquisa demonstram que e 59,9% ganham até cinco salários mínimos e 98% tem formação superior, dentre esses 91% em jornalismo. Do total de jornalistas pesquisados  50% trabalham mais de oito horas por dia e 27% tem mais de um emprego.

Os  resultados obtidos evidenciam que 64% dos profissionais são mulheres, brancas, solteiras e com até 30 anos de idade, mas que apesar de ser maioria dentro da categoria, elas ganham menos do que os homens no mesmo cargo. E que  os cargos de chefia ainda são dominados pelo sexo masculino.

A pesquisa apontou também que 60% da categoria  hoje tem entre 18 e 30 anos, decorrente da oferta de cursos no país que já chegam a 316, dos quais 180 criados do ano 2001 em diante. Em consequência disto somam 145 mil jornalistas no Brasil, 92,5 mil só entre o ano de 2000 a 2011. O Rio Grande do Sul já conta com 8.293 jornalistas, 13% de todo o Brasil.

Assistindo ao 10º Fórum de Comunicação Social da Unifra tivemos acesso a diversos pontos de vistas em torno dos antigos e novos rumos da comunicação.  Um dos aspectos importantes que deve ser ressaltado éjustamente considerar como desenvolvemos a comunicação até hoje, para podermos perceber o que mudou e, principalmente, entender como esse processo se modificou.

A pesquisa e a produção acadêmica, tema debatido pelo escritor e jornalista Juremir Machado, faz parte desse processo de percepção das mudanças. A pesquisa deve promover a descoberta;  é preciso “desencobrir” a comunicação, fazer com que os sentidos apareçam. O trabalho do pesquisador em comunicação é fazer aparecer o que está encoberto.

Juremir falou muito da sua experiência como pesquisador e escritor. Para ele em ambas as áreas, principalmente na pesquisa, é necessário “tirar os óculos”, “ver com outros olhos”, um processo que ele denomina como estranhamento. Em outras palavras, é preciso sair da sua zona de conforto e entrar em outro mundo, com outras características. Para isso precisamos nos inserir totalmente nesse processo, para não descrever o mundo com nossos pré-conceitos.

A pesquisa exige uma desconstrução do objeto de estudo. Um bom pesquisador questiona a verdade, o conceito. Em pesquisa, nenhum objeto é totalmente definitivo. Se hoje um objeto está de determinado modo, ele passou por diversas transformações até ficar assim e ainda tem a possibilidade de se modicar. Aí está o papel do pesquisador: entender todos esses processos de transformações e possíveis mudanças.

Para descrever a pesquisa no jornalismo utilizo as palavras do próprio escritor: “Pesquisar é identificar temas que possam dar respostas e que nos façam transformar, pesquisar é surpreender”.

Por Camille Wegner, acadêmica do curso de Jornalismo/Unifra