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No último episódio, o Provoc[A]rte aborda a Arte do Cuidado

Maio chega ao fim e com ele também findamos a quinta temporada do Provoc[A]rte chamada que Que Arte é Essa?. O último episódio fala sobre a Arte do Cuidado, com Cristina Boeira, especialista em cuidados paliativos.

Coisas da vida

Sempre me interessei por pessoas e principalmente pelas histórias que cada uma carrega. Quando falo em gente, falo em pessoas comuns mesmo. Fico encantada com a história da moça que está no celular na fila do

Apresentação de pôsteres na primeira tarde do XXI SEPE

A exposição de trabalhos do eixo “Ciências da Saúde e da Vida”, ocorreu nesta quarta-feira,04, no hall do prédio 15, em formato de pôsteres. A novidade, de acordo com os alunos que expuseram seus trabalhos é a

Maio chega ao fim e com ele também findamos a quinta temporada do Provoc[A]rte chamada que Que Arte é Essa?. O último episódio fala sobre a Arte do Cuidado, com Cristina Boeira, especialista em cuidados paliativos. Um encontro para falar de vida e também sobre o fim dela. Como diz Cristina, o paliativista cuida do ser humano que está ali, independente do diagnóstico, por isso envolve o cuidado físico, emocional e espiritual, porque, para ela, é preciso se preocupar mais com a vida do que com a morte e viver bem o hoje. Não é a perspectiva do tempo que está em foco, mas a qualidade do tempo e que ele faça sentido.

Beatriz Ardenghi e Cristina Boeira conversam sobre a Arte do Cuidado. Imagem: Arquivo LabSeis

E por falar em tempo, aproveitamos para fazer uma retrospectiva do Provoc[A]rte. Nascido na pandemia, as duas primeiras temporadas foram ao ar em 2021, quando só era possível fazer entrevistas no formato online. Discutimos Arte na Pandemia e Arte Identidade. Já a terceira temporada, exibida em dezembro de 2021 e fevereiro de 2022, abordou a Arte em Movimento com entrevistas presenciais, mas ainda com o uso de máscaras para manter os cuidados em relação à Covid-19. Por fim, Arte Coletivo foi nossa quarta temporada, veiculada no segundo semestre do ano passado, e encerramos o programa com a temporada Que Arte é Essa? com o coração quentinho por tantas conversas bonitas, profundas, emocionantes e geradoras de conhecimento sobre o universo da arte e da vida. Todas as temporadas estão disponíveis no canal do YouTube do  Lab Seis.

O Provoc[A]rte vai ao ar nesta terça-feira, 30 de maio, às 19h, com reprise às 22h, na UFN TV, pelo canal 15 da NET, no sábado, às 19h, e no domingo, às 19h30min. E também pode ser visto na TV Câmara, canal aberto 18.2, na sexta-feira, às 21h, e sábado, a partir das 19h. 

Cristina Boeira fala sobre o trabalho do paliativista. Imagem: Arquivo LabSeis

O programa é produzido pelo Lab Seis, laboratório de produção audiovisual dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Universidade Franciscana (UFN) e disponibilizado no canal do YouTube da UFNT TV e do Lab Seis. A equipe é formada por Beatriz Ardenghi e Petrius Dias no roteiro e apresentação, João Pedro Ribas na direção de arte e na divulgação nas redes sociais, Raphael Sidrim na edição, Alexsandro Pedrollo na gravação, Jonathan de Souza na finalização, e coordenação e direção da professora Neli Mombelli.

Texto: Neli Mombelli

Figura na janela. Salvador Dali

Sempre me interessei por pessoas e principalmente pelas histórias que cada uma carrega. Quando falo em gente, falo em pessoas comuns mesmo. Fico encantada com a história da moça que está no celular na fila do supermercado ou a das duas senhoras que conversam e pegam o mesmo ônibus que eu. Também gosto de olhar as luzinhas de cada prédio – espero que isso não soe psicótico e nem semelhante a filmes de Hitchcock. O que me chama atenção é pensar quem são aquelas pessoas, e o porquê delas estarem com as luzes ligadas tarde da noite. Será que elas estão esperando alguém? Problemas no trabalho? Fome? Não conseguem dormir sem um Rivotril ou um Valium? Não sei. Mas elas estão ali vivendo e quando se vive se têm histórias.

Acredito que todo mundo tenha uma história incrível, algo peculiar, algo normal ou algo que nem aconteceu ainda. E aí que me perco porque não consigo decidir se é melhor contar ou ouvir histórias. Caiu em minhas mãos, precisamente nos meus olhos, o livro “Tudo que é belo”. Ele pertence
ao projeto The Moth, que é uma organização sem fins lucrativos dedicada à arte de contar histórias. Em 1997, na Georgia, nos Estados Unidos, o romancista George Dawes Green resolveu reunir amigos nas varandas de suas casas para contarem suas histórias em noites de verão. The Moth
significa mariposas que são atraídas pelas luzes, no caso, o projeto é uma alusão de que as pessoas são atraídas pelas histórias. Esse gesto tão simples e bonito virou um fenômeno mundial, acumulando mais de 20 mil relatos de famosos e desconhecidos, que são contados sem roteiros prévios para plateias superlotadas mundo afora. As sessões passaram a ser temáticas e as pessoas narram suas memórias sejam íntimas ou grandes histórias que conquistam o público.

