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Todos juntos pelo Setembro Amarelo

Fazem 10 anos que o calendário nacional aderiu ao calendário internacional e o mês nove é conhecido por Setembro Amarelo, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria. A campanha tem como objetivo chamar a atenção sobre um

Bate-papo sobre a saúde mental dos estudantes na UFN

Acadêmicos se reuniram nesta terça-feira, 17, às 18h30, no Hall do prédio 15 no Conjunto III da Universidade Franciscana (UFN) para o evento Roda de Conversa. A ação foi organizada em função do Setembro Amarelo, mês de

Atividades discutem a promoção da vida e a prevenção ao suicídio

A  Associação de Familiares, Amigos e Bipolares de Santa Maria (AFAB)& Espaço Nise da Silveira realizam atividades de cuidado à vida durante o  Setembro Amarelo. Hoje, 25 de setembro, acontece a oficina (Con)fiar: os nós de uma trama invisível,

Depressão é doença classificada como subtipo do estresse

Setembro é conhecido como o mês de prevenção ao suicídio e um dos fatores  que o originam é a depressão. O assunto foi debatido durante a manhã desta segunda-feira, 10, no Workshop Biotecnologia e Nanociências que

Fazem 10 anos que o calendário nacional aderiu ao calendário internacional e o mês nove é conhecido por Setembro Amarelo, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria. A campanha tem como objetivo chamar a atenção sobre um tema muito importante e, ao mesmo tempo, difícil: a prevenção ao suicídio. Muitas empresas e instituições fazem campanhas neste mês, mostrando a importância de buscar ajuda e da empatia que a sociedade precisa ter. Uma ONG ativa nessa questão é o CVV (Centro de Valorização da Vida), que conta com voluntários, atendendo com sigilo e proteção a quem liga pelo telefone 188 ou pelo chat que está disponível no site do CVV. O trabalho também conta com palestras em comunidades, hospitais, escolas e bairros. Outro serviço importante da ONG é o acolhimento a familiares e pessoas que de alguma forma tentaram ou pensaram em tirar sua vida.

De acordo com o site Viva Bem da UOL, o número de suicídios cresceu em 11,8% em 2022 na comparação com 2021 no Brasil. A psicóloga Mônica da Mota Machado, atuante na área pública da cidade de Alegrete, afirma que o suicídio ainda é um tabu. A maioria das pessoas não gosta de comentar sobre o assunto mas, para ela, falar sobre suicídio é importante para fazer com que as pessoas peçam ajuda e enfrentem o problema, buscando um final feliz. Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), 700 mil pessoas morrem por suicídio no mundo todo ao ano. Entre jovens de 15 a 29 anos o suicídio é a quarta causa de morte. A pesquisa também mostrou que 37% da população que comete suicídio estava em depressão e sem ajuda psicológica.

Na Universidade Franciscana temos o NADH (Núcleo de Apoio à Diversidade Humana), que trabalha com promoção e prevenção em saúde mental para alunos, professores e funcionários da UFN, prestando atendimento individual e grupal, a partir das necessidades que surgem tanto para apoio emocional, psicopedagógico e em saúde mental de forma geral. Neste mês, o NADH, em conjunto com o curso de Publicidade e Propaganda, realizou uma campanha na UFN em que foram espalhados cartazes divulgando o setembro amarelo e explicando que a ansiedade e a depressão tem tratamento. Cristiane Bottoli, professora e coordenadora do NADH, relata que as procuras por tratamento de ansiedade e depressão são recorrentes. Aproximadamente 60 pessoas foram acolhidas de março até o momento em decorrência destes distúrbios . O contato com o núcleo pode ser feito a partir do e-mail nadh@ufn.edu.br ou pelo Instagram @nadh.ufn. Já presencialmente você pode ir na sala do conjunto III prédio 17, salas 236 e 238 pela manhã e pela tarde.

Galeria de imagens da campanha Setembro Amarelo realizada pela GEMA (Agência Experimental de Propaganda) com apoio do NADH:

Imagens: Nelson Bofill/LABFEM.

Outra atividade realizada este mês foi o projeto Fé e Café, ministrado pelo padre Alison Valduga mestre em Psicologia, e contou com a participação do professor de Medicina da Universidade Franciscana e médico psiquiatra Fábio Pereira. O projeto tem o intuito de aproximar mais o universitário da igreja, os encontros são realizados a fim de escutar o jovem nos assuntos mais em altas da sociedade, dando espaço para ele propor bate papos do interesse da sua faixa etária. Fé e Café é um projeto da Arquidiocese em Santa Maria com a pastoral UFN, que este mês realizou sua 4ª edição.

Colaboração: Laura Pedroso Severo.

  

Acadêmicos se reuniram nesta terça-feira, 17, às 18h30, no Hall do prédio 15 no Conjunto III da Universidade Franciscana (UFN) para o evento Roda de Conversa.

A ação foi organizada em função do Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio, com o objetivo de conversar sobre a saúde mental dos universitários e dar oportunidade a eles de compartilhar sobre suas angústias. Isso porque, apesar de possibilitar o desenvolvimento individual, o ambiente acadêmico pode trazer consequências negativas para a mente humana devido à pressão dos prazos, avaliações e compromissos universitários, que podem vir a desencadear uma série de problemas psicológicos.

Para falar sobre as frustrações da população universitária foram convidados o professor Felix Guazina, mestre e doutor em Psicologia Social pela PUCRS e especialista em Psicologia Clínica com ênfase em saúde mental comunitária pela UFRGS, e a professora Vânia Fortes de Oliveira que possui mestrado em Educação pela Universidade Federal de Santa Maria e é especialista em Psicologia Social e Institucional pela UFRGS.

