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prevenção do suicídio

Setembro Amarelo para prevenir o suicídio

A campanha de prevenção ao suicídio ”Setembro Amarelo” foi criada em 2015, no Brasil, pela CVV (Centro de Valorização da Vida),  pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) e pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria). A intenção

É preciso falar sobre suicídio

O suicídio é a causa da morte de cerca de 800 mil pessoas por ano no mundo. O dado é bastante alarmante, e pode sim ser considerado um caso de saúde pública, pois seu número de

Setembro Amarelo, uma luta que continua

Setembro é conhecido como o mês internacional de Prevenção ao Suicídio. Durante todo o período a CVV (Centro de Valorização da Vida) de Santa Maria organizou vários eventos para tratar do assunto que ainda é um tabu na

Projeto Converse propõe a prevenção do suicídio

O mês de setembro é marcado pela prevenção do suicídio.  Amanhã sábado, 10, das 13 às 17 horas, na Praça Saldanha Marinho acontece o Projeto Converse que tem como  objetivo alertar a comunidade sobre a importância da conversa

Setembro acabou, mas a prevenção continua

O Brasil está entre os 28 países de um universo de mais de 160 analisados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) que tem estratégia de prevenção ao suicídio. O Ministério da Saúde, por meio da rede

A campanha de prevenção ao suicídio ”Setembro Amarelo” foi criada em 2015, no Brasil, pela CVV (Centro de Valorização da Vida),  pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) e pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria). A intenção é pintar, iluminar e estampar o amarelo nas mais diversas resoluções, com a proposta de associar a cor ao mês que marca o Dia Mundial de Prevenção de Suicídio, 10 de setembro, garantindo mais visibilidade à causa.

Sinais de alerta de quem está querendo praticar suicídio. Foto: Ministério da Saúde.

Prevenção e sinais de alerta

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), retirada do site Setembro Amarelo, nove em cada dez mortes por suicídio podem ser evitadas. Ficar atento a qualquer sinal e praticar a prevenção é fundamental para garantir ajuda e atenção às pessoas que estejam em depressão. Os principais sinais de alerta são: o aparecimento ou agravamento de problemas de conduta ou de manifestações verbais, preocupação com sua morte ou falta de esperança, expressão de ideias ou de intenções suicidas, isolamento e outros fatores.

O suicídio é um ato complexo de múltiplas determinações, e reconhecer os primeiros sinais é um passo importantíssimo para prevenir. A comunicação é primordial, seja com família, amigos, ou até mesmo com órgãos específicos para isso, como o CVV. O Centro de Valorização da Vida, oferece apoio emocional e prevenção de suicídio, atendendo gratuitamente e de forma voluntária pessoas que estejam precisando conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail, chat e até pessoalmente. A ONG possui sede na cidade, localizada na Estação Rodoviária de Santa Maria, e atende das 7h às 23h. O telefone é (55) 3027-5799.

Campanha Setembro Amarelo com prevenção ao suicídio. Foto: CVV Santa Maria.

Durante todo o mês, estarão sendo realizadas atividades especiais, confira a programação:

Data — Hora — Local — Atividade

09 SET — 08:00 — AMBULATÓRIO CASA DE SAÚDE — SALA DE ESPERA

09 SET — 13:30 — UPA CASA DE SAÚDE — SALA DE ESPERA

10 SET — CENTRO DE ECONOMIA SOLIDÁRIA — FÓRUM DE SAÚDE MENTAL

11 SET — 08:30 — CASA DE SAÚDE — RODA DE CONVERSA FUNCIONÁRIOS

12 SET — 13:30/15:00 — PARQUE REGIONAL DE MANUTENÇÃO — PALESTRA

17 SET — 08:00 — ESCOLA DILERMANDO DE AGUIAR — PALESTRA, DIVULGAÇÃO E DINÂMICA

18 SET — 08:30 — EMEF CAIC LUIZINHO DE GRANDI — PALESTRA

18 SET — 14:00 — CASA DE SAÚDE — RODA DE CONVERSA FUNCIONÁRIOS SAÚDE

19 SET — 14:00 — ULBRA – CACHOEIRA DO SUL — DIVULGAÇÃO E DINÂMICA

23 SET — 08:00 — AMBULATÓRIO CASA DE SAÚDE — SALA DE ESPERA

24 SET — 14:00 — ESF SÃO JOSÉ — PALESTRA

25 SET — 09:00 —UFSM – FORUM SAÚDE MENTAL — PALESTRA COM Dr. LUIZ ARAGÃO

27 SET — 08:30 — ESCOLA CASEMIRO DE ABREU – CIDADE DE JULIO DE CASTILHOS — CONVERSA E ATIVIDADE ADOLESCENTES

30 SET — BASE AÉREA DE SANTA MARIA — PALESTRA, DIVULGAÇÃO E DINÂMICA

Mais informações, com o CVV Santa Maria.

