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O telejornalismo nos EUA

O jornalismo nos EUA e no Brasil se diferem em diversos pontos, mas principalmente em sua composição profissional. De acordo com a fala da conferencista Cibele Moura Lorenzoni, pode-se ter uma visão ampla na área jornalística

Marcelo Coelho inspira acadêmicos de Jornalismo

O 14º Fórum de Comunicação da Universidade Franciscana ocorreu na última semana na instituição e contou com dezenas de acadêmicos dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda. Uma das falas mais esperadas foi a do apresentador Marcelo

Marcelo Coelho conta sobre sua carreira e o telejornalismo

Marcelo Coelho encerra o 14º fórum com aula de telejornalismo

O olhar diferenciado no telejornalismo foi a última palestra do 14º Fórum da Comunicação da UFN, ministrada pelo jornalista Marcelo Coelho, no Salão Acústico da UFN. Oo apresentador do SBT RS contou sua história, sua carreira e

Experiências de repórter que inspiram

O telejornalismo nos Estados Unidos: relatos de uma experiência foi a videoconferência, com a jornalista Cibele Lorenzoni que apresentou pontos distintos entre o telejornalismo americano e brasileiro.  A primeira apresentação da noite de 15 de agosto,

Desconstrução da imagem do país

A visão que outros países têm em relação ao Brasil muitas vezes é chocante. Para alguns, somos o país do futebol. Para outros, o país do carnaval e da “bunda de fora”. Da gandaia. Do jeitinho.

Feira do Livro: ícones do telejornalismo global no final de semana

Ela que é acostumada a informar a temperatura climática do Brasil adiantou aos colegas convidados: “levem seus casacos pesados” previsão para a noite será de 6C°no coração do Rio Grande, Santa Maria. Michelle Loreto, a “garota

O jornalismo nos EUA e no Brasil se diferem em diversos pontos, mas principalmente em sua composição profissional. De acordo com a fala da conferencista Cibele Moura Lorenzoni, pode-se ter uma visão ampla na área jornalística entre os dois lugares após relatar sua experiência trabalhando em ambos países. Como de costume, sabe-se que os norte-americanos utilizam métodos distintos dos nossos referente à capacitação para trabalhar em grandes empresas. No caso das emissoras de televisão, maior parte dos funcionários empregados tem graduação em áreas distintas do jornalismo, como o caso de cientistas e técnicos de informática. Mas o diferencial entre os dois países vai além de especializações. Curiosamente, os norte-americanos são reconhecidos principalmente por seu desempenho no trabalho, dando mais valor a tal critério do que a um histórico profissional. “No Brasil, profissionais dão preferência para a análise de currículos para qualificar o jornalista, o que de fato não importa tanto se o mesmo não consegue produzir uma notícia de qualidade”, afirma Cibele.

Portanto, sabe-se que embora sejam culturas diferentes, os profissionais nos EUA mostram mais comprometimento e respeito dentro de seu ambiente de trabalho. Esses pontos contribuem fortemente para a produção de notícias em massa, e para o reconhecimento mundial no cenário jornalístico. Mas deve-se entender que embora o Brasil tenha excelentes jornalistas, comprometimento e responsabilidade são critérios que devem ser adquiridos por nós cada vez mais ao longo do tempo.

 

O 14º Fórum de Comunicação da Universidade Franciscana ocorreu na última semana na instituição e contou com dezenas de acadêmicos dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda. Uma das falas mais esperadas foi a do apresentador Marcelo Coelho, do SBT RS, que ocorreu na noite de quinta-feira (16), no Salão Acústico, do prédio 14 da UFN.

Marcelo apresentou o tema “O olhar Diferenciado no Telejornalismo”, e abordou sua trajetória no telejornalismo e as implicações da profissão em tempos atuais. O apresentador, que iniciou sua carreira em Santa Maria, compartilhou experiências como repórter para redes CNT, RedeTV, Record e SBT. 

A estudante Luísa Pedroso, do sexto semestre de Jornalismo, destacou a importância da questão humanitária no telejornalismo. “Não ter aquele padrão jornalista de antigamente, atrás da bancada, é uma forma de aproximar o público em tempo de mídias digitais. É um novo recurso, uma forma mais humanizada”, destaca.

Marcelo abordou a humanidade no jornalismo em contraponto ao momento em que se destaca  a presença de conteúdos baseados em fake news. Para o jornalista, ‘’Tem que alcançar o conteúdo que é real nas pessoas, sentimento verdadeiro, a formação verdadeira, a verdade dos fatos. Tentar descobrir e fazer com que as pessoas busquem isso. Não se esconder, não se omitir.’’

A importância da palestra de Marcelo para os estudantes foi destacada pela professora Fabiana Pereira, do curso de Jornalismo. Para a professora, “a importância da fala de um profissional que está no mercado de trabalho está justamente no relato de experiência de quem vive a realidade prática da profissão do jornalista”. Fabiana também salienta a responsabilidade e sensibilidade que o repórter deve ter segundo o palestrante do Fórum de Comunicação.

