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Vestibulardeinverno

Vestibular para todos: a UFN que inclui

Nesta edição do Vestibular de Inverno 2018, a Universidade Franciscana oferece salas especiais de atendimento para todos os participantes com algum tipo de deficiência. Ao todo são 15 candidatos que usufruirão de serviços especiais, sendo 13

Saída dos vestibulandos. Foto: Lucas Linck

O vestibular de inverno da Universidade Franciscana tocou o primeiro sinal para que os vestibulandos  entregassem a prova às 17 horas da tarde de hoje. No prédio 16 do conjunto III da instituição, os primeiros a saírem da prova foram os estudantes que estavam tentando  a vaga de medicina da UFN.

A vestibulanda Jailisa Cristina Renzel da Silva, 20 anos, prestou hoje o quarto vestibular na UFN na tentativa de conquistar uma vaga no curso de medicina. “Eu achei a prova tranquila em relação às anteriores. Eu também não estava tão nervosa na hora de fazer”, disse Jailisa, que também elogiou a prova por estar bem estruturada.

Vestibulando comenta o tema da redação; Foto: Lucas Linck

Em contraponto, Eduardo Seidfurini, 20 anos, que tentou hoje uma vaga para medicina, apesar de ter achado a prova satisfatória, ressaltou o tema da redação. “Eu não gostei da redação. Achei ele muito restrito, porque poderia ser abordado muitos aspectos não naturais que você não utiliza da natureza para usar a água”

Também disputando uma vaga de medicina, Maitê Tafarel, natural de Fontoura Xavier localizada no noroeste do Rio Grande do sul, relatou que a prova estava bem elaborada e objetiva. Em relação ao tema da redação, Maitê comentou que não esperava pelo que foi proposto justamente por ser algo já saturado em abordagens. “Não sei o que esperar. Ao mesmo tempo que tu acha que podes acertar, tu podes errar. Então tem que esperar”, afirmou a estudante.

As matérias mais difíceis no ponto de vista dos três entrevistados foram as questões de matemática e física do vestibular.

 

 

 

 

Por: Bruna Bento Milani

Adilção Beust, coordenador da Coperves. Crédito: Lucas Linck/LABFEM

Nesta edição do Vestibular de Inverno 2018, a Universidade Franciscana oferece salas especiais de atendimento para todos os participantes com algum tipo de deficiência. Ao todo são 15 candidatos que usufruirão de serviços especiais, sendo 13 deles que possuem TDAH – déficit de atenção, (O TDAH é um transtorno neurobiológico que atinge varias partes do cérebro, geralmente causa falta de atenção), sendo oferecida uma hora a mais para os candidatos nesta modalidade.

Com deficiência visual há um candidato. A prova ampliada foi elaborada somente para ele  que está alocado em uma sala especial. Normalmente a fonte da prova é impressa em tamanho 12 e para este candidato, foi no tamanho 16.

Outro candidato, com deficiência auditiva, terá um leitor e um revisor junto dele na hora da prova, para fazer um acompanhamento detalhado.

Segundo Adilção Beust, coordenador da Coperves, neste processo não teve nenhuma inscrição para deficientes físicos, ”às vezes temos candidatos com deficiência, mas não temos conhecimento, pois hoje em dia o acesso está disponível e muito presente na nossa instituição, com rampas e elevadores, facilitando o processo”, relata Adilção.

Acadêmicos de Medicina da UFN recepcionando os vestibulando. Foto: Thays Trindade.

Desde que abriu o curso de Medicina na Universidade Franciscana, em agosto de 2014, uma tradição vem sendo mantida por parte dos alunos que passam para o 2° semestre da graduação: a recepção para os vestibulandos.

Conforme o acadêmico de Medicina, João Henrique Lemes, 19 anos, a ideia de recepcionar quem vem fazer a prova já vem há algum tempo através de outros alunos do curso. “Até aonde eu sei, os veteranos vem receber os futuros bixos e os vestibulandos. É mais para fazer eles se sentirem em casa e não ficarem tão nervosos com a prova. Eu acredito que eles vão se sair bem”, aborda João Henrique.

O veterano de Medicina João Arthur Rosendo Wenkelmann, 19 anos, comentou com a Agência Central Sul de Notícias que esse modelo de tradição é comum em outras universidades, e notado pelo estudante na época em que prestava vestibular em outros lugares. “Hoje nós trouxemos vales para arrecadar o dinheiro para o trote e, então vamos fazer a recepção dos bixos de verdade através de uma gincana que a gente faz no curso”. mencionou Arthur,  também um dos organizadores da brincadeira que segundo ele, não tem data e nem local ainda previsto para acontecer.

 

Foto: Juliano Dutra
Reitora Irmã Irani Rupolo. Foto: Juliano Dutra

Na manhã de vestibular, a reitora, Irmã Iraní Rupolo, comentou o processo seletivo em coletiva de imprensa, avaliou as inovações dessa edição e a grande participação de alunos de diversos estados do Brasil.

“Naturalmente, o vestibular de inverno já se afirmou há bastante tempo. Penso que, progressivamente, essa diferenciação da prova única em uma manhã vai fazendo também essa atração aos estudantes, muitos que não conseguem a vaga no mês de dezembro e janeiro, estão aqui para um segundo momento e uma bela oportunidade de ingresso no ensino superior”, destaca.

A procura pelo vestibular da Instituição foi grande. Entre os 2.865 candidatos, apenas os estados do Acre, Amapá, Alagoas e Paraíba não estão entre os estados de origem dos vestibulandos. “Penso que este é um dado interessantíssimo para o Centro Universitário Franciscano, para a comunidade universitária e para nossa cidade de Santa Maria e o estado do Rio Grande do Sul que tem essa referência do ensino superior de qualidade que nossa instituição propõe e realiza”, completa.

Nos últimos dez anos da Unifra, a reitora ressalta a constante qualificação de novos cursos. “O Centro Universitário Franciscano iniciou oito cursos de pós-graduação stricto sensu: seis cursos de mestrado e dois cursos de doutorado. Portanto, é um avanço e estamos trabalhando também nessa qualificação da pesquisa e extensão”, aponta. A Irmã ainda comentou sobre o processo de transformação de centro universitário para universidade, que deve levar cerca de um ano.

Sobre as novidades dessa edição do processo seletivo, a reitora comentou a divulgação do listão de aprovados e o aplicativo Guia do Vestibulando. “O momento de divulgação é um momento comemorativo também e, o fato de reunir as pessoas para que primeiro elas percebam, leiam e vejam no próprio site institucional. É preciso sempre utilizar a tecnologia em favor de todos”, observa. O Guia do Vestibulando é resultado de uma discussão entre a comissão de vestibular e o centro de tecnologia da Unifra. “Penso que esse trabalho conjunto dessas diversas percepções é o que ajuda a criar o melhor, o inovador”, finaliza.