Além de dar o lugar de fala para os alunos presentes, os especialistas ressaltaram a importância de falarmos de nós mesmos. “Se a gente não fala sobre a gente, nós adoecemos” destacou a professora Vânia Fortes.

Se estiver passando por alguma situação em que precisa de ajuda especializada, a UFN oferece atendimento gratuito para estudantes, funcionários e professores da Universidade Franciscana, através do Programa de Atenção Integrada em Psicologia (PAIP).

Os atendimentos individuais do Programa acontecem mediante agendamento prévio, que deve ser feito na Secretaria do prédio 17, conjunto III da UFN, das 8h às 18h.

A  Associação de Familiares, Amigos e Bipolares de Santa Maria (AFAB)& Espaço Nise da Silveira realizam atividades de cuidado à vida durante o  Setembro Amarelo. Hoje, 25 de setembro, acontece a oficina (Con)fiar: os nós de uma trama invisível, com o oficineiro Luciano Anchieta Benitez/CVV, no  Antigo Hospital Universitário – Prédio de Apoio. Rua Floriano Peixoto, 1750 – Sala 316 (Prédio do Espaço Nise da Silveira & AFAB).

Amanhã, quarta, 26 de setembro a Associação promove o V Encontro Regional de Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio, quando será discutido o tema “Um olhar sobre a infância e adolescência no contexto de pós modernidade”. A atividade inicia às 8 horas no auditório Flávio Miguel Schneider, localizado no prédio 42 do CCR, da UFSM. Para participar, é preciso fazer inscrições pelo portal da instituição. [click aqui]

A programação continua durante a semana e, no dia 27, o Cine Mental promove o filme  Pequena Miss Sunshine. Uma trama que conta a história de uma  família diferente. O pai desenvolveu um método de auto-ajuda que é um fracasso, o filho mais velho fez voto de silêncio, o cunhado é um professor suicida e o avô foi expulso de uma casa de repouso por usar heroína. Nada parece estar indo bem para os integrantes, até que a filha mais nova, a desajeitada Olive (Abigail Breslin), é convidada para participar de um concurso de beleza para meninas pré-adolescentes. Durante três dias eles deixam todas as suas diferenças de lado e se unem para atravessar o país numa kombi amarela enferrujada. A programação ocorre às 14 e 30min, no Auditório do Antigo Hospital Universitário, localizado na rua Floriano Peixoto, 1750.

Agenda

26/09 – V Encontro Regional de Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio: Um olhar sobre a infância e adolescência no contexto da pós-modernidade.
Horário: 8h
Local: Husm CCR – Prédio 42.

27/09 – Cine Mental: Pequena Miss Sunshine
Horário: 14h30
Local: Auditório do Antigo Hospital Universitário. Rua Floriano Peixoto 1750, Térreo.

 

Setembro é conhecido como o mês de prevenção ao suicídio e um dos fatores  que o originam é a depressão. O assunto foi debatido durante a manhã desta segunda-feira, 10, no Workshop Biotecnologia e Nanociências que acontece na Universidade Franciscana.  A oficina denominada “Depressão: além da hipótese monoaminérgia” foi conduzida por  Guilherme Vargas Bochi,  professor e pesquisador na Universidade Federal de Santa Maria.

Existem várias hipóteses sobre como surge a depressão, entre elas está a monoaminérgica que trata-se das monoaminas: adrenalina, noradrenalina, dopamina e seretonina, que são responsáveis pelas medicações disponíveis nas clínicas nos dias atuais, sendo que os antidepressivos influenciam na alteração de cada uma. Para Guilherme Bochi, apesar de hoje existirem vários fármacos que tratam da depressão, no caso da fibromialgia, um dos fatores associados à doença, não está elucidada. “De 30% à 50% dos pacientes que fazem o tratamento correto são refratários e não apresentam melhoras no quadro clínico. Por isso temos essa alta taxa de suicídio por depressão por essa alta base”, ressalta ele.

[dropshadowbox align=”left” effect=”lifted-bottom-left” width=”auto” height=”” background_color=”#ffffff” border_width=”1″ border_color=”#dddddd” ]Para saber mais: A depressão é um dos distúrbios afetivos ou de transtornos de humor mais comum, assim como a depressão bipolar. Geralmente ela é unipolar e heterogênia Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2012, 300 milhões de pessoas apresentam depressão e dados de 2015 apontam que 5,8% estão no Brasil. O maior número de casos são no público feminino Ela afeta aspectos da vida humana como: interação social, relacionamento familiar, deficiência no trabalho e uma das possíveis causas do suicídio. O Brasil é o 8º país com o maior índice de suicídios no mundo.[/dropshadowbox]

De acordo com o pesquisador, após o tratamento com fármacos apenas um terço das pessoas correspondem ao tratamento, que tem como objetivo a inibição e  a cura da depressão. Porém, segundo ele, existem novas abordagens além da farmacoterapia como a eletrocompulsoterapia como um potencial antidepressivo.

O diagnóstico da depressão é clínico, com base nos sintomas que o indivíduo apresenta por um determinado tempo, segundo o Manual de diagnósticos e estatísticas de transtornos mentais, que está na 5ª edição. Há quatro teorias para a depressão: o sistema glutamatérgico, mecanismos neuroendócrinos e ativação do eixo HPA, neurogênese e efeitos tróficos e inflamação.  “A causa de base também não se sabe, parece haver uma pré-disposição genética e, também,  fatores ambientais envolvidos na origem do problema. Hoje ela está associada a alterações estruturais do cérebro, bem como a alteração de um eixo potável da hipófise ou da suprarrenal.Muito tem o que se explorar sobre a depressão”, finalizou Bochi.