Santa Maria, RS (ver mais >>)

Santa Maria, RS, Brazil

Cultura indígena na Feira do Livro

Crianças se apresentaram na Praça Saldanha Marinho. Foto: Denzel Valiente/LABFEM

A Praça Saldanha Marinho recebeu na tarde desta terça-feira, 30, o projeto Leitura Inclusiva que abordou a Cultura indígena, e contou com a presença da escritora portuguesa Margarida Botelho. O projeto foi organizado por Aldeia Guarani, Aldeia Caingangue, EEEF Indígena Augusto Ope da Silva (Caingangue), EEEF Indígena Yvyra ‘Ja Tenonde Vera Miri (Guarani), Escola Indígena Guarani e Núcleo de Ações Afirmativas UFSM.

O evento começou com uma performance do grupo Cantos e Danças, da Aldeia Guarani. Eles apresentaram canções na linguagem Guarani, língua materna e própria do grupo. Segundo Dionatan, cacique da aldeia, as canções foram feitas com o objetivo de mostrar a tristeza que eles sentem em ver a mata sendo desmatada e os rios poluídos, prejudicando sua alimentação. Logo após, ocorreu a leitura com a escritora portuguesa Margarida Botelho que contou, de maneira resumida, a história do seu livro IARA/YARA.

A obra fala sobre duas meninas com o mesmo nome. Yara que vive em um país da Europa, e Iara, uma menina Kayapó que vive no Brasil. Divididas geográfica e culturalmente por seus países, contam seu cotidiano — brincadeiras, amigos, alimentação, escola, costumes, etc . E apesar de diferentes, nada imprede o encontro das duas em um ambiente natural, o rio. O livro, segundo Margarida, é uma história documental que nasceu após uma viagem que ela fez até Kararaô, uma aldeia indígena Kayapó na bacia do rio Xingu, na Amazônia, onde trabalhou como professora em 2012.

Para finalizar a programação do projeto, os indígenas Caingangue, da Escola Indígena Augusto Ope da Silva, além de exibirem seus trajes típicos, fizeram uma performance com duas músicas com a qual mostraram as características da etnia Caingangue. Margarida Botelho ainda incentivou todos que se apresentaram: ”Muito bonito! Se vocês continuarem a cantar e dançar, sua história nunca morrerá”.

Margarida Botelho, escritora, arte-educadora, trabalha desde 2009 em parceria com instituições e ONGs em projetos de intervenção comunitária através da arte, em Moçambique, no Brasil, na Índia, em Timor-Leste e em Cabo Verde. Foto: Denzel Valiente/LABFEM

 

LEIA TAMBÉM

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Adicione o texto do seu título aqui

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Ut elit tellus, luctus nec ullamcorper mattis, pulvinar dapibus leo.

Crianças se apresentaram na Praça Saldanha Marinho. Foto: Denzel Valiente/LABFEM

A Praça Saldanha Marinho recebeu na tarde desta terça-feira, 30, o projeto Leitura Inclusiva que abordou a Cultura indígena, e contou com a presença da escritora portuguesa Margarida Botelho. O projeto foi organizado por Aldeia Guarani, Aldeia Caingangue, EEEF Indígena Augusto Ope da Silva (Caingangue), EEEF Indígena Yvyra ‘Ja Tenonde Vera Miri (Guarani), Escola Indígena Guarani e Núcleo de Ações Afirmativas UFSM.

O evento começou com uma performance do grupo Cantos e Danças, da Aldeia Guarani. Eles apresentaram canções na linguagem Guarani, língua materna e própria do grupo. Segundo Dionatan, cacique da aldeia, as canções foram feitas com o objetivo de mostrar a tristeza que eles sentem em ver a mata sendo desmatada e os rios poluídos, prejudicando sua alimentação. Logo após, ocorreu a leitura com a escritora portuguesa Margarida Botelho que contou, de maneira resumida, a história do seu livro IARA/YARA.

A obra fala sobre duas meninas com o mesmo nome. Yara que vive em um país da Europa, e Iara, uma menina Kayapó que vive no Brasil. Divididas geográfica e culturalmente por seus países, contam seu cotidiano — brincadeiras, amigos, alimentação, escola, costumes, etc . E apesar de diferentes, nada imprede o encontro das duas em um ambiente natural, o rio. O livro, segundo Margarida, é uma história documental que nasceu após uma viagem que ela fez até Kararaô, uma aldeia indígena Kayapó na bacia do rio Xingu, na Amazônia, onde trabalhou como professora em 2012.

Para finalizar a programação do projeto, os indígenas Caingangue, da Escola Indígena Augusto Ope da Silva, além de exibirem seus trajes típicos, fizeram uma performance com duas músicas com a qual mostraram as características da etnia Caingangue. Margarida Botelho ainda incentivou todos que se apresentaram: ”Muito bonito! Se vocês continuarem a cantar e dançar, sua história nunca morrerá”.

Margarida Botelho, escritora, arte-educadora, trabalha desde 2009 em parceria com instituições e ONGs em projetos de intervenção comunitária através da arte, em Moçambique, no Brasil, na Índia, em Timor-Leste e em Cabo Verde. Foto: Denzel Valiente/LABFEM