Roda de conversa sobre suicídio e questões midiáticas ocorreu na última sexta-feira. Foto: Fernando Cezar

O suicídio é a causa da morte de cerca de 800 mil pessoas por ano no mundo. O dado é bastante alarmante, e pode sim ser considerado um caso de saúde pública, pois seu número de fatalidades ultrapassa doenças como a Aids ou o câncer.  Por isso, foi criado o Setembro Amarelo, que é o mês de conscientização e prevenção sobre o suicídio. Durante todo o mês, diversas atividades são realizadas no país para alertar a população brasileira sobre a realidade deste problema e o que deve ser feito.

Para fechar as atividades do Setembro Amarelo, foi realizado na última sexta-feira, 29, no Centro Universitário Franciscano a “Roda de Conversa: suicídio e questões midiáticas”. O debate foi realizado pelo Conselho Regional de Psicologia e o Núcleo de Psicoterapia de Santa Maria, tendo como apoio o Laboratório de Práticas em Psicologia da Unifra.

Participaram da Roda de Conversa o professor da PUC-RS, Roberson Rosa dos Santos e a jornalista Carolina Carvalho. Eles falaram sobre como é tratado o suicídio na mídia e como deve ser feita a conscientização por meio de ferramentas midiáticas. Além disso, foram colocados em questão assuntos de como ajudar, como prevenir e como identificar possíveis suicidas.

A jornalista Carolina Carvalho participou da Roda de Conversa. Foto: Fernando Cezar

O suicídio ainda é pouco falado nos jornais e produtos midiáticos. Isso segundo a jornalista, se deve ao fato de se tratar de “um assunto um tanto delicado”, que ainda trazem um pouco de “medo a quem escreve ou faz alguma reportagem tratando do tema, principalmente fora do Setembro Amarelo”.

O professor Roberson acredita que: “o suicídio propõe uma questão para todo mundo que está vivo, e o medo de tocar em assuntos como este fora do Setembro Amarelo, impõe certos incômodos para a sociedade, pois é um assunto que incomoda, que é delicado, então as pessoas tem medo de tocar no tema. Não é como falar de câncer de mama, no Outubro Rosa, ou do Câncer de Próstata, no Novembro Azul. Falar sobre suicídio ainda é um tabu para as pessoas”, relata.

No Brasil, o Rio Grande do Sul é o Estado onde mais ocorrem casos, sendo quase o dobro(10,14) de mortes em relação à média nacional (5,4) a cada 100 mil habitantes na região.

Para buscar ajuda, uma boa ferramenta é o CVV (Centro de Valorização da Vida), ligando para o número 188. Além disso, outra ferramenta é o tratamento psicológico, este que sendo feito, pode evitar que suicídios aconteçam.

Setembro é conhecido como o mês internacional de Prevenção ao Suicídio. Durante todo o período a CVV (Centro de Valorização da Vida) de Santa Maria organizou vários eventos para tratar do assunto que ainda é um tabu na sociedade.

Simbolo do Setembro Amarelo. Foto: divulgação.
Simbolo do Setembro Amarelo. Foto: divulgação.

A instituição do Setembro Amarelo se deu com a intenção de ajudar as pessoas a se sentirem à vontade para falarem sobre suicídio. A acadêmica T. B.   foi diagnosticada com ansiedade em 2014, e bipolaridade em 2016. Ela conta que já pensou em suicídio inúmeras vezes. “O que faz a gente pensar em suicídio é a falta de fé na humanidade/em si mesma. É quando tu só consegue ver o lado ruim das coisas e, às vezes, ver coisas ruins onde não tem. Eu acredito na prevenção do suicídio. Acho que a melhor forma de prevenir isso é mostrar para as pessoas que nem tudo é 100% ruim.”, acrescentou.

Programação

A programação desse ano teve início no dia 01 de setembro, com a ação de mobilização no HUSM, Hospital Universitário de Santa Maria, e no Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo. Na ocasião, foi feita uma panfletagem e divulgação do Setembro Amarelo. No último dia 10 de setembro, a manifestação se fez na Praça Saldanha Marinho, com shows de grupos musicais.

Amanhã e quinta, dias 14 e 15,  acontece o III Encontro Regional de Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio, no HUSM. No dia 21 de setembro, às 20h, haverá uma palestra com o professor Marcelo Ustra Soares sobre depressão e atividade física, no prédio da SUCV, na Rua Venâncio Aires.

No dia 27 de setembro, o CVV participará da Tribuna Livre, na Câmara dos Vereadores para debater o tema. Por fim, no dia 28 de setembro, às 10h30min, acontecerá uma palestra sobre promoção da vida e prevenção do suicídio, na base aérea de Santa Maria.