Texto: Emanuely Guterres, Lavignea Witt e Nathalia Arantes 

Para as disciplinas de Jornalismo I e Jornalismo Digital I

 

Marcelo Coelho conta sobre sua carreira e o telejornalismo. Fotos: Thayane Rodrigues

O olhar diferenciado no telejornalismo foi a última palestra do 14º Fórum da Comunicação da UFN, ministrada pelo jornalista Marcelo Coelho, no Salão Acústico da UFN.

Oo apresentador do SBT RS contou sua história, sua carreira e como foi a evolução do telejornalismo ao longo dos seus anos de trabalho. Além disso, debateu sobre tecnologia e suas influências dentro do campo da televisão.

Durante as duas horas de palestra, Coelho ressaltou a importância da ética dentro da profissão, aconselhando que “a missão dos futuros jornalistas não é só contar a verdade plena, mas fazer com que as pessoas reflitam sobre a verdade”. Segundo ele, o uso da internet não é ruim, mas precisamos alimentá-la com conteúdo construtivo, buscando construir algo que possa ser passado para os espectadores, e prezando por um discurso único. Ele ainda brincou: “Acho que quem faz jornalismo, tem a ideologia de querer ajudar a consertar a sociedade”.

Marcelo Coelho foi comunicador da Rede Atlântida e repórter e apresentador da RBSTV Santa Maria. Foi apresentador e narrador do Sportv. Trabalhou como repórter no Rio de Janeiro para telejornais das redes CNT, RedeTV, Record e SBT, onde hoje atua à frente do jornal SBT RS como apresentador.

Cibele Moura Lorenzoni têm experiência nacional e internacional, com atuação como repórter, apresentadora, produtora, roteirista e editora de TV e Mídias Sociais. Fotos: Thayane Rodrigues

O telejornalismo nos Estados Unidos: relatos de uma experiência foi a videoconferência, com a jornalista Cibele Lorenzoni que apresentou pontos distintos entre o telejornalismo americano e brasileiro.  A primeira apresentação da noite de 15 de agosto, ocorreu  às 18 horas, no salão Acústico  do prédio 14,  da UFN.

A jornalista contou sua história de vida e como chegou até o jornalismo internacional, suas principais atividades no canais TNT LATIN AMERICA and WARNER e  na CNN, além dos desafios nesses trabalhos.

Cibele relatou seus principais desafios no canal de meteorologia na cobertura de furações e na CNN, quando cobriu a morte de Michel Jackson. Também esteve na cobertura da explosão da mina de cobre, no Chile, onde 33 homens ficaram presos por 70 dias. Na conferência foram abordados temas como abordados como jornalismo, novas mídias e a importância da verificação das informações. Cibele falou sobre a relação com os latino-americanos no mercado de trabalho no exterior e destacou as oportunidades de trabalho e educação fora do Brasil.

 

Observatório da mídia CS-02A visão que outros países têm em relação ao Brasil muitas vezes é chocante. Para alguns, somos o país do futebol. Para outros, o país do carnaval e da “bunda de fora”. Da gandaia. Do jeitinho. O que realmente importa, ao percebemos dentro deste contexto histórico, que nossa imagem para os gringos é marginalizada.

Em um país com tantas riquezas, permitir que sejamos vistos como marginais, favelados e ladrões aproveitadores não seria justo. É nesta hora que nos ocorre uma pergunta pertinente: de onde vem esta construção de imagem? Se você observar, vai perceber que muitas vezes são nossos próprios jornais que dão aos países vizinhos o estereótipo do Brasil.

Os noticiários de televisão chegam a dar medo. Você coloca na emissora local e lá vem uma enxurrada de notícias negativas. Mortes, assaltos, estupros, vandalismo, ódio gratuito. São tantos temas pesados que esquecemos que coisas boas também acontecem por aqui. Acredito que a mídia deve dar espaço para este tipo de notícia, mas não massacrar o telespectador como vem sendo feito. As notícias mais relevantes dos telejornais são os casos de violência ou os escândalos políticos, que vêm contribuindo significativamente para manchar nossa reputação. Os investidores não nos veem com bons olhos. A Copa do Mundo e as Olimpíadas nos retrataram perfeitamente qual a opinião dos outros países em relação ao que é noticiado mundo à fora.

A distorção de imagem afeta o turismo em cheio. As notícias refletem a fragilidade do comando político, o despreparo em manter um sistema de segurança que funcione e a falta de investimento em segurança nos remete à precariedade da educação. Sabemos que falta sanar muitas deficiências, mas estampar nossos problemas nas grandes telas também não vai mudar esta realidade.

Em minha mera opinião, acredito que, o telespectador precise de informação bem apurada, verídica e de fácil acesso. Jornalismo bem feito, que vá em busca de temas e assuntos que mostrem a sociedade, nossos problemas, e, ao mesmo tempo, deem espaço para notícias mais alegres e prazerosas de assistir. Que exista discernimento em saber a hora adequada para transmitir cada matéria. Que o telespectador volte a ter aquele velho gosto por assistir ao jornal. Que sentar em frente à televisão seja um momento de descanso e de aprendizado.

