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reflexão

“Ferrugem e Osso” é o filme deste mês do Cine ConsCiência

O filme franco-belga ‘Ferrugem e Osso’ será exibido e debatido durante o projeto Cine ConsCiência do Centro Universitário Franciscano. A atividade será nesta segunda-feira, 12 de junho, às 18h, no Salão Azul do Conjunto I. As

Acabou o sal

Fui fazer almoço com entusiasmo, pois gosto de cozinhar. Estava ali com tudo planejado quando algo inesperado aconteceu para atrapalhar os planos. Vou animada (nem tanto, é só para dar ênfase) ao pote do sal e

O filme franco-belga ‘Ferrugem e Osso’ será exibido e debatido durante o projeto Cine ConsCiência do Centro Universitário Franciscano. A atividade será nesta segunda-feira, 12 de junho, às 18h, no Salão Azul do Conjunto I. As inscrições são gratuitas e somente serão realizadas pelo site unifra.br, até um dia antes de cada sessão. Para a efetivação da inscrição, será solicitado que cada participante doe 1 kg de alimento não perecível na data do evento. O tema deste mês é: Corpo, espaço e ambiente.

Divulgação: Internet

No sul da França, Ali conhece Stéphanie após uma briga na boate onde ele trabalha como segurança. Ele é um boxeador e pai solteiro que faz bicos para se sustentar e conta com a ajuda da irmã, que o deixa morando na garagem, e Stéphanie é uma ex-treinadora de baleias que perde as pernas após um acidente. Os dois vivem uma história de amor imprevisível sobre todas as dificuldades, físicas e morais.

O objetivo do projeto de extensão é realizar o princípio da integralidade dos saberes, partindo do pressuposto de que as diferentes áreas do conhecimento podem (e devem) dialogar.

Após a exibição do filme, que tem 123 minutos de duração, ocorre o espaço ‘Reflexão’. Desta vez, os professores Mateus Sangoi, coordenador do curso de Ciências Econômicas, e Ail Ortiz, do curso de Geografia, são os responsáveis por apresentar questões do cotidiano relativas ao filme.

Serão emitidos certificados online com carga horária de 3h por sessão aos participantes. O prazo de emissão dos mesmos é de até 20 dias após a data da sessão.

Fui fazer almoço com entusiasmo, pois gosto de cozinhar. Estava ali com tudo planejado quando algo inesperado aconteceu para atrapalhar os planos. Vou animada (nem tanto, é só para dar ênfase) ao pote do sal e quando vejo, estava vazio. E adivinhem que dia é hoje? Domingo. E mais: domingo frio e chuvoso, ou seja, não vou sair para comprar sal. Não vou mesmo!

Bom, devo confessar que eu já tinha visto que estava por terminar, mas não me importei. Ontem fui ao supermercado e comprei frutas, bolachas e outras coisitas, mas não lembrei o sal. Sou culpada! Fui eu! E por causa disso o almoço ficou insípido, mesmo com as tentativas de substituir o sal por temperos prontos. Não há mais nada a fazer.

Parece dramático como algo tão fininho e branquinho pode influenciar o nosso dia. Logo ele, o sal, tão quietinho no seu pote, sempre menor do que dos outros condimentos. Como pude não dar importância a quem me serviu sem pedir nada em troca? Esteve sempre ali para dar sabor aos meus dias e colaborar com os pratos que realmente aparecem, sem exigir fama e reconhecimento.

Quando deixamos de valorizar pessoas sem expressão na sociedade (sem sal), mas que sempre estiveram ao nosso lado? O que faz com que não tenhamos tempo para os amigos e parentes? Por que não podemos mais bater um papo com a senhora do lanche ou com o tio da padaria? Certamente, eles terão sabor a acrescentar aos nossos dias!

Nas prateleiras de consumo, paramos para as embalagens coloridas e fortes, geralmente a nossa altura ou mais pra cima. Para que olhar aqueles saquinhos transparentes, pequenos e que ficam lá embaixo? Afinal, não precisamos esforço para adquiri-lo, o preço é acessível, o que tira a expectativa da conquista. Questiono-me se não estou desprezando pessoas simples que querem um pouquinho de atenção, somente alguém para ouvir seus dilemas tão insignificantes para os outros, mas de valor imensurável para elas.

Será que amanhã essas pessoas não farão falta? Mudanças e outras circunstâncias nos farão perceber que a ausência de alguém, dói. Conselhos, risadas, lágrimas e outros momentos são mais significantes do que imaginamos. Estar com pessoas, simplesmente pelo prazer da companhia, sem desejar nada em troca, é nobre. Agradeça o privilégio de ser sabor na vida de alguém. Seja acessível!

Acrescento algo interessante sobre o sal. Ele não tem sentido se estiver só. Não vejo ninguém sentado, degustando com prazer um pacote inteirinho do condimento. O papel dele é melhorar outros alimentos e ao fazê-lo dá o verdadeiro sentido do prato. Suas doses são mínimas, se passar do ponto estraga a receita e consumi-lo sem moderação causa doenças. O sal é chique! Só faz e fala o necessário, não é “passado”.

A verdade é que preciso comprar sal. Vou comprar dois! Então, vai demorar a acabar.