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Poda correta evitaria muitos dos estragos causados por temporais

Na madrugada dessa quinta-feira, 19, o estado foi atingido por um temporal que causou estragos em diversas cidades. Em Santa Maria, a queda de árvores, postes e, até mesmo, a fachada de prédios, ocasionou transtornos. A

Ventos de 94km/h provocam destruição em Santa Maria

Fortes rajadas de vento assustaram os moradores de Santa Maria na madrugada desta quinta-feira (18). Por volta de 2h30 da madrugada, a cidade foi atingida por ventos que chegaram a 94km/h, segundo informações do Instituto Nacional

Temporal atinge a região. Itaara sofre novamente

Uma noite de terror. Assim pode ser considerada a madrugada desta quinta-feira, 19. Por volta de 3h da manhã, o Estado do Rio Grande do Sul foi atingido por uma grandiosa frente fria com ventos de

Já são 914 casas destelhadas pelo vento em Santa Maria

O forte vento que chegou a 134km/h trouxe a Santa Maria o caos. Segundo a Defesa Civil da cidade, 914 casas estão destelhadas e 48 postes caíram. A situação mais crítica é no bairro Nova Santa

Aqueda de árvores na zona urbana pode ser prevenida com o manejo e poda correta. Fotos: Áurea Fonseca.

Na madrugada dessa quinta-feira, 19, o estado foi atingido por um temporal que causou estragos em diversas cidades. Em Santa Maria, a queda de árvores, postes e, até mesmo, a fachada de prédios, ocasionou transtornos. A cidade se recupera e a ACS foi ouvir o poder público sobre o trabalho de reorganização da cidade.

Com relação à queda de árvores, o Superintendente de Licenciamento e Controle Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente, Gerson Vargas, relatou primeiramente, que a maior demanda da Secretaria são os pedidos de podas de árvores. No entanto, o reduzido número de servidores dificulta o atendimento das solicitações. Neste momento, na cidade, apenas sete servidores estão trabalhando de forma operacional para recolher os galhos e troncos deixados pelo temporal.

Praças de Santa Maria tiveram suas árvores tombadas pela força do vento.

Ele também explica que os entulhos foram levados para o aterro da Prefeitura (antigo lixão), onde estão sendo aproveitado para um sistema de recuperação de áreas degradadas. “Amontoando os galhos ocorre o restabelecimento da microfauna da região, pois a área do aterro precisa ser recuperada com urgência”, afirma Vargas.

O superintendente também explicou  que  “houve muitos plantios de forma inadequada para a área urbana, e uma das causas são as campanhas de plantio de árvores, nas quais as pessoas acabam plantando mudas sem nenhuma orientação de plantio, nem de que tipos de árvores se encaixam no contexto da cidade. E isso, hoje, é causa de problemas”. Segundo ele, é necessária uma avaliação técnica para qualquer tipo de manejo das árvores.

Questionado acerca do assunto, o professor Alexandre Swarowsky (coordenador do Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária do Centro Universitário Franciscano) ressaltou a necessidade de maior flexibilização do Ministério Público quanto às podas preventivas e maior autonomia da Secretaria do Meio Ambiente para poder realizar os trabalhos necessários.

Matéria em parceria com Elizabeth Lima

A Praça Saturnino de Brito foi uma das mais afetadas no centro da cidade. (Foto: Julie Brum / LABFEM)

Fortes rajadas de vento assustaram os moradores de Santa Maria na madrugada desta quinta-feira (18). Por volta de 2h30 da madrugada, a cidade foi atingida por ventos que chegaram a 94km/h, segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia, o Inmet. Até as 17h desta quinta, 1,2 mil famílias tiveram prejuízos em função do temporal, e foram atendidas pelos órgãos municipais, conforme a Defesa Civil.

Casas destelhadas, árvores arrancadas, cabos de energia e telhas pelas calçadas, é o cenário da cidade nesta quinta-feira. Até o final da tarde, muitas sinaleiras estavam desligadas em função da falta de energia elétrica, que atinge quase toda a cidade, afetando o comércio, que está funcionando parcialmente no centro.

Equipes da RGE Sul trabalham na Rua Dr. Bozano. (Foto: Julie Brum / LABFEM)

Na Rua Dr. Bozano, esquina com a Duque de Caxias, o trânsito estava trancado no sentido centro-bairro. Por ter muitas árvores nos arredores,  a rede elétrica foi afetada e comprometida com o vendaval.

Segundo Ênio da Silva, coordenador de uma das equipes da RGE Sul que trabalhavam no local, uma árvore de grande porte caiu sobre os fios e rompeu parte da rede. A equipe trabalhava no local e a previsão de retorno da luz é por volta de 19h na região central da cidade.