14269377_956954634415458_425496450_nWillian Ignácio, 27 anos. É estudante de jornalismo. Gosta de livros, café bem forte e quente, como a vida deve ser. Autêntico e de personalidade marcante. Prefere uma boa conversa com os amigos ou um filme no sofá a uma balada de final de semana. É apaixonado pela vida, e pela liberdade.

*Texto produzido para a disciplina de Legislação e Ética em Jornalismo

Os repórteres da Globo Francisco José, Sônia Bridi e Paulo Zero no domingo em Santa Maria. Foto: Guilherme Benaduce. Laboratório Fotografia e Memória.

Ela que é acostumada a informar a temperatura climática do Brasil adiantou aos colegas convidados: “levem seus casacos pesados” previsão para a noite será de 6C°no coração do Rio Grande, Santa Maria. Michelle Loreto, a “garota do tempo” do “Jornal Hoje” da Rede Globo foi a mediadora do bate-papo deste domingo, 5 de maio, no projeto Livro Livre, programação noturna da Feira. A repórter confessou estar honrada em participar da mediação ao lado dos três excelentes jornalistas, seus colegas, em especial, Francisco José, há quem ela sempre se inspirou, por ser figura próxima da sua cidade natal, Pernambuco.

Francisco José tem um currículo extenso de experiências históricas: participou de seis Copas do Mundo, foi enviado especial para cobrir a Guerra das Malvinas conflito que envolveu Argentina e Inglaterra, além de ter participado de diversas reportagens especiais na Europa.

Ao ser questionado sobre a realidade do sertanejo e da seca e sobre a situação da seca no Nordeste, como não ocorria há 60 anos, o repórter destacou as diferenças na própria região onde vive. Ele define o Estado em dois Nordestes: o Nordeste da Seca e o Nordeste da Prosperidade, que fica no litoral, com Fernando de Noronha e suas praias maravilhosas, por exemplo, que sempre está recebendo turistas, inclusive gaúchos. Por outro lado, “o rebanho está desaparecendo, morrendo de fome e sede. Está é a realidade do Nordeste, hoje, o descaso dos governos federais, estaduais e municipais”.

De acordo com a repórter do tempo, Michelle Loreto, o Estado nordestino apresenta várias facetas em caso de pesquisas climáticas, chegando a ter cinco climas na região. Michelle argumentou que o grande desafio de ser jornalista é o aperfeiçoamento constante e procurar tirar do entrevistado o que ele tem de melhor. “A missão do jornalista é fazer a ‘coisa’ com seriedade, na maneira mais honesta e transparente possível, e isso, os três sabem fazer muito bem, levar à informação do jeito que ela é”, conclui a garota do tempo.

O santamariense Marcelo Canellas, mentor da vinda de seus colegas globais à cidade sobe ao palco do "Livro Livre". Foto: Guilherme Benaduce. Laboratório Fotografia e Memória.

Outra participante do encontro, a jornalista Sônia Bridi foi correspondente da TV Globo em Londres, Paris, Pequim, China e agora reside no Rio de Janeiro, sempre acompanhada do repórter cinematográfico e esposo Paulo Zero. Eles já fizeram diversas séries de reportagens para telejornais e programas especiais, como o Fantástico.

Em seu livro o “Diário do Clima”, Sônia Bridi busca embasamento científico, convidando o leitor para entrar na entrevista, e procurando fazer com que ele converse com o pesquisador, com o cientista, para que conheça a instituição de pesquisa. “A ideia é fazer entender porque aquilo está acontecendo, qual é a melhor teoria da ciência para explicar isso, nesse momento. Ou qual melhor experimento da ciência para explicar isso, nesse momento. Diferente daquilo que se prioriza para a teve, onde as imagens são mais impactantes, pois o tempo é curto”, elucida.

O peregrino das reportagens, Paulo Zero, começou sua carreira profissional em 1978 em Nova York, como correspondente da Rede Globo. Já cobriu guerras civis na Europa, China, Ásia, Paris, e fez reportagens em mais de 100 países. Para o repórter, o jornalista tem que ter medo quando for cobrir uma guerra, mas o medo não deve paralisá-lo. “O medo não pode paralisar, pessoas paralisadas também correm perigos”, comenta.

O mentor de reunir o time de jornalistas foi o cronista do “Diário de Santa Maria” e repórter do “Fantástico”, Marcelo Canellas, que optou em ficar ao lado do público santamariense durante o bate-papo. Acabou subindo ao palco depois da insistência dos colegas e agradeceu pelo momento. Natural de Santa Maria, Canellas demonstrou mais uma vez, seu afeto pela cidade: “Santa Maria, é uma praça cheia de gente, festejando, compartilhando e pensando sobre si mesmo”, declarou.

Por Tiéle Abreu