O CVV divulgou vídeo que esclarece o processo da depressão e os modos de combatê-la.

[youtube_sc url=”https://www.youtube.com/watch?v=3JDak4fICL0″ title=”Vídeo%20de%20divulgação%20do%20CVV%20(Centro%20de%20Valorização%20da%20Vida)”]

 

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Divulgação

O mês de setembro é marcado pela prevenção do suicídio.  Amanhã sábado, 10, das 13 às 17 horas, na Praça Saldanha Marinho acontece o Projeto Converse que tem como  objetivo alertar a comunidade sobre a importância da conversa na prevenção ao suicídio. Trata-se de uma iniciativa dos acadêmicos de Publicidade e Propaganda do Centro Universitário Franciscano em parceria com o  Centro de Valorização da Vida (CVV).

Para mobilizar também as redes sociais, os estudantes lançaram a hashtag #projetoconverse além de uma campanha incentivando a postagem de fotos com roupas amarelas, cor símbolo da luta da prevenção ao suicídio. Setembro é mundialmente conhecido como o mês da prevenção ao suicídio, e a cor amarela simboliza o alerta e a atenção.  Segundo a equipe de acadêmicos, “participar do Projeto Converse é mais do que apoiar uma causa, é apoiar uma vida. Vamos todos conversar”!

O projeto também participará no dia 14, quarta-feira, de um encontro que ocorre na UFSM, onde será apresentada uma intervenção artística. O Projeto Converse possui uma página no Facebook  onde se pode acompanhar a repercussão destas ações e ficar por dentro do cronograma do projeto.”

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Divulgação

PROJETO CONVERSE

Quando: 10 de setembro

Local: Praça Saldanha Marinho

Contatos:  Eduarda Henker: (55) 9947-8401/duda_henker@hotmail.com
Mariana Brutti:  (55) 9131-3671 / maribruttimartins@hotmail.com

 

O Brasil está entre os 28 países de um universo de mais de 160 analisados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) que tem estratégia de prevenção ao suicídio. O Ministério da Saúde, por meio da rede pública, oferece atenção integral em saúde para os casos de tentativa de suicídio.

“O suicídio, de maneira geral, é compreendido como um comportamento autoagressivo, uma escolha, que, na maioria das vezes, é privada. O mesmo, é visto como uma atitude intencional de livrar-se de algum tipo de problema ou crise gerados pela desesperança e pela frustração. Já, no que diz respeito ao amargo reflexo desta questão multidimensional, o suicídio logicamente sempre é traumático. Familiares e amigos, são atingidos violentamente por sentimentos de mágoa, culpa, compunção, pesar e desespero acerca da destruição cometida por um ou mais indivíduos”, comenta o sociólogo Cláudio Ferreira.frase-o-suicidio-tanto-pode-ser-afirmacao-da-morte-como-negacao-da-vida-tanto-faz-e-mentira-fernando-sabino-100767

A maioria das pessoas com ideias de morte comunica seus pensamentos e intenções suicidas. Elas frequentemente dão sinais e fazem comentários sobre “querer morrer”, “sentimento de não valer pra nada”, e assim por diante.

O sociólogo afirma que essa campanha, enquanto movimento mundial que prioriza a conscientização da população sobre o suicídio, configura-se como uma forte “arma” de prevenção as mortes não naturais. “Todavia, esta tão importante marcha não é vista com tão bons olhos por algumas pessoas por tratar de assuntos pertinentes à morte de seres humanos, o que é um verdadeiro escrúpulo pensar dessa forma”, comenta Cláudio.

[youtube_sc url=”https://www.youtube.com/watch?v=lzD4uuU7d8I” title=”Setembro%20Amarelo%20-%20LaProa”]

Os dados que revelam que as mortes estão cada vez mais prematuras, abrangendo muitos jovens em idade produtiva, também devem servir de alerta. Estima-se que cinco pessoas sejam diretamente impactadas pelo suicídio de familiar ou amigo, causando mais depressão ou risco de depressão. O impacto emocional causado é muito maior do que quando se perde alguém por outra razão.

“Infelizmente a sociedade ainda não está pronta para enfrentar esse tabu. Na minha opinião, a falta de informação sobre o assunto acaba por contribuir para que os casos de suicídio ainda sejam tratados como um tabu. Além disso, quem num momento ou outro da vida já não teve a ânsia de apagar-se, de se dissipar? Todos nós é claro, e este sentimento poder ser apavorante para muitos. O homem, no geral, é temeroso ao sofrimento. Estudiosos referem-se ao medo da morte como uma forma preocupante de ansiedade, mesmo assim, porque não encararmos que somos seres que um dia irão morrer?”, complementou Cláudio.

Atualmente, o suicídio já mata mais que a AIDS.