“Tudo que é belo” foi editado por Catherine Burns e tem quarenta e cinco histórias reais dividias por categorias. São relatos simples com um poder imenso de te fazer rir ou chorar, como a  história do cineasta Arthur Bradford, que trabalhou em um acampamento para pessoas especiais e conheceu Ronnie, que tinha paralisia cerebral. O sonho de Ronnie era conhecer o ator Chad Everett, então Arthur planeja uma viagem para Califórnia no intuito de realizar o sonho de Ronnie e documentar, porém Chad acabou não os recebendo. Depois de Arthur divulgar o material da viagem para Califórnia, Chad convida Ronnie para um encontro. Após isso o ator passou a ligar para Ronnie todos domingos até Ronnie falecer. Questionado porque Arthur se dedicou tanto à um sonho que não era seu, ele respondeu que por causa do Ronnie aquele se tornou o seu próprio sonho e que
agradece a ele por ter compartilhado o sonho.

No compilado de histórias também tem uma visão da morte através de uma criança de cinco anos que quer se despedir do primo da mesma idade que faleceu. Também de um americano que enfrenta um terremoto no Japão e volta para os Estados Unidos, mas depois resolve retornar ao Japão para saber notícias da senhora proprietária do restaurante que ele frequentava. Ele descobre que ela está bem. Mesmo eles nunca terem trocado uma palavra, já que não falavam o mesmo idioma. E a minha história preferida: uma garota de Beckenham que trabalhava em um salão de beleza comum e descobre que vai ser cabeleireira do David Bowie e acompanhá-lo em uma turnê.

A vida mostra que todos temos uma história. Eu, com quatro anos, tentei ir embora com o circo e ganhei uma cicatriz na sobrancelha; meus pais resolveram matar aula no mesmo dia e se conheceram; e o namorado do meu melhor amigo mudou de Porto Alegre para Belém para ficar perto dele. Toda narrativa importa e enquanto mais vivemos mais histórias serão contadas, para bons ouvintes, é claro.

 

 

 

Silvana Righi é formada em jornalismo pela UFN e pós-graduada em Televisão e Convergência Digital pela Unisinos. Trabalha como roteirista e gosta de escrever com ironia. Passa a maior parte do tempo entre cinema, cachorros e livros.

 

As obras mostram a importância da relação com a vida no planeta. Foto: Felipe Cardias/LABFEM

A exposição ‘Francisco e o Educar para o Sentido da Sustentabilidade’, que aborda o tema ‘Sustentabilidade da Vida’, começou no dia 2 de maio e vai até o dia 18, na Sala de Exposição Angelita Stefani, no Conjunto III da Universidade Franciscana(UFN).

As 24 obras expostas foram produzidas nas Instituições Franciscanas de Educação Básica e no ensino Superior situadas em todo o país. A temática é a mesma do 7º Congresso Nacional das Escolas Franciscanas – São Francisco e a educação para a sustentabilidade – e fizeram parte de atividades pedagógicas com a participação de grupos de professores e estudantes.

Os materiais expostos foram produzidos com materiais recicláveis, as obras tridimensionais reproduzem o eco da mensagem de São Francisco de Assis, o padroeiro da ecologia, mostrando o quão importante é nossa relação com a vida do planeta.

Obra exposta da Sala Angelita Stefani. Foto: Felipe Cardias/LABFEM

As obras estão distribuídas em três temas específicos: a figura de São Francisco de Assis, os Elementos da Natureza e trabalhos que priorizam o Enfoque Espiritual como processo formativo humano.

 

As visitas a exposição podem ser feitas de segunda à sexta-feira, entre 14h e 18h, e nas manhãs de terça e quinta, das 9h ao meio dia.

 

Apresentação dos trabalhos do eixo Ciências da Saúde e Vida, do XXI SEPE Foto: Julie Brum

A exposição de trabalhos do eixo “Ciências da Saúde e da Vida”, ocorreu nesta quarta-feira,04, no hall do prédio 15, em formato de pôsteres. A novidade, de acordo com os alunos que expuseram seus trabalhos é a presença de avaliadores de áreas diferentes da sua. Segundo Giulia Goldert, acadêmica do curso de Medicina; responsável pela pesquisa “Leptina e grelina e suas implicações na fisiopatologia da obesidade”, a oportunidade de expôr os trabalhos para pessoas não familiarizadas com o tema, exige maior disposição e empenho dos alunos.

Julia Schultz, acadêmica dos cursos de Engenharia Biomédica e Terapia Ocupacional, ressaltou a importância de levar a informação de maneira acessível para todos, tanto avaliadores, quanto alunos e visitantes que se interessem pelos temas apresentados. Com o título “Análise de prótese de mão feitas por impressora 3D de pequeno porte”, a acadêmica se dedicou à impressão de dois modelos de próteses mecânicas para crianças, dos quais, apenas um atingiu o funcionamento desejado.

A exposição dos pôsteres também será realizada na tarde de amanhã, das 15h20min às 18h, englobando o eixo das Tecnologias da Informação e da Comunicação