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Workshop em Biotecnologia e Nanociências

Mesa-redonda expõem possibilidades de pesquisa internacional

Na tarde do dia 12 de setembro, o encerramento do Workshop em Biotecnologia e Nanociências foi marcado com uma roda de conversa sobre a Internacionalização da Pesquisa no mundo acadêmico. O Prof. Dr. Roberto Christ Vianna

A ética nas experiências com animais de laboratório

Os  parâmetros de toxicidade e a legislação para o manejo de animais de laboratório, foi tema da palestra da professora Liliane de Freitas Bauermann, do departamento de Fisiologia e Farmacologia da UFSM, nesta terça-feira, 11, no Workshop em Biotecnologia

Biomateriais são usados na substituição de tecido humano

As novas estratégias aplicáveis à engenharia de tecido foi o tema da  palestra desta quarta-feira, 10, no Workshop em Biotecnologia e Nanociências, ministrada pela professora do curso de Engenharia Química da UFSM, Poliana Pollizello Lopes.  Ela falou sobre

Palestrantes internacionais convidados para a mesa redonda sobre Internacionalização da Pesquisa no encerramento do Workshop em Biotecnologia. Crédito: Juliana Gonçalves/LABFEM

Na tarde do dia 12 de setembro, o encerramento do Workshop em Biotecnologia e Nanociências foi marcado com uma roda de conversa sobre a Internacionalização da Pesquisa no mundo acadêmico. O Prof. Dr. Roberto Christ Vianna Santos, explicou as dificuldades que os estudantes encontram em relação a ser bilíngue, sendo esse  o maior empecilho na hora de realizar um intercâmbio.

A Universidade Franciscana está buscando cada vez mais o aperfeiçoamento dos alunos para impulsioná-los na vida acadêmica no exterior. O professor Roberto, aproveitou a oportunidade para divulgar o próximo teste de proficiência em língua inglesa e espanhola que a instituição oferecerá nos dias 03 e 04 de outubro, para fomentar o conhecimento em língua estrangeira dos alunos que tem interesse em realizar intercâmbios ou publicar trabalhos no exterior.

O avanço linguístico está sendo implementado em alunos e professores da UFN, facilitando a troca de conhecimento de quem vem de outros países para cá. A instituição tem parceria com diversos países, como França, Alemanha, Portugal, Canadá, Espanha, Colômbia, sendo assim, já facilita o interesse do aluno pela língua estrangeira na hora de escolher um país, para uma dedicação especial em outro idioma.

Mais informações sobre como participar das mobilidades acadêmicas da Universidade Franciscana, acesse o site.

Os  parâmetros de toxicidade e a legislação para o manejo de animais de laboratório, foi tema da palestra da professora Liliane de Freitas Bauermann, do departamento de Fisiologia e Farmacologia da UFSM, nesta terça-feira, 11, no Workshop em Biotecnologia e Nanociências, na UFN.  

A professora de fisiologia procurou fazer um link entre dois temas: legislação e manejo de animais. Essas informações são.importantes, pois desta forma o aluno chega atualizado no laboratório, explicou. Ela informou que esse conhecimento será cada vez mais exigido. A professora falou sobre as leis  Arouca, Consea e normativas institucionais no uso de animais para pesquisa.

Bauermann também abordou os testes de toxidade, pois muitos foram renovados ou revalidados. A professora mostrou os testes mais comuns e deu orientações de sobre a melhor maneira de fazer, como número de doses aplicáveis, observação e alimentação. Ela ainda alertou sobre os cuidados precisos com os animais. “Eles não podem ficar estressados ou com medo. É preciso prezar pelo bem star do animal para a realização dos testes” aconselhou.

A professora falou outros estudos para práticas complementares.  “O pessoal precisa ficar atento a todos os cuidados, tanto na legislação quando no manejo do animal”, afirma Liliane.

 

 

 

 

Poliana Pollizello Lopes. Foto: Thayane Rodrigues / LABFEM

As novas estratégias aplicáveis à engenharia de tecido foi o tema da  palestra desta quarta-feira, 10, no Workshop em Biotecnologia e Nanociências, ministrada pela professora do curso de Engenharia Química da UFSM, Poliana Pollizello Lopes.  Ela falou sobre as novidades do mercado em biomateriais, as ferramentas utilizadas como a impressão de tecidos e as pesquisas realizadas na área. 

Os Biomateriais são  dispositivos artificiais ou naturais que utilizados para integrar ou substituir algum tecido natural, cuja função foi perdida ou danificada. Segundo  Poliana são materiais médicos que tem algum tipo de interação com o organismo, com a intenção de tratar ou reparar alguma função do tecido.

A professora falou sobre o contexto histórico dos biomateriais, que apresentam registros do período egipciano, com proteases de madeira e que portanto são classificados como  a primeira geração da tecnologia. Hoje, estamos na quarta geração, que apresenta uma grande preocupação de construir uma ligação entre tecido e material, para que ele funcione de uma maneira natural, concluiu.

Poliana falou as pesquisas na engenharia de tecido. Foto: Thayane Rodrigues / LABFEM

A descelularização de órgãos foi um dos destaques da palestra, uma tecnologia personalizada que permite um tipo de lavagem do órgão doado, para que eles recebam uma cultivação de células novas correspondentes ao perfil da pessoa que o recebe. Esse procedimento diminui as chances de rejeição do tecido, informou Poliana.  Hoje, existem cerca de 40 mil pessoas em espera para receber algum tipo de doação. Essa lista só aumento, mas o numero de órgãos doados não, conclui a professora. Por isso “a base da engenharia de tecidos é visar a redução da escassez de órgãos e tecidos que estão disponíveis para transplantes. É suprir essa área que é bastante escassa”.

As inovações que estão sendo experimentadas na pesquisa sobre a impressão de tecidos cartilaginosos, muscular e até ovários foram apresentadas pela professora. Ela citou como exemplo uma pesquisa que teve uma orelha foi impressa e implementada em um rato de laboratório. Após dois meses, o material foi analisado e foi constatado que a estrutura deu origem a um tecido biológico, que estava vascularizado, ou seja, com circulação sanguínea, relatou a professora.  O  grande desafio da área é tornar o biomaterial eficiente em estimular células e consiga desenvolver um sistema vascular irrigado, para se naturalizar e crescer, finalizou Poliana.