Uma noite de terror. Assim pode ser considerada a madrugada desta quinta-feira, 19. Por volta de 3h da manhã, o Estado do Rio Grande do Sul foi

Prefeitura providenciou a desobstrução das vias. Fotos: Fernando Cezar.

atingido por uma grandiosa frente fria com ventos de aproximadamente 100 km/h. A força dos ventos destelhou casas, arrancou árvores e deixou milhares de pessoas sem luz. Conforme dados da Defesa Civil, cerca de 26 municípios foram atingidos, entre eles alguns da região central, como Itaara, Santa Maria, Julio de Castilhos e Cruz Alta.

Em Itaara, o vento derrubou todas as árvores de uma rua próxima à avenida principal. Funcionários da prefeitura providenciara a poda das árvores tombadas que impediam o trânsito.  Postes e rede elétrica também foram danificadas, e casas tiveram telhados arrancados pela força da tempestade.

Postes de luz também foram atingidos
Árvores foram arrancadas pela raiz

O forte vento que chegou a 134km/h trouxe a Santa Maria o caos. Segundo a Defesa Civil da cidade, 914 casas estão destelhadas e 48 postes caíram. A situação mais crítica é no bairro Nova Santa Marta. Não há dados de quantas residências ainda estão sem luz.

Os pontos de doações de água, alimentos, roupas e cobertas são os seguintes:

  • Base Aérea de Santa Maria
  • Polícia Rodoviária Federal (unidade na BR-158)
  • Câmera de Vereadores de Santa Maria
  • Santa Maria Shopping
  • Prefeitura
  • Nilo Imóveis (Rua Floriano Peixoto, 1745)
  • Fadisma
  • Fisma
  • ONG Para Sempre Cinderelas (Praça Saldanha Marinho, das 13h as 17h30)
  • Loja Sou Mais Camobi
  • Fernando Bona Fotografia (ensaios fotográficos com renda destinado as famílias atingidas)
  • Caras do Bem
  • Templo de Estudos Umbandistas e Afro Ogum das Matas e Mãe Iansã (Bairro Trancredo Neves)
  • Templo das Nações (Bairro Patronato, 14h as 18h)
  • Igreja Missão
  • Rockers Soul Food, festival realizado nesta quinta-feira (15) com o objetivo de arrecadar doações para famílias afetadas pelo temporal
  • Maria Grupo Santo Expedito (Avenida Assis Brasil, 100, Bairro Itararé)
  • Espetiño (Rua Ângelo Berleze, 605, acesso via faixa velha de Camobi)
  • Rango Griil (3° andar SM shopping)
  • Nação Verde
  • Zeppelin Bar

O telefone para contato da Defesa Civil é (55) 3921-7148.

A chuva do último final de semana foi tão forte, que teve  momentos de queda de granizo, que destruíram residências. Em algumas regiões, houve falta de energia elétrica que se estendeu por cerca de 8 horas. Os moradores do centro do Estado enfrentaram uma das maiores tormentas já vistas, causando medo na população. As cidades mais atingidas foram Santiago, Jaguari, Júlio de Castilhos, Panambi e Tupanciretã, cidade na qual o número de casas destruídas pelo vento já passa dos 350.

Galpão do Sindicato Rural de Tupanciretã após o temporal. (Fonte: Defesa Civil)
Galpão do Sindicato Rural de Tupanciretã após o temporal.
(Fonte: Defesa Civil)

Na zona urbana de Tupanciretã, dezenas de postes de energia e de árvores centenárias foram arrancadas pela raiz. Até a entrada do hospital da cidade ficou interrompida devido à queda das árvores. O coordenador da Defesa Civil, Gustavo Simões Lírio afirmou que o vento forte da madrugada de domingo durou cerca de 40 minutos e as rajadas mais forte chegaram a 100km/h. “Parecia um cenário de guerra por que todos os cantos da cidade foram afetados com o temporal, nenhum lugar escapou”, enfatizou.

Os lugares mais atingidos do município foram o posto da Brigada Militar, um galpão do sindicato rural e a Sede Campeira do CTG Tapera Velha. Segundo a prefeitura, a cidade toda ficou sem luz durante aproximadamente 8 horas. No interior, várias árvores interromperam as estradas, impossibilitando as aulas nas escolas rurais. O prefeito Carlos Augusto Brum de Souza decretou situação de emergência devido à falta de materiais de construção para reconstruir os locais atingidos.

Parque de Exposições de Júlio de Castilhos.  (Fonte: Defesa Civil)
Parque de Exposições de Júlio de Castilhos.
(Fonte: Defesa Civil)

Em Júlio de Castilhos, ainda nessa manhã de segunda-feira (20) grande parte das residências estavam sem luz e sem água. Em função disso, a Secretaria de Educação da cidade resolveu cancelar as aulas diante a situação de emergência encontrada. De acordo com a Secretaria de Assistência Social da cidade, a região próxima ao Instituto Federal Farroupilha e ao Jóquei Clube também  foram bastante atingidos, assim como o centro da cidade.

 

 

Por Carolina Busatto Teixeira para a disciplina de Jornalismo Online